Você está na página 1de 58

Bactérias

Diversidade de patógenos
Vírus
Diferentes sítios e formas de
Venenos
invasão

Fungos Diferentes formas de ativação da


Imunidade Inata

Diferentes Montagens de
Helmintos Protozoários Resposta Adaptativa
Progressão da Infecção:
Sintomático (doença)

Assintomático
Fatores Determinantes:
Fatores
intrínsecos do
Fatores de
hospedeiro
virulência versus (ex: genética, idade,
(ex: adesinas e gênero, estado
invasinas) nutricional,
comorbidades, estilo
de vida)
Resposta Imune Contra
Bactérias e Fungos
Prof.a Dra. Joana Hygino
Resposta Imune Inata contra Bactérias e Fungos
Início do processo Fagocitose (macrófagos residentes)
inflamatório + Alterações vasculares
(vasodilatação arteriolar e ↑
(células sentinelas – permeabilidade venular)
Macrófagos residentes,
Mastócitos e DCs)
Extravasamento de
plasma (edema) e
Ativação do
complemento

Amadurecimento da DC e Transmigração e
migração para os órgãos quimiotaxia de
linfoides secundários Neutrófilos (fagocitose,
desgranulação, NETose)
Ativação do complemento – Bactérias e Fungos

Lise

Pp: Neisseria
(parede celular fina)
Ativação de Fagócitos

Neutrófilos Macrófagos
Fagocitose
Identificação/Reconhecimento

Englobamento

Formação do fagossomo

Formação do fagolisossomo

Morte e Digestão

Restos liberados por Exocitose


NETose
Morte celular alternativa à apoptose ou
necrose → morte e digestão de
patógenos.

Neutrófilos liberam o conteúdo de seus


grânulos, com extrusão para o fluido extracelular
de GRANDES FITAS DE DNA NUCLEAR
DESCONDENSADAS E PTNAS ASSOCIADAS

NET: Armadilha Extracelular


de Neutrófilos
Resposta
Imune
Adaptativa a
Bactérias e
Fungos
Imunidade Adaptativa
RESPOSTA

TIMO-DEPENDENTE TIMO-INDEPENDENTE
Ags proteicos Ags não-proteicos (polissacarídeos,
LPS, ácidos nucleicos)
Cél T e Cél B
Cél B
Resposta T-dependente
• Ativação de DCs, via PRRs;
Migração para tecidos linfoides secundários;

• Ativação de linfócitos T;

• células T: Ativação de linfócitos B com troca de classe do Ac


(IgM → IgG e IgA).
Resposta das células T contra Bactérias e Fungos:
• Células T induzem a quimiotaxia de alto número de células imunes
para o local de infecção;

• Células T induzem a ativação dos fagócitos (Macrófagos e Neutrófilos).

•Ativação aumenta a capacidade microbicida dos fagócitos, facilitando a


fagocitose e eliminação do patógeno.
Ativação de células B com auxílio de T
IL-17

IgG e IgA

• Opsonização
• Ativação do complemento (Via clássica)
• Neutralização de toxinas
• Imunidade de mucosa (IgA)
Exemplos: Neisseria Meningitidis;
Bactérias Capsuladas: Haemophilus Influenzae;
Streptococcus pneumoniae;
Streptococcus pyogenes

• Cápsulas bacterianas são predominantemente formadas por estruturas não-


proteicas (rica em polissacarídeos);
• Resistência à fagocitose;
• Resistência à ativação do complemento pela via alternativa;

IgM → Ativação do complemento.


Resposta T-independente:
Células B da Zona Marginal do Baço:

•Altos níveis de IgM e baixos de IgG;

•NÃO há geração de anticorpos de alta


afinidade;

•Plasmócitos de vida curta.


Visão geral da resposta HUMORAL contra
Bactérias e Fungos:
Visão geral da resposta CELULAR contra
Bactérias e Fungos
Diagnóstico
Imunológico das
Doenças Bacterianas
Prof.a Dra. Joana Hygino
Diagnóstico de Infecções Bacterianas
• Em geral usam-se técnicas microbiológicas de isolamento e identificação
bacteriana;
• No entanto, os métodos microbiológicos não são suficientes para identificar
grupos, subgrupos, tipos e subtipos;
• Principais tipos de imunoensaios utilizados no diagnóstico de infecções
bacterianas:
✓Ensaios de Aglutinação
✓Imunocromatografia
✓ELISA
• Biologia molecular.
Streptococcus
pyogenes
• Cocos Gram+ (espessa parede celular de peptídeoglicano);
• β hemolítico e do grupo A de Lancefield;
• A proteína M (parede celular) é utilizada para sorotipar as cepas de S. pyogenes,
e está associada a uma maior virulência;
• Pode apresentar uma cápsula de ácido hialurônico → produzida pela cepas
responsáveis pelas infecções sistêmicas graves → antifagocítica;
Infecção por Streptoccus pyogenes:
Principais Formas Clínicas Supurativas
• Faringite ou Amigdalite;
• Escarlatina (erupção eritematosa difusa que começa no tórax e depois se
espalha para as extremidades, geralmente é uma complicação da faringite
estreptocócica);
• Erisipela (infecção cutânea com dor , inflamação , adenopatia e sintomas
sistêmicos);
• Celulite (infecção da pele que afeta os tecidos subcutâneos);
• Fasciíte necrosante (infecção da pele que causa a destruição do tecido adiposo
e muscular subjacente);
• Síndrome do choque tóxico estreptocócico (exotoxina – infecção sistêmica).
Infecção por Streptoccus pyogenes:
Formas Clínicas Não-Supurativas

• Febre reumática (alterações inflamatórias no coração, articulações, vasos


sanguíneos e tecidos subcutâneos – reação cruzada);
• Glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica (inflamação aguda dos
glomérulos renais com edema, hipertensão arterial , hematúria e
proteinúria).
Infecção por Streptococcus pyogenes:
Imunodiagnóstico – Imunocromatografia (TR)
• Amostra coletada: swab de garganta ou feridas;

✓Embora a cultura do swab de orofaringe e amígdalas continue a ser o padrão


ouro no diagnóstico, a demora intrínseca a seu resultado é um problema;

✓O teste rápido detecta qualitativamente Ags de estreptococos do grupo A,


não sendo influenciado pelo uso prévio de antibióticos;

✓Permite o tratamento imediato, com diminuição do período de infectividade e


do curso da doença.
Infecção por Streptococcus pyogenes:
Imunodiagnóstico – Imunocromatografia (TR)
✓Fundamento do método:
oTrata-se a amostra por alguns minutos com um tampão de extração para
promover a extração de Ags polissacarídeos grupo-específico.
Infecção por Streptococcus pyogenes:
Imunodiagnóstico – Imunocromatografia (TR)
✓Fundamento do método:
oTrata-se a amostra por alguns minutos com um tampão de extração para
promover a extração de Ags polissacarídeos grupo-específico;
oOs Ags se complexam com Acs de captura marcados com corantes coloidais
(ouro ou prata).
Infecção por
Streptococcus
pyogenes:
Imunodiagnóstico –
Imunocromatografia
(TR)
Infecção por Streptococcus pyogenes: Imunodiagnóstico –
Detecção de Anticorpos anti-Estreptolisina O (teste ASLO –
Anti-StreptoLysin-O)
• Acs anti-estreptolisina O aparecem transitoriamente (entre 3 e 4 semanas);
• É útil para confirmar o diagnóstico de febre reumática ou de glomerulonefrite
difusa aguda pós-estreptocócica;
• Fundamento do método:
✓O soro em análise é colocado em contato com um reagente que contém
partículas de látex revestidas com Estreptolisina-O;
✓O ASO se presente na amostra, provoca a aglutinação visível a olho nu das
partículas do látex;
✓A reação pode ser tanto qualitativa como quantitativa (através da técnica de
diluição da amostra);
Infecção por Streptococcus pyogenes: Imunodiagnóstico –
Detecção de Anticorpos anti-Estreptolisina O (teste ASLO –
Anti-StreptoLysin-O)
Meningites Bacterianas
• É uma doença grave, que pode evoluir rapidamente para óbito;
• Pode causar surtos e são altamente agressivas;
• Principais agentes etiológicos das meningites bacterianas são:
✓Neisseria meningitidis (meningococo) (12 sorogrupos, sendo os mais
prevalentes A, B, C, Y e W135);
✓Streptococcus pneumoniae (pneumococo) (mais de 90 antígenos
capsulares);
✓Haemophilus influenzae (6 sorotipos descritos)
Meningites Bacterianas: Diagnóstico
• Amostras coletadas são:
✓Líquor
✓Sangue
✓Raspado de petéquias
• Teste de aglutinação em látex:
✓Avaliar os sorotipos mais prevalentes da Neisseria meningitidis,
Haemophilus influenzae B e Streptococcus pneumoniae.
Meningites Bacterianas:
Teste de aglutinação em Látex
Meningites Bacterianas:
Teste de aglutinação em Látex
Sífilis
• A sífilis é uma doença de evolução lenta;
• Quando não é tratada, alterna períodos sintomáticos e assintomáticos, com
características clínicas, imunológicas e histopatológicas distintas, divididas em
três fases:
✓sífilis primária, sífilis secundária e sífilis terciária;
• Não havendo tratamento após a sífilis secundária, existem dois períodos de
latência: um recente, com menos de um ano, e outro de latência tardia, com
mais de um ano de doença;
• A infecção pelo Treponema pallidum não confere imunidade permanente.
• Período de incubação: entre 10 e 90 dias;
• O primeiro sintoma é o aparecimento de uma lesão
Sífilis única no local de entrada da bactéria (cancro duro) →
indolor, tem a base endurecida, contém secreção
Primária: serosa e muitos treponemas;
• A lesão primária cura-se espontaneamente, num
período aproximado de duas semanas.
Sífilis Primária - Diagnóstico
• O diagnóstico laboratorial pode ser feito pela pesquisa direta do Treponema
pallidum por microscopia de campo escuro, pela coloração de Fontana-
Tribondeau, e pela imunofluorescência direta;
• Os anticorpos começam a surgir na corrente sanguínea cerca de 7 a 10 dias
após o surgimento do cancro duro;
• Por isso, nesta fase os testes sorológicos são não reagentes;
• O primeiro teste a se tornar reagente em torno de 10 dias da evolução do
cancro duro é o FTA-Abs (imunofluorescência indireta), seguido dos outros
testes treponêmicos e não treponêmicos.
• Quando a sífilis não é tratada na fase primária, evolui para sífilis secundária,
período em que o treponema já invadiu todos os órgãos e líquidos do corpo;
• Aparece como manifestação clínica o exantema (erupção) cutâneo, rico em
treponemas.

Sífilis
Secundária:
Sífilis Secundária - Diagnóstico

• Na sífilis secundária, todos os testes que detectam anticorpos são reagentes


e os testes quantitativos tendem a apresentar títulos altos;
• Também pode-se realizar a pesquisa direta do Treponema pallidum por
microscopia de campo escuro, pela coloração de Fontana-Tribondeau, e
pela imunofluorescência direta;
• Após o tratamento nesta fase, os testes treponêmicos permanecem
reagentes por toda a vida do usuário, ao passo que os testes não
treponêmicos podem ter comportamento variável.
Sífilis Latente

• Se não houver tratamento, após o desaparecimento dos sinais e


sintomas da sífilis secundária a infecção entrará no período latente,
considerado recente no primeiro ano e tardio após esse período;

• A sífilis latente não apresenta qualquer manifestação clínica.


• Nesta fase, todos os testes que detectam
anticorpos permanecem reagentes, e
observa-se uma diminuição dos títulos nos
testes quantitativos;
Sífilis Latente - • Para diferenciar esta fase da infecção
Diagnóstico primária, deve-se pesquisar no líquor a
presença de anticorpos, utilizando-se o VDRL;
• Evidencia-se sífilis latente quando o VDRL é
reagente no líquor, acompanhado de baixos
títulos no soro.
Sífilis Terciária
• A sífilis terciária pode levar 10, 20 ou
mais anos para se manifestar;
• A sífilis terciária se manifesta na
forma de inflamação e destruição de
tecidos e ossos;
• As manifestações mais graves
incluem a sífilis cardiovascular e a
neurossífilis.
• Os testes que detectam anticorpos
Sífilis
habitualmente são reagentes e os
Terciária -
Diagnóstico títulos dos testes não

treponêmicos tendem a ser baixos.


Teste Rápido (TR) de Sífilis –
Detecção de Anticorpo anti-Treponema

• É um teste qualitativo para detecção de anticorpos dos isotipos IgG, IgM e


IgA específicos para sífilis (Treponema pallidum) no soro humano, plasma
ou sangue total por punção venosa e por punção digital. É um teste de
triagem inicial e amostras reativas devem ser confirmadas por um teste
complementar.
Teste Rápido (TR) de Sífilis –
Detecção de Ac Treponêmico
V.D.R.L (laboratório de pesquisa de doenças venéreas)
Qualitativo ou Quantitativo
Teste não-treponêmico
• Teste Qualitativo: teste de Triagem para sífilis;
• Teste Quantitativo: teste de acompanhamento ao tratamento e evolução da
doença;
• Método: Reação de Floculação;
• É a procura por Acs anticardiolipina, um fosfolipídio encontrado no
Treponema pallidum e em células do corpo humano. Ou seja, esse Ag não é
exclusivo do Treponema;
• O falso positivo pode aparecer, principalmente, em indivíduos com doenças
autoimunes, gestantes e idosos;
V.D.R.L (laboratório de pesquisa de doenças venéreas)
Qualitativo ou Quantitativo
Teste não-treponêmico
• Fundamento do método:
✓Reação de floculação observada quando as reaginas (anticorpos
anticardiolipina) presentes na amostra do paciente se ligam à cardiolipina;
• Leitura:
✓Teste Positivo/Reagente: Ocorre a formação de grumos de tamanhos
variáveis. Suspensão de aspecto heterogêneo;
✓Teste Negativo/Não-reagente: Ausência de floculação, suspensão de
aspecto homogêneo.
VDRL qualitativo VDRL Quantitativo
Diagnóstico Imunológico
das Doenças Fúngicas
Prof. a Dra. Joana Hygino
Esporotricose
• É uma micose subcutânea ocasionada pelo fungo
do gênero Sporothrix;
• Acomete gatos, cães, cavalos e seres humanos,
principalmente em regiões tropicais;
• Forma clássica de transmissão: trauma cutâneo
ocasionado por estruturas vegetais (farpas e
espinhos) contaminadas pelo fungo;
• No Brasil: o gato com esporotricose é o principal
transmissor (zoonose de importância em saúde
pública);
• O método mais utilizado é a cultura micológica,
isolamento e identificação do agente;
• Prova da esporotriquina: Teste cutâneo com
esporotriquina (Ag polissacarídico do fungo) que
permite detectar uma resposta celular;
✓Esse teste é uma ferramenta útil no caso de
Esporotricose investigações epidemiológicas → resultado positivo
não significa que o paciente esteja com a doença ativa,
mas sim que em algum momento ele teve contato
– Diagnóstico com os Ags de fungos do gênero Sporothrix.
Prova da esporotriquina
Histoplasmose
• É uma micose sistêmica causada pelo
fungo Histoplasma capsulatum;
• É encontrado em ambientes ricos em
fonte de nitrogênio como em solo de
galinheiros e em fezes de morcegos em
cavernas;
• A infecção ocorre depois que são
inalados, percorrendo o sistema
respiratório e chegando aos alvéolos. Nos
alvéolos, colonizam dentro e fora dos
macrófagos, que tentam controlar essa
infecção;
Histoplasmose - Diagnóstico
• A metodologia padrão-ouro para o diagnóstico da histoplasmose compreende
a identificação da levedura por citopatologia ou histopatologia, e o crescimento
em cultivo micológico do fungo incubado em temperatura ambiente;
• Atualmente, três métodos estão disponíveis para a detecção de anticorpos
específicos para Histoplasma capsulatum:
✓Fixação do complemento
✓Imunodifusão
✓ELISA indireto
• O ELISA, para a detecção de IgM e IgG, tem mostrado melhores resultados
quando comparados aos testes clássicos de fixação do complemento e a
imunodifusão.
Histoplasmose – Diagnóstico por ELISA indireto

Você também pode gostar