Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O DNA e o RNA, também designados ácidos nucleicos por manifestarem propriedades ácidas,
estão contidos nas células.
A unidade básica constituinte dos ácidos nucleicos é o nucleótido, que é composto por três
constituintes fundamentais:
o ácido fosfórico ou grupo fosfato, que confere as propriedades ácidas aos ácidos
nucleicos;
O núcleo é um organelo celular característico das células eucarióticas que contém cerca de
99% do material genético:
é formado por uma membrana dupla – o invólucro nuclear com poros que
permitem comunicar com o citoplasma;
nele podem existir um ou mais nucléolos, que são estruturas com ácidos nucleicos e
proteínas na sua constituição.
– um grupo fosfato;
– as bases azotadas, que neste caso são a adenina e a guanina, bem como a citosina e
a timina.
Watson e Crick apresentam uma proposta de um modelo de dupla hélice para explicar a
estrutura do DNA, resultando o seguinte:
– as bandas laterais da hélice são formadas por moléculas de fosfato (grupo fosfato de
cada nucleótido) que alternam com moléculas de desoxirribose;
– a ligação entre as cadeias faz-se por pontes de hidrogénio que se estabelecem entre
os pares de bases;
Replicação do DNA
As células sofrem divisões para darem origem a novas células. As células-filhas possuem o
mesmo património genético das células que lhes deram origem. Para assegurar a preservação
desse património genético, o DNA tem a capacidade de se autoduplicar. Este fenómeno ocorre
através da replicação, que garante a transmissão da informação genética às células-filhas.
nucleótidos de DNA que se encontram livres na célula encaixam nos filamentos que se
vão afastando, através de ligações que obedecem à regra da complementaridade das
bases – a citosina liga-se à guanina e a timina à adenina;
as novas moléculas de DNA, idênticas entre si, são complementares das cadeias
originais e cada uma delas é antiparalela relativamente à cadeia que lhe serviu de
molde;
cada molécula de DNA formada é idêntica à molécula original e é portadora de uma
cadeia antiga (metade da molécula-mãe) e de uma cadeia recém-formada, daí a
designação de semiconservativa.
Composição e estrutura do RNA:
– um grupo fosfato;
– as bases azotadas, que neste caso são a adenina e a guanina, bem como a citosina e
o uracilo.
Na molécula de DNA é possível delimitar vários segmentos, os genes, cuja informação conduz
à síntese de proteínas que são indispensáveis à manifestação das características genéticas dos
seres vivos.
É a estrutura das proteínas que condiciona a sua função biológica, quer se trate de
proteínas estruturais, de proteínas
É nos genes que está contida a informação para a ordenação e colocação dos
aminoácidos nas cadeias polipeptídicas das proteínas.
Basicamente, no núcleo das células ocorre a síntese de uma molécula de RNA que é
complementar de uma porção do DNA que contém a informação. Este RNA transporta a
mensagem em código para os ribossomas. Aí, a mensagem vai ser traduzida e os aminoácidos
que vão formar as proteínas vão ser seleccionados, ordenados e ligados de acordo com a
ordem que estava determinada no DNA.
Código genético
O código genético pode traduzir-se num quadro de correspondências entre 64 codões possíveis
de nucleótidos e os 22 aminoácidos existentes.
Existem:
Os codões são consecutivos e não sobrepostos, isto é, sucedem-se sem qualquer separação ou
sobreposição de nucleótidos.
– é redundante – vários codões são sinónimos, ou seja, podem codificar o mesmo aminoácido.
A maioria dos sinónimos difere apenas no último nucleótido. Este fenómeno é também
designado por degenerescência do código genético, pelo que se pode caracterizar como
sendo degenerado;
– o terceiro nucleótido de cada codão não é tão específico como os dois primeiros – por
exemplo, os codões CGU, CGC, CGA e CGG são sinónimos na codificação da arginina;
– o tripleto AUG tem dupla função – este tripleto codifica a metionina e é um codão de
iniciação da síntese de proteínas;
– os tripletos UAA, UAG e UGA são codões STOP ou de finalização – estes codões, que não
codificam nenhum aminoácido, representam sinais de fim de síntese de proteínas.
DNA e síntese de proteínas (II )- Mecanismo da síntese de proteínas
Esta fase, que nas células eucarióticas ocorre no núcleo, caracteriza-se pela síntese de mRNA a partir de
uma cadeia de DNA que contém a informação que lhe serve de molde. Processa-se da seguinte forma:
abrir a molécula de DNA quebrando as ligações de hidrogénio que unem as duas cadeias;
a polimerização dos nucleótidos que vão formar o mRNA.
durante a transcrição, só uma das cadeias de DNA é que é utilizada como molde;
a polimerização de nucleótidos que vão formar o mRNA ocorre obedecendo à ordem imposta
pela complementaridade das bases que se estabelece entre os nucleótidos da cadeia de DNA e
os nucleótidos do mRNA;
o complexo enzimático fixa-se sobre uma determinada sequência de DNA e vai deslizando, o que
provoca a abertura da dupla hélice e a quebra das pontes de hidrogénio entre as bases
complementares;
Nesta fase, a mensagem em código contida no mRNA vai ser descodificada nos ribossomas,
sendo transformada na sequência de aminoácidos que constituem a cadeia polipeptídica das
proteínas.
são formados por duas subunidades de tamanho diferente, que podem estar unidas ou
separadas;
Ribossoma
A mesma cadeia de mRNA pode ser traduzida várias vezes, formando proteínas
idênticas.
O material genético de um indivíduo não permanece estático, por exemplo, durante os fenómenos de
replicação ou de transcrição, pode sofrer alterações que originam anomalias mais ou menos graves.
– ter ocorrido substituição numa zona da proteína que não é determinante para a sua
função.
a hemofilia – que decorre de uma anomalia na formação de uma proteína sanguínea, levando a
graves dificuldades na coagulação do sangue;
– raios X;
– raios gama;
– radiações ultravioleta;
– calor.
– corantes alimentares;
– conservantes alimentares;
A ocorrência de mutações não é exclusivamente nefasta. Pode levar à formação de proteínas diferentes,
com novas capacidades que podem ser a base do sucesso evolutivo dos organismos que as sintetizam –
as mutações são verdadeiros fatores de evolução.