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AULA 5
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desoxirribonucleico) e o RNA (ácido ribonucleico). Assim, DNA e o RNA são
longos polímeros lineares que carregam a informação de uma maneira que pode
ser passada de uma geração para a próxima. Todos os seres vivos têm ácidos
nucleicos em seu material genético e todos codificam sua informação genética
da mesma forma.
Importante lembrar que cada célula humana possui 46 cromossomos, que
são constituídos por DNA e proteínas. É no DNA que estão os genes,
considerados as unidades fundamentais da hereditariedade, nos quais estão
inscritas as instruções para a produção de proteínas (Figura 1). Sabemos que
as enzimas catalisam todas as reações vitais, de tal modo que os ácidos
nucleicos controlam as enzimas. Logo, podemos dizer que os ácidos nucleicos
controlam todo o funcionamento das células dos organismos, pois são
constituídos por genes, os quais são responsáveis por todas as características
dos indivíduos e comandam todas as funções vitais.
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açúcar, um fosfato e uma base nitrogenada. Como os ácidos nucleicos são
polímeros, cada unidade monomérica dentro desse polímero é um nucleotídeo.
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Cada nucleotídeo isolado é formado por três componentes: uma base
nitrogenada, uma pentose (açúcar de cinco carbonos) denominada desoxirribose
ou ribose e um grupo fosfato. Tanto o DNA como o RNA são compostos por
nucleotídeos, com a diferenciação de suas pentoses pela ausência ou presença
do grupo hidroxila no carbono 2, conforme explanado acima. O terceiro
componente dos nucleotídeos será uma das cinco bases nitrogenadas,
denominadas adenina (A), timina (T), citosina (C), guanina (G) e uracila (U). A e
G são estruturas de anel duplo chamadas de purinas; enquanto T, C e U são
estruturas de anel simples denominadas pirimidinas, conforme Figura 3.
Uma outra característica que difere as estruturas do DNA e do RNA, além
das pentoses, é quanto às bases nitrogenadas. Ambos os ácidos nucleicos
contêm duas bases púricas (A e G) e uma base pirimídica (C) em comum. No
DNA, a quarta base é a timina; no RNA, é a uracila, como podemos observar na
figura abaixo.
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Figura 4 – Nucleotídeos se ligando através do carbono 3’ do primeiro (destacado
pelo círculo na cor roxa) com o grupo fosfato do próximo (destacado pelo círculo
na cor amarela)
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Quadro 1 – Nomenclatura das bases, dos nucleosídeos e dos nucleotídeos
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Figura 5 – Padrões de ligações de hidrogênio no pareamento de bases (ligações
de hidrogênio estão representadas por três linhas azuis)
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responsáveis pela transmissão das características hereditárias e controlam
todas as atividades que ocorrem dentro da célula. Desse modo, a técnica que
determina quais genes estão presentes no genoma de uma célula se chama
mapeamento genético. A partir do mapa genético, é possível identificar a
predisposição a alergias, intolerâncias e doenças.
Outras ciências foram surgindo para lidar com as informações
encontradas nos mapas genéticos. A nutrigenômica estuda a forma como
compostos presentes nos alimentos podem modular a expressão gênica. Dessa
forma, o paciente poderá ser tratado com alimentos específicos a fim de silenciar
a expressão de certas doenças.
A medicina preventiva também pode atuar baseada nesses
conhecimentos alcançados pelo mapeamento genético por meio do
silenciamento de genes que poderiam expressar determinadas doenças. Ela
também pode revelar informações sobre o metabolismo, sobre características
dos sistemas corpóreos e até mesmo informações sobre a performance física. A
medicina preventiva consiste em um tratamento completamente individual que
se baseia no perfil genético de cada pessoa. Certamente, esse tipo de
tratamento não modifica a predisposição genética, sendo utilizado apenas para
evitar a manifestação de algumas doenças.
O mapeamento genético também se destaca nos estudos de ecologia, em
que pesquisadores buscam entender estratégias adaptativas de organismos. Por
exemplo, como fatores ambientais influenciam padrões de variação no genoma
resultando em mudanças adaptativas e a hereditariedade dessas alterações.
A epigenética é outra ciência que se integra ao conhecimento dos mapas
genéticos, pois ela consiste no estudo das características de organismos que se
modificam sem que haja modificações em seu DNA. Assim, a epigenética trata
dos efeitos que o ambiente gera na expressão genética e que podem ser
passados para as gerações. Esse assunto será abordado na próxima aula.
O sequenciamento do genoma de microrganismo patogênicos também
pode trazer benefícios em relação a um aspecto que vem preocupando cientistas
e a medicina: a resistência a antibióticos. Assim, a identificação dos genes
associados à resistência de medicamento pode auxiliar na identificação rápida
da resistência.
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TEMA 4 – RNA: COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA
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TEMA 5 – FUNÇÕES DO MATERIAL GENÉTICO: REPLICAÇÃO, TRANSCRIÇÃO
E TRADUÇÃO
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Figura 8 – Duplicação do DNA produzindo duas fitas idênticas (representadas
pela cor laranja) de DNA a partir de uma fita original de DNA (representada pela
cor azul)
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segmento de uma fita de DNA é copiado, exatamente aquele correspondente ao
gene que está sendo transcrito. Outra diferença é que o produto da transcrição
é uma fita simples de RNA, que se libera do DNA após sintetizada, sendo que o
DNA volta a se enrolar ao final do processo.
Esse RNA produzido na transcrição (conforme Figura 6) é denominado
RNA mensageiro (mRNA) e sairá do núcleo da célula para o citoplasma, onde
encontra um ribossomo, carregando a sequência de bases nitrogenadas (códon
– conjunto de três bases nitrogenadas que contém a informação para um
aminoácido) que será traduzida. Dentro dessa organela, os RNA transportadores
(tRNA) começam a chegar, em resposta à leitura dos códons pelos ribossomos
e transportam os aminoácidos correspondentes ao códon do mRNA. Os tRNAs
traduzem fielmente a informação no mRNA em uma sequência específica de
aminoácidos. É o RNA ribossômico (rRNA) que realiza a leitura do mRNA,
permitindo as ligações dos códons, proporcionado então a síntese das proteínas.
Contudo, podemos concluir que a sequência específica de aminoácidos
de cada nova proteína é determinada pelo gene, o qual consiste em um
segmento de uma molécula de DNA que continha a informação necessária para
a síntese dessa proteína formada. Assim, as sequências de nucleotídeos de
DNA codificam as estruturas primárias de todos os RNAs e proteínas celulares,
afetando indiretamente a síntese de todos os outros constituintes celulares.
NA PRÁTICA
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Avançando nessa discussão da possibilidade de conhecer os genes de
cada indivíduo, podemos trazer as seguintes situações: imaginemos empresas
e setores que venham a se apropriar dessa tecnologia e passem a aplicar, por
exemplo, testes para os genes da inteligência para admissão em escolas; testes
para habilidades específicas; ou testes para identificação de predisposição a
certas doenças para contratação de trabalhadoras e trabalhadores. Do ponto de
vista ético, o mapa genético deveria ser utilizado somente como instrumento de
inclusão e acolhimento, e não como forma de discriminação e exclusão.
Ainda podemos ir mais longe nessa discussão e falar da possibilidade de
descobrir quem tem predisposição a ter filhos/filhas com determinadas doenças.
No futuro, talvez seja possível evitar que as pessoas tenham doenças. Será que
a humanidade pararia por aí ou passaria a escolher outras características para
suas crianças, criando de certa forma uma eugenia, como mostra o filme
Gattaca: Experiência Genética, dirigido por Andrew Niccol em 1997?
Portanto, o avanço da ciência e a utilização das informações genéticas
devem estar continuamente aliadas à bioética. Além de todas as outras formas
de discriminação que a sociedade já vivencia, podemos acabar nos deparando
com discriminação genética, pois além do conhecimento sobre predisposição
genética para doenças, através do mapeamento genético de uma pessoa, pode-
se ter acesso às características normais do indivíduo e, num futuro próximo,
pode-se almejar manipular essas características normais como altura, cor dos
olhos, habilidades etc.
Considerando o que foi apresentado acima, você faria seu mapa
genético? E seus familiares, o que achariam disso? Faça uma pesquisa empírica
com as pessoas do seu convívio, perguntando o que elas pensam sobre o
assunto (a partir de sua prévia explicação sobre o tema) e questione-as a
respeito da necessidade de se estipular ou não um limite a partir do domínio de
tanto conhecimento sobre si mesmas.
FINALIZANDO
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Os nucleotídeos são formados por um grupo fosfato, uma pentose e uma
base nitrogenada. As moléculas de DNA e de RNA se diferem pela pentose (DNA
– desoxirobose; RNA – ribose), pelo conjunto de bases nitrogenadas, estando a
timina presente somente no DNA; e a uracila presente somente no RNA. Outra
característica estrutural que as difere é que o DNA consiste em um par de
cadeias de ácidos nucleicos, chamadas de fitas duplas; e o RNA consiste em
uma única cadeia de ácidos nucleicos, chamada de fita simples.
As cadeias polinucleotídicas do DNA se ligam por pontes de hidrogênio
que se formam entre as bases nitrogenadas. São essas pontes que são
rompidas quando se dá início à duplicação do material genético, a qual ocorre a
partir no DNA, com exceção de alguns vírus. Tal processo é chamado de
replicação ou duplicação semiconservativa, pois uma fita da molécula é
conservada e uma nova fita de DNA será produzida para que juntas deem origem
a uma nova molécula de DNA. Portanto, a partir uma molécula de DNA, são
originadas outras duas moléculas.
É o DNA que contém os genes e, portanto, é nele que estão todas
informações referentes ao indivíduo, que serão passadas para as próximas
gerações, e é ele que comanda e coordena toda a função celular.
Vimos que cada gene comanda a síntese de determinada proteína e é
nesse processo que a molécula de RNA inicia seu trabalho. Três tipos de RNA
são produzidos, os quais desempenham diferentes e imprescindíveis funções
para que ocorra o processo de transmissão da informação. Assim, o mRNA é
produzido na primeira etapa denominada de transcrição, e é ele que carrega a
mensagem contida no DNA. O rRNA realiza a leitura da mensagem trazida até
o ribossomo e traduz para que os tRNA cheguem com os códigos corretos, os
quais definirão quais proteínas devem ser produzidas. Dessa forma, se dão os
mecanismos bioquímicos para que ocorram o armazenamento e a transferência
da informação genética, ou seja, para que um organismo funcione.
Ainda estudamos sobre um grande marco na ciência, que foi o Projeto
Genoma Humano, o qual permitiu que o genoma humano fosse mapeado. Tal
estudo possibilitou um avanço na engenharia genética e ainda projeta, até hoje,
novos horizontes.
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REFERÊNCIAS
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