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IMUNIZAÇÕES

PROF.ª RAQUEL SANCHES

AULA 5 E 6 SAÚDE PÚBLICA.


Programa Nacional de Imunizações

Criado em 1973

Há mais de 100 anos foi realizada a


primeira campanha de vacinação em
massa feita no Brasil. Idealizada por
Oswaldo Cruz

São mais de 300 milhões de


doses anuais distribuídas em
vacinas, soros e
imunoglobulinas
PROGRAMA NACIONAL DE
IMUNIZAÇÃO - PNI

 OBJETIVO : COORDENAR AS AÇÕES DE


IMUNIZAÇÕES EM TODO O TERRITÓRIO
NACIONAL
 POPULAÇÃO ALVO: CRIANÇAS, ADOLESCENTES,
ADULTOS E IDOSOS
 INTRODUÇÃO DE NOVOS IMUNOBIOLÓGICOS E
PARA GRUPOS ESPECIAIS, POR MEIO DOS
CENTROS DE REFERÊNCIA DE
IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS (CRIEs)
PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO - PNI

 META OPERACIONAL:-- VACINAÇÃO DE 100%


DAS CRIANÇAS COM MENOS DE 1 ANO DE
IDADE.

 --ALCANÇAR A HOMOGENEIDADE EM TODOS


OS MUNICÍPIOS DO BRASIL.
CONCEITOS VACINAIS

 O PROCESSO IMUNOLÓGICO PELO QUAL SE


DESENVOLVE A PROTEÇÃO CONFERIDA PELAS
VACINAS, COMPREENDE O CONJUNTO DE
MECANISMO ATRAVÉS DOS QUAIS O
ORGANISMO RECONHECE UMA SUBSTÂNCIA
COMO ESTRANHA, PARA EM SEGUIDA
METABOLIZÁ-LA, NEUTRALIZÁ-LA OU
ELIMINÁ-LA.
Vamos Relembrar !!!!

Resposta Imunológica
Proteção contra infecção microbiana

Imunização
Imunização Inata
Inata
Presente mesmo antes da exposição a um determinado
antígeno
- Células NK
- Sistema Complemento
- Sistema fagocitário
Proteção contra infecção microbiana

Imunização Inata
Imunização Adaptativa
Se desenvolve após exposição a um determinado
antígeno
- Linfócitos T e B
Habilidade de:
Adaptar
Aprender
Lembrar
Proteção contra infecção microbiana
Imunidade

Passiva
Passiva
 Ocorre através do recebimento de anticorpos específicos
contra determinado agente infeccioso
 Tem efeito temporário
 Não induz formação de memória imunológica

Natural: Transferência placentária e por meio da


amamentação de anticorpos
Artificial: Administração de soro e imunoglobulinas
Imunidade

Ativa
Ativa
Aquela que induz o sistema imunológico do
hospedeiro a desenvolver defesas específicas contra
determinado agente infeccioso

Natural: Infecção pelo agente selvagem


Artificial: Vacinas
Imunização

Vacinas Glicoconjugadas:
Vacinas em que um produto menos potente
imunologicamente (polissacarídeo) é conjugado a
um produto mais potente ( proteína)

Vacinas Combinadas:
Aquelas que contém vários antígenos em uma
mesma formulação
Ex: tríplice viral- Sarampo, caxumba e rubéola
Composição das vacinas
Agentes vivos atenuados Agentes não vivos
Composição Microorganismos de menor Agentes inativados,
patogenicidade, mas capazes de modificados, fragmentos dos
multiplicar agentes
Vacinas BCG Hepatite B
Rotavírus ( VORH) Anti-hemófilos (Hib)
Poliomielite ( VOP) Poliomielite Inativada
Tríplice Viral ( sarampo, ( VIP)
rubéola e caxumba) Tríplice Bacteriana
Tetraviral ( sarampo, ( DTP)
rubéola e caxumba e Influenza injetável
varicela) Antipneumocócica
Febre Amarela Antimeningocócica
Varicela Hepatite A
HPV
Adjuvantes Sem Necessita de alumínio como
adjuvante
Intervalo entre as doses

Vacinação Simultânea
Não aumenta o risco de eventos adversos e não
diminui a eficácia de cada vacina

Exceção: Vacina febre amarela não pode ser


administrada simultaneamente com triplice e
tetraviral ( intervalo de 30 dias)
Intervalo entre as doses

Intervalo máximo entre doses de uma mesma


vacina

Em geral, não se reinicia um esquema vacinal.


Esquema interrompido deve ser completado com o
número de doses faltantes
Dar sequência à vacinação respeitando:
• intervalos mínimos entre as doses das vacinas
• a idade da criança
Contraindicações

Gerais:
Reação anafilática
Indivíduos com reação anafilática ao ovo não devem
receber vacinas: Febre Amarela e antiinfluenza.
Contraindicações

Vacinas vivas e atenuadas:


Imunodeficiência Congênita e adquirida
Neoplasia malígna
Corticóide em dose imunossupressora
Tratamento com imunossupressores:quimio e
radioterapia ( após 3 meses)
Gravidez *
Falsas Contraindicações

Vacinas vivas e atenuadas:


Doenças benignas comuns e uso de antibióticos
Desnutrição
História familiar de evento adverso
Corticóide dose não supressora
Hospitalização: única que deve ser evitada deve ser a
VOP
Situações para Adiamento

Até recuperação de doenças febris moderadas a


graves
Após transplante de medula óssea ( vacinas
atenuadas por 2 anos e as demais por um ano)
Vacinas vivas atenuadas após uso de
hemo/imunoderivados
Situações para Adiamento

Sangue total 6 meses

Concentrado de Hemácias 5 meses

Hemácias lavadas 0 meses

Concentrado de Plaquetas 7 meses

Plasma fresco 7 meses

Imunoglobulina Anti-tetânica 3 meses

Imunoglobulina Anti- hepatite B 3 meses

Imunoglobulina Antirrábica 4 meses

Imunoglobulina antivaricela 5 meses


Calendário de Vacinação 2019
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO RECOMENDADO PELO
MINISTÉRIO DA SAÚDE ( 2019)
IDADE VACINA
Ao nascer BCG
Hepatite B
2 meses VIP, Penta ( DTP+ Hib+ Hep B), Rotavírus, Pneumo 10
3 meses Meningo C
4 meses VIP, Penta ( DTP+ Hib+ Hep B), Rotavírus, Pneumo 10
5 meses Meningo C
6 meses VIP, Penta ( DTP+ Hib+ Hep B), Influenza
9 meses Febre amarela
12 meses Sarampo-Caxumba-Rubéola ( SCR), Meningo C, Pneumo 10

15 meses Sarampo-Caxumba-Rubéola- Varicela ( Tetraviral), VOP,


DTP, Hep A
4-6 anos VOP, DTP, Varicela
9-14 anos HPV ( 2 DOSES)
11-14 anos Meningo C
BCG

O BCG (bacilo de Calmette e Guérin) vem sendo


utilizado há várias décadas e tem por finalidade
evitar que a primo-infecção natural, causada por
Mycobacterium tuberculosis, evolua para doença.

A vacina BCG-ID provoca primo-infecção artificial,


ocasionada por bacilos não-virulentos, com o
objetivo de que essa infecção artificial contribua para
aumentar a resistência do indivíduo em face de uma
infecção posterior, causada por bacilos virulentos
BCG

 Bacilos atenuados do Mycobacterium bovis


 Dose única Intradérmica
 Administração no músculo deltóide Direito (0,1 ml)
 Proteção contra formas graves da tuberculose
 Indicada a todas as crianças < 5 anos não vacinadas

Revacinar:
1) Ausência de cicatriz após 6 meses da administração

2) Contactantes domiciliares maiores de um ano de pacientes


com hanseníase
BCG

Contraindicações/ Precauções:
 Prematuros ou menores de 2 kg
 RN coabitante de paciente com tuberculose
bacilifera: Iniciar quimioprofilaxia com isoniazida **
 Afecção dermatológica extensa
 Imunossupressão **
BCG

Eventos Adversos:
 Úlcera maior que 1 cm e que não evolui para cicatrização
em até 12 semanas
 Abscesso subcutâneo frio
 Linfadenopatia regional ( > 3 cm) supurada
 Devem ser notificados e tratados com isoniazida ( 10
mg/kg/dia)
EVOLUÇÃO NORMAL LESÃO VACINAL

1ª à 2ª sem: mácula avermelhada com enduração de


5 a 15mm de diâmetro l
3ª à 4ª sem: pústula com amolecimento do centro da
lesão seguida pelo aparecimento de crosta l
4ª à 5ª sem: úlcera com 4 a 10mm de diâmetro l
6ª a 12ª sem: cicatriz com 4 a 7 mm de diâmetro
(95% dos vacinados)
Usar a seringa tuberculina, e nunca a de insulina;

SERINGA TUBERCULINA SERINGA INSULINA

Divisão da Escala a cada 0,1 Graduação da Escala em U.I


ml (unidades internacionais)
Cuidados na administração!

Não exceder o volume de 0,1ml;


Utilizar o diluente que acompanha o imunobiológico
na caixa, e nunca trocá-lo por outro, pois o mesmo
não é água destilada e sim cloreto de sódio 0,9%;
Verificar no frasco a presença de cristais, havendo a
mesma deve ser desprezada;
Utilizar o “saquinho” fechado durante a quebra da
ponta da ampola, por motivo do aerossol que está
condensado no interior da ampola;
Cuidados na administração!

Não expor o frasco direta ou indiretamente à luz


solar, pois o bacilo é fotossensível, sendo inativando
quando exposto;
Durante a reconstituição do imunobiológico, evitar a
agitação intensa , e homogeneizá - la
cuidadosamente com movimentos circulares, até a
sua completa diluição;
Introduzir o diluente, vagarosamente, pela parede do
frasco. Conferir a quantidade da dose a ser
administrada e o local de aplicação;
Hepatite B

 Administrar a vacina contra hepatite B preferencialmente nas primeiras 12


horas de nascimento, ou na primeira visita ao serviço de saúde. Nos
prematuros, menores 1.000g de peso ou menos de 31 semanas de
gestação), administrar 1ª dose ao nascer, 2ª dose aos dois meses e
prosseguir o esquema com pentavalente.
 Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos (RN) de mães
portadoras da hepatite B administrar a vacina e a imunoglobulina humana
anti-hepatite B (HBIG), disponível nos Centros de Referência para
Imunobiológicos Especiais - CRIE, nas primeiras 12 horas ou no máximo
até sete dias após o nascimento. A vacina e a HBIG administrar em locais
anatômicos diferentes. A amamentação não traz riscos adicionais ao RN
que tenha recebido a primeira dose da vacina e a imunoglobulina.
 Crianças maiores de 5 anos e adultos até 49 anos não vacinados recebem 3
doses da vacina ( 0,1 e 6) **
Informações Epidemiológicas

Imunização para prevenir que os indivíduos


contraiam hepatite B, doença grave que causa
inflamação e danos ao fígado, os quais podem
provocar cirrose hepática, doença hepática crônica e
câncer hepático. Cerca de 300.000 crianças e adultos
são infectados pela hepatite B a cada ano. Mais de
10.000 deles precisam ser hospitalizados e 250
morrem normalmente de deficiência aguda do
fígado.
Orientações Gerais

O que deve ser observado, e como orientar o cliente,


durante a triagem da vacinação:
Antes da administração do imunobiológico, deve ser
verificada com o cliente a existência de histórico de
processo alérgico grave. Nesses casos o cliente pode
apresentar vermelhidão local;
A possibilidade de aparecimento dos eventos
adversos comuns ou esperados para este
imunobiológico: eritema (vermelhidão), induração
no local da administração, febre, cefaléia, tontura,
fadiga e desconforto gastrintestinal;
O que deve ser observado, e como orientar o cliente, durante a
triagem da vacinação:

 Se necessidade de retorno ao Centro de Saúde, casos o evento


esperado ocorra de maneira intensa, se prolongue por um
tempo exagerado, ou se surgir qualquer outro sinal ou
sintoma;
 Pode-se vacinar crianças com qualquer massa corpórea, não
importando o peso ao nascer;
 Muitas pessoas não são imunizadas quando realizada o
esquema uma vez apenas, por isto deve-se pedir o exame
anti-Hbs, para verificar se o marcador de anticorpos contra
Hepatite B está +, em casos negativos deve-se realizar
novamente o esquema vacinal com três doses e repetir o
exame;
 - Após a revacinação, o anti-Hbs continuar negativo, deve-se
encaminhar o cliente ao infectologista para avaliação;
Orientações Gerais

Utilizar a via de aplicação correta, com introdução da


agulha no terço médio da coxa direita (vasto lateral),
sendo este região mais utilizado para crianças. No
caso do deltóide deve-se administrar na inserção
músculo direito;
Cuidados na Administração !

Adequar à agulha ao ângulo de aplicação conforme


massa muscular da pessoa/criança a ser imunizada;
Localizar visualmente o músculo vasto lateral, fazendo a
prega com o dedo indicador e o polegar. Introduzir a
agulha no músculo respeitando o ângulo correto;
Em caso de reações alérgicas na administração de
alguma das doses, as posteriores deverão ser suspensas,
e aconselhando a procura de atendimento especializado;
Não se administra o imunobiológico na região glútea,
pois é de baixa absorção e eficácia dimin
Eventos adversos moderados ou graves inesperado

Podem ocorrer abscessos, ocasionados por problemas na


técnica de aplicação;
Abscesso quente: está associado à contaminação durante o
processo de preparo e aplicação do imunobiológico,
apresentando edema e vermelhidão intensos;
Abscesso frio: associado à técnica incorreta de aplicação
intramuscular. O imunobiológico é aplicado superficialmente;
Choque anafilático, caracterizado por hipotensão ou choque,
associado à urticária, edema de face e laringo- espasmo
(sensação de sufocamento), podendo evoluir para edema de
glote;
Caso sinais e sintomas de choque anafilático, o Médico e
Enfermeiro deverá ser acionados imediatamente, devendo ser
providenciado assistência de urgência.
DTP- Toxóide diftérico+ toxóide tetânico + bacilos mortos da
coqueluche

Pentavalente (DTP + Haemophilus + Hep B)


 Via de administração IM. Utilizar a via de aplicação correta, com introdução
da agulha no terço médio da coxa esquerda (vasto lateral), observando o ângulo de
aplicação (45.º) para intramuscular nesta região
 Criança de 2 meses a menores de 1 ano de idade (11 meses e 29
dias) deverá iniciar e concluir o esquema vacinal com esta vacina.
 1ª dose aos 2 meses
 2ª dose aos 4 meses
 3ª dose aos 6 meses
 Para situações onde a criança com idade maior ou igual a 1 ano, não
foi vacinada ou está com o calendário em atraso, a vacina
pentavalente poderá ser utilizada para completar o esquema
vacinal, respeitando-se os intervalos preconizados pelo PNI.
Orientações Gerais

Uso Simultâneo com Outras Vacinas


Muitas vacinas podem ser administradas ao mesmo
tempo de maneira segura e efetiva. Recém nascidos e
crianças tem capacidade imunológica suficiente para
as múltiplas vacinas do calendário de vacinação da
criança.
A vacina DTP/HB/Hib pode ser administrada com
segurança e eficácia, ao mesmo tempo com as vacinas
BCG, sarampo, poliomielite oral ou inativada (VOP ou
VIP), febre amarela, e suplementação de vitamina A.
Orientações Gerais

Na administração simultânea de vacinas devem ser


utilizadas agulhas, seringas e sítios de aplicação
diferentes. Se mais de uma injeção for dada em um
mesmo membro, devem ser administradas pelo
menos a 2,5 centímetros de distância (American
Academy of Pediatrics,2003).
O local em que cada injeção for administrada deve
ser observado nos registros do indivíduo,
possibilitando a diferenciação de qualquer reação
local.
DTP

 Toxóide diftérico+ toxóide tetânico + bacilos mortos da


coqueluche

Usadas nas doses de reforço:


 DT ( dupla do tipo infantil): até 7 anos
 dT ( dupla do tipo adulto): após 7 anos
 DTPa ( tríplice bacteriana acelular): até 7 anos
incompletos, menos reatogênica
 dTpa (tríplice bacteriana acelular do adulto):
adolescentes e adultos
DTP

Criança deve receber o 1º reforço da vacina aos 15


meses de idade e agendar o 2º reforço para 4 anos de
idade.
 Criança maior de 15 meses e menor que quatro anos,
sem reforço desta vacina deve receber o 1º reforço, e
agendar o 2º reforço para os 4 anos de idade,
obedecendo o intervalo mínimo de 30 dias entre as
doses.
 Criança com 4 anos sem nenhum reforço anterior
administrar o 1º reforço e agendar DT para 10 anos
após o primeiro reforço.
DTP- Eventos adversos

 Febre : Manter esquema habitual


Antipirético profilático nas doses seguintes

 Choro persistente: Manter esquema habitual


Analgésico

 Episódio hipotônico-hiporresponsivo (até 48 hs): DTP acelular

 Convulsão ( até 72 hs): DTP acelular nas doses seguintes

 Encefalopatia ( até 7 dias): DT nas doses seguintes

 Anafilaxia: contraindicar doses seguintes


Haemophilus influenza tipo B

 3 doses Pentavalente
 Recomendada em < 5 anos
 Criança > 1 ano e < 5 anos : 1 dose apenas ( após
recebem apenas DTP e vacina contra hep B)

 Efeitos adversos: febre, reação local


Haemophilus influenza tipo B

Redução da doença invasiva:


-Meningite e suas sequelas
- Epiglotite
Poliomielite

A vacina VOP, vacina de vírus atenuados, trivalente, contém os três tipos de


polivirus (1, 2 e 3). Uma dose dessa vacina produz imunidade para os três soro tipos
em aproximadamente 50% dos receptores, enquanto 3 (três) doses produzem
imunidade em mais de 95% dos receptores.
A imunidade é de longa duração e, provavelmente, ao longo de toda a vida, pois
induz imunidade humoral (sistêmica) e imunidade celular de mucosa (local), além
de produzir imunidade em contatos de indivíduos vacinados.
Apesar das inúmeras vantagens, alguns eventos indesejáveis podem ocorrer
associados ao uso da VOP, por conter vírus vivos atenuados, eventos estes raros,
como casos de paralisia associada à vacina (VAPP) e o poliovirus derivado da vacina
(VPDV).

1. VIP ( Salk)

 Constituída por cepas inativadas do vírus da poliomielite


 Trivalente ( vírus tipo 1,2,3)
 Injetável
Poliomielite

2. VOP ( Sabin)
Constituída por vírus atenuados
Bivalente ( vírus tipos 1 e 3)
Administração via oral : 2 gotas ( 0,1 ml)
 Coloniza o intestino ( imunidade local e humoral)
Multiplica-se no intestino e é eliminado no meio
ambiente
Poliomielite

VOP:
Administração simples
Imunidade duradoura
Baixo custo
Imunidade local ( TGI)
Imunização secundáriade contactantes

** último caso de pólio no Brasil foi em 1989


Poliomielite

VOP
Eventos adversos:
Paralisia flácida (Maior risco na primeira dose)

Benefícios:
Menor custo
Áreas de condições sanitárias precárias
Poliomielite

Contra-indicações VOP:
 Imunodeprimidos ou contactantes de pacientes com
AIDS, transplantados de medula devem receber VIP
A VIP não provoca poliovacinal
Poliomielite

VIP:
2, 4 e 6 meses
VIP-VIP-VIP-VOP-VOP

VOP:
Reforço: 15 meses
Reforço: 4 anos
Campanhas em menores de 5 anos ( objetivo:
proteção coletiva)
Se a criança cuspir ?????
Rotavírus

Principal causa de diarréia aguda grave na criança


Pico de incidência: 4-23 meses
Rotavírus

Vírus Atenuado
Monovalente ( tipo G1)
Administração Via oral
Limite de faixa etária:
 1ªdose aos 2 meses ( 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias)
 2ª dose aos 4 meses( 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29
dias)
** Respeitar intervalo de 4 semanas entre as doses
Rotavírus

Criança cuspiu ou vomitou logo após receber vacina. O que


devo fazer???

Eventos Adversos:
 Febre ( até 14 dias)
 Diarreia ( até 21 dias)
 Invaginação intestinal

Contraindicações: imunodeprimidos, história prévia de


invaginação instestinal, reação anafilática
Antipneumocócica

Introduzida no Calendário básico em 2010


Contém 10 sorotipos de Pneumococos
Indicada a todas as crianças até 5 anos
Proteção contra a doença invasiva pneumocócica
(pneumonias, meningites, artrites, sepse)
Pneumocócica 10 valente

 Criança, a partir dos 2 meses de idade, deve receber 3 doses desta


vacina com intervalo de 2 meses entre elas, e uma dose de reforço,
preferencialmente entre 12 e 15 meses de idade.
 Criança entre 7 meses e 9 meses de idade não vacinada deve
receber 2 doses desta vacina com intervalo de pelo menos 2 meses
entre as doses e uma dose de reforço, preferencialmente entre 12 e
15 meses de idade.
 Criança entre 10 meses e 11 meses de idade não vacinada deve
receber 1 dose desta vacina e uma dose de reforço,
preferencialmente entre 12 e 15 meses de idade.
 Criança entre 1 ano e menor de 2 anos de idade (1 ano, 11 meses e
29 dias) não vacinada ou com apenas uma dose antes de
completar 1 ano, deve receber uma única dose desta vacina.
Antipneumocócica

Idade Dose Comentário


2 meses 1ª dose
4 meses 2ª dose
12 meses Reforço Pode ser feita até
4 anos e 11 meses
Vacina Menigococo C

Idade Dose Comentário

3 meses 1ª

5 meses 2ª

12 meses Reforço Pode ser feito até 4 anos


2018 !!!!!
Meningocócica C

conjugada para
adolescentes de 11 a 14
anosadsorvida
A vacina (14 anos, 11 meses) C
meningococica
(conjugada - CRM197) é utilizada para
prevenir as doenças provocadas pela
bacteria Neisseria meningitidis do
sorogrupo C, esta bactéria pode ser a
causa de infecções graves, as vezes,
A vacina deve ser administrada até fatais, como a meningite e a sepse.
exclusivamente pela A vacinação é considerada a forma
via intramuscular profunda, de
mais eficaz na prevenção da DM.
preferência na área
ântero-lateral da coxa da criança.
Tríplice Viral ( Sarampo, caxumba, rubéola)

Vírus atenuados
 Sarampo
 Caxumba
 Rubéola
Tríplice Viral

Administração em 2 doses:
1ª dose: 12 meses
2ª dose: 15 meses ( na forma de tetraviral)
*Intervalo mínimo de 30 dias
Tríplice Viral

Não aplicar em grávidas


Após vacinação aguardar um mês para engravidar
( rubéola)
Sarampo !!!!

Quem deve receber a vacina?


12 meses: Tríplice Viral
15 meses: Tetra viral

*** Dose Precoce: 6- 11 meses ( não considerada para


calendário!)

Adultos: Até 29 anos: duas doses ( podendo ser


tríplice ou tetraviral)
 30-49 anos: dose única ( tríplice ou tetra viral)
Tetraviral

Sarampo-Caxumba-Rubéola-Varicela

Aos 15 meses ( disponível até 4 anos 11 meses e 29


dias)
Conforme ensaios clínicos, a vacina tetra viral,
demonstrou imunogenicidade, com taxas de soro
conversão equivalentes a 98% para sarampo, 97%
para caxumba, 98% para rubéola e 93% para varicela,
observadas quando da administração da vacina
varicela e da vacina sarampo, caxumba e rubéola
administradas separadamente.
2018 !!!!!

Varicela :
Disponibilizada a segunda dose para crianças de 4
até 6 anos de idade (6 anos, 11 meses e 29 dias)
Febre Amarela
Febre Amarela

Vírus atenuado

Indicação: população de áreas endêmicas

** Viagem para área de risco: Vacinar 10 dias antes


Febre Amarela

2017: Dose única a partir dos 9 meses

2018:
 Áreas ampliadas para vacinação anteriormente sem
recomendação SP, RJ, PR,SC,RS,BA E PI.

 Fracionamento de dose em 3 estados: São Paulo, Bahia e Rio de


Janeiro

Dose Fracionada: 0,1 ml

Dose Padrão: 0,5 ml


Febre Amarela
“Nas áreas com recomendação de vacina, face à
situação epidemiológica atual, de acordo com o
PNI, recomenda-se apenas uma dose da vacina
na vida, sem necessidade de reforços”.

“No entanto, a ocorrência de falhas vacinais


primárias, especialmente em crianças com idade
inferior a dois anos, faz com que a aplicação de
uma segunda dose seja desejável, em geral a
partir dos quatro anos de idade”.
Calendário de Vacinação da SBP 2019
Febre Amarela

“Para viagens internacionais prevalecem as


recomendações da OMS com comprovação de
apenas uma dose.”

Calendário de Vacinação da SBP 2019


Febre Amarela

Contraindicada:
 Pessoas com alergia grave ao ovo ******

 Portadores de doença autoimune;

 Pacientes em tratamento com quimioterapia/radioterapia;


crianças menores de seis meses de idade

Pessoas que vivem com HIV/Aids (com contagem de


células CD4 menor que 350 células/mm3).
.
Febre Amarela

Avaliação criteriosa:
Gestantes
 Mulheres que estão amamentando
 Idosos
Pessoas que vivem com HIV
 Pacientes que já terminaram o tratamento com
quimioterapia/radioterapia
Pessoas que fizeram transplante.
Influenza

Grupos prioritários para a vacinação:


1. Crianças de seis meses a menores de seis anos
2. Gestantes
3. Puérperas
4. Trabalhador de Saúde
5. Povos indígenas
6. Indivíduos com 60 anos ou mais de idade
7. Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob
medidas socioeducativas
8. Pessoas portadoras de doenças crônicas
9. Professores ( escola pública e privada)
Influenza

Esquema Influenza
Idade Dose (ml) Número de doses
6 meses e < 3 anos 0,25 ml 1-2*
> 3 anos- 8 anos 0,5 ml 1-2*
> 9 anos e adultos 0,5 1
Vacina Hepatite A

Vírus Inativados

Dose única aos 15 meses de idade


( ou até 4 ano 11 meses e 29 dias)
HPV

1) Vacina Quadrivalente


( HPV 6,11, 16 e 18)

2) Vacina Bivalente
(HPV 16 e 18)
HPV

Introdução da vacina HPV no Brasil- PNI 03/2014


Vacina quadrivalente
- 2014: meninas de 11 a 13 anos
- 2015: meninas de 09 a 11 anos
- 2016: meninas de 9 a 14 anos
- 2017: meninas de 9-14 anos e meninos de 12 e 13
anos
HPV- 2018!!

2 doses:
Meninas de 9-14 anos
Meninos de 11 a 14 anos
HPV
Desde 2017 :
HPV
desde 2017 :
Calendário de Vacinação do Adolescente

HEPATITE B
Pacientes imunocompetentes:

Em menores de 20 anos de idade: administrar via


intramuscular, 0,5 ml de suspensão injetável;
esquema de 03 doses (momento 0, 1 e 6)
Com 20 anos ou mais de idade, administrar via
intramuscular, 1,0 ml de solução injetável; esquema
de 03 doses (momento 0, 1 e 6).
Hepatite B

Para pacientes imunodeprimidos, hemodialisado,


pré-diálise, HIV, transplantado de órgão sólido ou
medula óssea, paciente com neoplasia ou que
necessite quimioterapia, radioterapia ou
corticoterapia:
Menores de 20 anos de idade: administrar via
ntramuscular, 1,0 ml de suspensão injetável,
esquema de 4 doses (momento 0, 1, 2 e 6).
Com 20 anos ou mais de idade: administrar via
intramuscular, 2,0 ml de suspensão injetável,
esquema de 4 doses (momento 0, 1, 2 e 6).
DT – DUPLA ADULTO

A vacina dupla bacteriana é composta pelos


toxóidestetânico e diftérico adsorvidos em hidróxido
de alumínio, tendo o timerosal como conservante.
A apresentação do tipo infantil (DT) diferencia-se do
tipo adulto (dT) pela concentração da dose
imunizante do toxóide diftérico.

Febre amarela 11 a 19 anos


Tríplice viral 11 a 19 anos
Calendário de Vacinação do Adulto e Idoso

Orientações importantes para a vacinação do adulto e idoso.

 Vacina hepatite B (recombinante): a vacina esta disponível


para adultos até 49 anos.
 Oferecer aos grupos vulneráveis não vacinados ou sem
comprovação de vacinação anterior, a saber: Gestantes,
após o primeiro trimestre de gestação; trabalhadores da
saúde; bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários;
caminhoneiros, carcereiros de delegacia e de
penitenciarias; coletores de lixo hospitalar e domiciliar;
agentes funerários, comunicantes sexuais de pessoas
portadoras de VHB.
Orientações importantes para a vacinação do adulto e idoso

 Orientações importantes para a vacinação do adulto e idoso.

 Vacina hepatite B (recombinante)


 Doadores de sangue; homens e mulheres que mantêm relações
sexuais com pessoas do mesmo sexo (HSH e MSM); lésbicas,
gays, bissexuais, travestis e transexuais, (LGBT); pessoas
reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de
menores, forças armadas, dentre outras); manicures, pedicures
e podólogos; populações de assentamentos e acampamentos;
potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou
politransfundido; profissionais do sexo/prostitutas; usuários
de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas; portadores de DST.
Orientações importantes para a vacinação do adulto e idoso

 Vacina adsorvida difteria e tétano - dT (Dupla tipo adulto):

 Adultos não vacinados ou sem comprovação de três doses da


vacina, seguir o esquema de três doses. O intervalo entre as
doses é de 60 (sessenta) dias e no mínimo de 30 (trinta) dias.
 Os vacinados anteriormente com 3 (três) doses das vacinas
DTP, DT ou dT, administrar reforço, dez anos após a data da
última dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves
antecipar a dose de reforço sendo a última dose administrada
a mais de cinco (5) anos. A mesma deve ser administrada no
mínimo 20 dias antes da data provável do parto.
Orientações importantes para a vacinação do adulto e idoso

 Vacina febre amarela (atenuada): Indicada aos residentes ou viajantes para


as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do Acre,
Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns
municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios estes estados,
buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação
considerar a situação epidemiológica da doença. Para os viajantes que se
deslocarem para os países em situação epidemiológica de risco, buscar
informações sobre administração da vacina nas embaixadas dos respectivos
países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em Saúde do Estado.
Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar
dose de reforço, a cada dez anos após a data da última dose.
 Precaução: A vacina é contra indicada para gestantes e mulheres que
estejam amamentando, nos casos de risco de contrair o vírus buscar
orientação médica. A aplicação da vacina para pessoas a partir de 60 anos
depende da avaliação do risco da doença e benefício da vacina.
Orientações importantes para a vacinação do adulto e idoso

 vacina sarampo, caxumba e rubéola – SCR: Administrar 1


(uma) dose em mulheres de 20 (vinte) a 49 (quarenta e nove)
anos de idade e em homens de 20 (vinte) a 39 (trinta e nove)
anos de idade que não apresentarem comprovação vacinal.
 vacina influenza sazonal (fracionada, inativada): Oferecida
anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação do
Idoso.
 vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica) - Administrar
1 (uma) dose durante a Campanha Nacional de Vacinação do
Idoso, nos indivíduos de 60 anos e mais que vivem em
instituições fechadas como: casas geriátricas, hospitais, asilos,
casas de repouso, com apenas 1 (um) reforço 5 (cinco) anos
após a dose inicial.
Fluxo de informações para a vigilância
dos EAPV

 Todos os eventos compatíveis com notificação deverão seguir o


fluxo descrito no Manual de Vigilância Epidemiológica de
EAPV ( evento averso após a vacinação)do Ministério da Saúde.
 A notificação é um mecanismo que ajuda a manter ativo o
sistema de monitoramento e o estado de atenção permanente
do trabalhador de saúde para a detecção dos EAPV. Salienta se
ainda que em qualquer situação epidemiológica, os EAPV
graves deverão ser comunicados dentro das primeiras 24 horas
de sua ocorrência, do nível local até o nacional seguindo o fluxo
determinado pelo PNI.
Calendários PNI e SBP/ SBIm

1. Vacinas Meningocócias: C, ACWY e B


2. Vacinas Pneumocócicas: 10 e 13 valente
3. Vacina Varicela e Hepatite A: Segunda dose?
4. Vacina HPV: duas ou três doses
5. Vacina Dengue
OBRIGADA !

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