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Bactérias

10 bactérias mais perigosas


Pseudomonas aeruginosa Staphylococcus aureus Neisseria gonorrhae
Enterobacteriaceae Helicobacter pylori Streptococcus pneumoniae
Acinetobacter baumanii Campylobacter spp
Enterococcus faecium Salmonella spp

 Cocos Gram-Positivos
Estafilococos
Staphylococcus spp

- São colonizadores da pele e mucosas de mamíferos;


- São bactérias comensais, fazem parte da microbiana indígena;
Pele (S. epidermis) Oríficios naturais do corpo
Zonas foliculares pilosas Mucosa nasal (S.aureus)
Glândulas sudoríperas
- Características gerais:
Catalase + (possui catálase; faz bolhas)
Coagulase: Coagulase positiva (S. aureus)
Coagulase negativa (S. epimerdis, S. saprophyticus, S. haemolyticus, etc)
- Morfologia microscópica:
Cocos (forma esférica) Gram-positivos em cacho;
Anaeróbios facultativos – Anaeróbios, mas podem usar oxigénio se estiver presente
Crescimento rápido e pouco exigente: 24 horas a 37 ° C .
Meios com alto teor em NaCl (10%) – meio seletivo para isolamento – Mannitol Salt
Agar

Staphylococcus aureus

1. Flora da mucosa nasal (residente VS intermitente) – um dos mais importantes agentes


patogénicos nosocomiais.
2. Infeção por Staphylococcus aureus
Origem da infeção:
o Endógena (fatores internos do organismo)
o Transmissão pessoa-a-pessoa: Infeção hospitalar
 Contacto direto
 Contacto indireto
 Via aérea
3. Fatores de virulência de S. aureus
o Toxinas
Hemolisinas;
Leucocidina (leucócitos);
Exfoliatinas A e B (síndrome da pele escaldada)
Enterotoxinas (Enteroxina F ou TSST-1; síndrome do choque tóxico) – efeitos
sistémicos/efeito local intestino
o Enzimas
Coagulase: efeito antifagocitário
Fibrinolisina
Hialuronidase: ação invasiva do tecido
Lipases: ação invasiva do tecido
Catalase
o Cápsula: polisacarídica; evita opsonização e fagocitose
o Parede celular: peptidoglicano e proteína A; ácidos teicóicos; antigénios proteicos
p13 e p17
4. Doenças causadas por S. aureus
o Invasão e lesão dos tecidos: pele e tecido celular subcutâneo (furúnculo,
celulite, abcessos, infeções de queimaduras e de feridas
traumáticas/cirúrgicas
o Infeções nosocomiais: endocardite; septicemia; meningite.
o Ação das toxinas: Intoxicação Alimentar Estafilocócica – Enterotoxina A (+
importante); início abrupto com vómitos, diarreia e dores abdominais.
o Síndrome da pele escaldada: Exfoliatina A; Exfoliatina B.
o Síndrome do choque tóxico: TSST-1 (uso de tampões vaginais): descamação de
toda a superfície cutânea; falência multi-órgão e envolvimento do SNC
5. Resistência aos antibióticos
o Capazes de adquirir e integrar no seu genoma genes de resistência a
antibióticas – multirresistência
o Resistência aos antibióticos beta-lactâmicos é codificado pelo gene mecA.

S. epidermidis
6. Infeção hospitalar;
7. Origem da infeção: Endógena;
8. Fator virulência: Slime layer (biofilme)
9. Transmissão: Infeções com presença de corpos estranhos (próteses, cateteres, enxertos
vasculares)
10. Doenças causadas: Endocardite, Bacteriemia

Estreptococos (são todos catalase negativos)

Streptococcus spp
- Cocos Gram-Positivos;
- Anaeróbios facultativos;
- Cadeias mais ou menos longas;
- Catalase negativos;
- Crescem em meios ricos como Gelose sangue, apresentam hemólise, que os permite
diferenciar (anaerobiose):
α - Hemólise: zona de hemólise parcial à volta da colónia e não em profundidade,
acompanhada da coloração esverdeada do meio – S. pneumoniae;
β - Hemólise: zona de hemólise transparente, total e em profundidade – S. agalactiae;
γ – Hemólise: ausência de hemólise – S. viridans.
- Classificação dos Streptococcus spp:
Classificação polisacarídica – S. pneumoniae;
Parede celular – proteínas (M, T e R), Hidratos de carbono (C- classificação serológica
de Lancefield), Fímbrias (adesão);
Classificação – Hemólise e Lancefield
 Grupo A – S. pyogenes
 Grupo B – S. agalactiae
 Grupo C
 Grupo D – S. bovis
 Grupo G
 Sem antigénio Lancefield: S. pneumoniae

Streptococcus pneumoniae
1. Flora comensal da oro/nasofaringe;
2. Catalase negativa (não faz bolhas, não tem catálase);
3. Cocos Gram-Positivos dispostos em cadeias curtas ou aos pares em chama de vela;
4. Gelose sangue preferencialmente na presença de CO2;
5. α – hemolíticos de cor verde (pneumolisina);
6. Sensíveis à optoquina.
7. Fatores de virulência de S. pneumoniae
o Pneumolisina
o Peptidoglicano: toxicidade e imuno-estimulador
o Carbohidrato (pp Proteína-C)
o Cápsula (+virulentas: SSS) – polissacarídeos diferentes, virulência diferenta
(antifagocitária)
o Estirpes capsuladas/não capsuladas (avirulentas)
8. Doenças causadas por S. pneumoniae
o Pneumonia: causa mais frequente
o Sinusite e otite média
o Bacteriemia
o Meningite

 Cocos Gram-Negativos

Neisseria spp

- Coco Gram Negativo


- Diplococo em forma de rim ou grão de café
- Intracelulares
- Crescimento fatigoso: meios de cultura enriquecidos (Gelose chocolate); CO2 (5-10%);35-
37 ºC
- Aeróbios estritos
- Testes de oxidase + e testes bioquímicos
- Fragilidade: meios de transporte e processamento imediato

Neisseria gonorrhoeae
1. Agente da gonorreia (patogénico estrito)
2. Gonococos (diplococos)
3. Intracelular (facultativo)
4. Thayer-Martin VCAT: gelose chocolate com Vancomicina, Colistina, Anfotericina e
Trimetopim (meio rico em sangue, selectivo – inibidor da flora que coloniza a uretra)
5. Fatores de virulência:
o Polifosfato de superfície (cápsula);
o Pilis: colónias virulentas (invasão do tecido subepitelial);
o LPS – endotoxina;
o Parede celular do peptoglicano – resposta inflamatória.
6. Doença causada por Neisseria gonorrhoeae:
o Infeção genital no homem: Uretrite aguda;
o Infeção genital na mulher: Cervicite;
o Conjuntivite gonocócica do recém-nascido.

Neisseria meningitidis
1. Características da Neisseria meningitidis:
o Agente da meningite (patogénico estrito)
o Diplococos (meningococos)
o Forma de grãos de café
o Meio de gelose chocolate sem a adição de inibidores
o Diagnóstico: Pesquisa de antigénios capsulares no Líquido Céfalo Raquidiano
(LCR)
2. Fatores de virulência da Neisseria meningitidis:
o Proteínas da membrana;
o Cápsula polisacarídica antigénica – serogrupos.
3. Doença causada por Neisseria meningitidis:
o Meningite;
o Meningococémia.
4. Estádio do portador:
o Nasofaringe;
o Transmite-se por via respiratória;
o Pode evoluir para doença evasiva.
5. Sensibilidade aos antibióticos:
o Penicilina (algumas estirpes já são resistentes a esta)

 Bacilos Gram-Negativos
Vibrio cholerae
Helicobacter pylori
Pseudomonas aeruginosa
Acinetobacter spp
Haemophillus spp
Enterobacteriaceae

Família Enterobacteriaceae - comensais


Batérias bacilares Gram-Negativas
Microoorganismos ubíquos – flora intestinal dos mamíferos
Anaeróbios facultativos
Não produzem esporos
Catalase positivas
Oxidase negativas
Fermentam glucose
Componentes: Antigénio O; Polissacarídeo interno (núcleo); Lípido A; LPS.
Fatores de virulência:
o Endotoxinas
o Cápsula
o Variação da fase antigénica
o Sistemas de secreção tipo III
o Sequestração de fatores de crescimento
o Resistência á morte sérica
o Resistência antimicrobiana

 Escherichia Coli
Infeções:
o Trato urinário
o Infeções respiratórias
o Meningite neonatal
o Bacteriémica e Sepsis

 Klebsiella spp
Infeções:
o Pneumonia lobar da comunidade – infeção oportunista; frequente em doentes alcoólicos ou
com algum grau de imunossupressão
o Infeção do trato urinário
o Infeção Hospitalar – Infeção urinária, infeção do aparelho respiratório inferior, …

 Salmonella spp
Meio: McConkey: não fermentam lactose
Contaminação fecal-oral

 Bacilos Gram-Positivos
Clostridium spp
Bacillus spp
Família Bacillaceae

Formam esporos
Bacillus: aeróbios e anaeróbios facultativos
Clostridium: anaeróbios estritos

 Bacillus cereus
Anaeróbio facultativo
Móvel
Forma esporos
Infeções:
o Gastroentrite
o Oculares graves
o Bacteriémia e sepsis

Família Clostridium spp


Anaeróbios estritos ou aerotolerantes
Produzem esporos
Saprófitas (intestinos)
Poderosas exotoxinas

o Clostridium tetani
Anaeróbio estrito, móvel
Sem cápsula
Bactéria não invasiva

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