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Características Gerais
➔ Cocos gram poisitos (em cadeia ou aos pares), medindo cerca de 0,5 a 1 m.
➔ Aeróbios facultativos;
➔ Crescem apenas em meios enriquecidos com sangue → colônias de 1 a 2 mm de
diâmetro, produzindo hemólise total/ parcial/ não hemolíticas;
➔ Catalse negativos;
➔ Espécies patogênicas para o homem;
➔ Antígenos de superfície específicos.
Classificação de Streptococcus
2. Grupos de Lancefield
➔ Grupo A: -hemolíticos;
➔ Grupo B: -hemolíticos;
➔ Grupo C e G: -hemolíticos;
➔ Grupo D: -hemolíticos;
Manifestações Clínicas
A S. pyogenes é uma -hemolítica, associada a doenças supurativas e não
supurativas:
➔ Doenças Supurativas:
o amigdalite e faringite → é necessário tratamento precoce com antibioticoterapia,
eliminando a bactéria antes de haver resposta imune cruzada elvonvendo a
proteína se superfície M.
o escarlatina → infecções sistêmicas em detrimento da produção de toxinas
pirogênicas. Sintomas: rash cutâneo, eritema e bolhas nas papilas e língua, febre,
faringite.
o piodermites → impetigo, ectima, erisipela, celulite.
o fasceíte necrotizante → acomete a fáscia muscular. Pode evoluir para choque
tóxico. Tratamento: debridamento cirúrgico + antibioticoterapia.
o pneumonia e síndrome do choque tóxico streptocócica → produção de toxinas e
presença da bactéria na corrente circulatória (disseminação sistêmica). É
causada pela S. pneumoniae, sendo muito similar ao choque tóxico causado pelo
Staphylococcus aureus.
▪ Início: infecção de tecilo mole → dor local, febre, calafrios, mal estar,
náusea, vômito, diarreia.
▪ Manifestações sistêmicas associadas à toxina do choque tóxico, que atua
como superantígeno, ativando o sistema imune de forme exacerbada e,
portanto, induz a produção de citocinas, levando à falha múltipla de órgãos
e coagulação intravascular.
Caracterícias Gerais
➔ única espécie do grupo B de Lancefield;
➔ cocos, de aproximadamente 0,6 a 1,2 m;
➔ presença de cápsula;
➔ Antígenos: antígeno B, polissacarídeos capsulares (anticorpos protetores) e proteína
de superfície C;
➔ olonizam trato gastrointestinal e genitourinário (microbiota transitória);
➔ Infecções por S. agalactiae apresentam maiores riscos em partos prematuros;
podem estar associados a infeções em adultos também;
➔ a colonização do indivíduo ocorre ainda no útero, durante o nascimento ou durante
os primeiros meses de vida;
➔ principal -hemolítico isolado na corrente circulatória;
Prevenção
➔ Os S. agalactiae são sensíveis à penicilina G. No entanto, o aparecimento de
tolerância ou mesmo de resistência a tetraciclinas e eritromicinas foram reportados.
Assim, para tratamento, utiliza-se penicilina G combinada a aminoglicosídeo.
➔ Para profilaxia, utiliza-se antibióticos (penicilina G, clindamicina ou cefalosporia)
algumas horas antes do parto.
➔ Há vacinas em fase de desenvolvimento baseadas no antígeno capsular polivalente,
o qual é imunogénico.
Manifestações Clínicas
➔ Infecções neonatais: meningite, pneumonia e sepse, sendo muito mais comuns
em parto prematuro. As infecções neonatais são transmitidas via intra-útero ou no
canal de parto (bolsa rota) e podem apresentar sequelas como retardo mental e
cegueira;
o quadro agudo: evolui em até 1 semana após o parto;
o quadro tardio: em até 3 meses após o parto.
➔ Infecções puerperais: endometrite, sepse e infecções no trato urinário, sendo que
de 10 a 30% das carreadoras da bactéria são assintomáticas.
Streptococcus pneumoniae
Características:
➔ cocos gram-positivos;
➔ bactéria de aspecto oval ou em forma de lança, aparecendo aos pares;
➔ encapsulados;
➔ habitante transitório da microbiota;
➔ padrão de hemólise em ágar-sangue: -hemolítico;
➔ sofre autólise;
Manifestações Clínicas:
➔ sinusites e otite do ouvido médio – infecção viral antecedente;
➔ pneumonia lobar: frequente em crianças e idosos; perda de atividade mucociliar,
estando relacionada aos sintomas de febre alta, tosse, apatia, empiema.
➔ bacteremia nas meninges, levando a sequelas ao SNC por meningite;
Patogenia
A infecção viral compromete os batimento ciliares e a estrutura do epitélio por
indução de uma inflamação. Esse processo leva ao acúmulo de fluidos, que favorece o
desenvolvimento de infecções bacterianas, por ser um meio de cultura favorável para o
crescimento de bactérias.
Fatores de Patogenicidade
➔ cápsula: protege anticorpos ou o ligante C3b presentes na superfície bacteriana e
inibe o sistema complemento por inibição do C3b, devido à proteína H;
➔ ácido teicoico: ativa o sistema imune, induzindo a liberação de cito, levando à
ativação do sistema complemento;
➔ peptideoglicano: ativa o sistema imune, induzindo a liberação de cito, levando à
ativação do sistema complemento;
➔ pneumolisina: inibe a atividade de células ciliadas; libera citotoxinas alveolares e
para células endoteliais; causa inflamação nos pulmões; diminui a efetividade de
células polimorfonucleares; estimula a produção de citocinas por monócitos; associa-
se a tecidos; livre em solução; ativa a clássica via do sistema complemente ao ligar-
se à porção Fc dos anticorpos, induzindo inflamação e danos teciduais;
➔ proteínas de superfície: associadas à adesão tecidual e colonização = proteína A e IgA
protease → favorecem a colonização de superfície de mucosas por escapasse da ação
de IgA.
Tratamento e Prevenção
A S. pneumoniae apresenta uma resistência cada vez maior à penicilina. Então, o
tratamento é feito por eritromicina ou cefalosporina. No hemisfério norte, onde há
vacina, ela é indicada para crianças e para população idosa, a fim de evitar pneumonia
(em crianças e idosos) e meningite (em crianças).
Staphylococcus
Características Gerais
➔ são cocos gram-positivos, que, tendem a formar cachos de uva; medem cerca de 0,5
a 1 m; aeróbicos;
➔ crescem/ suportam bem em meios mais elevados de NaCl → S. aureus;
➔ são colônias um pouco maiores em diâmetro (2 a 4 mm); com aparência opaca e são
convexas;
➔ catalases positivos – degradam peróxido de hidrogênio;
➔ Compreendem várias espécies patogênicas para o homem e animais, causando
causam infecções superficiais e nosocomiais fatais, sendo um problema hospitalar;
➔ São comensais de naso e orofaringe, de pele (mãos), causando infecções transitórias
nesses locais. Por isso, é importante lavar a mãe: evitar a transmissão de bactérias.
Principais Espécies
1. Coagulase positiva:
➔ S. aureus: na presença de soro sanguíneo, induz a formação de coágulo (forma
de diferenciação de outras espécies de Staphylococcus);
2. Coagulase negativas:
➔ S. epidermidis: bactéria oportunista, presente na microbiota, que pode estar
relacionada a outras infecções, uma vez que forma biofilmes.
➔ S. saprophyticus
Staphylococcus aureus
Manifestações Clínicas
➔ Infecções associadas a pele: impetigo; ectima; erisipela; fasceíte necrotizante;
➔ Síndrome do choque tóxico;
➔ Síndrome da pele escaldada: devido à produção da toxina esfoliativa (que atua a nível
de desmossomos), há um rash cutâneo, levando à descamação da pele;
➔ Infecções de folículo piloso: foliculite, furúnculos ou carbúnculos;
➔ Infecções secundárias: escabiose e ferida cirúrgica;
➔ Infecção do TGI: Intoxicação alimentar em detrimento da produção de uma série de
enterotoxinas termoestáveis.
➔ Ostero-articular: artritre séptica e oteomielite são comuns, devido à entrada da
bactéria por uma lesão ou por disseminação hematogênica;
➔ Infecção pulmonar: pneumonia abscedida e empiema, envolvendo a pleura;
➔ Infecções das vias aéreas superiores: faringite, otite média e sinusite;
➔ manifestações sistêmicas: bacteremia, endocardite, síndrome do choque tóxico;
➔ Infecções nosocomiais: presentes no ambiente hospitalar;
Fatores de Virulência
➔ microcápsula: antígeno capsular de superfície - escape do sistema imune;
➔ ao inocular a bactéria no meio de cultura de Chapman, com manitol, a bactéria realiza
fermentação do manitol, dando coloração amarelo ouro ao meio de cultura.
➔ Carotenoides: evasão do sistema imune e sobrevivência intracelular após fagocitose;
➔ produção de catálase:
➔ proteína A: se associa à porção Fc de anticorpos, ligando-se de forma a dificultar a
ação neutralizando dos anticorpos; inibe receptores de IgG
➔ produção de toxinas e exotoxinas extracelulares: hialuronidases, stafilolisinas,
leucocidinas, stafiloquinases, coagulases, leucotoxinas, toxinas de choque;
➔ TOXINAS:
o Esfoliativa: Síndrome da pele escaldada;
o Enterotoxinas (A, B, C, D, E, G a X), que são termoestátives, sendo
superantígenos relacionados à intoxicação alimentar;
o Toxina do choque tóxico: superantígeno;
➔ Peptideoglicano: pirogênico;
➔ Acido teicoico: adesão a tecidos e formação de biofilmes;
➔ ENZIMAS: coagulase, fibrinolisina, catalse, hemolisinas e leucodinas, hialuronidase
e lípase, -lactamases.
➔ TSST1: atua como superantígeno, estimulando a proliferação de células T e liberando
citocinas, que promovem a destruição tecidual, o que gera a liberação de fluidos e a
destruição de células epiteliais, caracterizando a Síndrome do Choque Tóxico.
➔ Quorum sensing: relacionado com a comunicação entre bactérias.
o a bactéria produz auto-indutores que regulam a expressão gênica. Eles são
reconhecidos pelas bactérias. Quando a densidade bacteriana é baixa, há
produção de proteínas de superfície e de auto-indutores. Com o aumento da
densidade bacteriana, após a adesão e colonização, há o aumento da secreção de
auto-indutores secretados no meio extracelular. A partir do quorum
(determinada concentração), o AIP induz a ação de genes que codificam fatores
de virulência secretados; e apresenta ação repressora sobre genes que expressam
proteínas de superfície.
Principais Citotoxinas
➔ Toxina alfa: importante mediador de danos teciduais; forma poros na membrana;
tóxica para eritrócitos, leucócitos, hepatócitos e plaquetas;
➔ Toxina beta: hidrólise de fosfolipídeos de memebrana; tóxica para eritrócitos,
fibroblastos, leucócitos e macrófagos;
➔ Toxina delta: atividade citolítica de largo espectro;
➔ Toxina gama e P-V leucocidina: formam complexos, produzindo 6 toxinas distintas;
lisam células fagocitárias, netrófilos, macrófagos e leucócitos; algumas causam
hemólise por formação de poros.
Diagnóstico Laboratorial
➔ bacterioscopia: esfregaço corado pelo Gram;
➔ cultura em ágar-sangue → em cultura de Chapman, que apresenta uma concentração
salina mais alta (estimula o crescimento da bactéria) e apresenta manitol (que é
fermentado pela bactéria, tornando a coloração de vermelha para amarela).
➔ identificação: coagulose, provas bioquímicas;
o antibiograma obrigatório: determinar o tipo de antibiótico adequado ao
tratamento por meio da disco-difusão;
o tipagem epidemiolóigoca – fenotipagem molecular → localização do gene MecA
(resistência);
o teste coagulase: importante para diferenciar a S. aureus → deve haver formação
de coágulo, ou seja, o soro é coagulado, para que seja indentificada a S. aureus;
Tratamento de Staphylococcus
Antibioticoterapia:
➔ penicilinas: menos de 10% das cepas sensíveis;
➔ penicilinas sintéticas: meticilina ou oxacilina → escape das -lactamases
(resistência);
➔ vancomicina: primeira escolha nas infecções graves.
Medidas Adicionais:
➔ drenagem de abscessos e articulações;
➔ drenagem pleural;
➔ remoção de corpo estranho e tecidos necróticos;
Medidas de Controle