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O que é aExpressão

filosofia?da
informação genética
Crescimento e renovação Celular

O nosso planeta apresenta uma grande diversidade de seres vivos distribuídos pelos ambientes mais diversos.

A Biodiversidade é uma riqueza inesgotável!

Apesar das diferenças existentes entre os seres


vivos, há uma unidade estrutural e funcional
comum a todos – a célula – a unidade básica
da vida.

Esta semelhança também se revela a nível


molecular  os organismos apresentam os
mesmos constituintes bioquímicos.

Como é possível explicar a grande diversidade de seres vivos que existem na natureza?
Crescimento e renovação Celular

Por muito diferentes que os organismos sejam entre si, é a partir de uma única célula que se origina um
indivíduo.

Esta célula contém toda a informação necessária para o


desenvolvimento do indivíduo.

Podemos questionarmo-nos:
• Onde se encontra armazenada toda a informação hereditária e como é transmitida à descendência?
• Que processos são responsáveis pela unidade e variabilidade celular?
• Como explicar o crescimento dos seres vivos e a regeneração dos tecidos?
• Como explicar o facto de as células de um indivíduo não serem todas iguais?
•Quem somos, afinal?

https://www.youtube.com/watch?v=PC6QbS2-GGY
Crescimento e renovação Celular

Sabe-se hoje que as características estruturais e funcionais dos diferentes organismos dependem da existência
de uma grande diversidade de moléculas, das quais se destacam as proteínas cuja produção está dependente da
existência de ácidos nucleicos.

O suporte físico da informação necessária para o desenvolvimento de um ser vivo permaneceu desconhecido
até meados do séc.XX.

• Em finais do séc. XIX, o bioquímico alemão Miescher, a partir de células com grandes núcleos, isolou uma
substância de elevado peso molecular – nucleína (atualmente designada por ácido desoxirribonucleico,
permaneceu ignorada durante quase um século).
Crescimento e renovação Celular

• Considerava-se, de forma generalizada, que as proteínas nucleares eram as macromoléculas portadoras da


informação genética.
Grande complexidade e diversidade das proteínas, comparadas com o DNA;

Existência de doenças hereditárias associadas à falta de determinadas enzimas.

Só em meados séc. XX é que foram feitas experiências que atribuíram ao DNA o suporte físico da
informação dos seres vivos. Em 1928, Frederick Griffith (bacteriologista) deu o 1º passo para a identificação
da molécula suporte da informação genética.
Atividade
Quais foram os principais contributos para a descoberta do material genético das células?

Doc. 1 Experiências de Frederick Griffith, 1928 (páginas 12 e 13)

A B C D

Bactérias S
Bactérias R
Atividade
Quais foram os principais contributos para a descoberta do material genético das células?

Doc. 1
Em 1928, Frederick Griffith realizou uma série de experiências com duas estirpes da bactéria Streptococcus pneumoniae,
responsável pela pneumonia. A estirpe S apresenta uma cápsula que a torna infeciosa; a estirpe R, sem cápsula, não é
infeciosa. Em lotes de ratos saudáveis, foram injetadas bactérias S (fig. 3A), bactérias R (fig. 3B), bactérias S mortas pelo
calor (fig. 3C) e uma mistura de bactérias R vivas com bactérias S mortas pelo calor (fig. 3D).
Os resultados obtidos estão representados na figura 3. No sangue dos ratos da experiência D foram encontrada bactérias
S vivas.
Atividade
Quais foram os principais contributos para a descoberta do material genético das células?

Doc. 2 Experiências de Oswald e Avery, 1944.

Na sequência dos trabalhos de Griffith, Oswald Avery e


colaboradores, em 1944, lançaram-se na pesquisa da
natureza química do composto celular responsável pela
transformação das bactérias Streptococcus pneumoniae.

Após terem obtido um extrato a partir de bactérias S


mortas, submeteram quatro amostras desse extrato a
tratamentos com diferentes enzimas hidrolíticas capazes de
degradar proteínas, RNA e DNA (fig. 4I).

De seguida, foram adicionadas bactérias R vivas às


amostras tratadas (fig. 4II), tendo sido observado o
crescimento de bactérias, em placas de Petri, a partir dessas
culturas (fig. 4III).
Atividade
Quais foram os principais contributos para a descoberta do material genético das células?

Doc. 3 Experiências de Alfred Hershey e Martha Chase, 1952.

Os bacteriófagos T são vírus que infetam bactérias Escherichia coli*.


Estes parasitas acelulares são compostos por DNA envolvido por uma
cápsula de proteínas. Quando infetam uma bactéria (fig. 5), transferem
para ela o seu DNA, transformando-a num sistema de fabrico de novos
vírus.

Em 1952, Alfred Hershey e Martha Chase realizaram uma experiência


para determinar qual das moléculas existentes nos vírus (DNA ou
proteínas) seria responsável pela transmissão da informação
hereditária. Nessa experiência usaram bacteriófagos T2 e bactérias E.
coli, recorrendo a isótopos radioativos de fósforo (P) e de enxofre (S)
para marcarem o DNA e as proteínas virais, respetivamente.

* Escherichia coli são as aeróbias comensais mais numerosas do intestino


grosso.
Atividade
Quais foram os principais contributos para a descoberta do material genético das células?

Doc. 3 Experiências de Alfred Hershey e Martha Chase, 1952.

• A partir de bactérias e vírus cultivados num meio com fósforo


radioativo (32P) e num meio com enxofre radioativo (35S), isolaram
vírus com proteínas marcadas e vírus com DNA marcado. Os vírus
marcados foram usados para infetar bactérias (fig. 6A).
• Logo após a infeção, as culturas foram agitadas num liquidificador, de
forma a separar os vírus das células bacterianas (fig. 6B).
• Através de centrifugação, as células bacterianas foram isoladas dos
vírus (fig. 6C). As análises revelaram uma distribuição desigual da
radioatividade nas duas frações dos tubos (fig. 6D).

Nota: A centrifugação permite separar diferentes constituintes de


acordo com a sua densidade. Os mais densos (bactérias) concentram-se
no fundo do tubo, formando um precipitado, enquanto os menos
densos (vírus) ficam no fluido sobrenadante.

Soluções página 13
DNA – ácido desoxirribonucleico

• Monómeros: nucleótidos
uma base nitrogenada (adenina,
• Constituídos por citosina, guanina ou timina)
um grupo fosfato
uma pentose (desoxirribose)

Pirimidinas (anel simples) Purinas (anel duplo)

Citosina (C) Timina (T) Guanina (G) Adenina (A)


DNA – ácido desoxirribonucleico

É, assim, possível definir


Os nucleótidos ligam-se através de ligações
uma orientação da cadeia
fosfodiéster que se estabelecem entre o grupo
de nucleótidos, em função
fosfato de um nucleótido, ligado ao carbono 5
das extremidades livres
(posição 5’) e o carbono 3 (posição 3’) da
(extremidade 5’ e
desoxirribose do nucleótido anterior da cadeia.
extremidade 3’).
DNA – ácido desoxirribonucleico

• Duas cadeias polinucleotídicas


dispostas de forma antiparalela.
• Cadeias unidas por ligações de
hidrogénio entre as bases
complementares.
• Nucleótidos em cadeias
complementares ligam-se por
ligações de hidrogénio:
G – C -> 3
A – T -> 2
DNA – ácido desoxirribonucleico Cromossoma

• Arranjo helicoidal

DNA
RNA – ácido ribonucleico

• Monómeros: nucleótidos
uma base nitrogenada (adenina,
• Constituídos por citosina, guanina ou uracilo)
um grupo fosfato
uma pentose (ribose)
OH

Pirimidinas (anel simples) Purinas (anel duplo)

Citosina (C) Uracilo (U) Guanina (G) Adenina (A)


RNA – ácido ribonucleico

RNA mensageiro RNA de transferência RNA ribossomal

P Local de ligação Ribossoma


ao aminoácido

P Local de reconhecimento
do mRNA (anticodão)
Replicação do DNA
– Modelos hipotéticos
Conservativo Semiconservativo Dispersivo
replicação
Primeira
Resultados esperados

replicação
Segunda
Atividade
Como se replica o DNA?

Experiências de Meselson e Stahl, 1958.


Replicação do DNA

• É possível graças à ação da enzima DNA polimerase.


• Permite a formação de duas moléculas de DNA iguais a uma molécula de DNA anterior.
• Cada uma das moléculas de DNA formadas integra uma das cadeias polinucleotídicas da molécula
original, razão pela qual se considera que a replicação é semiconservativa.

Cadeia de Novas moléculas


crescimento contínuo de DNA

DNA preexistente

Fragmento de Okazaki

Cadeia de
Replicação crescimento descontínuo
Síntese de proteínas
– Conceito de gene • Um gene corresponde à sequência de
nucleótidos de uma molécula de DNA que
contém a informação para a síntese de
uma ou mais proteínas.
Núcleo • O conjunto dos genes de uma espécie
Célula
constitui o seu genoma.

Cromossoma

DNA

Gene
Síntese de proteínas
DNA

A síntese de proteínas ocorre em duas Transcrição

etapas: a transcrição e a tradução.

Núcleo Citoplasma
mRNA

mRNA

Tradução

Proteína Asn Pro Gli Tir


Síntese de proteínas
– Transcrição • Ocorre com a intervenção da enzima RNA polimerase.
• Origina uma molécula de pré-mRNA cuja sequência de
bases é complementar da cadeia-molde do gene transcrito.

RNA polimerase

DNA

mRNA

Transcrição

mRNA
Síntese de proteínas
– Processamento

• Nos eucariontes, o pré-mRNA é Transcrição


encurtado graças à excisão dos
intrões.
• O RNA mensageiro resultante é
constituído somente por exões.
Processamento
• Depois de processado, o mRNA
migra do núcleo para o citoplasma,
onde ocorrerá a tradução.

mRNA
Fen

Síntese de proteínas
Gli

– Características do código genético

Ti
r
Univer
sal
•É comum à maioria
•dos organismos.

Cis
Redun
dante Um aminoácido pode
ser codificado por vários
codões.

L is
Não
ambígu
o Cada codão corresponde Tre

apenas a um aminoácido.
Gl n
Síntese de proteínas
– Tradução

Ocorre nos ribossomas, onde é feita a leitura


da sequência de codões do mRNA, garantindo
a produção de uma sequência correspondente
de aminoácidos.
F EN
Síntese de proteínas
– Tradução

• No processo ocorre a intervenção de


tRNA – RNA de transferência.
• Cada molécula de tRNA possui uma
sequência de três nucleótidos – GLI
anticodão – que determina a ligação a
um aminoácido específico na
extremidade oposta. TR E

• A complementaridade entre os codões e


os anticodões permite que cada
aminoácido seja integrado na cadeia da
proteína de acordo com a sequência de
codões existente no mRNA.
Síntese de proteínas
– Proteínas e metabolismo

• Depois de sintetizadas, as proteínas


podem ser transportadas para o
complexo de Golgi, tornando-se
funcionais.
• Algumas proteínas intervêm em
processos metabólicos no citoplasma
e outras são transportadas para o
interior do núcleo de outros organelos
ou, ainda, para a membrana celular,
onde desempenham funções
específicas.
• Em algumas células (secretoras), as
proteínas são exocitadas para o meio
extracelular.
Segmento do gene normal
Mutações génicas Segmento do gene com mutação

3’ 5’ 3’ 5’
Correspondem a alterações da sequência
de nucleótidos num gene.
mRNA mRNA

U
Classificam-se em:
3’ 5’ 3’ 5’
• sinónimas: se não afetam a função do gene;
• sem sentido: se originam proteínas não
funcionais;
• não sinónimas: se originam proteínas
Pro Glu Glu Pro Val Glu
alteradas, mas funcionais, como é o caso da
Segmento da Segmento da
mutação que origina a anemia falciforme. hemoglobina normal hemoglobina mutante

Glóbulo vermelho Glóbulo vermelho


normal mutante
Atividade
Que implicações têm as mutações na produção das proteínas?

A B

C D

Efeitos de diferentes mutações na estrutura das proteínas.


Atividade
De que forma atuam os fatores mutagénicos?

Mutação provocada pelo α-benzopireno.

(A) Formação de dímeros. (B) Número e tipo de mutações


provocadas por diferentes doses de UV-B, em quatro lotes de ratos.

Percentagem de mutações por substituições


devidas ao α-benzopireno.

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