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Património genético
Gregor Mendel
Gregor Mendel nasce em 1822, na Áustria e ingressa num mosteiro em Brunn em 1943
na atual República Checa. Foi ordenado monge em 1847, estudou na universidade de
Viena, matemática e ciências, o seu objetivo era ser professor mas foi mal sucedido
nos exames. De volta ao mosteiro, onde passou o resto da sua vida, Mendel estudou
abelhas e cultivou plantas, inclusive chegou a criar novos frutos (maças e peras).
Entre 1856 e 65, Mendel realizou uma série de experiências que visavam as
características hereditárias transmitidas de geração a geração. Em 1865 apresentou
as suas leis de hereditariedade à Sociedade de História Natural de Brunn, deduzidas a
partir das experiências que tinha feito em ervilhas. Pela falta de conhecimento da
época poucos foram os que entenderam o trabalho de Mendel e só em 1900 foram
redescobertas por 3 investigadores que trabalhavam independentemente. Mendel não
viveu para ver o seu trabalho reconhecido e hoje assume uma grande importância na
ciência, sendo considerado o “Pai da Genética”.
A escolha da planta
Mendel escolheu a ervilheira porque esta tem um ciclo reprodutivo curto, produz
muitas sementes, os componentes envolvidos na reprodução sexuada ficam
encerrados no interior da flor, protegidas pelas pétalas, o que favorece a
autopolinização e consequentemente a autofecundação, formando descendentes com
as mesmas caraterísticas da progenitora, e ainda pela existência de uma grande
variedade de caraterísticas de fácil comparação. Por exemplo: a cor das ervilheiras,
umas púrpuras e outras brancas, sementes lisas e rugosas, etc.
Os experimentos de Mendel
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel.php
Mendel estudou sete características: cor da flor, posição da flor no caule, cor da
semente, aspeto externo da semente, forma da vagem, cor da vagem e altura da
planta.
Com estes resultados Mendel pode concluir Concluiu que a cor verde das sementes
não se tinha manifestado na primeira geração mas que não tinha “desaparecido” nas
sementes da geração F1. Concluiu que a cor verde era um caráter recessivo e a cor
amarela era a dominante. Mendel deduziu que a cor das sementes era determinada
por dois fatores que fazia surgir uma cor, amarela ou verde.
Na segunda geração (F2) para cada 3 sementes amarelas, Mendel obteve apenas uma
semente verde, o mesmo se passou para todas as outras 6 características estudadas
por Mendel. A proporção foi sempre de 3 dominantes para uma recessiva. Esta
comprovação da existência de dominância e recessividade, levou a Mendel a formular
a sua primeira lei.
Embora Mendel tivesse sido muito inovador para a época, Mendel não sabia onde
estavam localizados esses fatores hereditários e como é que eles se segregavam. Só
em 1900, com a redescoberta de Mendel, é que se levantou esta questão. Walter
Sutton, em 1902, ao estudar a formação dos gametas dos gafanhotos, lançou a
hipótese que os pares de fatores hereditários estavam localizados nos cromossomas
homólogos, e com a meiose, a separação dos homólogos levava à segregação dos
fatores.
Hoje sabemos que os fatores a que Mendel se referiu são os genes (do grego genos,
originar, provir), e que realmente estão localizados nos cromossomos, como Sutton
propôs. Gene são fragmentos funcionais de DNA cuja atividade pode originar o
aparecimento de um fenótipo* observável. As diferentes formas sob as quais um gene
pode se apresentar, os tais fatores a que Mendel se referia, são denominadas
de genesalelos, ou simplesmente de alelos sendo cada caracter determinado por duas
formas alternativas para o mesmo gene e estes encontram-se no mesmo local em
cromossomas homólogos, Locus.
Por exemplo: a cor amarela e a cor verde da semente de ervilha, por exemplo, são
determinadas por dois alelos, isto é, duas diferentes formas do gene para cor da
semente.
Cruzamentos teste
Hoje em dia para o estudo do genótipo dos indivíduos pode ser feito de uma forma
rápida mas muito dispendiosa, que é analisar o DNA. Por este motivo ainda se recorre
ao método tradicional em que se promove o cruzamento de homozigóticos recessivos,
para uma determinada característica, e se analisa a respetiva descendência.
Aqui, como toda a geração F1 é amarela, quer dizer que o progenitor amarelo é
homozigótico dominante. Quando cruzamos dois indivíduos homozigotos (puros),
sendo um dominante e um recessivo, 100% da prole é heterozigótica.
Fenótipo
A cor de olhos, cor de pele, textura de cabelo, etc, são características visíveis, no
entanto, o tipo de sangue, a sequência de aminoácidos de uma proteína são
características fenotípicas apenas identificadas por testes.
Genótipo
O termo “genótipo” (do grego genos, originar, provir, e typos, característica), diz
respeito à constituição genética do indivíduo, ou seja, está escrito nos genes que
possui.
Por exemplo se uma pessoa tem olhos azuis, dizemos que ela é homozigótica em
relação à cor de olhos (aa), ou heterozigótica (aC) se tiver olhos castanhos, em que a
cor castanha é dominante à cor azul.
Posto isto, verifica-se que cada par de alelos funciona da mesma forma do
moniidibrismo.
Fazendo as contas:
Por exemplo para a cor das sementes, existem 12 sementes em 16 de cor amarela
para 3 verdes, a proporção continua a ser 3:1. Este facto está de acordo com a
Primeira lei de Mendel.
Existe um paralelismo entre este tipo de testes e o que faz para o monibrismo, ou seja,
procede-se da mesma forma, no entanto
neste caso tem de se utilizar um ser duplamente recessivo para os alelos dominantes
expressos no fenótipo do individuo que se pretende testar.
Exemplo:
Duas hipóteses:
Da Silva, A. D., Santos, M. E., Mesquita, A. F., Baldaia, L., Félix, J. M. Terra, Universo da Vida - Biologia. 12º ano, Porto
Editora, Porto, Portugal, 2012 - páginas72 a 76
Codominância
Nem todas as características são herdadas como a cor da semente da ervilha, em que
o gene para a cor amarela domina sobre o gene para cor verde. Muito
frequentemente a combinação dos genes alelos diferentes produz um fenótipo
intermediário, é chamada de dominância incompleta ou parcial.
O cruzamento entre indivíduos linhas puras de cor vermelha com indivíduos linhas
puras de cor branca, origina descendentes que possuem uma mistura de pelos
vermelhos e pelos brancos, cujo efeito é uma coloração cinzento-avermelhada. Cada
um dos alelos expressa-se de forma independente, pelo a pelo. Diz-se que existe um
situação de codominância.
Dominância Incompleta
Gene letal
Gene letal é um gene que, quando presente, provoca a morte pré ou pós nascimento,
ou produz uma deformidade tão grave que levará o indivíduo à morte.
Exemplo: retirado
de http://www.uel.br/pessoal/rogerio/genetica/respostas/pratica_08.html
Significa que existem três ou mais tipos de alelos distintos para os mesmos locus
cromossómicos. Cada indivíduo tem apenas um par desses genes, mas as combinações
possíveis entre elas são várias.
adaptado de http://grado9.wordpress.com/2011/02/07/genetica/
Interações génicas
A cor da íris é determinada por dois tipos de melanina produzidos pelos melanócitos,
ou células produtoras de pigmentos, na íris. Sabe-se hoje que a cor dos olhos, a
grande quantidade de variações existentes na cor, não são resultado de apenas um
tipo de gene que determina a cor, mas trata-se de uma herança poligénica (mais que
um gene), um tipo de variação continua em que os alelos de vários genes dão a
cloração aos olhos. Existem proteínas que comandam a proporção de melanina
depositada na íris, outros genes produzem manchas, raios e padrões de difusão na
cor de olhos.
Os olhos castanhos são os que têm mais melanina, os azuis os que têm menos e os
verdes apenas (2% da população tem olhos verdes), têm mais que as azuis e menos
que os castanhos.
A interação entre genes (interações génicas) são muito frequentes na natureza: cor
de pele, estatura, cor de olhos, são algumas destas interações.
Esta teoria é defendida por Walter Sutton e Theodor Boveri (1902) e permite
explicar, através de processos celulares, as conclusões obtidas por Mendel.
Pressupostos:
-Os cromossomas formam pares de homólogos que possuem no mesmo locus alelos
para o mesmo caracter;
-Durante a meiose ocorre disjunção dos homólogos que são transmitidos aos
gâmetas, promovendo a segregação dos alelos;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Drosophila
Ligação fatorial
Cada cromossoma tem uma série de genes dispostos em linha – genes ligados
fatorialmente ou em Linkage, mas os genes presentes no mesmo cromossoma não se
comportam como uma unidade indissociável, pois durante a meiose (prófase I), na
formação de gâmetas, podem ocorrer fenómenos de crossing-over.
Morgan cruzou moscas selvagens de corpo cinza e asas longas com mutantes de
corpo preto e asas curtas (chamadas de asas vestigiais). Todos os descendentes de F1
apresentavam corpo cinza e asas longas, em que o gene que condiciona corpo cinza
(P) domina o que condiciona o corpo preto (p), assim como o gene para asas longas
(V) é dominante sobre o (v) que condiciona surgimento de asas vestigiais.
A resposta não foi difícil de ser obtida, estava relacionada com os fenótipos corpo
cinza / asas vestigiais e corpo negro /asas longas, eram recombinantes e pela
ocorrência de crossing-over na meiose.
Na Prófase I da meiose pode ocorrer crossing-over entre os dois cromossomas
homólogos. Estas regiões do cromossoma podem ser trocadas reciprocamente,
tornando-se recombinantes. Assim, nem todos os descendentes possuirão os fenótipos
parentais, surgindo em seu lugar fenótipos recombinantes.
Dominante/dominante
Dominante/recessivo
Recessivo/dominante
Recessivo/recessivo.
A diferença em cada caso está nas proporções obtidas. No caso da 2ª lei de Mendel,
haverá 25% de cada fenótipo. No linkage com crossing, todavia, os dois fenótipos
parentais surgirão com frequência maior do que as frequências dos recombinantes.
A explicação para isso reside no fato de, durante a meiose a permuta não ocorrer em
todas as células, sendo, na verdade, um evento relativamente raro.
Hemizigótico - único alelo que está localizado no cromossoma X, dado que o Y não
contém esse alelo.
Hereditariedade humana
Uma vez que se descobriu qual é o gene dominante e qual é o recessivo, vamos agora
localizar os homozigotos recessivos, porque todos eles manifestam o caráter
recessivo. Depois disso, podemos começar a descobrir os genótipos das outras
pessoas. Devemos nos lembrar de duas coisas:
1ª) Em um par de genes alelos, um veio do pai e o outro veio da mãe. Se um
indivíduo é homozigoto recessivo, ele deve ter recebido um gene recessivo de cada
ancestral.
2ª) Se um indivíduo é homozigoto recessivo, ele envia o gene recessivo para todos os
seus filhos. Dessa forma, como em um “quebra-cabeças”, os outros genótipos vão
sendo descobertos. Todos os genótipos devem ser indicados, mesmo que na sua
forma parcial (A_, por exemplo).”
Fonte : http://www.infoescola.com/genetica/genealogia/
HEREDITARIEDADE AUTOSSÓMICA
A Fenilcetorúnia (PKU) é uma doença genética rara que pode ser diagnosticada e
prevenida logo à nascença, através do teste do pezinho. É uma doença é autossómica
recessiva e afeta aproximadamente um em cada dez mil indivíduos da população
caucasiana. Esta doença deve-se a uma mutação no gene fenilalanina hidroxilase que
é uma enzima que catalisa a conversão da fenilalanina (aminoácido), presente nos
alimentos, em tirosina (importante para a síntese da melanina), ao nível do fígado.
Esta enzima, nas pessoas normais, vem de um gene presente no cromossoma 12, a
pessoa com a mutação, possui em vez desta enzima, uma não funcional. Os
homozigóticos recessivos, em relação a esta mutação, não catalizam o aminoácido
em tirosina mas sim num ácido, o ácido fenilpirúvico. Este em conjunto com a
fenilalina no sangue faz com que o desenvolvimento do cérebro da criança portadora
seja afetado originando perturbações motoras e convulsões
Pelo facto dos progenitores poderem não apresentar este fenótipo, ou seja
progenitores normais podem ter filhos e filhas com esta doença, leva a concluir que a
doença é determinada por um alelo autossomático recessivo porque: os homens e as
mulheres são igualmente afetadas, por isso não vem do sexo; a maioria dos afetados
provém de progenitores normais; os heterozigóticos apresentam um fenótipo normal
e dois progenitores afetados terão toda a sua descendência afetada.
Com os benefícios da genética, hoje, uma criança com esta doença, precocemente
diagnosticada, poderá ter uma vida normal.
http://illustratedmedicine.blogspot.pt/2010_09_01_archive.html
A doença de Huntington
Por ser uma doença genética, atualmente não tem cura. No entanto, os sintomas
podem ser minimizados com a administração de medicação.
Daltonismo
Dd- Mulher com visão normal-Heterozigótica portadora do gene anômalo (Dd, normal)
É menos provável que a mulher seja daltónica do que o homem uma vez que para que
a mulher seja daltónica necessita que os seus dois alelos sejam dd e no homem,
como só possui um cromossoma X, basta aparecer neste o gene recessivo (d).
Se a mãe não for daltónica nem portadora (DD) e o pai possuir visão normal (D),
nenhum dos descendentes será daltónico nem portador.
Se a mãe possuir visão normal (DD) e o pai for daltónico (d), nenhum dos
descendentes será daltónico, porém as filhas serão portadoras do gene (Dd).
Se a mãe for portadora do gene (Dd) e o pai possuir visão normal (D), há a
probabilidade de 50% dos filhos serem daltónicos e 50% das filhas serem portadoras
do gene.
Se a mãe for portadora do gene (Dd) e o pai for daltónico (d), 50% dos filhos e das
filhas serão daltónicos.
Se a mãe for daltónica (dd) e o pai possuir visão normal (D), todos os filhos serão
daltónicos (d) e todas as filhas serão portadoras (Dd).
Se a mãe for daltónica (dd) e o pai também (d) 100% dos filhos e filhas também serão
daltónicos.
Hemofilia
Há vários tipos de hemofilia (A,B e C), a mais frequente é a A e é causada pela falta
de um fator (VIII) de coagulação que é controlado por um gene existente no
cromossoma X. A hemofilia B é também causada por falta de um fator (IX), também
sintetizado pelo cromossoma X, e a C está ausente o fator XI mas sintetizado por um
gene autossómico.
A doença pode ser controlada administrando o fator que está ausente no sangue.
Se um homem com hemofilia A (XhY) se casar com uma mulher não hemofílica
(XHXH) nenhum de seus filhos e filhas terá a doença, mas as filhas serão portadoras e
poderão ter filhos hemofílicos, mesmo que se casem com homens normais.
http://biologia-ap.no.comunidades.net/index.php?pagina=1196451636
Portanto, a hemofilia (e outras ligadas ao sexo) transfere-se de um homem para o
seu neto por meio de sua filha.
As mulheres hemofílicas são muito raras (XhXh), pois é necessário que um homem
hemofílico (XhY) se case com uma mulher portadora (XHXh).
É constituído por um grupo de genes ordenados lado a lado que codificam enzimas
que trabalham numa mesma via metabólica, controladas por um único promotor.
- região do promotor, porção do DNA à qual se liga a RNA polimerase, dando inicio
à transcrição;
http://aprendendogenetica.blogspot.pt/2011/05/aulas-6-e-7-biologia-regulacao-
da.html
https://www.youtube.com/watch?v=lK4LadkOll0
http://www.theguardian.com/science/2013/apr/25/francois-jacob
O Operão da lactose é comandada por 3 genes estruturais, a LacZ, LacY e LacA, que
codificam as enzimas necessárias ao metabolismo da lactose, tem ainda o gene
operador, segmentos do DNA onde se pode ligar o repressor); um gene promotor,
segmento do DNA onde se liga a RNA polimerase desde que o promotor esteja livre do
repressor; e ainda o gene regulador, gene responsável pela produção do repressor e
que se localiza fora do operão.
Na ausência de lactose
O gene regulador determina a síntese do repressor que está ativo. O repressor liga-se
ao operador, a enzima RNA-polimerase não se liga ao promotor, e bloqueia a
transcrição dos genes estruturais (Z,Y,A) que codificam as 3 enzimas, portanto não se
formam, porque não há necessidade.
Na presença de lactose
O triptofano é um aminoácido que pode ser produzido pela E.coli ou vir do meio
externo e se isto acontecer a bactéria não necessita de sintetiza-lo, logo também
não é necessário produzir enzimas que são necessárias à sua síntese.
Este mecanismo, é como foi referido, repressivo. O triptofano vindo do
exterior liga-se ao operador e impede a transcrição dos genes estruturais,
responsáveis pela produção de enzimas envolvidas na síntese do triptofano. Chama-
se ao triptofano de correpressor.
2.1. Mutações
Os efeitos de uma mutação numa célula são imprevisíveis, por vezes podem ser
benéficas, outras vezes prejudiciais, podendo inclusive levar à morte e outras vezes
o efeito pode ser neutro.
As mutações podem ocorrer nas células somáticas ou nas linhas germinativas e têm
consequências diferentes. Uma célula somática que sofreu uma mutação, por
meiose, cria clones que poderá afetar a vida do indivíduo mas não a dos seus
descentes e as mutações na células das linhas germinativas pode ser transmitida aos
seus descendentes.
Deleção
Inversão
Translocação
Duplicação
Na duplicação, há a formação de um segmento adicional num dos
cromossomas, ou seja, há duplicação. De modo geral, as consequências de
uma duplicação são bem toleradas pois não há falta de material genético.
Poliploidia
A Poliploidia é a ocorrência de dois ou mais pares de cromossomos homólogos numa
célula. O número de cromossomas destes seres é um múltiplo do número de
cromossomas do gameta: 3n, 4n…
Estes seres não se podem cruzar com os da sua espécie mas podem reproduzir-se
assexuadamente. É muito frequente nos vegetais e pode trazer vantagens para o
homem, que provoca a polipoidia das plantas em laboratório para seu belo proveito.
Qualquer agente que seja responsável por uma mutação é um agente mutagénico e o
processo que leva ao seu aparecimento é a mutagénese. Embora as nossas células
tenham grande capacidade de reparação das alterações, muitas vezes não
conseguem.
As mutações podem ser espontâneas ou induzidas, ambas são alterações definitivas
no DNA da célula, mas a espontânea está relacionada com o mau funcionamento da
células e as induzidas têm causas externas, os agentes mutagénicos.
As espontâneas podem ser causadas pela forma incorreta que se ligam as bases, por
exemplo em vez da citosina emparelhar com a guanina, emparelha com a adenina;
por vezes reações químicas que ocorrem na célula podem gerar alteações nas bases e
até a DNA polimerase pode gerar erros na duplicação do DNA.
Existe ainda um outro processo que leva à morte da célula, a necrose, mas este
deve-se à falta de nutrientes essenciais ou à ação de agentes tóxicos na célula.
http://www.virtual.unifesp.br/unifesp/bio40/apoptose/
http://www.noas.com.br/ensino-medio/biologia/citologia/apoptose-e-necrose/ animação
Diariamente o nosso organismo debate-se com células neoplásicas que são eliminadas
por apoptose. Se estas células não forem destruídas, porque foram geneticamente
alteradas, surge o cancro.
As células do nosso corpo são, assim, reguladas de forma a que haja um balanço
entre os genes que induzem o crescimento celular (proto-oncogenes) e os genes que
bloqueiam o crescimento ( supressores de tumores).
As mutações têm aspetos positivos e negativos, como já vimos, se por um lado podem
originar doenças letais, ou acarretar anomalias graves, por outro, são responsáveis
pelo aumento da variabilidade genética, promovendo a evolução das espécies e ao
nível do homem, o conhecimento de genética tem permitido à nossa sociedade
utilizá-las, como por exemplo, na criação de determinadas mutações em seres vivos
que consumimos. É sabido que ingerimos muitos alimentos cujo o cariotipo foi
alterado com vista a uma maior rentabilidade, ou na introdução de determinadas
características mais apreciadas pelo homem.
Enzimas de restrição
A grande descoberta das enzimas de restrição originou uma revolução ao nível das
ferramentas da engenharia genética.
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Biotecnologia/recombinante.php
O plasmídeo é retirado da bactéria para que se possa introduzir o DNA do outro
organismo.
“Recorta-se” o
gene de interesse
através das enzimas
de restrição, do
DNA humano.
Esse fragmento de
DNA contendo o
gene é multiplicado
por PCR (reações
de polimerização
em cadeia) para
obtermos várias
cópias do mesmo
fragmento (ou da
mesma
informação).
A mesma enzima
que cortou o gene
do DNA humano é
utilizada para
cortar o plasmídeo
bacteriano.
A seguir o
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Biotecnologia/recombinante.php
plasmídeo cortado
é misturado com os
fragmentos de DNA
(contendo o gene)
e a enzima ligase
“cola” as
extremidades
coesivas dos
fragmentos ao
plasmídeo,
produzindo o
chamado DNA
recombinante.
Finalmente o DNA
recombinante é
introduzido numa
bactéria
hospedeira.
A bactéria
hospedeira é
colocada em meio
nutritivo seletivo,
apenas aquelas que
possuem o DNA
recombinante
crescem, formando
colónias. Após
muitas gerações de
bactérias, o
produto da
expressão dos
genes, as proteínas
humanas, são
purificadas das
bactérias (são
separadas das
proteínas das
bactérias).
DNA recombinante
http://pt.scribd.com/doc/46819023/APLICACOES-DA-ENGENHARIA-GENETICA-Resumo
http://www.medicinageriatrica.com.br/2013/01/16/terapia-genica-producao-de-
insulina/
O cDNA é obtido a partir do RNA mensageiro (rRNA) maturado (já não possui intrões)
por complementaridade de bases. Esta transcrição em sentido inverso é conseguida
através da ação da enzima viral denominada transcriptase reversa. Assim, o mRNA
funciona como molde para a síntese de uma cadeia de DNA. Após a formação da
cadeia de DNA, a enzima DNA polimerase atua, formando, por complementaridade,
a outra cadeia de DNA a partir dos nucleótidos presentes no meio, constituindo-se
uma molécula estável.
Porto editora
Este processo baseia-se no processo de replicação de DNA que ocorre in vivo e é uma
das técnicas para clonar DNA de modo a obter grandes quantidades de uma
determinada porção de DNA, a partir de uma pequena amostra.
Em primeiro lugar, deve-se extrair o material genético da célula com interesse sem o
danificar. Normalmente, o material extraído é o DNA mas pode-se trabalhar também
com o RNA num método designado RT-PCR (reverse transcription polymerase chain
reaction) que é uma variante do PCR e possui outras aplicações.
Depois de extraído o DNA, é aquecido o DNA para a separação das duas cadeias, é-lhe
adicionada uma mistura que contém nucleótidos (adenina, timina, guanina e
citosina), nucleótidos iniciadores (primers) e a enzima DNA polimerase. Toda esta
mistura é colocada na máquina de PCR, o termociclador, que efetua ciclos de
temperatura preestabelecidos com tempos exatos. Repete-se o procedimento até se
obter as cópias pretendidas.