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Principais Diferenças Entre Vacinas


Do SUS E Da Rede Privada
 maio 16, 2020  Todos, vacina

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Quais são as diferenças entre vacinas do


SUS e da rede privada?

Antes de falar das diferenças entre vacinas do SUS e


da rede privada, uma semelhança: são aprovadas
pela Anvisa, são seguras e eficazes.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS): As


vacinas evitam 3 milhões de mortes por ano no
mundo e reduzem a chance de sequelas causadas
pelas doenças. Evitar internações e sequelas são
formas de melhoria na qualidade de vida.

As vacinas do SUS seguem as diretrizes do Programa


Nacional de Imunização (PNI) que usa a estratégia da
saúde COLETIVA, levando em conta as estatística de
saúde da população dentro do orçamento destinados
para a vacinação do país então cada país segue um
calendário específico.

As clínicas particulares seguem a recomendação da


Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) e
consideram a saúde de cada pessoa, portanto,
INDIVIDUAL.

A importância da informação e conhecimento sobre


as diferenças entre as vacinas possibilita que as
escolhas sejam mais conscientes.

Quais as diferenças entre elas?

Número de doses e picadas


Redução das reações após aplicação da vacina
Tamanho da proteção

Quais as opções para escolher?

Ter acesso à informação é fundamental para que


TODOS possam fazer a melhor escolha, dentro de
suas prioridades e possibilidades pelo esquema mais
personalizado, como:

100% SUS
SUS / particular
100% particular

Conscientização:

As vacinas disponíveis são importantes para evitar


doenças, mortes e uma ferramenta acessível para
melhoria da qualidade de vida. O mundo sem as
vacinas era um mundo em que as vidas eram
abruptamente interrompidas ou modificadas
drasticamente.

Vacina da GRIPE
Tetravalente X Trivalente

A vacina da gripe é atualizada todos os anos com as


cepas virais que mais circularam no ano anterior.
Portanto isso significa que vacinados anualmente têm
menor risco da infecção pelo vírus Influenza.

A vacina do posto de saúde é a trivalente com a


cobertura para 3 cepas do vírus.

A vacina da rede particular é a tetravalente ou


quadrivalente e tem proteção contra 4 versões do
vírus, portanto, protege mais.

Quem deve receber a vacina da gripe?

Todos acima de 6 meses de idade anualmente e


preferencialmente logo no início das campanhas (
final de março e começo de abril).

Grupo de risco para infecção pelo vírus da


GRIPE?

Gestantes, idosos, crianças menores de 5 anos,


portadores de doenças e indígenas.

Vacina com pouco efeito colateral e muito segura.

No posto de saúde, nem todas as pessoas são alvo


da campanha mas isso não significa que não seja
importante para todos, lembra que falamos lá no
começo sobre estratégia de saúde coletiva e custo?

Consulte a clínica de vacinação sobre os


procedimentos, em cada uma.

Horário marcado ajuda a não ter fila e pode garantir


um distanciamento social maior.

Assim como as que têm drive-thru.

Mais informações sobre a vacina da gripe? Quem


pode tomar? Por que tomar de novo? Aqui.

Vai atualizar a carteirinha de vacinação? Consulte


aqui: a análise é gratuita.

VACINA BCG
Vacina importantíssima no Brasil para prevenção de
formas graves de tuberculose, doença frequente e
endêmica no Brasil

Realizada em bebês acima de 2kg e sem doenças que


comprometam o sistema imunológico. Deve ser
realizada, preferencialmente, no primeiro mês de vida.

Existe hoje a possibilidade de realização do teste do


pezinho ampliada com pesquisa ampliada para
triagem de deficiências imunológicas raras como
SCID e Agamaglobulinemia. Quando esse exame for
realizado a recomendação é aguardar o resultado do
teste NEGATIVO para vacinar. O resultado geralmente
sai em 10 a 15 dias . Quer saber mais sobre o teste do
pezinho? (clique no link)

Disponibilizada na rede pública e particular.

Aplicação: Intradérmica no braço direito.

O local da aplicação costuma evoluir dentro de 7 a 15


dias com uma lesão de aspecto de ferida, com saída
de secreção, que é considerada normal. A orientação
nesses casos é higiene local com água e
sabonete/sabão de uso habitual no bebê.

Quer saber mais sobre o teste do pezinho ampliado?


Temos um vídeo aqui

Pentavalente x Hexavalente

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM)


orienta a imunização dos bebês contra 6 doenças
graves: difteria, tétano, coqueluche, poliomielite,
hepatite B e e aos Haemophilus Influenza

Graças ao sucesso das campanhas de vacinação


das décadas passadas nao temos mais a poliomielite
no Brasil .Uma grande preocupação no momento
atual é a baixa taxa de cobertura vacinal que deixa a
população muito vulnerável ao “reaparecimento” da
doença no país. A poliomielite deixa sequelas que
não têm cura como a paralisia dos membros.

No SUS, as crianças recebem a vacina pentavalente


+ VIP (vírus poliomielite inativada) .Ou seja, duas
aplicações intramuscular (picadinha) aos 2, 4 e 6
meses. Já na rede privada, a vacina é a hexavalente,
quer dizer: proteção contra as 6 doenças em uma
única picadinha.

A recomendação é que seja feita a vacina


hexavalente aos 2 e 6 meses e a pentavalente da
rede particular (que é diferente da pentavalente do
posto) aos 4 meses para todos os bebês que
nasceram com peso maior que 2Kg. Nasceu com
peso menor, o recomendado é a vacina hexavalente
com 4 meses também.

Além do número de picadas, outra diferença é que a


vacina da rede pública tem o componente pertussis
(coqueluche) de células INTEIRAS (dTpc) e na rede
particular tanto a pentavalente quanto a hexavalente
tem o componente pertussis ACELULAR (dTpa), essa
alteração faz com que as reações vacinas sejam
menores, em até 70% nas vacinas da rede particular.

Reações essas como: febre, dor local, irritabilidade e


episódio hipotônico hiporresponsivo.

Não é recomendado fazer medicamento para evitar a


febre antes da aplicação. O medicamento deverá ser
administrado sob prescrição médica, somente nos
casos de sintomas

Rotavírus

O rotavírus está por toda a parte. Certamente, todos


terão contato com esse vírus pelo menos uma vez na
vida até os 5 anos de idade. A infeção pelo vírus
causa uma infecção no estômago e intestino
(gastroenterite) com muita diarreia e vômito, o que
aumenta o risco de desidratação e necessidade de
internação hospitalar. As vacinas reduzem tanto a
chance de adoecimento quanto deixando a doença
mais “leve” , o que diminui a chance de internação
hospitalar.

Nas clínicas particulares é oferecida a vacina oral


pentavalente que tem cobertura para 5 tipos de
vírus, portanto maior proteção que a vacina oral
monovalente ofertada pelo SUS.

A vacina é via oral.

Reações que podem acontecer: salivação, aumento


da regurgitação

Lembrando que as reações são leves e ínfimas


comparadas às doenças

Rede particular O esquema de doses são 3 doses


aos 2, 4 e 6 meses

Rede pública são 2 doses: 2 e 4 meses

Data limite para realização da vacina rotavírus: 7


meses e 29 dias

A vacina causa APLV?

Dúvida muito comum, pelo fato da alergia a proteína


do leite de vaca se manifestar nos primeiros meses de
vida o que acaba coincidindo com os meses que as
doses são recebidas.

Até o momento não temos nenhum estudo que


comprove que existência de relação causal ( causa e
efeito) entre a vacina e APLV

Vacinas Pneumocócicas

O pneumococo é uma bactéria que pode causar


doenças graves, principalmente, nos extremos de
idade que são os idosos e os bebês. Pode causar
pneumonia, otite , sinusite e meningite (a meningite
por pneumococo costuma deixar como sequela a
surdez, naqueles que sobrevivem.

Existem vários tipos de pneumococo e as vacinas


existentes são:

Pneumocócica 10 Valente

Proteção para 10 tipos do pneumococo.

Na UBS a vacina é disponibilizada aos 2 – 4 meses e


um reforço aos 15 meses é a pneumocócica 10
valente ( ou seja, proteção contra 10 tipos do
pneumococo)

Aplicação Intramuscular

Reação: leve dor local

Pneumocócica 13 valente
Proteção para 13 tipos do pneumococo . Além da
cobertura maior quando comparada à Pneumocócica
10 valente, a proteína da vacina P13V induz uma
melhor resposta do nosso sistema imunológico.

Na rede particular a vacina disponibilizada aos 2 – 4


e 6 meses e o reforço aos 15 meses idade.

Vacinados após 2 anos de idade o esquema é DOSE


ÚNICA

Recomendada fortemente para todos os idosos acima


de 60 anos

Não há limite máximo de idade para realização da


vacina

Aplicação intramuscular – Reação: leve dor local

Pneumocócica 23 Valente
Vacina que pode ser realizada a partir de 2 anos de
idade, em situações específicas como

Recomendada somente para algumas crianças,


adolescentes e adultos conforme orientação médica.

Recomendada para todos os idosos a partir de 60


anos.

O ideal é que a vacina seja realizada após 6-12


meses da vacina pneumocócica 13 Valente para os
idosos.

Deve ser realizado um reforço 5 anos após a dose


anterior.

Idosos que receberam a vacina pneumocócica 23


valente podem receber a vacina pneumocócica 13V,
após 1 ano.

Vacinas Meningocócicas : C e ACWY/ B

O meningococo é uma bactéria que causa doenças


graves com muito risco de morte e sequelas como a
meningite e a meningococcemia.

Um em cada 5 casos evoluem para morte e as


sequelas graves como amputações podem acometer
os que sobrevivem.

Um grande problema é a evolução muito rápida do


quadro clínico. A febre começa sem nenhum outro
sintoma e em 6-12hs pode evoluir para morte, com
aparecimento de outros sintomas como dor de
cabeça, manchas pelo corpo e vômitos. Mesmo que
as todas as medidas de tratamento sejam realizadas
precocemente, então a prevenção é realmente a
melhor opção

Existem vários tipos do meningococo e a boa notícia é


que temos vacinas para 6 tipos :A CWY e B

Até 2010, o meningococo mais comum no Brasil era o


tipo C e por esse motivo foi uma estratégia muito
positiva a implementação da vacina
MENINGOCÓCICA C no programa nacional de
Imunização do SUS que segue até os dias de hoje.

VACINA MENINGOCÓCICA C

Disponibilizada pelo SUS para bebes aos 3 e 5


meses. Reforço entre 12-15meses e um segundo
reforço após 5 anos (entre 5 – 6 anos)

VACINA MENINGOCÓCICA ACWY

A vacina meningocócica conjugada ACWY é


quadrivalente, o que significa que protege contra os
meningococos dos grupos A, W e Y.

Disponibilizada na rede particular aos 3, 5 meses,


reforço entre 12-15 meses, segundo reforço entre 5-6
anos e última dose aos 11 anos.

Indicada para crianças, adolescentes e adultos

Estudo recente mostra que 10% dos adultos jovens


(até 35 anos) tem o meningococo na orofaringe e são
assintomáticos, podendo assim, transmitir a bactéria
para outras pessoas. A vacinação para essa faixa
etária é importante para reduzir os portadores da
bactéria.

Disponibilizada na rede pública para adolescentes 11


– 12 anos

Meningite B

A imunização contra a meningite B é oferecida


somente pela rede particular de saúde no Brasil.

Com o sucesso da campanha de vacinação contra o


meningococo C o tipo mais prevalente entre as
crianças abaixo de 2 anos é o MENINGOCOCO B.

Recomendada aos 3-5 meses , reforço entre 12- 15


meses

Para aqueles que recebem a primeira dose após 2


anos o esquema é de 2 doses com intervalo de 30
dias entre elas.

Vale reforçar aqui que a doença acontece com maior


frequência nos primeiros 2 anos de vida. Portanto,
uma informação que deve ser levada em
consideração para aqueles que querem “aguardar”
para fazer a vacina para economizar em um menor
número de doses.

VACINA HPV

O papiloma vírus humano causa de verrugas genitais


e alguns tipos de câncer como: câncer de colo de
útero, câncer de pênis, ânus e boca.

A vacina é recomendada a partir de 9 anos de idade,


tanto para meninos quanto para meninas. Estudos
mostram que quanto mais perto de 9 anos ocorrer a
imunização maior o número de anticorpos e portanto
maior a proteção para a vida toda.

A vacina disponibilizada é a quadrivalente. E isso


significa que há proteção contra 4 tipos do vírus,
sendo 2 deles oncológicos e que estão relacionados
aos tipos de câncer

Na rede particular a vacina é recomendada a partir


de 9 anos para meninos e meninas no esquema de 2
doses com intervalo de 6 meses entre elas, caso
tenham até 14 anos completos.

Acima de 15 anos, a recomendação é de 3 doses no


esquema (0-2-6 meses)

Na UBS, a vacina é disponibilizada para a seguinte


faixa etária

Meninas 9 a 14 anos

Meninos 11 a 14 anos

VACINA VARICELA

Apesar de parecer uma doença benigna alguns


casos de varicela, também conhecida por capota,
não têm um final feliz e por esse motivo, temos
vacinas para evitar a doença e formas graves.

Rede particular: Recomenda 2 doses sendo a


primeira aos 12 meses e a segunda dose 3 meses
após a primeira dose.

Rede pública: Oferece 2 doses aos 12 meses e outra


entre 4 e 6 anos de idade.

VACINA HEPATITE A

O vírus da hepatite A pode causar doença grave e


risco de falência hepática.

Rede particular: São considerados imunizados todos


aqueles que receberam 2 doses após 1 ano de
idade, com intervalo de 6 meses entre as doses. A
vacina pode ser realizada em crianças e adultos.

Rede pública: Oferece 1 dose para crianças entre 12 e


5 anos.

Porque a SBIM recomenda 2 doses da vacina?

10 % da população não terá uma resposta satisfatória


com dose única da vacina havendo a necessidade de
outra dose.

VACINA TRÍPLICE VIRAL (SCR)

A vacina oferece proteção contra as doenças


Sarampo, caxumba e rubéola.

Rede pública:

Crianças: esquema recomendado : 2 doses


com 3 meses de intervalo entre elas (12 meses
e 15 meses)
Adultos: 2 doses até 29 anos, 1 dose entre 30 e
59 anos,
Rede particular:

6 meses: dose bloqueio devido ao Surto de


Sarampo atual no Brasil
12 meses: primeira dose
15 meses: segunda dose
Adultos: até 29 anos 2 doses. Dose única entre
30 e 59 anos.
A vacina não deve ser dada junto com a vacina da
febre amarela e precisamos dar um intervalo de 30
dias entre elas.

VACINA FEBRE AMARELA

Disponibilizadas na rede pública e particular e o que


muda são os fabricantes das vacinas. A Eficácia é
igual quando utilizada dose completa e não a
fracionada

Recomendada aos 9 meses e após 4 anos reforço.

Dose única para quem fez a vacina dose completa


após 4 anos de idade

Para países que exigem o CERTIFICADO


INTERNACIONAL DA VACINA o comprovante deverá
ser apresentado no embarque.

Postos da ANVISA e clínicas particulares emitem o


certificado internacional.

VACINA HERPES ZOSTER

1 em cada 3 pessoas terão as manifestações do


Herpes Zoster em algum momento da vida

O vírus varicela zoster fica quietinho durante toda a


vida em todos aqueles que tiveram contato com o
vírus da varicela (catapora) na infância. O sistema
imunológico dos idosos, que começa a apresentar
“falhas” com o passar dos anos oferece condições
de reativação do vírus que causa a doença.

A infecção pelo Herpes Zoster é diferente do Herpes


Simples que causa aftas orais ou genitais.

Quais os sintomas?
As lesões conhecidas como cobreiro foram bolhas na
região das costelas ou outras nas proximidades dos
nervos sendo assim são extremamente dolorosas e
com risco de infecção. Pacientes que já tiveram
relatam dor extrema e sensibilidade ao vento
tocando a ferida. Dependendo da extensão da lesão,
infecção e até para controle da dor é preciso
internação hospitalar .

Pacientes que já tiveram a doença tendem a


apresentam recorrência das lesões nos anos
seguintes ou seja, recorrência

A vacina evita a doença e diminui as recorrências.


Pode ser realizada 1 ano após a doença ativa, desde
que não seja herpes oftalmico.

Disponibilizada na rede particular para todos acima de


50 anos no esquema de doses única.

VACINA Dtpa

Vacina que protege contra e doenças (difteria, tétano


e coqueluche acelular).

Rede particular : indicada para todos a cada 10


anos.

Gestantes devem receber em todas as gestações a


partir da 20 semana.

Fortemente recomendada para os envolvidos nos


cuidados com os recém-nascidos.

No SUS: Disponibilizadas para gestantes e puérperas


até 45 dias pós parto.

Vacina DTP e VOP

Disponibilizada na UBS aos 4-6 anos junto com a


VOP (vacina oral poliomielite).

A VOP é administrada somente nas UBS e faz parte


do calendário de vacinas do PNI e campanhas do
“ZÉ GOTINHA” contra a poliomielite. A diferença
entre entre a VOP e VIP é que primeira é o vírus
atenuado e a segunda inativado.

Na rede particular: disponibilizada a vacina dTpa+


VIP ( uma única picadinha com proteção para 4
doenças: difteria, tétano, coqueluche e poliomielite.

Vacina hepatite B

Disponibilizada na rede privada e no SUS, para todas


as idades, no esquema de 3 doses, com o intervalo
entre elas no esquema (0-2-6).

Agora que você já sabe das principais diferenças


entre vacinas do SUS e da rede privada, clique aqui
para agendar as vacinas da família!

Dra Renata Scatena

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