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ENFERMAGEM EM SAÚDE PÚBLICA

PROGRAMA NACIONAL DE
IMUNIZAÇÃO - PNI

O PNI foi criado em 1973, com o objetivo de normatizar a


imunização em nível nacional, assim, contribuindo para o controle ou
erradicação das doenças infecto-contagiosas e imunopreveníveis, como
exemplo: a poliomielite, sarampo, difteria, tétano, coqueluche, tuberculose e
outras.
IMUNIZAÇÃO
Imunização é o processo que confere proteção (imunidade)
ao organismo através de anticorpos de ação especifica contra
os agentes infecciosos causadores de doenças.
.
Imunidade passiva naturalmente adquirida: é de curta
duração e pode ser obtida por transferência da mãe parao
filho (placenta, amamentação).

Imunidade passiva artificialmente adquirida: também de


curta duração, é obtida pela administração de soros e
imunoglobulina humana.
IMUNIZAÇÃO
Imunidade ativa naturalmente adquirida: é duradoura, obtida
através de infecção ou doença.

Imunidade ativa artificialmente adquirida: duradoura, obtida


pela inoculação de vacinas.

A vacina é o recurso pelo qual pode se desenvolver


artificialmente a imunidade ativa.

Antígeno: porção ou produto de um agente biológico capaz de


estimular a formação de anticorpos.

Anticorpos: Proteínas especiais do organismo que protegem


contra vírus e bactéria.
VACINAÇÃO
PESSOA A SERIMUNIZADA
O programa de imunização visa, em primeira
instância, a ampla extensão da cobertura vacinal, para
alcançar adequado grau de proteção imunitária da
população contra as doenças transmissíveis por ele
abrangidas.
Entretanto, observa-se, com frequência, a
ocorrência de contraindicações desnecessárias,
baseadas em conjecturas teóricas ou em conceitos
desatualizados, com perda da oportunidade do
encontro do indivíduo com o serviço de saúde e
consequente comprometimento da cobertura vacinal.
VACINAÇÃO
CONTRA-INDICAÇÕES GERAIS PARA AVACINAÇÃO
As vacinas de vírus vivos atenuados ou bactérias
atenuadas, não devem ser administrados:
• Em pessoas com imunodeficiência adquirida (HIV) ou
congênitas;
• Em pacientes com neoplasias (câncer) malignas;
• Durante a gravidez, salvo alto risco de exposição, como
febre amarela;
• Em indivíduos que estão em tratamento com corticosteroide
em altas dosagens ou outras terapêuticas
imunossupressoras, como quimioterapia, radioterapia etc.
VACINAÇÃO

Adiamento da vacinação

•Após tratamento com imunossupressores ou altas doses


de corticoesteróides até três meses após o tratamento;
•Após transfusões sanguíneas ou de hemoderivados ,
pois os anticorpos podem neutralizar o efeito vacinal.
Deve-se aguardar de 6 a 8 semanas para reiniciar o
esquema de vacinação;
•Em doença aguda febril grave, para que os sinais e
sintomas da doença não sejam confundidos ou
atribuídos com possíveis efeitos adversos da vacina.
VACINAÇÃO
FALSAS CONTRA-INDICAÇÕES
Tosse, coriza, diarreia leve ou moderada, doenças de pele;
História e(ou) diagnóstico clínico pregressos de hepatite B, tuberculose,
tétano, difteria, coqueluche, sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite e
febre amarela em suas respectivas vacinas;
Desnutrição;
Uso de qualquer antimicrobiano;
Vacinação contra a raiva;
Doença neurológica pregressa ou estável;
Alergias (exceto as que se relacionam com os componentes vacinais);
Em tratamentos curtos com corticoesteróides, uso para manutenção
fisiológica ou em doses baixas ou moderadas;
Baixo peso ao nascimento (com exceção da BCG) ou prematuridade;
Em casos de internação hospitalar.
VACINAÇÃO
VACINAS
Produto farmacêutico que contém agentes imunizantes capazes de induzir
imunização ativa.
Associação de Vacinas:
• Vacinação combinada: quando dois ou mais agentes imunizantes são administrados
em uma mesma preparação (exemplos: vacina DTP, contra a difteria,a coqueluche e
o tétano,e trivalente contra o sarampo,a caxumba e a rubéola).
• Vacinação simultânea: quando várias vacinas são administradas em diferentes
locais ou por diferentes vias. Assim, em um mesmo atendimento podem ser
aplicadas simultaneamente as vacinas DPT-Hib (intramuscular), contra a
poliomielite (oral), BCG (intradérmica), contra a hepatite B (intramuscular), contra a
febre amarela e contra o sarampo, a rubéola e a caxumba (subcutâneas).
VACINAÇÃO
Tipos de Vacinas:
• Atenuada: Uma versão enfraquecida do vírus se reproduz no corpo, e o sistema
imunológico o combate como se fosse o original.
Exemplos: vacina contra sarampo.
• Conjugada: A vacina é turbinada com uma proteína, e a resposta do corpo fica mais
potente, eficaz e duradoura.
Exemplos: vacina pneumocócica 10 e meningocócica C.
• Combinada: Uma única aplicação reúne diferentes vírus e bactérias - o que imuniza a
pessoas contra varias doenças de uma só vez.
• Exemplos: tríplice bacteriana e tríplice viral.
• Inativada: É usado o agente infeccioso morto - ou só um pedacinho dele. Com isso,
elimina-se o ínfimo risco de a vacina desenvolver a doença.
Exemplos: vacinas contra raiva e tétano.
• Recombinante: Usa vírus geneticamente modificados, semelhantes aos que nos
atacam, mas que jamais provocam a doença.
Exemplos: vacina contra hepatite B e HPV.
VACINAÇÃO
EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO
Entende-se por evento adverso pós-vacinação (EAPV) qualquer ocorrência
clínica indesejável em indivíduo que tenha recebido algum imunobiológico. Um
evento que está temporalmente associado ao uso de uma vacina nem sempre tem
relação causal com a vacina administrada. Esses eventos podem ser relacionados à
composição da vacina, aos indivíduos vacinados, à técnica usada em sua
administração ou a coincidências com outros agravos.
A partir da sua localização, os eventos adversos podem ser locais ou
sistêmicos e, de acordo com sua intensidade, podem ser leves, moderados ou
severos (graves). De acordo com o Manual de Vigilância Epidemiológica de
Eventos Adversos Pós-Vacinação, é considerado evento adverso grave aquele que:
• Necessite de hospitalização por pelo menos 24 horas;
• Gere incapacidade significativa ou persistente (sequela);
• Resulte em anomalias congênitas;
• Cause ameaça à vida (necessidade de intervenção imediata para evitar o óbito), ou
Leve ao óbito.
VACINAÇÃO
Orientações gerais sobre as vias de administração de
vacinas.
- O local mais indicado para injeções intradérmicas é a face anterior do antebraço;
- O volume máximo indicado a ser introduzido por essa via é 0,5 ml;
- A vacina BCG-ID tem 0,1 de volume;
- A limpeza de pele suja deverá ser feita com água e sabão;
-O álcool comum não deve ser utilizado porque tem baixa volatilidade e baixo poder
antisséptico;
-Em situações especiais (ambiente hospitalar ou zona rural) utilizar
álcool a 70%;
- Na injeção intradérmica não e indicada a limpeza com álcool para evitar uma
possível interação com o liquido injetado;
-A via subcutânea é apropriada para a administração de soluções não irritantes,
num volume máximo de 1,5 ml, que necessitam ser absorvidas lentamente,
assegurando uma ação contínua;
-Os locais mais indicados para injeções subcutâneas são: terço proximal do
deltoide, face superior externa do braço, face anterior da coxa e face anterior do
antebraço.
VACINAÇÃO
Orientações gerais sobre as vias de administração de
vacinas.

-Observar a seguinte angulação: 30º para pessoas magras; 45º para pessoas
normais e 60º para pessoas obesas.
- Fazer leve compressão com algodão seco;
- Na via intramuscular a solução é introduzida dentro do tecido muscular;
-E apropriada para administração de soluções irritantes (aquosas ou oleosas) em
volumes ate 5 ml. A absorção e rápida e o efeito e imediato;
-Os locais selecionados devem estar distantes dos grandes nervos e vasos
sanguíneos. Os mais utilizados são: o vasto lateral da coxa, o dorso glúteo ou o
musculo grande glúteo e o deltoide;
-Em crianças com pouca massa muscular utilizar a angulação de 60º, em sentido
podálico.

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