Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2019.2,TERESINA-PI
O DNA: foi descoberto em 1869 pelo bioquímico alemão Johann Friedrich Miescher. A sua
pesquisa incidiu nos glóbulos brancos do pus, pois estas células apresentam grandes núcleos e
fáceis de isolar do citoplasma. O objetivo era determinar os compostos químicos existentes no
núcleo das células. O material para a sua pesquisa, o pus, era fácil de obter nas ligaduras
usadas para os ferimentos.
Em 1880, Albrecht Kossel, demonstrou que a nucleína continha bases azotadas na sua
estrutura, daí serem ricas em azoto como tinha mostrado o Miescher.
Em 1889, Richard Altmann, aluno de Miescher, comprova a natureza ácida, obtendo a nucleína
com alto grau de pureza, e designou-a por ácido nucleico.
A partir destes cientistas, numerosas investigações foram feitas e foi descoberto que a
degradação do ácido nucleico resultava em quatro tipos de bases nitrogenadas, a adenina,
guanina, citosina e timina e outro produto da degradação era um glúcido com 5 átomos de
carbono, uma pentose (desoxirribose) e um fosfato.
Em 1890, foi descoberto um outro tipo de ácido nucleico na levedura (fermento). Este possuía
uracilo em vez de timina e uma pentose diferente (ribose em vez de desoxirribose).
Aparecem, então, duas classificações de ácidos nucleicos, de acordo com o glícido que
possuíam: O ácido ribonucleico (RNA) e o desoxirribonucleico (DNA).
No princípio do seculo XX, Phoebus Levine e Walter Jacobs (1912), concluíram que o
componente básico dos ácidos nucleicos é composto por uma unidade composta por uma
base azotada ligada a uma pentose e esta, por sua vez, ligada um fosfato. Esta unidade
designou-se por nucleótido.
Um ácido nucleico é então constituído por diversos nucleótidos unidos entre si, formando um
polinucleótido.
Durante muitos anos os cientistas continuaram a estudar os ácidos nucleicos sem que se
percebessem da sua real importância como material hereditário.
Rosalind Franklin, entre 1947 e 50 obteve uma imagem da difração dos raios x de DNA
cristalizado através dos estudos de Maurice Wilkins. O radiograma mostraram uma
configuração em cruz o que significavam a forma em hélice. Estes estudos permitiram a
Maurice, James D. Watson e Francis Crick confirmar a estrutura em hélice do DNA.
James D. Watson, biólogo americano e o Francis Crick, físico inglês, propuseram em 1953 o
modelo da dupla hélice do DNA. Esta proposta foi sem dúvida uma das maiores conquistas
científicas no séc. XX e fez com que ganhassem o Prémio Nobel de Fisiologia e Medicina.
Chargaff Erwin Chargaff, descobre em 1950 duas regras fundamentais para a compreensão do
DNA. Já se sabia que era feita a partir das 4 bases (A, G, T e C).
Esta regra foi muito importante para James Watson e Francis Crick usaram para desenvolver
seu modelo de pares de base para a estrutura da dupla hélice.
As helicases são enzimas com função de quebrar as pontes de hidrogênio entre as bases, para
que as duas fitas de DNA se separem. Essa separação é essencial para que a forquilha de
replicação se movimente.
As SSB são proteínas que têm alta afinidade por DNA na forma de fita simples, ocorrendo a
ligação de forma cooperativa. Sua presença no processo de replicação é de grande
importância, pois ao se ligarem a fita simples do DNA, impedem que a mesma sofra torções,
induzindo a conformação do DNA ideal para o pareamento das bases e consequentemente, a
replicação.
A primase é a enzima que sintetiza os primers (iniciadores), que são pequenas sequências de
RNA, a partir de um molde de DNA. Em eucariotos, a atividade da primase está localizada
como componente da DNA-polimerase.
A DNA-polimerase é a enzima que faz a síntese de uma nova fita de DNA. Ela possui a
capacidade de adicionar nucleotídeos na extremidade 3’OH de uma região pareada do DNA,
fazendo com que a cadeia se estenda no sentido 5’→3’.
As células eucarióticas apresentam vários tipos de DNA-polimerases como: α, δ, β, ε, e , sendo
que α, δ, β e ε estão localizadas no núcleo, e está localizada na mitocôndria.
Em bactérias existem três tipos de polimerases: DNA polimerase I, DNA polimerase II e a DNA
polimerase III. A DNA polimerase I, possui baixa capacidade de polimerização 5’→3’ e é a única
que possui atividade exonucleásica 5’→3’em DNA dupla fita.
A DNA polimerase II, possui uma capacidade de polimerização baixíssima e o seu papel na
célula ainda não foi muito bem elucidado. Já a DNA polimerase III, é a principal responsável
pela síntese das fitas de DNA devido a sua alta capacidade de polimerização.
Após a síntese do primer de RNA, a DNA polimerase III pode começar a polimerização no
sentido 5’→ 3’. Além da polimerização, a DNA polimerase III possui atividade exonucleásica
3’→5’, essa atividade permite que logo após serem adicionados, os nucleotídeos sejam
retirados e é conferido se o seu pareamento está correto (A com T e C com G).
A replicação em procariotos segue o mesmo padrão que em eucariotos, a maior das diferenças
está nas enzimas polimerases que são cinco nos eucariotos, sendo uma exclusivamente
mitocondrial e as outras quatro nucleares, enquanto que os procariotos apresentam três
enzimas polimerases.