Você está na página 1de 4

FUFS –Faculdades Unidas Feira de Santana Introdução

Curso: Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia Um dos grandes riscos do hospital é a transmissão de bactérias e
Disciplina: Biossegurança outros microrganismos entre pacientes colonizados/infectados
Prof. Reinando J. C. Alves (rey.fufs@gmail.com) para pacientes suscetíveis e para os profissionais de saúde.
O isolamento de pacientes com doenças infectocontagiosas já é
bastante antigo, (sec., XVIII). Os pacientes eram isolados em
Biossegurança em ambiente hospitalar: hospitais próprios (Ex. hospitais de doenças infecciosas, hospitais
para tuberculose). Couto Maia em Salvador.
Medidas de Precaução e Isolamentos As recomendações relativas a isolamento e precauções são
dinâmicas, uma vez que novas doenças e agentes infecciosos são
continuamente descobertos.

Classificação das Áreas dentro do Hospital Medidas de Prevenção


Área Crítica: a que oferece risco potencial para aquisição de infecção
seja pelos procedimentos invasivos realizados, ou pela presença de
pacientes susceptíveis às infecções. Ex.: Centro Cirúrgico e São as de precauções e de isolamentos.
Obstétrico, Berçário, UTI, Hemodiálise, Laboratório, CME, Banco de
Sangue, área suja de lavanderia etc.
As precauções padrão são as dos PROFISSIONAIS,
Área Semi-crítica: possui menor risco de infecção, são ocupadas por
pacientes que não exigem cuidados intensivos ou de isolamento. Ex.:
que sempre devem atentar para os cuidados com a
Enfermarias, Apartamentos e Ambulatórios. higiene antes e após o cuidado com o paciente.
Área não crítica: todas as áreas não ocupadas por pacientes e aquelas
destinadas a exames de pacientes. Ex.: Escritórios, Almoxarifado, Setor
de Radiologia e Consultórios.

Precauções baseadas na transmissão

1
Isolamento
Isolamento
O isolamento é uma estratégia para prevenir a
transmissão de uma doença infectocontagiosa
HISTÓRICO
(ex. meningite meningocócica, tuberculose) para
os outros pacientes e também para proteger a – 1983: Guia de Isolamento do CDC
saúde de pessoas imunossuprimidas (ex. AIDS) • Isolamento Categoria Específico
• Isolamento Doença Específico
ou que fazem uso de corticoides, que também é
imunossupressor. – 1987: Precauções Universais

Quando se isola um paciente pois se acha que – 1987: Isolamento de Substâncias Corpóreas
ELE tem uma doença contagiosa, não se usa o
– 1996: Novo Guia de Isolamento do CDC
termo isolamento, mas sim, quarentena.
Infect Control Hosp Epidemiol 1996;17:53-80

Isolamento Isolamento
CDC 1996 • Precauções baseadas na transmissão

• Considera 03 elementos • Categorias de transmissão:


– Fonte – Por aerossóis
– Hospedeiro – Por gotículas
– Transmissão – Por contato

• Possibilidade de uso empírico de precauções


• Precauções-padrão para todos os pacientes
• Sem recomendações especiais de isolamento para
• Precauções baseadas na transmissão populações especiais
Infect Control Hosp Epidemiol 1996;17:53-80
Infect Control Hosp Epidemiol 1996;17:53-80

2
Categorias de transmissão Categorias de transmissão
< 5 μ)
Transmissão por aerossóis (< Transmissão por gotículas (> 5 μ)
Impede a transmissão de doença respiratória a curta distância, através do ar, mediante
Impede a transmissão de doença respiratória a curta distância, através do ar, mediante
contato direto ou indireto.
contato direto ou indireto.
Medidas: Afastar paciente com infecção respiratória de pacientes imunodeprimidos,
Medidas: Afastar paciente com infecção respiratória de pacientes imunodeprimidos,
lactentes, idosos ou outros suscetíveis a infecções respiratórias.
lactentes, idosos ou outros suscetíveis a infecções respiratórias.
Suspeita ou caso confirmado de doença com transmissão por aerossóis (< 5 μ)
Tuberculose, sarampo, Varicela zoster vírus (VZV) Suspeita ou caso confirmado de doença com transmissão por
gotículas (> 5 μ)
Quarto privativo, portas fechadas P.e., meningococo, H.I.b, Influenza

Limitar o transporte Quarto privativo


Sistema especial de ventilação / exaustão Limitar o transporte
Uso de máscaras cirúrgicas
Uso de respiradores N95

Categorias de transmissão Isolamento Empírico


S ín d r o m e C lín ic a P a t ó g e n o P o t e n c ia l P r e c a u ç ã o E m p ír ic a

D ia r r é ia (a g u d a / c r ô n ic a ) P a t ó g e n o s e n t é r ic o s / C ontato
Suspeita ou caso confirmado de doença ou C lo s t r id iu m d if ic ile

colonização com transmissão por contato direto ou M e n in g it e N . m e n in g it id is G o t íc u la s

indireto E xantem a
P.e., colonização/ infecção por patógeno P e t e q u ia l/ e q u im ó t ic o N . m e n in g it id is G o t íc u la s

multirresistente, hepatite A, VSR (Vírus Sincicial V e s ic u la r VZV A erossol e contato


V ír u s d o s a r a m p o
Respiratório – Bronqueolite) M a c u lo p a p u la r A erossol
I n f . R e s p ir a t ó r ia s

Quarto privativo T osse + feb re + Rx M . t u b e r c u lo s is


B . p e r t u s s is
A erossol
T o s s e p a r o x ís t ic a G o t íc u la s
B r o n q u io lit e o u c r u p e V S R o u p a r a in f lu e n z a C ontato
Uso de luvas e avental ao entrar no quarto R is c o d e b a c t é r ia s B a c t é r ia s C ontato
m u lt ir r e s is t e n t e s m u lt ir r e s is t e n t e s
Anti-
Anti -sepsia das mãos ao sair do quarto P e le o u f e r id a c o m S . aureus C ontato
secreção S trepto grupo A
Limitar o transporte

Transporte de Pacientes Transporte de Pacientes


Fundamentos RECOMENDAÇÕES
• Precauções para aerossóis e gotículas:
– Uso de barreiras apropriadas
– Limitar a movimentação
– Usar máscara cirúrgica no paciente
– Aviso aos funcionários do local de destino sobre
as medidas de prevenção necessárias • Precauções de contato:
– Orientação ao paciente – Limitar a movimentação
– Manutenção das precauções para reduzir o risco de
transmissão para outros pacientes e ambiente
Infect Control Hosp Epidemiol 1996;17:53-80
Infect Control Hosp Epidemiol 1996;17:53-80

3
Vigilância de Isolamentos Vigilância de Isolamentos
PROJETO TSN PROJETO TSN
SUSPEIÇÃO PRECOCE TUBERCULOSE
T S+ S- N
T S N
Pacientes
sem sintomas respiratórios

S+ S- ou
com sintomas respiratórios + 03 baciloscopias
negativas
Abstract present at the 4th International Conference at the Hospital Infection Society September 1998,
Edimburg - Scotland.

Vigilância de Isolamentos Vigilância de Isolamentos


PROJETO TSN PROJETO TSN

T S+ S- N T S+ S- N

Pacientes com diagnóstico de FORTE SUSPEITA DE TB FRACA SUSPEITA DE TB


tuberculose pulmonar ou extra-
extra-pulmonar
pulmonar, Pacientes que apresentam Pacientes que apresentam
independentemente do tempo de tratamento prévio, sintomas respiratórios e que sintomas respiratórios com
até que tenha 03 baciloscopias negativas o diagnóstico de TB é muito diagnóstico pouco provável
provável de TB (PCP, BCP etc.)

Filme da ANVISA
sobre Precauções.

Você também pode gostar