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Experiências:
Experiência de Griffith:
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Após a descoberta de Friedrich Miescher em 1869 da existência do DNA, Griffith
realizou uma série de experiências em 1928 que vieram a desenvolver a importância do DNA
para a célula.
A partir das bactérias que causam a pneumonia (Strepococcus Pneumoniae) que se
podem dividir em duas estirpes, S (lisas, capsuladas e virulentas) e R (rugosas, não capsuladas
e não patogénicas), Griffith procedeu da seguinte forma:
Lote 1:
Lote 2:
Lote 3:
O rato foi infetado com a estirpe virulenta morta pelo calor e sobreviveu.
Lote 4:
O rato foi infetado com a estirpe não virulenta juntamente com a virulenta morta pelo
calor e morreu. Surgiam bactérias tipo S vivas no rato.
Experiência de Avery:
Na sequência dos trabalhos de Griffith, Avery tentou descobrir qual seria a substância
que transmitia a informação entre as bactérias do tipo S e R. Avery suspeitava de que o
principio transformante era o DNA. Assim, cultivou 5 colónias de bactérias tipo R em meio
propício. Sendo a “A” a de controlo, na B misturou DNA das bactérias tipo S, na C adicionou
DNA das bactérias tipo S juntamente com DNAase, na D juntou DNA das bactérias tipo S
juntamente com RNAase e na E acrescentou DNA das bactérias tipo S juntamente com
Protease. Nas colónias B, D e E surgiram colónias de bactérias tipo S. Assim, Avery chegou à
conclusão que o princípio transformante era, efetivamente, o DNA.
Bases púricas: Adenina e Guanina, que formam um anel duplo (sendo ambas presentes no
RNA e DNA)
Bases Pirimídicas: Uracilo (apenas presente no RNA), Timina (apenas presente no DNA) e
Citosina (presente em ambos) que formam um anel simples.
Os nucleótidos formam ligações entre si, formando cadeias polinucleotídicas. Estas ligações
estabelecem-se entre o grupo fosfato de um dos nucleótidos e o carbono 3’ da pentose do
nucleótido seguinte. Chamam-se ligações fosfodiéster.
Através da análise do DNA de vários organismos por Chargaff foi possível chegar-se à
conclusão de que a percentagem de Adenina é igual é de Timina e que a de Guanina é igual à
de Citosina. Assim, a percentagem de Purinas é igual à de Pirimidinas. A partir destas
investigações e da descoberta de Rosalind Franklin, Watson e Crick apresentaram na
Universidade de Cambridge o Modelo de Dupla Hélice do DNA.
Estrutura do DNA:
Modelo de Dupla Hélice do DNA:
Os nucleótidos que formam uma cadeia polinucleotídica ligam-se entre si através de ligações
covalentes (do tipo fosfodiéster) que se estabelecem entre o grupo fosfato e os carbonos 3’ e
5’ das pentoses. As cadeias designam-se por antiparalelas uma vez que a extremidade 5’ de
uma cadeia corresponde a extremidade 3’ da outra cadeia. Entre as bases azotadas verifica-se
uma ligação por pontes de hidrogénio. Ou seja a Adenina emparelha com a Timina (por duas
pontes de hidrogénio) e a Guanina à Citosina (por três pontes de hidrogénio). Por isso são
bases complementares, o que justifica as proporções encontradas por Chargaff.
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Estrutura do RNA:
A molécula de RNA é formada por uma cadeia simples de nucleótidos e é muito mais pequena
que a molécula de DNA. Esta molécula é sintetizada a partir do DNA e pode apresentar três
formas:
Replicação do DNA:
Cultivaram E.Coli num meio de cultura com 15N durante várias gerações de bactérias,
transferindo posteriormente para um meio com azoto normal. Extraiu-se DNA neste
momento, 20 minutos depois e 40 minutos depois. Através da densidade do DNA recolhido foi
possível chegar-se à conclusão que o DNA se duplica de modo semiconservativo, sendo que se
conserva sempre uma cadeia e se gera uma nova.
Síntese Proteica:
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A molécula de DNA garante a preservação da informação genética, transmitindo-a sempre a
cada nova célula. A célula utiliza parte dessa informação para gerar proteínas. Para que a
síntese proteica ocorra, são necessários dois processos: a transcrição e a tradução.
A transcrição é o processo que permite que a informação genética do DNA seja copiada para
uma molécula de mRNA.
A tradução é o processo de utilização da informação contida, agora, na molécula de RNA para
sintetizar proteínas.
O segmento de DNA que contem a informação necessária para sintetizar uma determinada
proteína é o gene.
• Código Genético:
Os ácidos nucleicos são constituídos por quatro nucleótidos diferentes, enquanto que as
proteínas o são por cerca de vinte unidades aminoácidos. Assim, chegou-se à conclusão de que
para codificar um aminoácido seriam necessários três nucleótidos, um tripleto.
Após esta descoberta, realizaram-se duas experiências que a vieram desenvolver. Nirenberg
chegou à conclusão de que quando utilizava mRNA poli-U apenas obtinha um tipo de
aminoácido, e a mesma coisa com poli-A e poli-C. Khorana sintetizou moléculas com
nucleótidos alternados (ACACACA), e como esta cadeia permitia duas combinações (ACA e
CAC) formaram-se dois tipos de aminoácidos. Estas experiências permitiram concluir que
diferentes combinações de tripletos codificam diferentes tipos de aminoácidos. Cada tripleto
do mRNA designa-se Codão (sendo o de DNA, codogene).
O código genético tem as seguintes características:
o Cada aminoácido é formado por um codão.
o O tripleto AUG tem duas funções, codifica a metionina e constitui o codão de
iniciação para a síntese proteica.
o Os tripletos UAA, UGA e UAG são codões de finalização.
o Existe mais do que um codão para codificar um aminoácido (degenerescência
do código genético)
o O terceiro nucleótido é o menos específico.
o Um determinado codão não codifica dois aminoácidos diferentes (não é
ambíguo)
o O código genético é universal. (tem o mesmo significado para todos os
organismos)
• Mecanismos envolvidos na síntese proteica:
o Transcrição:
Para que a transcrição ocorra é necessário que a RNA polimerase desenrole um segmento
de DNA. Assim, uma das cadeias de DNA serve de molde para o mRNA (que se constitui através
dos nucleótidos existentes no nucleoplasma). A transcrição termina quando a RNA polimerase
encontra um codão de finalização. Nos seres eucariontes o mRNA utilizado durante a
transcrição é designado por RNA pré-mensageiro, uma vez que ainda irá sofrer uma
maturação. Esta ocorre quando diversas secções do mRNA, os intrões, são removidas. Desta
forma, os exões constituem o mRNA maturado, ou seja a informação para a síntese proteica
dispõe-se de forma fragmentada. Nos seres procarioentes a fase de processamento do mRNA
não ocorre. No final deste processo, o mRNA migra do núcleo para o citoplasma, onde 5
ocorrerá o processo de tradução.
o Tradução: