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BIOLOGIA

CELULAR

Daikelly Iglesias Braghirolli


Estrutura nuclear:
DNA, genes e cromossomos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Reconhecer a estrutura nuclear.


„„ Definir o conceito, a função e a localização da estrutura do ácido
desoxirribonucleico (DNA), dos genes e do cromossomo.
„„ Identificar como a enorme estrutura do DNA cabe no pequeno núcleo
celular.

Introdução
O DNA é a molécula que carrega a informação genética dos organismos
vivos. Ele é formado por uma sequência de nucleotídeos que determina
a hereditariedade. Essas sequências formam os genes, que definem a
sequência de aminoácidos que formaram as cadeias polipeptídicas sin-
tetizadas pelas células. Dessa forma, a molécula de DNA é extremamente
comprida e para que possa ser armazenada nos núcleos celulares, ela
se organiza em estruturadas altamente compactadas, os cromossomos.
Assim, neste capítulo, você entenderá como é a estrutura do núcleo
das nossas células e como a molécula de DNA consegue ficar contida em
seu interior. Você também identificará a estrutura do DNA e diferenciará
a estrutura e a função dos genes e dos cromossomos.
2 Estrutura nuclear: DNA, genes e cromossomos

Núcleo celular e sua estrutura


O núcleo é a estrutura celular que abriga o genoma (conjunto de informações
genéticas codificadas pelo DNA) da célula. Assim, essa organela separa o
material genético da célula do restante do citoplasma. A forma do núcleo
celular pode variar de acordo com o tipo de célula. Porém, comumente o núcleo
apresenta uma forma redonda, de cerca de 5 a 10 nm de diâmetro. As células
podem apresentar um núcleo único ou mais (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013).
A presença de núcleo distingue as células em duas classes principais:
células eucarióticas e células procarióticas. As células eucarióticas apresentam
núcleo celular, enquanto as células procarióticas, como as bactérias, não o têm.
Nesse tipo celular, o DNA não é compartimentalizado em uma organela, mas,
sim, fica em contato com o citoplasma (ALBERTS et al., 2017a; COOPER;
HAUSMAN, 2007).
O núcleo apresenta duas membranas que separam o seu conteúdo do cito-
plasma da célula. Essas duas membranas concêntricas, chamadas de membrana
interna e membrana externa, compõem o chamado envelope nuclear. O envelope
nuclear também apresenta poros em sua estrutura, chamados poros nucleares.
As duas membranas nucleares são formadas por bicamadas de fosfolipídios
que impedem a passagem de moléculas hidrossolúveis e/ou grandes através
delas. As duas membranas são separadas por um espaço chamado cisterna
perinuclear, de aproximadamente 40 a 70 nm de espessura. O envelope nuclear
também apresenta poros nucleares, que unem as suas duas membranas entre
si. No poro, as duas membranas são contínuas. É por meio dessas estruturas
que ocorre o trânsito de pequenas moléculas hidrofílicas e de outras moléculas
específicas entre o núcleo e o citoplasma da célula (COOPER; HAUSMAN,
2007).
A membrana nuclear externa do envelope nuclear é contínua à membrana do
retículo endoplasmático (RE). Assim, o espaço entre as membranas nucleares
interna e externa é conectado ao lúmen do RE. Ainda, a membrana nuclear
externa é bastante similar à membrana do RE em relação a sua funcionalidade,
podendo, em sua face externa, que fica voltada para o citoplasma, apresentar
ribossomos aderidos. Enquanto isso, a membrana nuclear interna se relaciona
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com a lâmina nuclear, estrutura encontrada logo abaixo dessa membrana.


A lâmina nuclear é formada por proteínas fibrosas e é responsável por fornecer
estrutura ao núcleo. Essas proteínas se associam umas às outras formando
filamentos. A lâmina interage com a membrana nuclear interna pelos lipídeos
que são adicionados a alguns resíduos de cisteína presentes na estrutura das
proteínas e, também, pela ligação a proteínas da membrana. A lâmina também
interage com a cromatina, no interior do núcleo. Algumas de suas proteínas
formam uma matriz mais frouxa, que se projeta para o interior nuclear e interage
com alguns sítios da cromatina. Assim, a organização da lâmina também é
importante para a replicação adequada do DNA (COOPER; HAUSMAN, 2007).
Como citado anteriormente, os poros nucleares unem as duas membranas
nucleares. Essas estruturas são formadas por proteínas e são bastante gran-
des. Elas permitem a passagem de moléculas polares pequenas, íons, ácido
ribonucleico (RNA) e algumas proteínas. O RNA é produzido no interior do
núcleo e, na síntese proteica, é utilizado no citoplasma. Enquanto isso, as
proteínas e enzimas nucleares são produzidas nos ribossomos, no citoplasma
celular. Assim, os poros nucleares regulam a passagem das proteínas e do
RNA entre núcleo e citoplasma. As moléculas pequenas conseguem passar
livremente pelos poros nucleares abertos, do núcleo para o citoplasma e vice-
-versa. Enquanto isso, as macromoléculas, como proteínas e RNA, atravessam
os poros nucleares por meio de mecanismos de transporte ativo, unidirecional.
O interior do núcleo contém cromatina, matriz nuclear e componentes
solúveis. Como veremos a seguir, a cromatina é formada pelo DNA e por
proteínas. Enquanto isso, a matriz nuclear corresponde à estrutura fibrilar
que fornece apoio estrutural aos cromossomos. A lâmina nuclear faz parte
da matriz nuclear.
Ao realizar coloração de lâminas histológicas, é possível verificar a pre-
sença de estruturas bastante coradas no interior do núcleo celular. Essas
estruturas são denominadas nucléolos e correspondem ao local de produção
dos ribossomos. Elas são formadas por RNA ribossômico (rRNA) e proteínas
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013).
Veja a Figura 1.
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Figura 1. Estrutura do núcleo celular. Observe a estrutura das membranas nucleares, bem
como a sua relação com a lâmina nuclear e o RE.
Fonte: Cooper e Hausman (2007, p. 322).

DNA, gene e cromossomo


A vida depende da capacidade das células em armazenar as informações ge-
néticas, recuperá-las, traduzi-las e repassá-las às próximas gerações. Assim, a
informação genética deve ser codificada para a produção de efetores celulares,
as proteínas, além de ser passada hereditariamente.
As informações genéticas são armazenadas no DNA, que é uma
molécula formada por duas cadeias paralelas, unidas entre si por meio de
ligações de hidrogênio. Essas cadeias são chamadas de cadeias de DNA ou
fitas de DNA. As unidades formadoras das cadeias são os nucleotídeos e, no
DNA, quatro tipos são encontrados: nucleotídeos de adenina (A), guanina
(G), timina (t) e citosina (C) (ALBERTS et al., 2017b).
Os nucleotídeos que formam a cadeia do ácido nucleico são unidos entre si
por meio da ligação entre o grupamento fosfato de um nucleotídeo e a pentose
de outro. Dessa forma, a cadeia polinucleotídea apresenta em seu “esqueleto
principal” uma alternância entre ose e fosfato. Assim, as duas extremidades
da cadeia sempre são diferentes entre si, o que proporciona polaridade ou
direcionalidade à fita. Uma das extremidades é nomeada extremidade 5’ e
a outra, extremidade 3’. As bases nitrogenadas, por sua vez, ficam voltadas
lateralmente em relação à cadeia principal.
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Os nucleotídeos são moléculas formadas por três componentes básicos: uma base
nitrogenada, um resíduo de açúcar (a ose) e um grupo fosfato. A ose presente nos
nucleotídeos encontrados no DNA é a 2’-desoxi-D-ribose (ou desoxirribose). Essa ose
apresenta uma estrutura cíclica e é classificada como uma pentose, isto é, é formada
por cinco átomos de carbono. O prefixo desoxi em sua nomenclatura indica que essa
pentose não apresenta um átomo de oxigênio ligado ao seu carbono 2’. Enquanto
isso, as bases nitrogenadas são moléculas aromáticas que contêm um heteroátomo,
o nitrogênio, em sua estrutura. Essas bases são derivadas de duas moléculas principais,
a purina e a pirimidina. No DNA, são encontradas as bases derivadas da purina, chamadas
bases purínicas, adenina (A) e guanina (G), e as bases derivadas da pirimidina, chamadas
bases pirimídicas, timina (T) e citosina (C) (NELSON; COX, 2014). Veja a Figura 2.

Grupo Desoxirribose Base nitrogenada Nucleotídeo


fosfato (açúcar) (adenina) (de adenina)

Fonte: Adaptada de grayjay/Shutterstock.com.

As duas fitas que formam o DNA são dispostas de forma antiparalela.


Dessa forma, uma fita apresenta direção 5’ 3’ e a outra, 3’ 5’. As ligações de
hidrogênio que unem as duas fitas ocorrem entre as bases nitrogenadas dos
nucleotídeos. Essas bases apresentam pareamento específico, isto é, as bases
não estabelecem ligações “ao acaso”. Ao invés disso, a adenina sempre interage
com a timina e a guanina com a citosina e vice-versa. Esse pareamento de
bases permite que a molécula de DNA adquira uma estrutura mais compacta
e favorável, energeticamente, no interior celular.
A estrutura adotada pela molécula de DNA se assemelha a uma “escada
espiral”. As duas cadeias principais que formam o DNA se torcem uma ao
redor da outra, em torno de um eixo comum, adquirindo a forma de dupla-
-hélice (Figura 2). A orientação da dupla hélice é para a direita e em cada uma
de suas voltas são encontrados 10 pares de bases. Nessa estrutura, a cadeia
principal, de açúcar e fosfato, fica voltada para a água circundante enquanto
as bases nitrogenadas se encontram no lado interno da hélice (ALBERTS et
al., 2017a; VOET, D.; VOET, J., 2013).
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Figura 2. Estrutura do DNA. Note que as bases nitrogenadas são voltadas para o lado
interno da molécula e apresentam pareamento específico: guanina (G) com citosina (C)
e adenina (A) com timina (T) e vice-versa. Essa estrutura adquire a forma de dupla-hélice,
na qual as duas cadeias principais apresentam torção para a direita, em torno de um eixo
helicoidal comum.
Fonte: Alberts et al. (2017a, p. 176).

A estrutura em dupla hélice do DNA foi elucidada pelos pesquisadores Watson e


Crick, na década de 50. Esse trabalho possibilitou o crescimento de várias áreas da
tecnologia. No link a seguir você poderá aprender um pouco mais sobre a estrutura
do DNA e sobre essa importante pesquisa.

https://qrgo.page.link/T3bo5
Estrutura nuclear: DNA, genes e cromossomos 7

Genes e cromossomos
A informação genética utilizada para a produção de uma nova molécula de
DNA ou para a síntese de proteínas está contida na sequência das bases que
compõe as fitas de DNA. Cada base (A, T, C e G) é utilizada para a codificação
da “mensagem biológica”. Assim, os diferentes tipos de organismos vivos
apresentam diferenças entre si em função das suas diferentes sequências
nucleotídicas que compõem o DNA (ALBERTS et al., 2017a).
Na proliferação celular, a molécula do DNA deve ser duplicada. Como as
duas fitas de DNA são complementares entre si, cada fita dessa molécula atua
como um molde para a produção de uma nova fita complementar. Dessa forma,
a informação contida no DNA pode ser duplicada. Para isso, inicialmente as
duas fitas da dupla hélice se separam e cada uma é usada como molde para
a formação de uma nova fita complementar, idêntica àquela a qual ela estava
associada.
As proteínas também são sintetizadas de acordo com a informação contida
no DNA. Essa informação está armazenada em sequências específicas de
nucleotídeos, chamadas genes. Cada gene, portanto, é um segmento de DNA
que codifica uma determinada sequência polipeptídica. Assim, a sequência
de nucleotídeos do DNA origina uma sequência de aminoácidos, que formam
as cadeias polipeptídicas e as proteínas. Essa relação de codificação entre os
quatro diferentes tipos de bases dos nucleotídeos do DNA e os 20 tipos de
aminoácidos que formam as proteínas é chamada de código genético. A codi-
ficação do código genético é denominada expressão gênica. Nesse processo,
os genes são transcritos em RNA e esse, traduzido em um peptídeo ou uma
proteína. Dessa forma, os genes são os elementos que contêm a informação
que determina as características de uma espécie (COOPER; HAUSMAN,
2007; ALBERTS et al., 2017b).
O conteúdo total de informação de um organismo é contido no chamado
genoma. O genoma de um organismo alberga a informação para a produção
de todas as moléculas de RNA e proteínas que ele precisa. O DNA apresenta
vários genes e também sequências de nucleotídeos que não são codificadoras.
Essas sequências, presentes entre os genes, são chamadas sequências espaça-
doras. Sequências não codificadoras também podem ser encontradas dentro
dos genes, sendo chamadas sequências intervenientes ou, mais comumente, de
íntrons. Dessa forma, os genes apresentam regiões codificadoras, chamadas
de éxons e íntrons. Quando o gene é lido durante o processo de transcrição,
que leva à formação do ácido ribonucleico (RNA), os íntrons são removidos,
resultando somente na inclusão dos éxons. Os íntrons representam grande parte
8 Estrutura nuclear: DNA, genes e cromossomos

do DNA humano. No genoma humano, cada gene tem em média nove éxons,
que são interrompidos por oito íntrons. Os íntrons auxiliam no controle da
expressão gênica. A sua presença permite que os éxons sejam combinados de
diferentes formas, resultando na produção de diferentes proteínas a partir do
mesmo gene. Além dos íntrons e éxons, cada gene é associado a sequências
de DNA regulador. Essas sequências são responsáveis por garantir que o
gene seja ativado ou desativado no momento correto e que seja expresso em
quantidade correta e em células específicas.
Como discutimos anteriormente, nas células eucariontes, o DNA está
compartimentado no núcleo. Nessas células, o DNA é dividido em cromos-
somos. Os seres humanos, por exemplo, apresentam o DNA dividido em
23 pares de cromossomos.
Os cromossomos consistem em uma molécula longa de DNA e proteínas
que a enovelam em uma estrutura mais compactada. Além das proteínas que
ocasionam o empacotamento do DNA, os cromossomos também apresentam
proteínas associadas à replicação e ao reparo de DNA, proteínas relacionadas
à expressão gênica e moléculas de RNA.
O núcleo das nossas células, com poucas exceções, apresenta duas cópias de
cada um dos cromossomos, sendo uma delas herdada do pai e a outra herdada
da mãe. Os cromossomos que formam o par são chamados cromossomos
homólogos. Dos 46 cromossomos presentes em cada uma das nossas células,
22 são pares homólogos e dois são cromossomos sexuais. Nesse caso, as
mulheres apresentam dois cromossomos sexuais X e os homens apresentam
um cromossomo X e um cromossomo Y.

Compactação do DNA
O conteúdo de DNA presente nas células humanas é extremamente grande.
Cada uma das nossas células apresenta cerca de 2 metros de DNA no interior
de seu núcleo, sendo que essa estrutura apresenta menos de 10 nm de diâmetro.
Entretanto, como o DNA cabe no núcleo celular?
Como vimos anteriormente, nas células eucarióticas, o DNA encontra-se
empacotado nos cromossomos. Após o DNA ser duplicado, ele é ligado a
algumas proteínas que ocasionam o seu dobramento. Essas proteínas causam
a formação de espirais e alças na estrutura do DNA, o enovelando de forma
organizada. Dessa forma, o DNA consegue ser empacotado em uma estrutura
pequena e, ao mesmo tempo, totalmente ordenada, garantindo que ela possa
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ser acessada por outras proteínas ou enzimas que farão sua replicação, seu
reparo ou sua transcrição (ALBERTS et al., 2017a).
Dois tipos de proteínas se associam ao DNA formando os cromossomos,
as histonas e as proteínas cromossômicas não histonas. Essas proteínas e
o DNA formam a chamada cromatina. As histonas estão presentes em alta
quantidade na cromatina, sendo que sua massa total praticamente é igual à
massa correspondente ao conteúdo de DNA. Esse grupo de proteínas realiza o
primeiro grau de compactação do DNA, que é chamado de nucleossomo. Assim,
o nucleossomo é a estrutura básica da cromatina. O nucleossomo é formado
em torno de uma estrutura central, denominada “centro do nucleossomo”.
Essa estrutura é formada por oito histonas e um segmento de dupla fita de
DNA com 147 pares de nucleotídeos. Essa sequência de DNA enrola-se em
torno do complexo formado pelas proteínas histonas, dando à cromatina um
aspecto de “colar de contas”. Os centros dos nucleossomos formam as “contas”,
que são espaçadas por pequenas sequências de DNA formadas por cerca de
80 pares de nucleotídeos, chamadas DNA de ligação. Os nucleossomos levam
à redução do comprimento da fita de DNA em torno 1/3 do seu tamanho
estendido. As histonas apresentam alta quantidade de aminoácidos básicos,
como arginina e lisina. Isso faz com que o octâmero de histonas, presente no
centro do nucleossomo, apresente uma alta densidade de cargas positivas. Isso
facilita o enrolamento da cadeia de DNA em torno dela, já que a sequência de
açúcar e fosfato que forma o seu esqueleto principal é negativamente carregada
(ALBERTS et al., 2017b; COOPER; HAUSMAN, 2007).
Os nucleossomos que se formam, normalmente, se interpõem uns sobre os
outros, formando estruturas ainda mais compactadas, as fibras de cromatina.
A ligação entre os nucleossomos é mediada por meio da histona H1. A formação
da fibra de cromatina ocasiona o encurtamento do DNA em cerca de seis vezes.
O grau de empacotamento da cromatina varia de acordo com a fase do ciclo
celular. Assim, a estrutura cromossômica é dinâmica. Para a transcrição e a
replicação do DNA, durante a fase de interfase, algumas regiões da cromatina
acabam ficando levemente descondensadas. Isso torna o DNA mais acessível
às enzimas e proteínas envolvidas nesses processos. Enquanto isso, durante
a mitose, a cromatina encontra-se altamente condensada. Os cromossomos
mitóticos apresentam um alto grau de compactação para que possam ser
distribuídos às células filhas. Para isso, as fibras de cromatina se dobram em
torno de si mesmas, condensando o DNA em quase 10.000 vezes. Quando o
DNA apresenta esse alto grau de condensação, ele não pode ser acessado para
a replicação ou transcrição, por exemplo. Assim, o grau de compactação da
cromatina também é um regulador da expressão gênica.
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Veja a Figura 3.

Figura 3. Compactação do DNA nos cromossomos. Observe que o enovelamento do DNA


e a formação da cromatina ocorre em várias etapas. Ao final desse processo, a molécula
de DNA apresenta um tamanho cerca de 10.000 vezes menor que o seu comprimento
estendido. Isso permite que todo o conteúdo de DNA seja armazenado na pequena organela
que é o núcleo celular.
Fonte: Alberts et al. (2017b, p. 187).
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Os cromossomos mitóticos são tão compactados que podem ser corados e visualizados
no microscópio. As técnicas de coloração utilizadas nesses processos produzem
padrões de bandas claras e escuras nos cromossomos. Esses padrões de bandas
parecem representar regiões cromossômicas diferentes e sua avaliação é utilizada para
a identificação de cada cromossomo (ALBERTS et al., 2017a). A partir da coloração e
identificação dos cromossomos, as análises do cariótipo são realizadas. Estas permitem
a identificação de síndromas genéticas, como a Síndrome de Down, a Síndrome de
Patau e a Síndrome de Edwards. No link a seguir, você poderá aprender um pouco
mais sobre essa técnica:

https://qrgo.page.link/GJT5B

ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017a.
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da biologia celular. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017b.
COOPER, G. M.; HAUSMAN, R. E. A célula: uma abordagem molecular. 3. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2007.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2013.
NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2014.
VOET, D.; VOET, J. G. Bioquímica. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

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