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LABORATÓRIO DE HISTOCOMPATIBILIDADE
IMUNOGENÉTICA
Combinação de estudos Imunológicos e Genética
1936 – Peter Gorer descreve o antígeno eritrocitário II em
camundongos
Enxerto
A A aceito
Enxerto
B A rejeitado
B AXB Enxerto
aceito
AXB Enxerto
B rejeitado
1948 – Peter Gorer associa-se a George Snell e juntos reportam que o antígeno II,
também era o Principal Antígeno de Histocompatibilidade do camundongo
(Prêmio Nobel em 1980)
Sistema H-2
1952 – Jean Dausset observa a presença de leucoaglutininas no soro de
um paciente politransfundido, quando misturava o soro do paciente
numa lâmina de vidro, com leucócitos de um outro indivíduo (Prêmio
Nobel em 1980)
1962 – Jon J van Rood testa por método de leucoaglutinação a reação de 100
soros de multíparas contra leucócitos de 100 indivíduos normais e seus
padrões de reação
Bw4 e Bw6
1964 – Paul Ichiro Terasaki introduz a técnica de microlinfocitotoxidade
LA e FOUR
Dois meses mais tarde, este sistema foi denominado de: HL-A
Definição dos produtos dos genes HLA e motivo de intensas análises até os dias de hoje
Reconhecimento da importância do HLA em transplantes de órgãos sólidos e de células
hematopoiéticas
A associação de HLA com genes de susceptibilidade a doenças
Descobrimento do papel das moléculas HLA na iniciação da resposta imunológica
Facilitaram o entendimento dos mecanismos de reconhecimento do “self e non-self”, sob o
qual depende a sobrevivência das espécies
Comprovaram que um dos determinantes mais importantes para a sobrevivência humana, é
o SISTEMA HLA
Transplante de Medula Óssea (Fatos Históricos)
1968 - Realizado o 1º Tx de medula com doador aparentado
1973 - Realizado o 1º Tx de medula com doador não aparentado
1974 - Criação do 1º Registro de doadores voluntários – The Anthony Nolan Trust
1979 - Realizado o 1º Tx de medula óssea no Brasil – UFPR- Dr.Ricardo Pasquini
1984 - Criação do CEMO - Centro de Medula Óssea - INCA
1986 - Criação do CRIR – Caitling Raymond International Registry
1987 - Criação do NMDP – National Marrow Donor Program
1988 - Criação do BMDW – Bone Marrow Donors Worldwide
1988 - Realizado o 1º Tx de células de cordão umbilical
1990 - Elaboração do projeto do Banco de Doadores Voluntários de Medula Brasileiro –
Dr. Jose Roberto Feresin Moraes
1992 - Criação do REDOME
– REDOME –
(Registro Nacional do Doadores Voluntários de Medula Óssea)
Objetivo:
•• Sistema HLA
Sistema HLA localizado
localizado no
no braço
braço
curto
curto do
do cromossomo
cromossomo 6, 6, na
na região
região
6p21.3
6p21.3
•• ÉÉ oo representante
representante do
do MHC
MHC na
na espécie
espécie
humana.
humana.
•• Apresenta-se
Apresenta-se como
como um
um conjunto
conjunto de
de
genes
genes intimamente
intimamente relacionados,
relacionados, que
que
codificam
codificam aa síntese
síntese de
de dois
dois grupos
grupos
principais
principais de
de moléculas
moléculas (HLA-Classe
(HLA-Classe II ee
HLA-Classe
HLA-Classe II).
II).
•• Compreende
Compreende ainda
ainda genes
genes que
que codificam
codificam
moléculas
moléculas HLA
HLA “não-clássicas”
“não-clássicas” ee
moléculas
moléculas “não-HLA”.
“não-HLA”.
Antígenos Leucotários Humanos
Cromossomo 6
Tel Braço longo Cen Braço curto Tel
Região HLA
6p21.1-21.3
Genes diferentes, produtos semelhantes, funções iguais
A
A expressão
expressão dos
dos genes
genes HLA
HLA éé co-dominante,
co-dominante, oo que
que equivale
equivale aa dizer
dizer que
que
os
os dois
dois alelos
alelos do
do par
par de homólogos são expressos nos heterozigotos.
Esquema de Poligenia
AA poligenia
poligenia garante
garante que
que cada
cada indivíduo
indivíduo produza
produza várias
várias moléculas
moléculas HLA
HLA diferentes,
diferentes, oo que
que
oo torna
torna mais
mais capacitado
capacitado aa enfrentar
enfrentar os
os diferentes
diferentes desafios
desafios imunogênicos
imunogênicos com
com
mais
mais chances
chances de
de “sobrevivência”
“sobrevivência” ..
Herança - Modo mendeliano
Herança
Herança em Bloco
Distribuição
Distribuição dos
dos haplótipos
haplótipos parentais
parentais
AB CD
AD BD
AC BC
A
A segregação
segregação dos
dos haplótipos
haplótipos HLA
HLA éé dita
dita Mendeliana
Mendeliana porque ocorre, em
média,
média, em
em proporções
proporções fixas
fixas entre
entre aa prole
prole de
de cada
cada casal
casal específico.
específico.
Recombinação (crossing-over)
•• A
A recombinação
recombinação ocorre
ocorre durante
durante aa
prófase
prófase da
da Meiose
Meiose I:I:
–– Os
Os cromossomos
cromossomos duplicam-se
duplicam-se na na
intérfase.
intérfase.
–– Durante
Durante aa prófase,
prófase, os
os homólogos
homólogos se se
alinham e cada par se apresenta
alinham e cada par se apresenta como como
um
um bivalente
bivalente ouou tétrade
tétrade (4(4 cromátides)
cromátides)
–– Os
Os dois
dois homólogos
homólogos de de cada
cada bivalente
bivalente
ficam
ficam muito
muito próximos
próximos ee uma
uma cromátide
cromátide
de
de cada
cada membro
membro do do par
par se
se une
une àà outra,
outra,
em
em pontos
pontos chamados
chamados quiasmas.
quiasmas.
•• Os
Os quiasmas
quiasmas sãosão marcadores
marcadores dos
dos
locais
locais onde
onde ocorre
ocorre crossing-over.
crossing-over.
•• Em
Em geral
geral ocorrem
ocorrem vários
vários quiasmas
quiasmas em
em
cada
cada bivalente
bivalente (em
(em média
média 50)
50) nos
nos
cromossomos
cromossomos humanos.
humanos.
Haplótipo Recombinante
AB CD
AD BD
AC BC
CD
Gametas:
A
B A/BC etc ...
A/B
B/A
Quando
Quando ocorre, em um dos progenitores,
progenitores, um
um evento
evento de
de
recombinação
recombinação envolvendo
envolvendo aa região
região HLA,
HLA, o
o número
número de
de combinações
combinações
haplotípicas
haplotípicas possíveis
possíveis pula
pula de
de 44 para
para 8.
8.
Probabilidades - fórmula de chance
No Chance de HLA-
Irmãos Idêntico(%)
1 25
••A
A probabilidade
probabilidade dede cada
cada combinação
combinação 2 43,7
haplotípica
haplotípica éé de
de 25%
25% emem cada
cada gestação.
gestação.
3 57,8
4 68,3
••A
A chance
chance de
de dois
dois irmãos,
irmãos, filhos
filhos do
do mesmo
mesmo
5 76,3
pai
pai ee da
da mesma
mesma mãe,
mãe, serem
serem HLA-idênticos
HLA-idênticos
6 82,2
éé calculada
calculada pela
pela fórmula
fórmula 1-0,75
1-0,75nn (onde
(onde nn ==
número 7 86,6
número dede irmãos).
irmãos).
8 89,9
9 92,5
Estrutura da molécula HLA classe I
Os exons 2 e 3 codificam
os domínios alfa 1 e 2 das
moléculas HLA classe I
Estrutura da molécula HLA classe II
Moléculas HLA classe II são heterodímeros
com polimorfismo nas cadeias apha e beta (muito
menos polimórfica)
Ambas as cadeias são compostas por 2 domínios
extracelulares (α1, α2 e β1, β2)
Juntos os domínios α1 e β1 formam a fenda de
ligação do peptídeo
Apresentam peptídeos derivados de proteínas
extracelulares para os receptores das células T CD4+
Envolvidos na reposta imune à infecções com
agentes extra celulares e à moléculas HLA não-
próprias
Retrito a superfície de células especializadas do
sistema imune (macrófagos, linfócitos B, ...)
Estrutura da molécula HLA classe II
Diferenças encontradas nos diferentes alelos fora da região do SRA não são
consideradas relevantes na seleção dos pares receptores e doadores com
finalidade de transplantes de células progenitoras hematopoiéticas
Representação esquemática das moléculas de histocompatibilidade de classe
I (HLA-A, B e C) e das de classe II (HLA-DR, DQ e DP), ressaltando os
domínios de maior polimorfismo.
Células dos pacientes eram misturadas com vários soros, incubadas e então o
Complemento e um corante vital eram adicionados
No final dos anos 80 e durante os anos 90, houve um grande avanço nos
procedimentos de tipificação dos alelos HLA, utilizando-se o DNA genômico
Conhecimentos necessários:
Década de 80
PCR-RFLP (restriction fragment lenght polymorphism)
Extração
Extração do
do DNA
DNA
Amplificação
Amplificação com primers
primers
Eletroforese
Eletroforese em gel
gel de
de agarose
agarose alelo-específicos
alelo-específicos
Coloração
Coloração com
com brometo de etídio
etídio
PCR- SSOP
(sequence specific oligonucleotide probe)
HLA classe I
HLA classe II
PCR- SSOP
Luminex (One Lambda ® )
532 nm
633 nm
APD
APD APD
Princípio:
1. Amplificação 2. Desnaturação/Neutralização
3. Hibridização 4. Marcação
Avaliação do Resultado de Amplificação
3. Hibridização
7. Leitura (15 min. a 60ºC)
Amplificação
(90 min.)
N = Null
HLA-A*01:101:01:02N L = Low
S = Secreted
Q = Questionable
Prefixo HLA Gene
1° campo:
Grupo alélico 4° campo: Polimorfismo fora da região
(equivalente 2° campo: codificadora (introns)
sorológico) Proteína HLA específica
http://hla.alleles.org/alleles/index.html.
Nomenclatura HLA
Haplótipo
-Combinação de alelos de dois ou mais loci localizados
o mesmo cromossomo
Ex: HLA-A*01-B*08 A*01 A*24
HLA-A*24-B*40 B*08 B*40
Genótipo
- Combinação de dois haplótipos, um de cada progenitor,
herdado por um indivíduo
Ex: HLA-A*01, A*24
HLA-B*08, B*40
Desequilíbrio de de Ligação
- Presença de dois alelos que são herdados juntos com uma frequencia maior do que o esperado,
baseado na frequencia de cada alelo
Desequilíbrio de ligação
http://www.allelefrequencies.net/
Transplantes de células tronco hematopoiéticas
Tipos
singênico (irmão gêmeo);
alogênico;
relacionado ou aparentado (irmão ou familiar);
não relacionado ou não aparentado (não familiar, por exemplo, os do Registro Brasileiro de Doadores
Voluntários de Medula Óssea - Redome);
Autólogo ou autogênico (medula óssea originária do próprio paciente com ou sem tratamento in vitro).
Transplantes de células tronco hematopoiéticas
Tipos
singênico (irmão gêmeo);
alogênico;
- relacionado ou aparentado (irmão ou familiar);
- não relacionado ou não aparentado (não familiar, por exemplo, os do Registro
Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea - Redome);
• autólogo ou autogênico (medula óssea originária do próprio paciente com ou sem tratamento in vitro).
HLA e Transplante
Transplante
Histórico
Início dos anos 50 – primeiro Tx de rim entre dois irmãos gêmeos idênticos
Final dos anos 50 – primeiro Tx de rim entre dois indivíduos não aparentados
Rejeição Incompatibilidade
HLA
Imunológica
RECEPTOR RECEPTOR
ENXERTO
Células B Células T
Imunologia dos Transplantes
Rejeição Imunológica
Resposta imune do receptor contra o transplante (enxerto):
Rejeição
Enxerto
GVHD
Enxerto
Imunologia dos Transplantes
Mortalidade
A* B* C* DRB1* DQB1*
29 42 07
PACIENTE
01 07 04
29 42 07
DOADOR
01 07 04
COMPATIBILIDADE HLA
A* B* C* DRB1* DQB1*
29 42 02 07:01 02:01
PACIENTE
01 07 04 04:03 03:01
29 42 02 07:01 02:01
DOADOR
01 07 04 04:02 03:01
COMPATIBILIDADE HLA
A* B* C* DRB1* DQB1*
29 42 02 07:01 02:01
PACIENTE
01 07 04 04:03 03:01
29 42 02 07:01 02:01
DOADOR
01 07 04 04:03 03:01
COMPATIBILIDADE HLA
A* B* C* DRB1* DQB1*
◦ Doador com compatibilidade DQB1 (9/10) para evitar um “efeito aditivo de DQB1”
―Se não houver outro doador disponível ou tempo para iniciar outro processo de busca,
empregar medidas para a remoção dos anticorpos anti-HLA pré-formados
Critérios de exclusão de receptor
Riscos:
Anestesia
Infecção
Dor
Sangramento/ hematomas
MO aspirada da crista ilíaca posterior
Hipocalcemia:
Infecção
Trombose
Parestesias
Arritmias Pneumotórax
Fator de crescimento
2ª ETAPA - INFUSÃO
As Células migram para a Medula Óssea
AUTOGÊNICO ALOGÊNICO
Recuperação Hematológica 10 a 20 dias 2 a 4 semanas
Recuperação Imunológica 3 meses meses a anos
Drogas utilizadas no condicionamento
Infusão
Dia 0 Dia +30
Dados Atuais
Programa Nacional de Doadores de Medula (NMDP) relata que:
Mucosite
Renais
0 (nenhum) 0 0 0 0
I (leve) + a ++ 0 0 0
II (moderado) + a +++ + + +
III (severa) ++ a ++++ + a +++ + a +++ ++
IV (fatal) ++ a ++++ ++ a ++++ ++ a ++++ +++
DECH Aguda - Quadro
Clínico
Febre
Rash cutâneo
Náusea
Diarréia
Equipe HLA
Ágatha Costa
Beatriz Leal Isadora Cruz
Flávia Rodrigues Leciane Simões
Glaydson Fróes Luciana Lara
Mary Cruz Farmacêutico-Bioquímico
Dra. Milena BatistaRegina Responsável Técnico
Amarante ADC| T.GLA | LABORATÓRIO DE
Dr. Fernando Basques
HISTOCOMPATIBILIDADE
Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas
Gerais - HEMOMINAS
felipe.brito@hemominas.mg.gov.br
hla@hemominas.mg.gov.br
souzafcb@gmail.com.br
Tel: (31) 3768-4603/4564
Fax: (31) 3768-4564
Celular: (31) 997016169