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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PARAIBA

CENTRO PROFISSIONAL E TECNOLOGICO ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE


PROGRAMA PÓS - TÉCNICO EM ENFERMAGEM
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA DE NIVEL MÉDIO

CURSO CUIDADO AO IDOSO NA PERPECTIVA DA SAÚDE COLETIVA

ALUNO: TELMA COSTA LIMA


CIDADE: EUNAPOLIS - BA

SETEMBRO
2023
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas
maiores de 60 anos, no Brasil, mais do que triplicará nas próximas décadas: de 19,6 milhões
em 2010, para 66,5 milhões em 2050. Assim, é preciso garantir a melhor qualidade de vida
possível a estas pessoas e, nesse contexto, a vacinação é de extrema importância.
Devido as alterações imunológicas ocorridas ao longo do processo natural de
envelhecimento, os idosos são mais suscetíveis ao surgimento de algumas doenças
infectocontagiosas, principalmente as do aparelho respiratório. Vacinação em idosos reduz as
internações e o risco de morte causados por doenças cardíacas, cerebrovasculares, pneumonia
ou influenza (infecção viral aguda do sistema respiratório).
Com novos vírus e bactérias surgindo a cada ano, as vacinas têm se tornado
fundamentais no combate a certas doenças, como os diferentes tipos de gripe. Especialmente
para quem já é idoso, uma simples vacinação pode fazer toda a diferença. Segundo o
calendário do Ministério da Saúde, além da campanha de vacinação contra gripe, há três
vacinas disponíveis para pessoas acima de 60 anos:
 Hepatite B - Três doses, de acordo com a situação vacinal;
 Febre Amarela - Uma dose se nunca tiver sido vacinado; e
 Dupla adulto (DT) – Reforço a cada 10 anos.

Por isso, é essencial que as pessoas a partir dos 60 anos tenham seu calendário de
vacinação atualizado, ficando atentas às campanhas de vacinação do governo, principalmente
à vacinação da gripe, que é um problema muito comum, mas que traz maiores riscos com o
avançar da idade. Temos algumas vacinas recomendadas no calendário de vacinação do idoso
determinadas pela Sociedade Brasileira de Imunizações, de forma rotineira, são 5:
 Gripe (Influenza);
 Pneumonia pneumocócica;
 Herpes zóster;
 Hepatite B;
 Difteria, tétano e coqueluche.
As vacinas de rotina que são recomendadas para idosos são:
Vacina contra a gripe protege da infecção respiratória causada por diferentes tipos
do vírus Influenza. Esta vacina é muito importante nos idosos porque, à medida que o corpo
envelhece, o sistema imunológico e a capacidade respiratória ficam mais enfraquecidos,
favorecendo o risco de complicações, especialmente pneumonia.
 Quando tomar: é aconselhada especialmente após os 60 anos e deve ser administrada
1 vez por ano, de preferência, antes do início do outono;
 Quem não deve tomar: pessoas com história de reação anafilática ou alergia grave
ao ovo de galinha e seus derivados, alergia ao mercurocromo ou mertiolate, ou a
qualquer outro componente da vacina.
Em situações epidemiológicas de alto risco, pode ser recomendada uma segunda dose da
vacina, tomada a partir de 3 meses, após a vacinação anual.
Vacina dupla viral, ou dT, confere proteção contra as infecções por tétano, que é
uma grave doença infecciosa que pode levar à morte, e a difteria, que é uma doença
infecciosa muito contagiosa.
 Quando tomar: de 10 em 10 anos, como reforço para pessoas que foram
corretamente vacinadas na infância. Para idosos que não foram vacinados ou que não
têm nenhum registro da vacina, é necessário fazer o esquema de 3 doses com um
intervalo de 2 meses entre cada e, em seguida, fazer o reforço a cada 10 anos.
 Quando não deve tomar: no caso de reação anafilática anterior à vacina ou a algum
de seus componentes. Deve ser adiada em caso de doenças da coagulação sanguínea,
se feita via intramuscular.
Esta vacina está disponível gratuitamente nos postos de saúde, no entanto, também existe a
vacina tríplice bacteriana do adulto, ou dTpa, que além do tétano e difteria protege contra o
coqueluche, mas que apenas está disponível em clínicas particulares de imunização.
Vacina da hepatite B deve ser administrada em idosos que nunca receberam a vacina
ou que não possuem registro dessa vacinação.
 Quando tomar: a vacina contra hepatite B é feita em 3 doses, sendo que a segunda
dose 1 mês após a primeira, e a terceira dose 6 meses após a primeira dose (esquema
0-1-6).
 Quem não deve tomar: pessoas com reação anafilática aos componentes da vacina.
Deve ser adiada em casos de doença febril aguda ou alterações da coagulação se uso
intramuscular. Esta vacina também pode ser administrada em conjugação com a
vacina contra a vacina da hepatite A, no entanto, essa opção só está disponível em
clínicas privadas.
Vacina pneumocócica previne o desenvolvimento de infecções causadas pela
bactéria Streptococcus pneumoniae, principalmente a pneumonia e a meningite bacteriana,
além de prevenir que essa bactéria se espalhe no organismo e cause uma infecção
generalizada do organismo. Existem 2 tipos diferentes desta vacina para idosos, que são a
Polissacarídica 23-valente (VPP23), que contém 23 tipos de pneumococos, e a Conjugada 13-
valente (VPC13), que contém 13 tipos.
 Quando tomar: entre os 50 e 59 anos, a essa vacina deve ser aplicada se
recomendado pelo médico. Geralmente, é feito um esquema de 3 doses, iniciando-se
com a VPC13, seguida de uma dose da VPP23 tomada de 6 a 12 meses após a
primeira dose, e uma segunda dose (de reforço) da VPP23 tomada 5 anos após a
primeira dose. Se o idoso já recebeu uma primeira dose de VPP23, deve-se aplicar a
VPC13 após 1 ano e agendar a dose de reforço da VPP23 após 5 anos da primeira
dose.
 Quem não deve tomar: pessoas que mostraram reação anafilática à dose anterior da
vacina ou que tenham alergia a algum de seus componentes. Além disso, a vacina
deve ser adiada em caso de febre ou alterações da coagulação sanguínea, se feita via
intramuscular.
A vacina VPP23 é oferecida gratuitamente pelo SUS, podendo ser aplicada em postos de
saúde, sendo especialmente indicada para idosos que estão vivendo em casas de repouso
comunitárias ou que possuem risco aumentado de desenvolvimento de pneumonia e
meningite bacteriana. Já a vacina VPC13, pode ser encontrada em clínicas de vacinação
privadas.
Herpes zóster é uma doença causada pela reativação do vírus da catapora que pode
permanecer alojado por vários anos nos nervos do corpo, e que provoca o surgimento de
pequenas bolhas na pele, avermelhadas e muito dolorosas. Entenda melhor o que é e como
tratar o herpes zóster. Existem 2 tipos diferentes desta vacina para idosos, que são a VZA que
contém o vírus da herpes zoster atenuado ou enfraquecido, e a vacina VZR, que contém o
vírus inativado.
 Quando tomar: é recomendada como vacinação de rotina a partir dos 50 anos, sendo
que o esquema de doses é uma dose única da vacina VZA, ou duas doses da vacina
VZR, com intervalo de 2 meses entre a primeira e a segunda dose. Para as pessoas que
já apresentaram quadro de herpes zóster, é preciso aguardar o intervalo mínimo de 1
ano para a aplicação da vacina VZA, ou 6 meses ou resolução da herpes zoster para
aplicação da vacina VZR.
 Quem não deve tomar: pessoas com alergia aos componentes da vacina. Além disso,
a vacina VZA por conter o vírus enfraquecido, não deve ser tomada por pessoas com
o sistema imune enfraquecido ou imunodeprimidos.
No caso de idosos com imunidade comprometida por doenças ou uso de medicamentos, a
administração da vacina deve ser discutida com o médico. A vacina da herpes zoster pode ser
encontrada em clínicas de vacinação particulares, não sendo disponibilizada pelo SUS. Saiba
mais sobre a vacina da herpes zoster.
Vacinas não-rotineiras são vacinas que não fazem parte do calendário de vacinação
de rotina podem ser administradas em pessoas com risco aumentado ou quando se viaja para
um lugar em que existe um maior número de casos da infecção. A maioria destas vacinas não
está disponível pelo SUS e devem ser feitas em clínicas privadas.
Vacina contra a febre amarela é uma vacina confere proteção contra a infecção da
febre amarela e é recomendada para habitantes de áreas endêmicas, pessoas com viagem para
áreas com a doença ou sempre que houver exigência internacional.
 Quando tomar: o Ministério da Saúde recomenda apenas 1 dose para pessoas até 59
anos de idade, não vacinada anteriormente. ou que não tenham registro de vacinação
anterior. Após os 60 anos essa vacina pode ser recomendada pelo médico após avaliar
os riscos e os benefícios da vacinação, e o risco de infecção, uma vez que, apesar de
ser raro, existe um risco aumentado de efeitos colaterais graves.
 Quem não deve tomar: idosos com histórico de reação alérgica ao ovo de galinha ou
aos componentes da vacina. Além disso, também não deve ser administrada quando
existem doenças que reduzem a imunidade, como câncer, diabetes, AIDS ou quando
se está fazendo uso de medicamentos imunossupressores, quimioterápicos ou
radioterápicos, pois a vacina da febre amarela possui o vírus vivo atenuado ou
enfraquecido.
Vacina meningocócica é vacina fornece proteção contra a bactéria Neisseria meningitidis,
também conhecida como Meningococo, que é capaz de se espalhar pela corrente sanguínea e
causar infecções graves, como a meningite e a meningococcemia.
 Quando tomar: deve ser administrada uma dose única, em casos de epidemias.
 Quem não deve tomar: pessoas com alergia a qualquer componente da vacina. Adiar
em caso de doença com febre ou doenças que causam alteração da coagulação.
A vacina meningocócica está disponível somente em clínicas privadas de imunização.
Vacina tríplice viral é uma vacina contra os vírus do sarampo, caxumba e rubéola,
que é necessária em casos de risco aumentado para infecção, como situações de surtos,
viagens para locais de risco, pessoas que nunca foram infectadas ou que não tenham recebido
as 2 doses da vacina ao longo da vida.
 Quando tomar: são necessárias apenas 2 doses dos 20 a 29 anos, com intervalo
mínimo de 1 mês, ou 1 dose dos 30 aos 59 anos. Para pessoas com mais de 60 anos,
essa vacina pode ser recomendada pelo médico em dose única, somente nos casos de
surtos da doença, viagens ou risco aumentado de infecção.
 Quem não deve tomar: pessoas com imunidade gravemente comprometida ou que
tiveram reação anafilática após ingestão de ovo.
Não está disponível gratuitamente para idosos, exceto em períodos de campanhas, sendo
necessário dirigir-se a uma clínica de imunização privada.

A proteção contra a hepatite A está aconselhada para após a avaliação sorológica


para pessoas que têm contato com outras pessoas com hepatite A ou quando existe um surto
da infecção. A avaliação sorológica serve para avaliar se a pessoa já desenvolveu imunidade
natural contra a infecção ao longo da vida.
 Quando tomar: são necessárias duas doses, com intervalo de 6 meses.
 Quem não deve tomar: pessoas com reação anafilática aos componentes da vacina.
Deve ser adiada em casos de doença febril aguda ou alterações da coagulação se uso
intramuscular. A vacina contra hepatite A só é disponibilizada em clínicas particulares
de imunização.

Vacina contra hepatite A e B é recomendada quando a pessoa não foi imunizada


anteriormente com as vacinas da hepatite A e/ou hepatite B. Essa vacina contém a
combinação dos vírus de hepatite A e B e pode ser utilizada para substituir a vacina isolada
de hepatite A e hepatite B.
 Quando tomar: são necessárias três doses, sendo que a segunda dose deve ser
tomada 1 mês após a primeira, e a terceira dose 6 meses após a primeira dose
(esquema 0-1-6).
 Quem não deve tomar: pessoas que tiveram reação anafilática aos componentes da
vacina e para pessoas que após a dose anterior ou vacinação anterior da vacina da
hepatite B, desenvolveram púrpura trombocitopênica.
A vacina contra hepatite A e B pode ser feita em clínicas de vacinação particulares, não
sendo disponibilizada pelo SUS.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

https://www.marinha.mil.br/saudenaval/vacinaemidosos
https://www.tuasaude.com/vacina-do-idoso/

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