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LINHA DO TEMPO – POLITICAS DE SAUDE

1808 – Chegada da Família real ao Brasil: criação da primeira organização


de saúde publica no brasil. E em 27 de fevereiro foi criado o cargo de Provedor
– Mor de Saúde da Corte e do Estado do Brasil, embrião do Serviço de Saúde
dos Portos, com delegados nos estados.
1828 – Brasil Colônia: Após a Independência, foi promulgada, em 30 de
agosto, a lei da Municipalização dos Serviços de Saúde, que conferiu às Juntas
Municipais, então criadas, as funções exercidas anteriormente pelo Físico-Mor,
Cirurgião-Mor e seus Delegados. No mesmo ano, ocorreu a criação da
Inspeção de Saúde Pública do Porto do Rio de Janeiro, subordinada ao
Senado da Câmara, sendo em 1833, duplicando o número de integrantes.
1837 - Ficou estabelecida a imunização compulsória das crianças contra a
varíola. A varíola foi uma doença que dizimou muitas pessoas no Brasil.
1851 - Regulamentação da lei que criou a Junta Central de Higiene Pública,
subordinada ao Ministro do Império.
1878 - Tornou-se obrigatória a desinfecção terminal dos casos de morte por
doenças contagiosas, a critério da autoridade sanitária.
1900- Foi criado, em 25 de maio de 1900, o Instituto Soroterápico Federal, com
o objetivo de fabricar soros e vacinas contra a peste.
1903 - Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor-Geral de Saúde Pública, cargo que
corresponde atualmente ao de Ministro da Saúde. Utilizando o Instituto
Soroterápico Federal como base de apoio técnico-científico, deflagrou suas
memoráveis campanhas de saneamento. Seu primeiro adversário: a febre
amarela, que angariara para o Rio a reputação de Túmulo dos Estrangeiros e
que matou, de 1897 a 1906, quatro mil imigrantes.
1904 - Revolta da Vacina: Tornou obrigatória, em toda a República, a
vacinação e a revacinação contra a varíola (Decreto n. 1.261, de 31/10/1904).
A população luta contra a vacinação deflagrando a revolta da vacina e, com
isso, não foi possível dar seguimento a vacinação obrigatória resultando em
muitas mortes por falta da vacina.
1907- Criação do Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos (atual
Instituto Oswaldo Cruz), onde foram estabelecidas normas e estratégias para o
controle dos mosquitos, vetores da febre amarela (Decreto n. 1.802, de
12/12/1907).
1908 - O Instituto Soroterápico Federal foi rebatizado como Instituto Oswaldo
Cruz. Atualmente é a Fiocruz.
1909 - Carlos Chagas descobriu a doença, provocada pelo Tripanosoma cruzi,
que então passou a se chamar doença de Chagas. Até os dias atuais ainda há
a presença desta doença no Brasil, principalmente na região Nordeste.
1917 - Carlos Chagas assumiu a direção do Instituto Oswaldo Cruz, em 14 de
fevereiro de 1917.
1920 - Novo marco importante da evolução sanitária brasileira com a reforma
de Carlos Chagas que, reorganizando os Serviços de Saúde Pública, criou o
Departamento Nacional de Saúde Pública.
1923 - Publicada a Lei Eloy Chaves – Caixas de aposentadorias e pensões.
Este foi o primeiro marco em que o Estado intervém para ação e serviço de
saúde, mesmo que sendo para aqueles trabalhadores das grandes empresas.
As CAPs (Caixas de aposentadorias e pensões) foram o embrião da
Previdência Social no Brasil, foi o primeiro momento de intervenção estatal,
mas a oferta era para um público reduzido, como aos marítimos e ferroviários.
As CAPs ofertavam pecúlio, aposentadoria e assistência médica não só para o
trabalhador das grandes empresas, mas, também, aos seus familiares.
1930 - Criação do Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública
(Decreto n. 19.402, de 14/11/1930).
1933 – IAPS: Unificação das CAPS em IAPS - Institutos de Aposentadorias e
Pensões. Passam a ser por categoria profissional e sua gestão era tripartite:
governo (gestão financeira), empregadores e empregados. Quando há essa
unificação o governo oferta a gestão financeira, então, além de modificar de
grande empresa para categoria profissional, cada categoria possuía o seu
instituto, ou seja, passa a ter mais dinheiro entrando e passa a ter um
financiamento tripartite fazendo com que a gestão financeira ficasse a cargo do
governo.
1937 – Criação do Conselho Nacional de Saúde: O Conselho Nacional de
Saúde (CNS) foi criado pela Lei n. 378, de 13 de janeiro de 1937. Até 1990 foi
um órgão consultivo do Ministério da Saúde, cujos membros eram indicados
pelo próprio Ministro de Estado. Obs.: Antigamente o Conselho não tinha a
mesma função que possui hoje. Ele não era um espaço de controle social, ele
era consultivo. O Conselho não nasce com o SUS, pois ele já existia muito
antes do SUS. No entanto, o formato que se tem atualmente é como espaço de
discussão e de deliberação, o que ele não possuía e só passa a ter quando é
publicada a Lei n. 8.142.
1941 –Primeira Conferência Nacional de Saúde
1942 - Em 31 de julho de 1942, o Instituto Evandro Chagas (IEC), fundado em
10 de novembro de 1936 sob a denominação de Instituto de Patologia
Experimental do Norte, passou a integrar o Sesp, na condição de laboratório
centra.
1950 – Segunda Conferência Nacional de Saúde
1953 – Criação do Ministério da Saúde Em 31 de julho de 1942, o Instituto
Evandro Chagas (IEC), fundado em 10 de novembro de 1936 sob a
denominação de Instituto de Patologia Experimental do Norte, passou a
integrar o Sesp, na condição de laboratório central. Neste ano o Ministério da
Saúde foi criado e ele possuía as ações de promoção, prevenção e algumas
ações relacionadas ao pronto atendimento.
1956 – DENERu Foi criado o Departamento Nacional de Endemias Rurais
(DENERu), que incorporou os programas existentes, sob a responsabilidade do
Departamento Nacional de Saúde (febre amarela, malária e peste) e da Divisão
de Organização Sanitária (bouba, esquistossomose e tracoma), órgãos do
novo Ministério da Saúde (Lei n. 2.743, de 6/3/1956).
1963 – Terceira Conferência Nacional de Saúde
1966 – INPS Neste ano, já com a ditadura militar, os institutos de
aposentadorias e pensões são extintos e nasce a Previdência Social no Brasil.
Criação do Instituto Nacional da Previdência Social. Ratifica a dicotomia entre a
prevenção e a assistência à saúde. Sistema EXCLUDENTE, só tinha acesso os
trabalhadores formais (previdenciários/contribuintes). Com o passar do tempo,
a Previdência passa a agregar trabalhadores rurais e trabalhadores informais,
mas por muito tempo ela foi 100% excludente.
1967 – Quarta Conferência Nacional de Saúde
1970 – SUCAN O Ministério da Saúde foi reorganizado, criando a
Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucan), subordinada à
Secretaria de Saúde Pública e incorporando o DENERu, a CEM e a CEV
(Decreto n. 66.623, de 22/5/1970).
1975 – PNI O PNI não nasce junto ao SUS, ele nasce antes e é oriundo do
pensamento da Fundação Sesp. Quando o PNI é instalado no Brasil, há uma
redução considerável em relação às doenças imunopreveníveis, ou seja,
aquelas prevenidas por vacina. Dispôs sobre a organização das ações de
vigilância epidemiológica, e o Programa Nacional de Imunizações. Estabeleceu
normas relativas à notificação compulsória de doenças (Lei n. 6.259, de
30/10/1975).
1975 – Quinta Conferência Nacional de Saúde
1976 Foi criado o Programa de Interiorização das Ações de Saúde e
Saneamento no Nordeste (Decreto n. 78.307, de 24/8/1976). Este programa
fomentou uma proposta de ação mais para a região do interior, com foco no
cuidado das doenças endêmicas devido a alta mortalidade em relação às
situações do interior do Nordeste. Os guardas da SUCAM começaram as
ações de interiorização, mas o Programa de Interiorização de Ações de Saúde
e Saneamento foi o primeiro programa do tipo institucionalizado pelo Poder
Público.
1977 – INAMPS Neste momento, a Previdência Social se encontrava em crise,
com isso, extinguiu-se o IMPS e passou-se a ter o INAMPS. Criação do
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social - INAMPS:
responsável pela assistência médica dos previdenciários. EXCLUDENTE. Obs.:
Quando é apontado que se trata de um instituto excludente é porque ele não
era para toda a população, exigia-se a apresentação de uma carteirinha.
1977 – Sexta Conferência Nacional de Saúde
1978 – ALMA–ATA Primeira Conferência Internacional de Cuidados Primários
em Saúde, aconteceu em Alma-Ata e foi um marco na Atenção Primária em
todo mundo. Impulsionou mudanças na organização do sistema de saúde no
Brasil. A Conferência de ALMA-ATA discute, primeiramente, a Atenção
Primária em saúde deixando claro a necessidade de saúde para todos nos
anos 2000, o que não foi alcançado já que há uma diferença muito grande em
relação ao desenvolvimento dos países do mundo. Mesmo a meta não sendo
alcançada, o resultado da discussão foi bom, visto que incentivou a
implementação de ações no primeiro nível da atenção que é a Atenção
Primária à Saúde.
1979 – PIASS Obs.: Em 1976 tem-se o programa de interiorização, mas o
PIASS só nasce em 1979, ele é a ampliação do programa de interiorização.
Decreto n. 84.219, de 14/11/1979 - Dispôs sobre a intensificação e expansão
de serviços básicos de saúde e saneamento; aprovou o Programa de
Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (Piass) para o período 1980-
1985.
1980 – Sétima Conferência Nacional de Saúde
1982 – CONASP Criação do CONASP - Conselho Nacional de Administração
da Saúde Previdenciária (CONASP), em 1982, a partir do qual foi
implementada a política de Ações Integradas de Saúde (AIS), em 1983. Estas
constituíram uma estratégia de extrema importância para o processo de
descentralização da saúde. Esta criação se deu por conta da crise da
Previdência Social. Criaram o CONASP para tentar melhorar a situação da
Previdência, já que ela se encontrava com problemas financeiros. As AIS são
consideradas as primeiras ações de Atenção Básica no Brasil.
1983/84 – AIS Implementação das AIS - Ações Integradas em Saúde. como
componente originalmente subalterno do Plano do CONASP e como
redefinição democratizante de uma política racionalizadora que passou a ter
mais espaço com o avanço das lutas democráticas. Obs.: Em 1985 se tem a
queda da ditadura militar e a solicitação das diretas já. Se em prova for
perguntado qual é o marco da Atenção Primária no Brasil, a resposta correta
será as Ações Integradas em Saúde que foram oriundas do plano CONASP.
1986 – VIII CNS Obs.: Esta foi a oitava conferência, mas a primeira a ter a
participação popular e foi uma grande solicitação do movimento da reforma
sanitária, tanto que ela é considerada o marco mais importante do movimento.
No relatório desta Conferência é possível ver que os ideais do Sistema que se
tem atualmente foi criado, pensado e discutido nesta Conferência. O SUS não
foi criado nela, mas foi idealizado. Saúde como direito, reformulação do
Sistema Nacional de Saúde e financiamento do setor VIII Conferência Nacional
de Saúde - sendo a primeira a permitir a participação popular. Pode ser
considerada o maior marco do movimento sanitário. Seu relatório tem caráter
importante na Construção de um sistema de saúde para todos.
1987 – SUDS Decreto n. 94.657, de 20/7/1987 - Dispôs sobre a criação do
Programa de Desenvolvimento de Sistemas Unificados e Descentralizados de
Saúde (Suds) nos estados. O SUDS é conhecido como estratégia ponte. Tinha-
se um sistema totalmente centralizado e se passa a ter um sistema
descentralizado. Os municípios não estavam prontos para receber essa
descentralização, então, convocou-se o poder do Estado, principalmente
porque se tinha muitas pessoas que eram oriundas da Fundação SESP, para
ajudar na implementação das novas ações em relação ao novo sistema de
saúde. Os estados não foram obrigados a aderi-lo. Os grandes estados fizeram
a opção por aderir.
1988 – Constituição - SUS Promulgação da Carta Magna de 1988, a primeira a
contemplar o SETOR SAÚDE em seus artigos: 196 ao 200 - Institucionaliza o
SUS. O SUS está vinculado à Seguridade Social juntamente à Previdência
Social e à Assistência Social. O SUS nasceu definitivamente na data de
05/10/1988.
1990 – Leis Orgânicas Edição das Leis Orgânicas da Saúde: Lei 8.080/90 –
Dispõe sobre a organização do SUS e a Lei 8.142/90 - Dispõe sobre o controle
social e o financiamento do SUS. A Lei Orgânica n. 8.080/90 possui o texto
completo, porém, ao ser colocada em prática, ela sofreu muitos vetos que
aconteceram em partes que abordavam sobre a participação da comunidade e
do repasse de recursos financeiros. Neste momento, Collor sofreu muita
pressão e, assim, em dezembro do mesmo ano passou-se a ter a segunda Lei
Orgânica de n. 8.142/90 que dispõe sobre o que foi vetado na lei anterior.
1991 – NOBS 01 Edição da primeira Norma Operacional Básica - NOB 91 -
Retroage e possui características centralizadores. O PACS - Programa de
Agentes Comunitários é criado e a atenção básica começa a ganhar
importância no Sistema de Saúde. Obs.: A data do PACS é de 1990, no
entanto, a normatização de como ele iria funcionar surge com a NOB.
1992 – 9ª Conferência Nacional de Saúde
1993 – NOB 93 Obs.: Este momento se encontra sob o governo de Itamar
Franco e ele traz a segunda Norma Operacional Básica. Edição da segunda
Norma Operacional Básica - NOB 93 - Traz formas de habilitação dos
municípios, estratificando o grau de autonomia destes. Os municípios poderiam
ser classificados em: incipientes, parciais e semiplenos. A NOB 93 faz jus ao
que se precisava por em prática em relação ao financiamento, como consta na
Lei. 8.142. mesmo com a Lei Orgânica dispondo que o repasse deveria ser de
forma regular, até antes da NOB isso não acontecia. Somente com a NOB 93 e
com a classificação dos municípios em três categorias: incipientes, parciais e
semiplenos, é que se coloca em prática o recebimento de recurso regular,
automático e fundo a fundo para os municípios semiplenos; para serem
classificados nas outras categorias há uma série de requisitos a serem
contemplados. Quanto maior era a habilitação, mais recursos se recebia do
governo federal.
1994 – PSF Criação do Programa Saúde da Família. Grande avanço para a
Atenção Básica no Brasil. Percebeu-se que o PACS, sozinho, não conseguiria
lidar com a Atenção Básica, com isso, surge em 94 o Programa de Saúde da
Família com a composição de médico, enfermeiro, técnico auxiliar de
enfermagem e um quantitativo de agentes da saúde que cobrisse a população.
1996 – NOB 96 Edição da terceira Norma Operacional Básica - NOB 96. Institui
o Piso da Atenção Básica e fortalece a descentralização e a Atenção Básica,
incentivando financeiramente os municípios a estruturar a rede, através da
Atenção Básica e da Saúde da Família. Habilita os municípios em Gestão
Plena da Atenção Básica e Gestão Plena do Sistema Municipal.
1996 – 10º Conferência Nacional de Saúde
2000 – EC 29 Emenda Constitucional n.29 de 2000 - Traz a importância da
fixação de valores mínimos para o financiamento do SUS. Somente em 2012, a
Lei 141/12 traz em seu texto os valores mínimos para aplicação de recursos
próprios, pelos estados, DF e municípios, no setor saúde. Obs.: Marco
importante, pois tratava do recurso mínimo e da contrapartida do recurso
financeiro de cada esfera de governo.
2000 – 11º Conferência Nacional de Saúde
2001 – NOAS 01 Edição da primeira Norma Operacional de Assistência à
Saúde - NOAS 2001. Esta NOAS-SUS atualiza a regulamentação da
assistência, considerando os avanços já obtidos e enfocando os desafios a
serem superados no processo permanente de consolidação e aprimoramento
do Sistema Único de Saúde.
2002 – NOAS 02 Edição da SEGUNDA Norma Operacional de Assistência à
Saúde - NOAS 2002. Esta NOAS-SUS assegura a manutenção das diretrizes
organizativas definidas pela NOAS-SUS 01/01, procura oferecer as alternativas
necessárias à superação das dificuldades e impasses oriundos da dinâmica
concreta de sua implementação. Obs.: Nos anos de 2001 e 2002 surgiram as
NOAS 01 e 02, que possuíram características estadualizadoras, ou seja,
traziam o Estado para uma posição à frente dos municípios. As NOAS
possuem uma força muito grande em relação à regionalização, proporcionando
identificar quais os municípios mais potentes em capacidade instalada,
influenciando diretamente na regulação da distribuição de recursos por parte do
Estado.
2003 – 12º Conferência Nacional de Saúde
2006 – PNAB Foi lançada a Política Nacional da Atenção Básica (Portaria 648)
2006 – PNPS Política Nacional de Promoção da Saúde (Portaria 687)
2006 – Pacto pela Saúde Divulgação do Pacto pela Saúde através da Portaria
399/06. O Pacto é composto por 3 componentes, cada um traz prioridades para
todas as esferas de governo: Pacto em Defesa do SUS, Pacto pela Saúde e
Pacto de Gestão.) Obs.: O pacto pela saúde foi um grande marco pois ao
mesmo tempo em que traz regras, possui foco no diálogo para o planejamento
e gestão.
2007– 13º Conferência Nacional de Saúde
2011 – 14º Conferência Nacional de Saúde
2011 – Decreto 7.508 Publicação do Decreto 7.508/11 - Regulamenta a Lei
Orgânica 8.080/90. Traz conceitos importantes e fortalece a regionalização
através da Instituição de Regiões de Saúde - o que garante a
INTEGRALIDADE da assistência em saúde.
2011 – PNAB Reformulação da Política Nacional de Atenção Básica (Portaria
2.488) Obs.: Reformula a Política Nacional da Atenção Básica (Portaria 648) de
2006. Foi uma das políticas consideradas bem organizadas e que fixava o
número mínimo de agentes comunitários de saúde.
2012 – Lei 141/12 Sancionada a Lei Complementar 141/12, que traz em seu
texto os percentuais mínimos a serem investidos pelas esferas de governo nas
ações e serviços de saúde. Deixa claro, em seu texto, quais são as ações e
serviços de saúde. Obs.: a União não está inclusa na LC 141/12. Não há
percentual mínimo, com variação baseada com os gastos no ano anterior,
acrescido da variação nominal do PIB (Produto Interno Bruto).
2014 – PNPS Reformulação da Política Nacional de Promoção da Saúde
(Portaria 2.446)
2015 – 15º Conferência Nacional de Saúde
2015 – Alteração LOS 8.080 Publicação da Lei 13.097/15 - Altera o artigo 23 da
Lei Orgânica da Saúde 8.080/90 - passando a ser permitida a participação
direta e indireta de capital estrangeiro na assistência à saúde no Brasil. Inclui o
art. 53A na citada LOS.
2017 – Alteração LOS 8.080 Publicação da Lei 13.427/17 - Altera o artigo 7º da
Lei 8.080/90, incluindo mais um princípio. Obs.: É criado o 14º princípio,
incluindo o princípio relacionado à violência não somente contra as mulheres,
mas a violência doméstica em si, garantindo ao público vítima de violência
desde atendimento psicológico até cirurgias reparadoras eventualmente
necessárias.
2017 – PNAB Publicação da nova PNAB, porque traz modificações grandes em
relação à portaria 2436/2017. Reformulação da Política Nacional de Atenção
Básica (Portaria 2.436/17) A nova PNAB possui característica que, no início,
professores e educadores da educação primária, resistiu, pois desvincula o
quantitativo de agentes comunitários para as equipes. Isso torna uma realidade
que não tinha desde a primeira PNAB essa vinculação, a qual deixa a lógica a
cargo do gestor local e o que, por conseguinte, fragiliza o sistema. A mesma
portaria juntou com todas as políticas, foi revogada por consolidação e o seu
texto foi recepcionado no Anexo XXII da Portaria de Consolidação n. 2/2017.
Ela possui vários conceitos e é muito cobrada nos concursos, não devendo ser
estudada pelo texto da Portaria n. 2436/17, mas sim pelo Anexo XXII. A
consideramos como uma política retroativa, porém para fins de prova devem
ser estudada para entender o conceito, os tipos de equipe e ações inerentes a
este ponto da atenção.
2017 – Portarias de Consolidação Publicação das portarias de consolidação do
SUS. Consolidando as normas mais importantes do SUS. Portarias 01, 02, 03,
04, 05 e 06. A revogação por consolidação consiste na manutenção da eficácia
jurídica do texto, e o texto é recepcionado pelos anexos da portaria referente.
Como são seis portarias, temos seis grandes temas e as portarias inerentes a
estes temas compõem a Portaria de Consolidação e seus Anexos,
respectivamente.
Vejamos cada uma dessas portarias e os seus respectivos temas: • Portaria de
Consolidação n. 1 – normas sobre direitos, deveres, organização e
funcionamento do SUS. Planeja SUS e os direitos e deveres dos usuários da
saúde. • Portaria de Consolidação n. 2 – Políticas de saúde e classificação. Há
aula somente para esta temática. • Portaria de Consolidação n. 3 – Redes de
atenção à saúde. RAP’s, rede de urgência, grande rede definida pela Portaria
4279 que também foi recepcionada. • Portaria de Consolidação n. 4 – Sistemas
e subsistemas de saúde. • Portaria de Consolidação n. 5 – Ações e Serviços do
SUS. • Portaria de Consolidação n. 6 – Financiamento.
2018 – PNVS A Política Nacional de Vigilância em Saúde foi publicada por
meio da Resolução n. 588/18. A Política Nacional de Vigilância em Saúde é
uma política pública de Estado e função essencial do SUS, tendo caráter
universal, transversal e orientador do modelo de atenção nos territórios, sendo
a sua gestão de responsabilidade exclusiva do poder público. De acordo com o
§1º, entende-se por Vigilância em Saúde o processo contínuo e sistemático de
coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre
eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de
medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em
condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da
saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças. Além
disso, encontramos os componentes da vigilância em saúde, sanitária,
epidemiológica, saúde do trabalhados, ambiental e análise situacional. Vide
aula específica para este tema.
2019 – Previne Brasil É um programa muito criticado, pois trouxe ao SUS um
retrocesso. O programa modificou a forma de financiamento do recurso federal
para a atenção básica, causando grande impacto nos recursos e na mudança
de processo de trabalho. É considerada retroativa porque traz link com
cadastramento, alcance de metas que podem não ser alcançadas e muitos
municípios perderam recursos em razão da mudança.
No período de 2020-2022, não conseguiram atuar na atenção primária em
razão da COVID-19, pois os espaços de atenção primária foram utilizados para
testagem rápida, rastreamento e acompanhamento dos casos leves e
moderados, aplicação das vacinas. O programa Previne Brasil foi instituído
pela Portaria n. 2.979, de 12 de novembro de 2019. O novo modelo de
financiamento altera algumas formas de repasse das transferências para os
municípios, que passam a ser distribuídas com base em quatro critérios: •
Capitação ponderada relacionada ao número de cadastros, e para cada grande
grupo que é considerado de risco, vamos dar um peso. O indivíduo será
cadastrado e ganhará um peso. Por exemplo, peso 1: indivíduo que não recebe
nenhum benefício do governo e recebe mais de dois salários mínimos. Outro
peso é para aqueles que recebem benefícios à prestação continuada, qualquer
auxílio do governo federal, menor de 5 anos ou maior de 60 anos. Estes serão
considerados como pessoa que não vai usar apenas a multiplicação por 1 e
terá um peso, em razão da necessidade de mais recursos para os territórios
que têm mais pessoas com riscos e vulnerabilidades. • Pagamento por
desempenho. • Incentivo para ações estratégicas. • Incentivo financeiro com
base em critério populacional. Isso porque na 9996 o PAB fixo e variável era
forma de financiamento da atenção primária.
2019 – 16º Conferência Nacional de Saúde
2019 – eAP A equipe da PNAB de atenção básica foi extinta e foi instituída as
equipes de Atenção Primária (eAP), através da Portaria 2.539/2019. Estão no
Anexo da Portaria n. 2 de Consolidação. As equipes têm composição mínima
de médicos e enfermeiros, não vinculando a possibilidade de inclusão do
agente de saúde.
2020 – Saúde na Hora O Programa Saúde na Hora foi lançado pela Secretaria
de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS) em maio de
2019 e passou por atualizações com a publicação da Portaria n. 397/GM/MS,
de 16 de março de 2020. O programa viabiliza o custeio aos municípios e
Distrito Federal para implantação do horário estendido de funcionamento das
Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) em
todo o território brasileiro Obs.: Unidades de Saúde da Família (USF) são
aquelas que possuem, no mínimo, uma equipe de saúde da família. Unidades
Básicas de Saúde (UBS) são aquelas que não têm nenhuma equipe de saúde
da família.
2020 – NASF-AB Publicação da Nota Técnica n. 03. A composição de equipes
multiprofissionais deixa de estar vinculada às tipologias de equipes NASF-AB.
A partir daquele momento, a cargo do gestor local, a manutenção do NASF-AB,
desmembramento do NASFG com cada profissional em cada outra equipe, ou
a colocação dos profissionais em outros espaços de nível secundário ou onde
necessitar. Muitos municípios mantiveram, porém em razão do Previne Brasil o
recurso financeiro que ajudava no custeio do NASF deixou de existir. Assim, a
decisão de manter ou não o NASF, fazer o desmembramento ou manutenção
fica a cargo do gestor local. Obs.: Não foi extinto.
2020 – Alteração LOS 8.080 LEI N. 14.021, DE 7 DE JULHO DE 2020 Dispõe
sobre medidas de proteção social para prevenção do contágio e da
disseminação da Covid-19 nos territórios indígenas; cria o Plano Emergencial
para Enfrentamento à Covid19 nos territórios indígenas; estipula medidas de
apoio às comunidades quilombolas, aos pescadores artesanais e aos demais
povos e comunidades tradicionais para o enfrentamento à Covid-19; e altera a
Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, a fim de assegurar aporte de
recursos adicionais nas situações emergenciais e de calamidade pública.
2021 – Alteração na LOS 8.080/90 LEI N. 14.141, DE 19 DE ABRIL DE 2021
Altera o art. 16 da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da
Saúde), para dispor sobre a remessa de patrimônio genético ao exterior em
situações epidemiológicas que caracterizem emergência em saúde pública.
Tentativa de desburocratizar o envio de nosso material genético para o exterior
e a justificativa de capacidade instalada em outros países para a pesquisa e
desenvolvimento de algo que dependesse do nosso material genético. Ex.: zika
vírus.
2022 – Alteração LOS 8.080/90 LEI N. 14.313, DE 21 DE MARÇO DE 2022
Altera a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da Saúde),
para dispor sobre os processos de incorporação de tecnologias ao Sistema
Único de Saúde (SUS) e sobre a utilização, pelo SUS, de medicamentos cuja
indicação de uso seja distinta daquela aprovada no registro da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A aprovação pela CONITEC, por
meio de evidências científicas, poderá ser utilizada mesmo que a ANVISA não
aprove, porque a CONITEC apreciou e será utilizado em protocolos do
Ministério da Saúde

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