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ESTRUTURA DO MATERIAL GENÉTICO

NATÁLIA GUIMARÃES – 258

➢ Introdução:
• Em 1940 cientistas descobriram que a informação genética era basicamente
instruções para produção de proteínas.
• O DNA é a matéria prima dos genes.
• Os genes são uma sequência de nucleotídeos que atua como unidade
funcional para produção de proteínas, RNA estrutural ou RNA catalítico.
• Geralmente os cromossomos estão descondensados durante a interfase, de
forma que os detalhes em sua estrutura são difíceis de serem visualizados.
➢ Estrutura e função do DNA:
• Uma molécula de DNA (ácido desoxiribonucleico) consiste em duas cadeias
polipeptídicas comportas por 4 tipos de subunidades nucleotídicas. Cada
cadeia ou fita que compõe a molécula de DNA se conectam por ligações de
hidrogênio de forma antiparalela.
Os nucleotídeos são formados por: pentose, com um ou mais grupos fosfatos e
uma base contendo nitrogênio.
No caso dos nucleotídeos do DNA, o açúcar é uma desoxirribose ligada a um
único grupo fosfato (por isso o nome ácido desoxirribonucleico), e a base pode
ser adenina (A), citosina (C), guanina (G) ou timina (T). Esses mesmos símbolos
(A, C, G e T) normalmente são usados para representar as quatro bases ou os
quatro nucleotídeos inteiros – isto é, as bases ligadas com seus grupos fosfato
e açúcar. O açúcar-fosfato liga-se covalentemente à base.
Polaridade da cadeia principal: A forma na qual os nucleotídeos estão ligados
confere uma polaridade
química à fita de DNA. Se
imaginarmos cada açúcar
como um bloco com uma
protuberância (o fosfato 5’)
em um lado e uma cavidade
(a hidroxila 3’) no outro,
cada cadeia completa,
formada por protuberâncias
e cavidades entrelaçadas,
terá todas as suas
subunidades alinhadas na
mesma orientação. A cadeia
de nucleotídeos em uma
fita de DNA, sendo
direcional e linear, pode ser
lida quase como as letras
nesta página.
Para otimizar a eficiência do
empilhamento dos pares de
bases, as duas cadeias
principais de açúcar- -
fosfato enrolam-se um
sobre o outro formando
uma dupla-hélice orientada
à direita, completando uma volta a cada 10 pares de base. Os nucleotídeos das
duas fitas são complementares.
*Duas ligações de hidrogênio são formadas entre A e T e três ligações de
hidrogênio são formadas entre G e C.
**Os nucleotídeos são ligados covalentemente por ligações fosfodiéster pelo
grupo 3’-hidroxila (–OH) de um açúcar e o grupo 5’-hidroxila do próximo
açúcar. A extremidade 5’ do DNA é, por convenção, ilustrada carregando o
grupo fosfato, enquanto a extremidade 3’ é ilustrada com um grupo hidroxila.
Quando escrita, por convenção, uma sequência nucleotídica é escrita sempre
da extremidade 5’ para a 3’
✓ Código genético: correspondência exata entre as quatro letras do
alfabeto de nucleotídeos do DNA e as 20 letras do alfabeto dos
aminoácidos das proteínas.
✓ Genoma: conteúdo total da informação de um organismo, que codifica
todas as moléculas de RNA e proteínas que o organismo poderá
sintetizar durante toda vida. O termo genoma também é usado para
descrever o DNA que contém essa informação.
➢ DNA e sua compactação:
• A função mais importante do DNA é carregar os genes (unidades funcionais da
hereditariedade), a informação que especifica todas as moléculas de RNA e
proteínas que formam um organismo. Os genes que codificam proteínas são
realmente a grande maioria, e a maior parte dos genes com fenótipos
claramente mutantes caem nessa categoria. Entretanto, existem diversos
“genes de RNA” – segmentos de DNA que originam uma molécula de RNA
funcionalmente importante (ribozimas), em vez de proteínas como produto
final.
O DNA nuclear dos eucariotos é dividido em cromossomos.
Cada cromossomo em uma célula eucariótica consiste em uma única e enorme
molécula de DNA linear juntamente com proteínas que enovelam e
empacotam a fina fita de DNA em uma estrutura mais compacta. Além das
proteínas envolvidas na compactação, os cromossomos estão associados a
várias outras proteínas (e a diversas moléculas de RNA).
Cromatina: complexo que engloba o DNA e as proteínas fortemente
associadas a ele.
***As bactérias não possuem um compartimento nuclear especial e
normalmente transportam seus genes em uma única molécula de DNA, muitas
vezes circular.
• Cada núcleo celular humano contém duas cópias de cada cromossomo, uma
herdada da mãe e outra herdada do pai. Os cromossomos maternos e
paternos de um par são chamados de cromossomos homólogos. O único par
de cromossomos não homólogos são os sexuais.
Os cromossomos podem ser visualizados por técnicas específicas durante a
mitose quando estão mais compactados. A representação dos 46
cromossomos mitóticos é chamada de cariótipo humano.
• Como esperado, existe uma correlação entre a complexidade de um
organismo e o número de genes em seu genoma. As diferenças na quantidade
de DNA intercalante (somente em plantas e animais multicelulares) entre os
genes respondem muito mais pela espantosa variação no tamanho dos
genomas do que propriamente pelas diferenças no número de genes, vistas na
comparação entre espécies.
Não há uma regra simples para o número cromossômico, complexidade do
organismo e o tamanho total do genoma.
• Genoma humano: A primeira característica marcante do genoma humano é
que apenas uma parte muito pequena (somente cerca de 1,5%) codifica
proteínas.
Um gene típico carrega a informação da sequência linear de aminoácidos de
uma proteína na sua sequência linear de nucleotídeos. No entanto, a maior
parte da sequência de nucleotídeos de um gene consiste em inúmeros
segmentos de DNA não codificador (íntrons), que interrompem uma sequência
relativamente curta de pequenos segmentos de DNA codificador da proteína.
Além dos éxons e íntrons, cada gene está associado a sequências de DNA
regulador, as quais são responsáveis por assegurar que cada gene será ativado
e desativado no devido tempo.
➢ Cada molécula de DNA que forma um cromossomo linear deve conter um centrômero,
dois telômeros e origens de replicação:
• Durante a longa interfase, os genes são expressos e os cromossomos são
replicados (preparação para a divisão celular), e as duas réplicas são mantidas
unidas formando um par de cromátides-irmãs. Durante esse período, os
cromossomos estão estendidos e muito de sua cromatina está disposta no
núcleo na forma de longas linhas enroladas, de modo que os cromossomos
individuais não podem ser distinguidos facilmente. Apenas durante um
período muito breve da mitose, os cromossomos são condensados,
permitindo que as duas cromátides-irmãs sejam separadas e distribuídas aos
núcleos-filhos. Os cromossomos altamente condensados nas células em
divisão são denominados cromossomos mitóticos.

• Sequência nucleotídicas de regulação da replicação e segregação de


cromossomos:
✓ Um tipo de sequência nucleotídica atua como origem de replicação do
DNA, o local em que a duplicação do DNA é iniciada.
✓ Após a replicação do DNA, as duas cromátides-irmãs que formam cada
cromossomo permanecem unidas uma à outra e, com a progressão do
ciclo celular, são mais condensadas para produzir cromossomos
mitóticos. A presença de uma segunda sequência especializada de
DNA, chamada de centrômero, permite que uma cópia de cada
cromossomo duplicado e condensado seja levada para cada célula-
filha no momento da divisão celular. Um complexo proteico chamado
de cinetocoro é formado no centrômero e liga o fuso mitótico aos
cromossomos duplicados. Acredita-se que um centrômero humano
seja formado por uma grande estrutura repetida de ácidos nucleicos e
proteínas.
✓ Uma terceira sequência especializada de DNA forma os telômeros, as
extremidades dos cromossomos. Os telômeros contêm sequências
nucleotídicas repetidas que permitem que as extremidades dos
cromossomos sejam replicadas de maneira eficiente. Os telômeros
também desempenham uma outra função: as sequências de DNA
repetidas, juntamente com as regiões adjacentes a elas, formam
estruturas que evitam que as extremidades cromossômicas sejam
confundidas com uma molécula de DNA quebrada que necessita de
reparo pela célula.
➢ Condensação do cromossomo:
• O empacotamento dos cromossomos deve ser feito de forma que permita o
acesso rápido e localizado no momento requerido ao DNA.
• As proteínas que se ligam ao DNA e formam os cromossomos eucarióticos são
divididas em duas classes: as histonas e as proteínas cromossômicas não
histonas. O complexo dessas duas classes de proteínas com o DNA nuclear
eucariótico é conhecido como cromatina. histonas principais são sintetizadas
especialmente durante a fase S do ciclo celular e montadas nos nucleossomos
das duplas-hélices de DNA das células-filhas logo atrás da forquilha de
replicação.
As histonas são responsáveis pelo primeiro e mais básico nível de organização
cromossômica, o nucleossomo.
Cada partícula do cerne nucleossômico individual consiste em um complexo de
oito proteínas histonas – duas moléculas de cada uma das histonas H2A, H2B,
H3 e H4 – e a fita dupla de DNA. Variantes de histonas são conhecidas para
todas as histonas do cerne, exceto H4 (a maior parte das variantes de histonas
é sintetizada durante a interfase). A união entre o DNA e o cerne de histonas
é feita por ligações de hidrogênio. Contudo, numerosas interações
hidrofóbicas e pontes salinas também mantêm o DNA ligado às proteínas no
nucleossomo.
micas.
➢ Além do enovelamento das histonas, cada uma
das histonas do cerne possui uma “cauda” N-
terminal de aminoácidos que se projeta para
fora do cerne histona-DNA. Essas caudas de
histonas estão sujeitas a diferentes tipos de
modificações covalentes, que, por sua vez,
controlam aspectos críticos da estrutura e
função da cromatina. Ou seja, são altamente
flexíveis para atuar como sítios de ligação ara
grupos de outras proteínas.

• A interação entre o cerne de


nucleossomos e DNA deve ser fraca a
ponto de permitir o acesso ao material
genético por outras proteínas de
replicação e transcrição.
➢ Dinamicidade dos nucleossomos:
• Um “afrouxamento” adicional dos
contatos entre DNA e histonas na
cromatina é obviamente necessário,
pois as células eucarióticas contêm
uma grande variedade de complexos de remodelagem da cromatina
dependentes de ATP. Esses complexos incluem uma subunidade que hidrolisa
ATP (uma ATPase relacionada evolutivamente às DNA-helicases). Usando a
energia da hidrólise do ATP para deslocar o DNA do cerne, esse complexo de
proteínas altera, temporariamente, a estrutura do nucleossomo, tornando a
ligação do DNA ao cerne mais livre. Por meio de ciclos repetidos de hidrólise
de ATP que impulsionam o cerne do nucleossomo ao longo da dupla-hélice de
DNA, os complexos de remodelagem podem catalisar o deslizamento dos
nucleossomos. Dessa forma, eles podem reposicionar os nucleossomos para
expor regiões específicas do DNA, tornando-as acessíveis a outras proteínas na
célula. À medida que genes são ativados ou desativados, esses complexos são
direcionados para regiões específicas do DNA, onde atuarão localmente,
influenciando a estrutura da cromatina.

• Normalmente, os nucleossomos são condensados para formar uma fibra de


cromatina compacta. Os nucleossomos são compactados uns em cima dos
outros, produzindo arranjos nos quais o DNA encontra-se altamente
condensado. A ligação nucleossomo-nucleossomo se dá pela cauda das
histonas H4, bem como através de histonas de ligação do tipo H1.
Figura 1CAUDAS DE HISTONAS

➢ Estrutura e função da cromatina:


• Herança epigenética: quando uma estrutura de cromatina é passada de uma
célula para suas descendentes.
• Existem dois tipos diferentes de cromatina do núcleo em interfase de várias
células de eucariotos superiores: uma forma altamente condensada, chamada
de heterocromatina, e todo o resto, uma forma menos condensada, chamada
de eucromatina. A heterocromatina é concentrada em regiões especializadas
como os centrômeros e telômeros. Em uma célula típica de mamíferos, mais
de 10% do genoma estão empacotados na forma de heterocromatina.
Normalmente, o DNA na heterocromatina contém poucos genes; quando
regiões da eucromatina são convertidas ao estado de heterocromatina, seus
genes geralmente são desligados/silenciados/inativados (efeitos posicional).
Ou seja, os domínios de heterocromatina são resistentes a expressão gênica.
Efeito posicional variegado: em cada célula, uma vez estabelecida a condição
da heterocromatina em um segmento da cromatina, ela tende a ser herdada
de modo estável por toda descendência da célula.
• As histonas do cerne são modificadas covalentemente em vários sítios
diferentes. As cadeias laterais dos aminoácidos das quatro histonas no cerne
do nucleossomo estão sujeitas a uma grande variedade de modificações
covalentes feitas por enzimas. Cada enzima é recrutada a sítios específicos na
cromatina em períodos determinados durante a vida da célula. Para a maioria,
o recrutamento inicial depende de proteínas reguladoras da transcrição (às
vezes denominadas “fatores de transcrição” ou “reguladores de transcrição”).
Mais genericamente, as proteínas recrutadas atuam junto com as histonas
modificadas para determinar como e quando os genes serão expressos, além
de outras funções cromossômicas. Dessa forma, a estrutura exata de cada
domínio da cromatina determina a leitura da informação genética que
contém, portanto, a estrutura e função da célula eucariótica.
• Código de histonas: uma espécie de marcação. Um tipo de marca indica que
um segmento da cromatina foi recentemente replicado, outro indica que o
DNA na cromatina foi danificado e necessita ser reparado, enquanto outros
sinalizam quando e como a expressão gênica deve ocorrer. Diversas proteínas
reguladoras contêm pequenos domínios que se ligam a essas marcas
específicas e reconhecem, são os complexos de leitura (as enzimas que fazem
as modificações e inserem as marcas são os complexos de escrita).
• Muitos desses complexos de leitura e escrita também contêm uma proteína de
remodelagem da cromatina dependente de ATP, e todos podem atuar em
conjunto para condensar ou descondensar longos segmentos de cromatina à
medida que a proteína de leitura se desloca progressivamente ao longo do
DNA empacotado no nucleossomo. Algumas sequências de DNA de barreira,
no entanto, bloqueiam a propagação dos complexos de leitura e escrita,
separando domínios de cromatina adjacentes, ajudando a evitar a propagação
da heterocromatina e o silenciamento dos genes.
Barreira apagando marca de
histonas

• Cromatina nos centrômeros: Em vários organismos complexos, incluindo


humanos, cada centrômero está inserido em uma região de cromatina
centromérica especial que permanece durante a interfase, mesmo que a
ligação ao fuso e o movimento do DNA, promovidos pelo centrômero, ocorram
durante a mitose. Essa cromatina contém uma variante de histona H3
específica de centrômero (CENP-A) e DNA satélite alfa (sequências repetida de
nucleotídeos), além de proteínas adicionais que compactam os nucleossomos
em arranjos especialmente densos e formam o cinetocoro, uma estrutura
especial necessária à ligação ao fuso mitótico (composto pelos microtúbulos).
****Evolução: comparações genômicas detalhadas mostram que em muitos
casos, as alterações no número de cromossomos surgiram por eventos de
quebra e religação de cromossomos, criando cromossomos novos, alguns dos
quais inicialmente com número anormal de centrômeros – tanto mais de um,
como nenhum. Apesar disso, a herança estável requer que cada cromossomo
contenha um e apenas um centrômero. Parece que centrômeros a mais
devem ter sido inativados, ou novos centrômeros criados de modo a permitir a
manutenção estável dos conjuntos de cromossomos.
• Herança epigenética: as filhas de uma célula hepática continuam sendo células
hepáticas, as de células epidérmicas continuam como células epidérmicas, e
assim por diante, apesar de possuírem o mesmo genoma; e isso é porque
padrões distintos de expressão gênica são transmitidos fielmente da célula-
mãe às celulas-filhas.
A estrutura da cromatina com seus genes na forma ativada ou inativada,
podem ser mantidos nesse estado até que um fator externo o reverta. No
entanto, sabe-se que alguns precisam se manter temporariamente no estado
ativo ou inativo, e outros em longa duração.
➢ Estrutura global dos cromossomos:
• Na forma de fibra de 30 nm, um cromossomo típico humano tem 0,1 cm de
comprimento e é capaz de se expandir no núcleo mais de cem vezes.
Obviamente, deve haver um nível superior de enovelamento, mesmo nos
cromossomos interfásicos. Embora os detalhes moleculares sejam, em grande
parte, um mistério, essa compactação de mais alta ordem certamente envolve
o enovelamento da cromatina em uma série de alças e espirais. A estrutura da
cromatina interfásica é fluida e frequentemente sofre alterações em resposta
às necessidades da célula.
• Cromatina repressora (genes desligados); cromatina de transcrição ativa
(genes ativados);
O conjunto de proteínas ligadas que fazem parte da cromatina em um
determinado lócus varia de acordo com o tipo celular e seu estágio de
desenvolvimento. Essas variações fornecem diferente acessibilidade a genes
específicos nos diferentes tecidos e ajudam na criação da diversidade celular
que acompanha o desenvolvimento embrionário
***** As novas maneiras para visualização de cromossomos individuais
mostraram que cada um dos 46 cromossomos de interfase em uma célula
humana tende a ocupar seu próprio território, discreto, dentro do núcleo; isto
é, os cromossomos não estão completamente emaranhados entre si.
Experimentos que localizam, especificamente, regiões heterocromáticas de
um cromossomo revelam que elas estão intimamente associadas à lâmina
nuclear em qualquer cromossomo examinado.
******* Glóbulo fractal: um arranjo não emaranhado que promove a máxima
densidade de compactação e, ao mesmo tempo, preserva a capacidade da
fibra de cromatina ser descondensada e condensada
• Nucléolo: região onde partes de diferemtes cromossomos portando genes
para RNAr se agrupam. RNAr são sintetizados e combinados com proteína
spara formar o ribossomo.
• O núcleo possui regiões específicas organizadas, sem a compartimentalização
por membrana sou citoesqueleto.
• Estrutura de sustentação do núcleo: A matriz nuclear, ou de suporte, é
definida como o material insolúvel que permanece no núcleo após uma série
de etapas de extração bioquímica. Muitas das proteínas e moléculas de RNA
que formam esse material insolúvel provavelmente são derivadas dos
subcompartimentos nucleares fibrosos, enquanto outras podem ser proteínas
que auxiliam a formar a base das alças cromossômicas ou que ligam os
cromossomos a outras estruturas no núcleo.
➢ Cromossomos mitóticos supercondensados:
Os cromossomos mitóticos são supercondensados vistos pelo cariótipo.
• As duas moléculas de DNA produzidas na replicação, durante a interfase do
ciclo de divisão celular, são dobradas separadamente, produzindo dois
cromossomos-irmãos, ou cromátides-irmãs, unidas pelos centrômeros. Esses
cromossomos normalmente são recobertos por várias moléculas, incluindo
grandes quantidades de complexos proteína-RNA. Uma vez removidos os
complexos de RNA-proteína, as cromátides podem ser bem vistas, como alças
organizadas de cromatina que emanam de uma estrutura central.
A condensação dos cromossomos mitóticos é vista como o final da hierarquia
de compactação cromossômica.
A condensação cromossômica na mitose é fundamental para permitir a
separação das cromátides, além disso a compactação protege as moléculas de
DNA, que ~são frágeis, de alguma quebra durante a separação.
• Durante a fase M ocorre a condensação dos cromossomos. r. Durante a fase
M, a expressão gênica é suspensa, e ocorrem modificações específicas nas
histonas que auxiliam na reorganização da cromatina, à medida que esta é
compactada. Duas classes de proteínas em forma de anel, chamadas coesinas
e condensinas, auxiliam nesse enovelamento.
➢ Como os genomas evoluem:
• Genes homólogos – isto é, genes semelhantes tanto na sua sequência
nucleotídica como na função devido a um ancestral comum – muitas vezes
podem ser reconhecidos mesmo por meio de distâncias filogenéticas enormes.
Em geral, a sequência de genes individuais é muito mais fortemente
conservada do que a estrutura genômica completa. Características da
organização dos genomas, como tamanho, número de cromossomos, ordem
dos genes ao longo do cromossomo, abundância e tamanho dos íntrons, e
quantidade de DNA repetitivo, variam bastante quando comparadas com
organismos distantes, bem como o número de genes que cada organismo
contém.
• Esses segmentos de DNA muito similares são conhecidos como regiões
conservadas. Além de revelarem sequências de DNA que codificam éxons
funcionalmente importantes e moléculas de RNA, essas regiões conservadas
incluem sequências reguladoras de DNA e sequências de DNA com funções
ainda desconhecidas. Em contraste, a maioria das regiões não conservadas
refletem DNA cuja sequência provavelmente é menos crítica para a função.

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