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Paracoccidioidomicose

Maria do Rosário Rodrigues Silva


Paracoccidioidomicose
 Definição
 Etiologia
 Paracoccidioides brasiliensis
 Histórico
 1908- Lutz – lesões da mucosa e ganglionares –
Coccidioides imitis
 1912 – Afonso Splendore: Zymonema brasiliensis
 1930 – Floriano de Almeida- P. brasiliensis
 1940 – Oliveira Ribeiro – tratamento com sulfas de
ação lenta
 1958 – Veronesi – Anfotericina B
 1970 – Derivados azólicos
Epidemiologia da paracoccidioidomicose

 Habitat
Solo
 Albornoz-Colômbia
 Negroni - Argentina

Vegetais
Lacaz

Folhas de ipê, jacarandá


Água? Desenvolvimento da fase filamentosa
Epidemiologia da paracoccidioidomicose

 Sexo
  Masculino

Idade
  30 a 50 anos

 Profissão
 agricultores
Taxonomia de P. brasiliensis
 Taxonomia
 Subfilo: deuteromycota
 Gênero: Paracoccidioides
 Espécie: P. brasiliensis

 Endemia
 Zonas úmidas, tropicais e subtropicais –
América Latina (exceto México, Nicarágua,
ilhas do Caribe, Guiana Francesa e Chile)
 Brasil - > número de casos
 > 250 casos/ano
Perfil imunológico da paracoccidioidomicose

 Alterações da imunidade celular


 Redução na positividade dos testes de
resposta tardia
 Redução na blastogênese de linfócitos por
agentes mitogênicos
 Possibilidade na inversão da relação CD4/CD8
 Redução de células T no sangue periférico
Relação parasita-hospedeiro na
paracoccidioidomicose

 Estrógenos
 Citoplasma (filamento)- receptor
específico para  estradiol

 Fagocitose
  glucanase (macrófago)
 Células citotóxicas naturais
 In vitro- limitação de crescimento
Relação parasita-hospedeiro na
paracoccidioidomicose

 Controle genético de resistência e


suscetibilidade
 Fenótipo A9 – Formas pulmonares unifocais
 Camundongos A/SN – resistentes
B10D2 - sensíveis

 Sistema complemento
 Efeito opsonizante
 Parede celular
 >  glucano  maior virulência
Lesões ulcerosas nos lábios por P. brasiliensis
Lesão ulcerosa de P. brasiliensis
Hipertrofia ganglionar
Lesão muriforme no lábio por P. brasiliensis
Gengivite por P. brasiliensis
Diagnóstico da paracoccidioidomicose
 Exame direto
 Exoesporulação múltipla
 Exame histopatológico
 Aguda e subaguda – reação supurativa
 Crônica – reação granulomatosa
P.brasiliensis englobado
por células gigantes
 Cultura

 Dimorfismo térmico
 Temperatura ambiente (25oC) –
inespecífico (filamentos com
clamidoconídios)
 37o C – forma de levedura
Colônias de P. brasiliensis a temperatura
ambiente
Microscopia da colônia de P.
brasiliensis a temperatura ambiente
Macroscopia de P. brasiliensis a temperatura de 37oC
Microscopia da colônia de P. brasiliensis a 37oC
Microscopia Leveduras com
brotos de P. brasiliensis a 37o. C
P. brasiliensis com múltiplos brotos
P. Brasiliensis a 37o.C
Diagnóstico da paracoccidioidomicose

 Reações sorológicas
 Elisa Gp. 43Kda

 Imunodifusão em gel

 Inoculação em animal
Histoplasmose
Considerações sobre a micose
Etiologia
Histoplasma capsulatum var. capsulatum

Epidemiologia e ecologia
Mundial  climas tropicais e temperados (Estados
Unidos e América Latina);  sexo
Habitat: solo (cavernas e galinheiros) pH ácido
+ matéria orgânica
Classificação taxonômica:
Ascomycota - Ajellomyces capsulatus
Manifestações clínicas da
histoplasmose
Assintomática
Histoplasmina +
Calcificações: pulmões, fígado, baço.
Pulmonar primária
Características de tuberculose
Disseminada
 crianças, pacientes imuncomprometidos
Cutânea por inoculação primária
Acidente laboratorial=pápula  úlcera (autolimitada)
Histoplasmose

Lesão de pele por


H.capsulatum

Lesão de mucosa bucal


por H. capsulatum
Diagnóstico da histoplasmose
Esfregaço
Gram, Giemsa, Lieshman
Exame histopatológico
Gomori, PAS para fungos

Histiócito com
células fúngicas
Diagnóstico da histoplasmose

Cultura
Ágar Sabouraud Dextrose -temperatura

ambiente

Ágar BHI (Brain heart infusion)--37oC


Histoplasma capsulatum a
temperatura ambiente
Histoplasma capsultum a 37 C
o


Diagnóstico da histoplasmose

Imunodifusão em gel
Bandas: h - histoplasmina +
m - doença)

Inoculação em animal
Micoses oportunísticas

Maria do Rosário Rodrigues Silva


Micoses oportunísticas
 Definição
 Mais comuns
 Candidíase
 Aspergilose
 Criptococose
 Mucormicose
 Histoplasmose
 Coccidioidomicose
 Peniciliose
 Feohifomicose
 Hialohifomicoses
Fatores predisponentes a instalação das
infecções fúngicas oportunísticas

 Alteração do sistema imune

 Rompimento da barreira da superfície


tegumentar e/ ou de mucosas

 Alteração da microbiota autóctone


Aspergilose
A. fumigatus 70%

A. terreus 20%

A. flavus 10%

A. niger 7%

A. glaucus 3%

Girmenia et al, 2001 British J


Haematology, 114:93-98
Aspergilose
Habitat
 Meio ambiente
 Plantas, condicionadores de ar

Manifestações clínicas
 Aspergilose pulmonar invasiva
• Hemorragia, hemoptiase, cavitação

 Aspergilose extrapulmonar
• Cutânea, espaços pericárdicos, SNC
Incidência da Aspergilose
 Maior em Pacientes neutropênicos
 Transplantados [MO e órgãos sólidos (1 a 40%)]
 Doenças granulomatosas crônicas (25 a 40%)
 alteração na capacidade fagocítica
 Uso de drogas imunossupressoras
 linfopenia acentuada e neutropenia
 AIDS (1 a 6%)
 relação CD4/CD8 alterada
*neutropenia mais de 10 dias elevado risco
Epidemiologia das infecções nosocomiais por
Aspergillus.
 2% das infecções fúngicas
 Pneumonia mais comum
 Pacientes com transplante de medula óssea
 36% das pneumonias Aspergillus spp
 Pacientes submetidos a transplantes
 18 a 25% aspergilose
 Mortalidade 95%

Trick e Jarvis, 1998 Rev.


Iberoamericana Micol 15:2-6.
Micoses Oportunísticas
Aspergilose
Aspergillus fumigatus
A. niger
A. terreus
A. flavus

Aspergiloma
Diagnóstico de aspergilose

Devem ser considerados


 Fatores predisponentes no hospedeiro
 Elementos clínicos radiológicos
 Achados laboratoriais

Guzman A. M., 2004, Rev.


Chil. Infect21:39-47
Diagnóstico laboratorial da
Aspergilose

Espécime clínica
 Escarro, lavado brônquico
Tratamento com KOH
Histopatológico
 GMS, PAS, Gridley
Isolamento em cultura
 Ágar Sabouraud dextrose (37ºC e ambiente)

Escarro corado por Gomori


Aspergillus fumigatus

A. flavus

A. niger

A. terreus
Outras técnicas de diagnóstico da
Aspergilose

 Reação de aglutinação em látex


 Ag circulante : galactomanano (Ac
monoclonal IgM anti galactomanano)

Biologia molecular
 PCR
Medidas de prevenção e profilaxia das
infecções oportunísticas
 Uso correto de antibióticos de largo espectro
 Lavagem das mãos
 Uso de filtros HEPA
 Evitar construções próximos a hospitais
 Realização de necrópsia em casos de epidemias
 Terapia preventiva

Maertens et al, 2001. Eu. J.


Cancer care, 10:56-62
Referências Bibliográficas
Kwon-Chung, K.J.; Bennett, J.E. Medical
Mycoloy Lea & Febiger, 1992.
Murray, P.P.; Rosenthal, K.S.;
Kobayashi,G.S.; Michael, A. P. Microbiologia
Médica. 3a Edição. Guanabara Kogan, 2000.
Sidrim J.J.C. ; Rocha, M.F.G. Micologia
Médica. A Luz de autores contemporâneos.
Guanabara Koogan, 2004.
Obrigada!

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