1808 – Chegada da Família real ao Brasil: criação da primeira organização
de saúde publica no brasil. E em 27 de fevereiro foi criado o cargo de Provedor – Mor de Saúde da Corte e do Estado do Brasil, embrião do Serviço de Saúde dos Portos, com delegados nos estados. 1828 – Brasil Colônia: Após a Independência, foi promulgada, em 30 de agosto, a lei da Municipalização dos Serviços de Saúde, que conferiu às Juntas Municipais, então criadas, as funções exercidas anteriormente pelo Físico-Mor, Cirurgião-Mor e seus Delegados. No mesmo ano, ocorreu a criação da Inspeção de Saúde Pública do Porto do Rio de Janeiro, subordinada ao Senado da Câmara, sendo em 1833, duplicando o número de integrantes. 1837 - Ficou estabelecida a imunização compulsória das crianças contra a varíola. A varíola foi uma doença que dizimou muitas pessoas no Brasil. 1851 - Regulamentação da lei que criou a Junta Central de Higiene Pública, subordinada ao Ministro do Império. 1878 - Tornou-se obrigatória a desinfecção terminal dos casos de morte por doenças contagiosas, a critério da autoridade sanitária. 1900- Foi criado, em 25 de maio de 1900, o Instituto Soroterápico Federal, com o objetivo de fabricar soros e vacinas contra a peste. 1903 - Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor-Geral de Saúde Pública, cargo que corresponde atualmente ao de Ministro da Saúde. Utilizando o Instituto Soroterápico Federal como base de apoio técnico-científico, deflagrou suas memoráveis campanhas de saneamento. Seu primeiro adversário: a febre amarela, que angariara para o Rio a reputação de Túmulo dos Estrangeiros e que matou, de 1897 a 1906, quatro mil imigrantes. 1904 - Revolta da Vacina: Tornou obrigatória, em toda a República, a vacinação e a revacinação contra a varíola (Decreto n. 1.261, de 31/10/1904). A população luta contra a vacinação deflagrando a revolta da vacina e, com isso, não foi possível dar seguimento a vacinação obrigatória resultando em muitas mortes por falta da vacina. 1907- Criação do Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos (atual Instituto Oswaldo Cruz), onde foram estabelecidas normas e estratégias para o controle dos mosquitos, vetores da febre amarela (Decreto n. 1.802, de 12/12/1907). 1908 - O Instituto Soroterápico Federal foi rebatizado como Instituto Oswaldo Cruz. Atualmente é a Fiocruz. 1909 - Carlos Chagas descobriu a doença, provocada pelo Tripanosoma cruzi, que então passou a se chamar doença de Chagas. Até os dias atuais ainda há a presença desta doença no Brasil, principalmente na região Nordeste. 1917 - Carlos Chagas assumiu a direção do Instituto Oswaldo Cruz, em 14 de fevereiro de 1917. 1920 - Novo marco importante da evolução sanitária brasileira com a reforma de Carlos Chagas que, reorganizando os Serviços de Saúde Pública, criou o Departamento Nacional de Saúde Pública. 1923 - Publicada a Lei Eloy Chaves – Caixas de aposentadorias e pensões. Este foi o primeiro marco em que o Estado intervém para ação e serviço de saúde, mesmo que sendo para aqueles trabalhadores das grandes empresas. As CAPs (Caixas de aposentadorias e pensões) foram o embrião da Previdência Social no Brasil, foi o primeiro momento de intervenção estatal, mas a oferta era para um público reduzido, como aos marítimos e ferroviários. As CAPs ofertavam pecúlio, aposentadoria e assistência médica não só para o trabalhador das grandes empresas, mas, também, aos seus familiares. 1930 - Criação do Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública (Decreto n. 19.402, de 14/11/1930). 1933 – IAPS: Unificação das CAPS em IAPS - Institutos de Aposentadorias e Pensões. Passam a ser por categoria profissional e sua gestão era tripartite: governo (gestão financeira), empregadores e empregados. Quando há essa unificação o governo oferta a gestão financeira, então, além de modificar de grande empresa para categoria profissional, cada categoria possuía o seu instituto, ou seja, passa a ter mais dinheiro entrando e passa a ter um financiamento tripartite fazendo com que a gestão financeira ficasse a cargo do governo. 1937 – Criação do Conselho Nacional de Saúde: O Conselho Nacional de Saúde (CNS) foi criado pela Lei n. 378, de 13 de janeiro de 1937. Até 1990 foi um órgão consultivo do Ministério da Saúde, cujos membros eram indicados pelo próprio Ministro de Estado. Obs.: Antigamente o Conselho não tinha a mesma função que possui hoje. Ele não era um espaço de controle social, ele era consultivo. O Conselho não nasce com o SUS, pois ele já existia muito antes do SUS. No entanto, o formato que se tem atualmente é como espaço de discussão e de deliberação, o que ele não possuía e só passa a ter quando é publicada a Lei n. 8.142. 1941 –Primeira Conferência Nacional de Saúde 1942 - Em 31 de julho de 1942, o Instituto Evandro Chagas (IEC), fundado em 10 de novembro de 1936 sob a denominação de Instituto de Patologia Experimental do Norte, passou a integrar o Sesp, na condição de laboratório centra. 1950 – Segunda Conferência Nacional de Saúde 1953 – Criação do Ministério da Saúde Em 31 de julho de 1942, o Instituto Evandro Chagas (IEC), fundado em 10 de novembro de 1936 sob a denominação de Instituto de Patologia Experimental do Norte, passou a integrar o Sesp, na condição de laboratório central. Neste ano o Ministério da Saúde foi criado e ele possuía as ações de promoção, prevenção e algumas ações relacionadas ao pronto atendimento. 1956 – DENERu Foi criado o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DENERu), que incorporou os programas existentes, sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Saúde (febre amarela, malária e peste) e da Divisão de Organização Sanitária (bouba, esquistossomose e tracoma), órgãos do novo Ministério da Saúde (Lei n. 2.743, de 6/3/1956). 1963 – Terceira Conferência Nacional de Saúde 1966 – INPS Neste ano, já com a ditadura militar, os institutos de aposentadorias e pensões são extintos e nasce a Previdência Social no Brasil. Criação do Instituto Nacional da Previdência Social. Ratifica a dicotomia entre a prevenção e a assistência à saúde. Sistema EXCLUDENTE, só tinha acesso os trabalhadores formais (previdenciários/contribuintes). Com o passar do tempo, a Previdência passa a agregar trabalhadores rurais e trabalhadores informais, mas por muito tempo ela foi 100% excludente. 1967 – Quarta Conferência Nacional de Saúde 1970 – SUCAN O Ministério da Saúde foi reorganizado, criando a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucan), subordinada à Secretaria de Saúde Pública e incorporando o DENERu, a CEM e a CEV (Decreto n. 66.623, de 22/5/1970). 1975 – PNI O PNI não nasce junto ao SUS, ele nasce antes e é oriundo do pensamento da Fundação Sesp. Quando o PNI é instalado no Brasil, há uma redução considerável em relação às doenças imunopreveníveis, ou seja, aquelas prevenidas por vacina. Dispôs sobre a organização das ações de vigilância epidemiológica, e o Programa Nacional de Imunizações. Estabeleceu normas relativas à notificação compulsória de doenças (Lei n. 6.259, de 30/10/1975). 1975 – Quinta Conferência Nacional de Saúde 1976 Foi criado o Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento no Nordeste (Decreto n. 78.307, de 24/8/1976). Este programa fomentou uma proposta de ação mais para a região do interior, com foco no cuidado das doenças endêmicas devido a alta mortalidade em relação às situações do interior do Nordeste. Os guardas da SUCAM começaram as ações de interiorização, mas o Programa de Interiorização de Ações de Saúde e Saneamento foi o primeiro programa do tipo institucionalizado pelo Poder Público. 1977 – INAMPS Neste momento, a Previdência Social se encontrava em crise, com isso, extinguiu-se o IMPS e passou-se a ter o INAMPS. Criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social - INAMPS: responsável pela assistência médica dos previdenciários. EXCLUDENTE. Obs.: Quando é apontado que se trata de um instituto excludente é porque ele não era para toda a população, exigia-se a apresentação de uma carteirinha. 1977 – Sexta Conferência Nacional de Saúde 1978 – ALMA–ATA Primeira Conferência Internacional de Cuidados Primários em Saúde, aconteceu em Alma-Ata e foi um marco na Atenção Primária em todo mundo. Impulsionou mudanças na organização do sistema de saúde no Brasil. A Conferência de ALMA-ATA discute, primeiramente, a Atenção Primária em saúde deixando claro a necessidade de saúde para todos nos anos 2000, o que não foi alcançado já que há uma diferença muito grande em relação ao desenvolvimento dos países do mundo. Mesmo a meta não sendo alcançada, o resultado da discussão foi bom, visto que incentivou a implementação de ações no primeiro nível da atenção que é a Atenção Primária à Saúde. 1979 – PIASS Obs.: Em 1976 tem-se o programa de interiorização, mas o PIASS só nasce em 1979, ele é a ampliação do programa de interiorização. Decreto n. 84.219, de 14/11/1979 - Dispôs sobre a intensificação e expansão de serviços básicos de saúde e saneamento; aprovou o Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (Piass) para o período 1980- 1985. 1980 – Sétima Conferência Nacional de Saúde 1982 – CONASP Criação do CONASP - Conselho Nacional de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP), em 1982, a partir do qual foi implementada a política de Ações Integradas de Saúde (AIS), em 1983. Estas constituíram uma estratégia de extrema importância para o processo de descentralização da saúde. Esta criação se deu por conta da crise da Previdência Social. Criaram o CONASP para tentar melhorar a situação da Previdência, já que ela se encontrava com problemas financeiros. As AIS são consideradas as primeiras ações de Atenção Básica no Brasil. 1983/84 – AIS Implementação das AIS - Ações Integradas em Saúde. como componente originalmente subalterno do Plano do CONASP e como redefinição democratizante de uma política racionalizadora que passou a ter mais espaço com o avanço das lutas democráticas. Obs.: Em 1985 se tem a queda da ditadura militar e a solicitação das diretas já. Se em prova for perguntado qual é o marco da Atenção Primária no Brasil, a resposta correta será as Ações Integradas em Saúde que foram oriundas do plano CONASP. 1986 – VIII CNS Obs.: Esta foi a oitava conferência, mas a primeira a ter a participação popular e foi uma grande solicitação do movimento da reforma sanitária, tanto que ela é considerada o marco mais importante do movimento. No relatório desta Conferência é possível ver que os ideais do Sistema que se tem atualmente foi criado, pensado e discutido nesta Conferência. O SUS não foi criado nela, mas foi idealizado. Saúde como direito, reformulação do Sistema Nacional de Saúde e financiamento do setor VIII Conferência Nacional de Saúde - sendo a primeira a permitir a participação popular. Pode ser considerada o maior marco do movimento sanitário. Seu relatório tem caráter importante na Construção de um sistema de saúde para todos. 1987 – SUDS Decreto n. 94.657, de 20/7/1987 - Dispôs sobre a criação do Programa de Desenvolvimento de Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (Suds) nos estados. O SUDS é conhecido como estratégia ponte. Tinha- se um sistema totalmente centralizado e se passa a ter um sistema descentralizado. Os municípios não estavam prontos para receber essa descentralização, então, convocou-se o poder do Estado, principalmente porque se tinha muitas pessoas que eram oriundas da Fundação SESP, para ajudar na implementação das novas ações em relação ao novo sistema de saúde. Os estados não foram obrigados a aderi-lo. Os grandes estados fizeram a opção por aderir. 1988 – Constituição - SUS Promulgação da Carta Magna de 1988, a primeira a contemplar o SETOR SAÚDE em seus artigos: 196 ao 200 - Institucionaliza o SUS. O SUS está vinculado à Seguridade Social juntamente à Previdência Social e à Assistência Social. O SUS nasceu definitivamente na data de 05/10/1988. 1990 – Leis Orgânicas Edição das Leis Orgânicas da Saúde: Lei 8.080/90 – Dispõe sobre a organização do SUS e a Lei 8.142/90 - Dispõe sobre o controle social e o financiamento do SUS. A Lei Orgânica n. 8.080/90 possui o texto completo, porém, ao ser colocada em prática, ela sofreu muitos vetos que aconteceram em partes que abordavam sobre a participação da comunidade e do repasse de recursos financeiros. Neste momento, Collor sofreu muita pressão e, assim, em dezembro do mesmo ano passou-se a ter a segunda Lei Orgânica de n. 8.142/90 que dispõe sobre o que foi vetado na lei anterior. 1991 – NOBS 01 Edição da primeira Norma Operacional Básica - NOB 91 - Retroage e possui características centralizadores. O PACS - Programa de Agentes Comunitários é criado e a atenção básica começa a ganhar importância no Sistema de Saúde. Obs.: A data do PACS é de 1990, no entanto, a normatização de como ele iria funcionar surge com a NOB. 1992 – 9ª Conferência Nacional de Saúde 1993 – NOB 93 Obs.: Este momento se encontra sob o governo de Itamar Franco e ele traz a segunda Norma Operacional Básica. Edição da segunda Norma Operacional Básica - NOB 93 - Traz formas de habilitação dos municípios, estratificando o grau de autonomia destes. Os municípios poderiam ser classificados em: incipientes, parciais e semiplenos. A NOB 93 faz jus ao que se precisava por em prática em relação ao financiamento, como consta na Lei. 8.142. mesmo com a Lei Orgânica dispondo que o repasse deveria ser de forma regular, até antes da NOB isso não acontecia. Somente com a NOB 93 e com a classificação dos municípios em três categorias: incipientes, parciais e semiplenos, é que se coloca em prática o recebimento de recurso regular, automático e fundo a fundo para os municípios semiplenos; para serem classificados nas outras categorias há uma série de requisitos a serem contemplados. Quanto maior era a habilitação, mais recursos se recebia do governo federal. 1994 – PSF Criação do Programa Saúde da Família. Grande avanço para a Atenção Básica no Brasil. Percebeu-se que o PACS, sozinho, não conseguiria lidar com a Atenção Básica, com isso, surge em 94 o Programa de Saúde da Família com a composição de médico, enfermeiro, técnico auxiliar de enfermagem e um quantitativo de agentes da saúde que cobrisse a população. 1996 – NOB 96 Edição da terceira Norma Operacional Básica - NOB 96. Institui o Piso da Atenção Básica e fortalece a descentralização e a Atenção Básica, incentivando financeiramente os municípios a estruturar a rede, através da Atenção Básica e da Saúde da Família. Habilita os municípios em Gestão Plena da Atenção Básica e Gestão Plena do Sistema Municipal. 1996 – 10º Conferência Nacional de Saúde 2000 – EC 29 Emenda Constitucional n.29 de 2000 - Traz a importância da fixação de valores mínimos para o financiamento do SUS. Somente em 2012, a Lei 141/12 traz em seu texto os valores mínimos para aplicação de recursos próprios, pelos estados, DF e municípios, no setor saúde. Obs.: Marco importante, pois tratava do recurso mínimo e da contrapartida do recurso financeiro de cada esfera de governo. 2000 – 11º Conferência Nacional de Saúde 2001 – NOAS 01 Edição da primeira Norma Operacional de Assistência à Saúde - NOAS 2001. Esta NOAS-SUS atualiza a regulamentação da assistência, considerando os avanços já obtidos e enfocando os desafios a serem superados no processo permanente de consolidação e aprimoramento do Sistema Único de Saúde. 2002 – NOAS 02 Edição da SEGUNDA Norma Operacional de Assistência à Saúde - NOAS 2002. Esta NOAS-SUS assegura a manutenção das diretrizes organizativas definidas pela NOAS-SUS 01/01, procura oferecer as alternativas necessárias à superação das dificuldades e impasses oriundos da dinâmica concreta de sua implementação. Obs.: Nos anos de 2001 e 2002 surgiram as NOAS 01 e 02, que possuíram características estadualizadoras, ou seja, traziam o Estado para uma posição à frente dos municípios. As NOAS possuem uma força muito grande em relação à regionalização, proporcionando identificar quais os municípios mais potentes em capacidade instalada, influenciando diretamente na regulação da distribuição de recursos por parte do Estado. 2003 – 12º Conferência Nacional de Saúde 2006 – PNAB Foi lançada a Política Nacional da Atenção Básica (Portaria 648) 2006 – PNPS Política Nacional de Promoção da Saúde (Portaria 687) 2006 – Pacto pela Saúde Divulgação do Pacto pela Saúde através da Portaria 399/06. O Pacto é composto por 3 componentes, cada um traz prioridades para todas as esferas de governo: Pacto em Defesa do SUS, Pacto pela Saúde e Pacto de Gestão.) Obs.: O pacto pela saúde foi um grande marco pois ao mesmo tempo em que traz regras, possui foco no diálogo para o planejamento e gestão. 2007– 13º Conferência Nacional de Saúde 2011 – 14º Conferência Nacional de Saúde 2011 – Decreto 7.508 Publicação do Decreto 7.508/11 - Regulamenta a Lei Orgânica 8.080/90. Traz conceitos importantes e fortalece a regionalização através da Instituição de Regiões de Saúde - o que garante a INTEGRALIDADE da assistência em saúde. 2011 – PNAB Reformulação da Política Nacional de Atenção Básica (Portaria 2.488) Obs.: Reformula a Política Nacional da Atenção Básica (Portaria 648) de 2006. Foi uma das políticas consideradas bem organizadas e que fixava o número mínimo de agentes comunitários de saúde. 2012 – Lei 141/12 Sancionada a Lei Complementar 141/12, que traz em seu texto os percentuais mínimos a serem investidos pelas esferas de governo nas ações e serviços de saúde. Deixa claro, em seu texto, quais são as ações e serviços de saúde. Obs.: a União não está inclusa na LC 141/12. Não há percentual mínimo, com variação baseada com os gastos no ano anterior, acrescido da variação nominal do PIB (Produto Interno Bruto). 2014 – PNPS Reformulação da Política Nacional de Promoção da Saúde (Portaria 2.446) 2015 – 15º Conferência Nacional de Saúde 2015 – Alteração LOS 8.080 Publicação da Lei 13.097/15 - Altera o artigo 23 da Lei Orgânica da Saúde 8.080/90 - passando a ser permitida a participação direta e indireta de capital estrangeiro na assistência à saúde no Brasil. Inclui o art. 53A na citada LOS. 2017 – Alteração LOS 8.080 Publicação da Lei 13.427/17 - Altera o artigo 7º da Lei 8.080/90, incluindo mais um princípio. Obs.: É criado o 14º princípio, incluindo o princípio relacionado à violência não somente contra as mulheres, mas a violência doméstica em si, garantindo ao público vítima de violência desde atendimento psicológico até cirurgias reparadoras eventualmente necessárias. 2017 – PNAB Publicação da nova PNAB, porque traz modificações grandes em relação à portaria 2436/2017. Reformulação da Política Nacional de Atenção Básica (Portaria 2.436/17) A nova PNAB possui característica que, no início, professores e educadores da educação primária, resistiu, pois desvincula o quantitativo de agentes comunitários para as equipes. Isso torna uma realidade que não tinha desde a primeira PNAB essa vinculação, a qual deixa a lógica a cargo do gestor local e o que, por conseguinte, fragiliza o sistema. A mesma portaria juntou com todas as políticas, foi revogada por consolidação e o seu texto foi recepcionado no Anexo XXII da Portaria de Consolidação n. 2/2017. Ela possui vários conceitos e é muito cobrada nos concursos, não devendo ser estudada pelo texto da Portaria n. 2436/17, mas sim pelo Anexo XXII. A consideramos como uma política retroativa, porém para fins de prova devem ser estudada para entender o conceito, os tipos de equipe e ações inerentes a este ponto da atenção. 2017 – Portarias de Consolidação Publicação das portarias de consolidação do SUS. Consolidando as normas mais importantes do SUS. Portarias 01, 02, 03, 04, 05 e 06. A revogação por consolidação consiste na manutenção da eficácia jurídica do texto, e o texto é recepcionado pelos anexos da portaria referente. Como são seis portarias, temos seis grandes temas e as portarias inerentes a estes temas compõem a Portaria de Consolidação e seus Anexos, respectivamente. Vejamos cada uma dessas portarias e os seus respectivos temas: • Portaria de Consolidação n. 1 – normas sobre direitos, deveres, organização e funcionamento do SUS. Planeja SUS e os direitos e deveres dos usuários da saúde. • Portaria de Consolidação n. 2 – Políticas de saúde e classificação. Há aula somente para esta temática. • Portaria de Consolidação n. 3 – Redes de atenção à saúde. RAP’s, rede de urgência, grande rede definida pela Portaria 4279 que também foi recepcionada. • Portaria de Consolidação n. 4 – Sistemas e subsistemas de saúde. • Portaria de Consolidação n. 5 – Ações e Serviços do SUS. • Portaria de Consolidação n. 6 – Financiamento. 2018 – PNVS A Política Nacional de Vigilância em Saúde foi publicada por meio da Resolução n. 588/18. A Política Nacional de Vigilância em Saúde é uma política pública de Estado e função essencial do SUS, tendo caráter universal, transversal e orientador do modelo de atenção nos territórios, sendo a sua gestão de responsabilidade exclusiva do poder público. De acordo com o §1º, entende-se por Vigilância em Saúde o processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças. Além disso, encontramos os componentes da vigilância em saúde, sanitária, epidemiológica, saúde do trabalhados, ambiental e análise situacional. Vide aula específica para este tema. 2019 – Previne Brasil É um programa muito criticado, pois trouxe ao SUS um retrocesso. O programa modificou a forma de financiamento do recurso federal para a atenção básica, causando grande impacto nos recursos e na mudança de processo de trabalho. É considerada retroativa porque traz link com cadastramento, alcance de metas que podem não ser alcançadas e muitos municípios perderam recursos em razão da mudança. No período de 2020-2022, não conseguiram atuar na atenção primária em razão da COVID-19, pois os espaços de atenção primária foram utilizados para testagem rápida, rastreamento e acompanhamento dos casos leves e moderados, aplicação das vacinas. O programa Previne Brasil foi instituído pela Portaria n. 2.979, de 12 de novembro de 2019. O novo modelo de financiamento altera algumas formas de repasse das transferências para os municípios, que passam a ser distribuídas com base em quatro critérios: • Capitação ponderada relacionada ao número de cadastros, e para cada grande grupo que é considerado de risco, vamos dar um peso. O indivíduo será cadastrado e ganhará um peso. Por exemplo, peso 1: indivíduo que não recebe nenhum benefício do governo e recebe mais de dois salários mínimos. Outro peso é para aqueles que recebem benefícios à prestação continuada, qualquer auxílio do governo federal, menor de 5 anos ou maior de 60 anos. Estes serão considerados como pessoa que não vai usar apenas a multiplicação por 1 e terá um peso, em razão da necessidade de mais recursos para os territórios que têm mais pessoas com riscos e vulnerabilidades. • Pagamento por desempenho. • Incentivo para ações estratégicas. • Incentivo financeiro com base em critério populacional. Isso porque na 9996 o PAB fixo e variável era forma de financiamento da atenção primária. 2019 – 16º Conferência Nacional de Saúde 2019 – eAP A equipe da PNAB de atenção básica foi extinta e foi instituída as equipes de Atenção Primária (eAP), através da Portaria 2.539/2019. Estão no Anexo da Portaria n. 2 de Consolidação. As equipes têm composição mínima de médicos e enfermeiros, não vinculando a possibilidade de inclusão do agente de saúde. 2020 – Saúde na Hora O Programa Saúde na Hora foi lançado pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS) em maio de 2019 e passou por atualizações com a publicação da Portaria n. 397/GM/MS, de 16 de março de 2020. O programa viabiliza o custeio aos municípios e Distrito Federal para implantação do horário estendido de funcionamento das Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o território brasileiro Obs.: Unidades de Saúde da Família (USF) são aquelas que possuem, no mínimo, uma equipe de saúde da família. Unidades Básicas de Saúde (UBS) são aquelas que não têm nenhuma equipe de saúde da família. 2020 – NASF-AB Publicação da Nota Técnica n. 03. A composição de equipes multiprofissionais deixa de estar vinculada às tipologias de equipes NASF-AB. A partir daquele momento, a cargo do gestor local, a manutenção do NASF-AB, desmembramento do NASFG com cada profissional em cada outra equipe, ou a colocação dos profissionais em outros espaços de nível secundário ou onde necessitar. Muitos municípios mantiveram, porém em razão do Previne Brasil o recurso financeiro que ajudava no custeio do NASF deixou de existir. Assim, a decisão de manter ou não o NASF, fazer o desmembramento ou manutenção fica a cargo do gestor local. Obs.: Não foi extinto. 2020 – Alteração LOS 8.080 LEI N. 14.021, DE 7 DE JULHO DE 2020 Dispõe sobre medidas de proteção social para prevenção do contágio e da disseminação da Covid-19 nos territórios indígenas; cria o Plano Emergencial para Enfrentamento à Covid19 nos territórios indígenas; estipula medidas de apoio às comunidades quilombolas, aos pescadores artesanais e aos demais povos e comunidades tradicionais para o enfrentamento à Covid-19; e altera a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, a fim de assegurar aporte de recursos adicionais nas situações emergenciais e de calamidade pública. 2021 – Alteração na LOS 8.080/90 LEI N. 14.141, DE 19 DE ABRIL DE 2021 Altera o art. 16 da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da Saúde), para dispor sobre a remessa de patrimônio genético ao exterior em situações epidemiológicas que caracterizem emergência em saúde pública. Tentativa de desburocratizar o envio de nosso material genético para o exterior e a justificativa de capacidade instalada em outros países para a pesquisa e desenvolvimento de algo que dependesse do nosso material genético. Ex.: zika vírus. 2022 – Alteração LOS 8.080/90 LEI N. 14.313, DE 21 DE MARÇO DE 2022 Altera a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da Saúde), para dispor sobre os processos de incorporação de tecnologias ao Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre a utilização, pelo SUS, de medicamentos cuja indicação de uso seja distinta daquela aprovada no registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A aprovação pela CONITEC, por meio de evidências científicas, poderá ser utilizada mesmo que a ANVISA não aprove, porque a CONITEC apreciou e será utilizado em protocolos do Ministério da Saúde