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O DNA de Neandertal
- O DNA tem mais de 30.000 anos, os neandertais viveram na Europa e Oeste
da Ásia há ~ 200.000 anos.
- Descendentes da África não tem os genes de Neandertal
- Em algum momento os neandertais cruzaram com o Homo sapiens, e os
genes dos neandertais ainda sobrevivem nos povos da Ásia e da Europa.
Experimento de Griffith
Na década de 1940, Oswald T. Avery e colaboradores no Instituto Rockefeller,
na cidade de Nova Iorque, mostraram que o DNA é o composto químico da
herança. Seu ponto de início foi uma observação feita em 1928 pelo
microbiologista inglês Frederick Griffith, que estudou a bactéria causadora da
pneumonia, Streptococcus pneumoniae. Existem dois tipos desse
pneumococo: virulento (célula S) e não virulento (célula R). Griffith observou
que a bactéria virulenta produzia colônias lisas quando crescidas em placas de
Petri, mas as colônias de uma cepa não virulenta pareciam rugosas. A
diferença na aparência dependia de uma cápsula de cobertura presente
apenas nas cepas virulentas. Griffith descobriu que bactérias virulentas mortas
por calor transformavam bactérias não virulentas vivas em bactérias virulentas.
A bactéria não virulenta adquiria o traço de colônia lisa da bactéria morta por
calor. Os resultados sugeriram que o material genético que codificava as
cápsulas permanecia intacto mesmo depois que a bactéria virulenta (colônia
lisa) tivesse sido morta, e que esse material poderia entrar em outra célula e
recombinar-se com seu material genético.
Avery, MacLeod e McCarty reproduziram os resultados de Griffith e analisaram
o extrato das bactérias virulentas mortas por calor por sua natureza química e
fator transformante. Os pesquisadores removeram, de forma seletiva, DNA,
RNA ou proteínas do extrato das bactérias virulentas mortas por calor mediante
tratamentos com DNase, RNase ou proteases (enzimas que degradam
especificamente um desses componentes). O extrato tratado com DNase
perdeu a capacidade de transformar células não virulentas de colônias rugosas
em cepas virulentas de colônias lisas. Os pesquisadores então extraíram DNA
das bactérias virulentas, purificaram-no de proteínas e RNA contaminantes e
mostraram que esse DNA puro ainda era capaz de transformar bactérias não
virulentas em cepas virulentas. Em 1944, Avery e colaboradores relataram
suas conclusões surpreendentes de que o DNA era o carreador da informação
genética.
Estrutura do DNA
- Na década de 1940, Erwin Chargaff e colaboradores fizeram uma importante
descoberta que forneceu evidências para a estrutura do DNA. Utilizando
amostras de DNA isoladas de diversos organismos diferentes, observaram que
as quatro bases do DNA ocorriam em diferentes proporções e que estas eram
características para cada espécie.
- Essas associações quantitativas, denominadas de regras de Chargaff, foram
subsequentemente confirmadas por vários pesquisadores. Além de serem
fundamentais para o estabelecimento da estrutura tridimensional do DNA,
esses achados forneceram evidências sobre o modo como a informação
genética é codificada no DNA e transmitida de uma geração para outra.
- As descobertas de Chargaff impuseram limitações importantes nos possíveis
modelos para a estrutura do DNA. Ao mesmo tempo, Rosalind Franklin e
Maurice Wilkins utilizavam o potente método de difração de raios X para
analisarem fibras de DNA (ver Como Sabemos). Mostraram que o DNA produz
um padrão de difração de raio X característico. Esse padrão foi usado por
Watson e Crick para deduzir que as moléculas de DNA são helicoidais, com
duas periodicidades ao longo do eixo maior: uma principal.de 3,4 A e uma
secundária de 34 A.
- Com os dados de difração obtidos por Franklin e Wilkins, Watson e Crick
propuseram que o DNA era composto por duas cadeias polinucleotídicas
enroladas como uma hélice dupla torcida para a direita.
- As bases são posicionadas de modo a formar pontes de hidrogênio entre
as cadeias, de acordo com os pareamentos preferenciais de A com T e G com
C.
- As duas superfícies desiguais formadas pela torção da hélice são chamadas
de sulco maior e sulco menor. As fitas de DNA sempre apresentam uma
direção - ou polaridade - definida devido à forma assimétrica da ligação
química dos nucleotídeos que as compõem. Na hélice dupla, as duas fitas
possuem direções opostas, e as hélices são denominadas antiparalelas.
- Em termos químicos, isso quer dizer que uma cadeia segue na direção 5'-3' e
a outra, na direção 3'-5'. A orientação antiparalela das fitas de DNA é mais
favorável energeticamente do que a configuração paralela, por conta da
geometria das bases componentes. Além disso, a hélice dupla de DNA quase
sempre está torcida para a direita. Raras vezes, hélices torcidas para a
esquerda são observadas. Por convenção, as hélices são consideradas com
orientação para a direita, a menos que outra orientação seja especificada.
- O diâmetro da hélice é 20 A, a distância da base uma para a outra é 3,4 A.
- Uma volta da hélice é 34 A=10,5 pares de base.
- O diâmetro de A com T é maior (tem maior volume molar, a densidade é
menor)
- O empilhamento hidrofóbico (empilhamento das bases) auxilia na redução do
contato das bases com a água, e as interações de empilhamento são muito
importantes na estabilização da estrutura tridimensional dos ácidos nucleicos
(DNA e RNA). Esse empilhamento também envolve uma combinação de
interações de vander Waals e eletrostáticas entre as bases.
- A estrutura de Watson e Crick é conhecida como forma B do DNA, ou B-DNA.
Como é a estrutura mais estável para uma molécula aleatória de DNA em
condições fisiológicas, B-DNA é o padrão de referência em qualquer estudo
das propriedades do DNA.
- As duas variantes estruturais bem caracterizadas por cristalografia de raios X
são a forma A (A-DNA) e a forma Z do DNA (Z-DNA).
- O A-DNA é favorecido em várias soluções com ausência relativa de água.
Neste caso, o DNA também está disposto em duas hélices orientadas à direita,
porém a hélice é mais larga e o número de pares de bases por volta é 11, em
vez de 10,5 como no B-DNA. Enquanto os pares de bases no B-DNA inclinam-
se levemente na direção negativa - isto é, abaixo do plano - em relação ao
plano perpendicular ao eixo da hélice, os pares de bases do A-DNA estão
inclinados para cima do plano cerca de +20°.
- A forma Z é um desvio mais radical do B-DNA; a diferença mais óbvia é a
rotação da hélice à esquerda. São 12 pares de bases por volta, e a estrutura
tem uma aparência mais delgada e alongada. O esqueleto do DNA assume
uma aparência de zigue-zague (daí sua denominação Z). Algumas sequências
nucleotídicas adotam a hélice Z torcida à esquerda mais prontamente do que
outras. Exemplos proeminentes são sequências em que pirimidinas são
alternadas com purinas, em especial alternância entre resíduos C e G, ou
resíduos 5-metil-C e G.
- A ocorrência do A-DNA nas células não é confirmada, mas há evidências de
alguns segmentos de Z-DNA em cromossomos bacterianos e eucarióticos.
- Regiões nas quais as duas fitas complementares possuem a mesma
sequência quando lidas de 5' - 3' e 3' - 5' são chamadas de palíndromos e
ocorrem com relativa frequência no DNA cromossômico. Na linguagem escrita,
um palíndromo é uma palavra, frase ou sentença com sequência idêntica
quando lida de frente para trás e de trás para frente; dois exemplos são
ARARA e SUBI NO ÔNIBUS. Em biologia, o termo é aplicado a regiões do
DNA de fita dupla onde a sequência de uma fita é idêntica à sua complementar;
por exemplo 5'-GAATTC-3' é um palíndromo porque a sua sequência
complementar também é 5'-GAATTC-3'.
- Os palíndromos são formados por repetições invertidas adjacentes, que
ocorrem em uma das fitas de DNA ou nas duas fitas da hélice dupla. Um
arranjo relacionado é a repetição espelhada, na qual a sequência repetida
invertida não constitui um palíndromo.
-Os tríplex são formados por sequências longas contendo apenas pirimidinas
ou apenas purinas em determinada fita.
- Tetraplex: sequências de DNA com alta proporção de resíduos G. Ex. nos
telômeros.
- Fitas de DNA com sequências invertidas podem formar estruturas de grampo
ou cruciformes, envolvidas na recombinação e regulação da expressão gênica.
Formas de triplex ou tetraplex de DNA ocorrem raramente e podem atuar no
seu metabolismo.
- Motivo I (pesquisar)
Estrutura do RNA