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HISTÓRIA DAS POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

ANO O QUE ACONTECEU COMO ACONTECEU


1900 Epidemias nas principais cidades No começo do século XX a população pobre só dispunha de
brasileiras. Febre amarela, cólera, atendimento filantrópico nos hospitais de caridade mantidos
varíola, ... pela igreja.
Oswaldo cruz é nomeado diretor de
saúde.
1904 Revolta da vacina Oswaldo Cruz institui a obrigatoriedade da vacinação contra
varíola. Agentes de saúde usam de violência física.
1920 Carlos Chagas Introduziu a propaganda e a educação sanitária na técnica
rotineira de ação, inovando o modelo campanhista de
Oswaldo Cruz que era puramente fiscal e policial.
1923 Regulamentação da lei das caixas de
aposentadoria e pensão - CAPs por
Eloy Mendes. Criação de centros de
saúde.

1930 Posse de Getúlio Vargas Decreto de centralização e uniformização das estruturas de


saúde. Criação do instituto de aposentadoria e pensão (IAPs)
dos marítimos – substituição das caixas. Os recursos dos IAPs
foram sempre aplicados pelo governo no financiamento da
industrialização do pais.
1933 CAPS são UNIFICADAS e são criados
os Institutos de Aposentadorias e
Pensões – IAPS, garantindo benefícios
assegurados aos associados

1937 Getúlio decreta estado de sitio Criação do ministério do trabalho


II Guerra Mundial
S.E.S.P.- iniciativa da saúde pública Serviço Especial de saúde pública no interior do pais.
para combater a malária e proteger Combate a epidemias e comportamento preventivo.
os trabalhadores da borracha
1945 Getúlio deposto – eleições Modelo de saúde baseado em especialidades médicas.
Partido comunista na ilegalidade
1950 Getúlio empossado presidente Criação do ministério da saúde que vem para fortalecer as
ações em saúde pública, a medicina preventiva.
Existem várias correntes em saúde pública:
-Corrente dos Médicos especialistasprogramas verticais do
tipo de doença. EX: Construção de leprosários para leprosos,
sanatórios para tuberculosos. Gera segregação.
-Criação de um sistema de saúde pública para todos em
redes locais numa visão municipalista.
1961 Jânio quadros presidente Medicina de grupo – Prestação de serviços médicos privado
aos trabalhadores das empresas que os contratam.
1964 Ditadura Militar – Castelo Branco Unificação de IAPs e outros e outros órgãos em um sistema
único o INPS que concentra todas as contribuições nacionais
previdenciárias do pais incluindo os trabalhadores da
indústria, comercio e serviços.
O novo órgão passou a gerir as aposentadorias, as pensões e
a assistência médica de todos os trabalhadores formais,
embora excluíssem dos benefícios os trabalhadores rurais e
uma gama de trabalhadores urbanos informais.
Por ter priorizado a medicina curativa, o modelo proposto foi
incapaz de solucionar os principais problemas de saúde
coletiva, como as endemias, as epidemias, e os indicadores
de saúde (mortalidade infantil, por exemplo), além das
seguintes consequências:

1981 Conselho Consultivo de A metade dos anos 1980 é marcada por uma profunda crise
Administração da Saúde de caráter político, social e econômico. A previdência, ao fim
Previdenciária (CONASP) ligado ao de sua fase de capitalização e com problemas de caixa
INAMPS oriundos de uma política que estimulava a corrupção e o
desvio de verbas se apresentava sem capacidade para dar
conta das demandas criadas.
1985 Diretas Já – Eleição Tancredo Neves Gerou diversos movimentos sociais, inclusive na área de
saúde, que culminaram com a criação das associações dos
secretários de saúde estaduais (CONASS) ou municipais
(CONASEMS), e com a grande mobilização nacional por
ocasião da realização da VIII Conferência Nacional de Saúde
(Congresso Nacional,1986), a qual lançou as bases da
reforma sanitária e do SUDS -Sistema Único Descentralizado
de Saúde.
1988 A VIII Conferência Nacional de Saúde A VIII CNS foi o marco da reforma sanitária, e esta foi mais do
e a Constituição de 1988. que uma reforma setorial. O movimento sanitário emergia
juntamente com outros, todos solicitando o resgate da dívida
social do período da ditadura militar. A Constituinte de 1988
no capítulo VIII da Ordem social e na seção II referente à
Saúde define no artigo 196 que: “A saúde é direito de todos
e dever do estado, garantindo mediante políticas sociais e
econômicas que visem a redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
O que precisamos saber da VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE
SAÚDE?
• Grande marco da reforma sanitária brasileira;
• Participação pela primeira vez dos usuários;
• Discutiu e aprovou a unificação do sistema de saúde;
• Conceito ampliado de saúde;
• Saúde como direito de cidadania e dever do Estado;
• Instituição de um Sistema Único de Saúde;
• A partir dela se modificaram as bases de organização,
deliberação e representação das Conferências Nacionais de
Saúde.
1990 Regulamentação do SUS - (ARTIGOS A saúde passa a ser definida de uma forma mais abrangente,
196 AO 200) de acordo com o art. 3º: “A saúde tem como fatores
LEI ORGÂNICA DA SAÚDE – LEI N. determinantes e condicionantes, entre outros, a
8.080/1990 alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
LEI ORGÂNICA N. 8.142/1990 ambiente, o trabalho, a renda, a educação, atividade física o
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais”.
Apesar de estar inserida no título da Seguridade Social, a
Saúde contempla uma seção especifica na Constituição
Federal, somando os artigos 196 ao 200.
A Lei n. 8.080 foi votada em 19 de setembro de 1990. Essa lei
aborda as condições para promover, proteger e recuperar a
saúde, além da organização e do funcionamento dos serviços
também relacionados à saúde.
LEI ORGÂNICA N. 8.142/1990 Dispõe sobre a participação da
comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde – SUS e
sobre as transferências intergovernamentais de recursos
financeiros na área da saúde e dá outras providências.
2011 DECRETO N. 7.508 Conforme já estabelecido na Lei n. 8.080/1990, o SUS deve
Relação Nacional de Ações e Serviços ser organizado de forma regionalizada e hierarquizada. Por
de Saúde – RENASES isso, o Decreto n. 7.508/2011 cria as Regiões de Saúde. Cada
Da Relação Nacional de região deve oferecer serviços de atenção primária, urgência
Medicamentos Essenciais – RENAME e emergência, atenção psicossocial, atenção ambulatorial
especializada e hospitalar e, por fim, vigilância em saúde

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