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Genética Humana

DNA como Veículo da


Hereditariedade

Prof. Dr. Ronaldo Celerino


Centro Acadêmico de Vitória
Universidade Federal de Pernambuco
A Vida

Vida é caracterizada por


uma extraordinária
diversidade
Organização Vital
Células

Eucariontes

Procariontes
O corpo
humano
contém
cerca de 100
trilhões de
células.
Núcleo Celular
Células Eucariontes

Cloroplastos

Mitocôndrias
Genes

 Unidade fundamental da
hereditariedade;

 Localizados nos cromossomos;

 Herança + fatores ambientais -


expressão das características;

 Diferentes formas - alelos;

 Genótipo – informação genética de


um organismo individual;

 Fenótipo – Característica (genótipo


juntamente com fatores ambientais);
Do DNA aos Cromossomos

Fita de DNA esticada – 2 metros de comprimento


Todo genoma de um adulto – 70 viagens da Terra por o Sol
Cromossomos

Cromossomos = DNA + proteínas Humanos 2n = 46


Genes em Ação

 Dogma Central da Biologia


Molecular;

 As mutações são
alterações herdáveis e
permanentes, na
informação genética

 Tipos:
 Gênicas – afetam apenas de
um único gene;
 Cromossômicas – alteração
no nº e estrutura dos
cromossomos - vários genes;
Transmissão do Material
Genético
Gene: unidade fundamental da
hereditariedade

 1865 – Genes transmitiam a informação


genética;

Genes – composição: ácidos nucléicos


(não aceitas até 1950);

 Ceticismo – falta de conhecimento sobre


a estrutura do DNA, sua estocagem e
Gregor Mendel transmissão de informação;

Biólogos reconheciam que qualquer que


fosse a natureza do material genético, esse
deveria possuir três funções básicas ...
Funções do Material Genético

Função genotípica (replicação) - estocagem e transmissão da


informação genética, com precisão dos genitores para a prole,
geração após geração.

Função fenotípica (expressão gênica) – controle do


desenvolvimento do fenótipo do organismo – determinação do
crescimento do organismo (zigoto unicelular até o adulto).

Função evolutiva (mutações) – Mudanças para produção de


variações, permitindo aos organismos se adaptar a modificações
no ambiente (evolução).
Estudando a Natureza da Informação
Genética...
Miescher (1868)
 Química dos tecidos - Chave para a
compreensão das doenças;

 Química do pus – leucócitos com


grandes núcleos;

 Substância isolada:

 Levemente ácida e rica em fósforo;


Johann Friedrich Miescher
Médico Suíço
 DNA e proteínas – denominou de
nucleína e, posteriormente, ácidos
nucléicos;

 1887 – Conclusão: núcleo base física


da hereditariedade;

 Cromatina: ác. nucléicos + proteínas;


A Química do DNA

Albrecht Kossel

 Final de 1800 – Determinou que o DNA continha


quatro bases nitrogenadas:
Teoria do Tetranucleotídeo
 DNA – consiste de um grande número de
unidades ligadas e repetidas –
nucleotídeos;
 Nucleotídeo: açúcar + fostato + base
nitrogenada;

Phoebus Aaron
Levene (1905)
Teoria do Tetranucleotídeo
 Teoria dos tetranucleotídeos - DNA
consistia de uma série de unidades de
4 nucleotídeos, contendo todas as 4
bases em uma sequência fixa;

 Conclusão errônea: DNA não era


suficientemente variável para ser o
material genético;

 Contribuiu para a idéia: proteína como


Phoebus Aaron material genético;
Levene (1905)

 Proteínas – 20 aminoácidos – podia


ser altamente variável.
Regra de Chargaff

 Dosagem das 4 bases nitrogenadas


em diversos organismos;
 Resultado: grande variabilidade na
composição de bases;
 Choque com a teoria do
tetranucleotídeo;
 Conclusão: cada espécie possui
regularidade nas proporções de bases
Erwin Chargaff
nitrogenadas;
 Regra de Chargaff:
A Descoberta do Princípio
Transformante (1928)

 Médico Inglês – Pneumonia (Streptococcus


pneumoniae);

 Linhagens:

 Virulentas (lisa ou smooth) – bactéria


com uma capa de polissacarídeo –
colônia com aspecto liso;

 Não virulentas (rugosas): sem capa de


Frederick Griffith
polissacarídeos – colônia com aspecto
rugoso;
Princípio Transformante (1928)
Princípio Transformante (1928)
Interpretações dos
Experimentos

 Primeira: esterilização não suficiente das


linhagens IIIS;

 Segunda: bactérias vivas tipo IIR tinham mutado


para forma virulenta S (requeria diversas
mutações);

 Conclusões:
 Bactérias IIR tinha sido transformadas –
aquisição de virulência das bactérias IIIS –
mudança permanente.
Frederick Griffith  Não se sabia a natureza da transformação;

 Possivelmente... alguma substância do envoltório


de polissacarídeo das bactérias mortas poderiam
ser responsável pela transformação;
Avery (1944)

Oswald Avery Colin MacLeod Maclyn McCarty

 Desconfiança;

 Confirmação da natureza do princípio transformante;

 10 anos de trabalho - Isolamento e purificação do princípio


transformante;

 Princípio transformante – composição química correspondente a


molécula do DNA;
Experimentos de Avery (1944)
Conclusões de Avery e Cols
(1944)

Precipitação e absorção da luz ultravioleta

DNA – Princípio Transformante


Mesma taxa e mesmo comprimento de onda
que o DNA
Hershey-Chasen (1952)

 Estudo com o bacteriófago T2 de E.


coli (descrição);

 Reprodução de fagos - ligação à


parede externa da célula bacteriana
Alfred Hershey e injeção de seu DNA na célula -
replicação e síntese de proteínas -
novos fagos – lise celular;

 Sabia-se apenas que eram


compostos por 50% de ácidos
nucléicos e 50% de proteínas;
Martha Chasen
Experimentos de Hershey-
Chasen (1952)
 Objetivo: proteínas ou DNA do fago era transmitida na
reprodução;
 Métodos: isótopos radioativos;
 Proteínas – marcadas com 35S;
 Resultados: maior parte da radioatividade na capa protéicas;
Experimentos de Hershey-
Chasen (1952)

 DNA – marcadas com 32P;

 Resultados: nova prole do fagos emitiam radioatividade.


Conclusão de
Hershey-Chasen (1952)

O DNA e não as proteínas era o material


genético dos fagos
E tudo isso culminou...

Watson e Crick (1953)

Estrutura de Dupla
Hélice do DNA
Obrigado!
ronaldocelerino@yahoo.com.br

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