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Capítulo 74- Imunização e Vacinação:

-A primeira campanha de vacinação em massa no Brasil, idealizada por Oswaldo Cruz,


ocorreu há mais de 100 anos, com o objetivo de erradicar a varíola, cujo último caso
nacional foi notificado em 1971.
- 1973 foi criado o Programa Nacional de Imunizações (PNI)
-Em 1980 aconteceu a 1a Campanha Nacional de Vacinação Contra Poliomielite

Conceitos iniciais

-Vacinação: Aplicação de um ou mais agentes (bactérias, vírus ou toxinas) para a


estimulação do sistema imune.
-Imunização: Estimulação da resposta imune do organismo por meio da administração de
antígenos ou anticorpos.
➔ A imunidade ativa necessita de estímulo prévio para se desenvolver,
podendo resultar da administração de antígenos (vacinas), que o
organismo reconhece como substâncias estranhas, procurando neutralizá-las
ou eliminá-las.(proteção duradoura geralmente)
➔ Na imunidade passiva, o indivíduo recebe anticorpos contidos nas Igs
heterólogas (soros) e nas Igs humanas, administradas profilática ou
terapeuticamente, resultando em uma proteção temporária

Tipos de vacinas

❖ Vacina atenuada: Vírus ou bactérias vivas que perderam sua virulência, mantendo
sua capacidade imunogênica.
-Exemplos: vacina oral da poliomielite (VOP), sarampo, rubéola, caxumba, febre
amarela (FA), rotavírus, varicela (VZ) e bacilo Calmette-Guérin (BCG).
❖ Vacinas inativadas: Administração de micro-organismos mortos para induzir a
resposta imunológica. Não conferem imunidade duradoura, necessitando ser
repetidas periodicamente durante toda a vida.
-Exemplos: vacina inativada da poliomielite (VIP), hepatite A (HA), raiva e o
componente pertussis (contra coqueluche) da vacina tríplice bacteriana.
❖ Vacinas conjugadas: Fabricadas com fração de micro-organismos purificados
(sacarídeos) ligados a proteínas, com capacidade de induzir memória imunológica.
-Exemplos: vacina contra Haemophilus influenzae tipo B (Hib), conjugada, e
Neisseria meningitidis tipo C, conjugada.
❖ Vacina recombinante: Produzida com micro-organismos geneticamente
modificados, pela inserção do fragmento de DNA do antígeno em determinado
micro-organismo para a produção de proteína imunogênica
Exemplo: vacina da hepatite B (HB).
❖ Vacina combinada: Resulta da agregação de diferentes antígenos para proteção
contra diferentes doenças que são administradas em uma mesma preparação.
Exemplo: vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola [SCR]).

-Uma nova classificação possível diferencia vacinas com intenção de bloqueio


populacional das vacinas, cujo objetivo é a proteção individual ou de os estudos ainda
distantes de demonstrar bloqueio populacional.
Ex:A vacina contra o sarampo tem um claro objetivo de bloqueio populacional
ao passo que a do papilomavírus humano (HPV) não tem esse benefício.

Aspectos gerais

Conservação
-Os imunobiológicos são sensíveis à luz e ao calor, podendo inativar substâncias que
compõem as vacinas.
- As vacinas que contenham adjuvantes, como os sais de alumínio para aumentar o poder
imunogênico, não podem ser congeladas.
-A rede de frio é o processo desde o armazenamento, a distribuição e a administração
da vacina.

Vias de administração
-A via de administração de cada vacina deve ser obedecida com rigor; caso contrário, a
imunização pode não ser efetiva ou causar efeitos adversos.
★ A via oral (VO) é utilizada para substâncias que são absorvidas pelo
trato gastrintestinal (TGI) com facilidade (VOP e vacina oral do rotavírus
humano [VORH])
★ A via intradérmica (ID) é uma via de absorção muito lenta utilizada para
administrar a vacina BCG-ID.
★ A via subcutânea (SC) é utilizada para administração de substâncias
não irritantes que precisam ser absorvidas lentamente (vacina tríplice
viral e da FA).
★ A via intramuscular (IM) é utilizada para a administração de substâncias
irritantes que necessitam ser absorvidas rapidamente, como as das
vacinas tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche [pertússis, DTP]),
dupla infantil (DT) e adulto (difteria e tétano, dT), Hib, HB e VIP.

Administração simultânea
-Quando duas ou mais vacinas são administradas ao mesmo tempo em diferentes
sítios anatômicos.
-As taxas de soroconversão e reações adversas são semelhantes às observadas
quando as vacinas são administradas em separado.
-Quando as vacinas injetáveis com agentes vivos não forem administradas
simultaneamente, será necessário um intervalo mínimo de 30 dias entre elas.
Exceções:vacina da FA, que não deve ser administrada concomitantemente com a
tri/tetraviral devido a menor soroconversão.
-Quando não forem aplicadas simultaneamente, as vacinas de agentes inativados ou VO
podem ser administradas com qualquer intervalo em relação às vacinas de agentes vivos.
Intervalo entre o uso das vacinas e das imunoglobulinas, de sangue ou derivados
● A imunização passiva pode interferir na resposta a vacinas vivas atenuadas.
● A vacinação e a administração de Igs podem ser feitas simultaneamente em locais
diferentes, como é o caso da profilaxia do tétano, da raiva e da HB.
● Deve-se aguardar 14 dias após a aplicação da vacina de vírus vivos injetáveis para
se administrar Igs.
● Essa interação não ocorre com vacinas inativadas ou toxóides, que podem ser
dadas simultaneamente ou com qualquer intervalo com as Igs.
● Ao receber Igs ou transfusão de sangue, a resposta imune a uma vacina pode ser
inibida por 3 meses, tempo que deve ser aguardado para a sua aplicação.

Calendário vacinal desconhecido


-Caso os registros não sejam localizados, podem-se solicitar sorologias para a verificação
da imunidade.
-Deve-se levar em consideração que um teste pode não ser sensível o suficiente ou não
estar disponível, devem-se considerar os indivíduos suscetíveis para, então,
administrar-lhes a vacina
-A vacinação de uma pessoa já imune não confere risco adicional além dos
relacionados à aplicação da vacina em si

Atraso de doses
-Não é necessário recomeçar o esquema vacinal ou administrar doses extras, apenas
deve-se completar o número de doses preconizado.

Precauções e contraindicações
-Deve-se postergar a vacinação em casos de doenças febris moderadas a graves.
- Pacientes imunodeprimidos não devem realizar vacinas vivas
-A contraindicação absoluta para a administração de uma vacina é ter uma história de
reação alérgica grave (urticária generalizada, dificuldade respiratória, edema de glote,
hipotensão ou choque) a um de seus componentes.
-Não são contraindicações:
● reações locais leves após aplicação de vacina anterior
● terapia antimicrobiana atual
● estar em fase de convalescença de doença aguda
● diarreia
● infecções da via aérea superior,
● desnutrição
● uso de corticoides por período inferior a 2 semanas e em doses não
imunodepressoras.

Evento adverso pós-vacinação(EAPV)


Definição:Qualquer ocorrência indesejada (sintoma, doença, alteração laboratorial) com
relação temporal após administração de imunobiológicos, sem necessariamente apresentar
relação causal com ele.
-Há achados comuns, como febre, dor e edema local, até eventos mais graves, como
convulsão febril, episódio hipotônico-hiporresponsivo e anafilaxia.
-Qualquer unidade de saúde pública ou privada que administra imunobiológicos deve
notificar a ocorrência de um EAPV

Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI


-É alimentado pelas vacinadoras do Sistema Único de Saúde (SUS)
-Objetivo:
-Possibilitar uma avaliação dinâmica da ocorrência de surtos ou epidemias a partir do
registro dos imunobiológicos aplicados e do número de pessoas vacinadas.
-Permite controle de estoque das vacinas para organizações logísticas de aquisição e
distribuição.

Vacinas do calendário básico do Ministério da Saúde

Vacina da tuberculose (atenuada)


● É uma vacina obtida por atenuação do Mycobacterium bovis (BCG).
● Idade de aplicação: de preferência, nas primeiras 12 horas após o nascimento,
ainda na maternidade, ou na primeira visita à unidade de saúde, de preferência no 1o
mês de vida.
● Contraindicações:a partir dos 5 anos de idade e em indivíduos portadores de HIV,
mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência.
● A via de administração é a ID, na inserção inferior do músculo deltóide,
preferencialmente no braço direito.

Vacina da hepatite B (recombinante)


● A vacina para HB induz a produção de anticorpos anti-HBs.
● Não está indicado teste sorológico após a vacinação, exceto para os grupos de
risco
● A vacina deve ser aplicada por via IM profunda: no vasto lateral da coxa nas
crianças de até 2 anos de idade e, nos maiores, no deltóide.
● A primeira dose da vacina deve ser aplicada de preferência nas primeiras 12 horas
após o nascimento (para evitar transmissão vertical) ou, quando não realizado, o
mais precocemente possível
● Pode ser aplicada em qualquer idade e simultaneamente com outras vacinas
● Eventos adversos mais comuns são: dor no local da injeção e febre baixa;
cefaleia e fadiga.

Vacina adsorvida da difteria, tétano, pertússis, hepatite B (recombinante) e


Haemophilus influenzae tipo b (conjugada) – Pentavalente
● São compostas por toxóides de difteria e tétano, suspensão celular
inativada de Bordetella pertussis (bactéria responsável pela coqueluche),
HBsAg e oligossacarídeos conjugados de Hib (bactéria causadora de
doença invasiva)
● Indicada para crianças menores de 5 anos de idade como esquema
básico.
● Aplicação de três doses, administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade
● A vacina é de aplicação IM e profunda no vasto lateral da coxa em menores
de 2 anos e, nos maiores, na região deltóide
● Não poderá ser administrada quando a criança apresentar quadro
neurológico ou evento adverso grave após a dose anterior (convulsões,
episódio hipotônico-hiporresponsivo)
Vacina inativada da poliomielite
● A VIP está indicada para a imunização ativa contra a poliomielite causada pelos
três sorotipos (1, 2, 3)
● Via de administração é IM (em lactentes, é o músculo vasto-lateral da coxa
direita), entretanto, a via SC também pode ser usada, mas em situações especiais.
● Deverá ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade.
● A VIP induz imunidade de mucosa intestinal, porém em grau menor do que a VOP.
● Objetivo VIP:Evitar o risco, raríssimo, de EAPV com a VOP (p. ex., paralisias
flácidas).
● Contraindicação:reação alérgica grave ou anafilática a qualquer componente da
vacina
Vacina oral do rotavírus humano (atenuada)
● Esquema de vacinação em duas doses, seguindo rigorosamente os limites de
faixa etária: a 1a dose aos 2 meses e a 2a dose aos 4 meses
● Não repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação.
● Contraindicações:
○ quadro agudo febril moderado a grave;
○ crianças com imunodeficiência;
○ crianças que fazem uso de fármacos imunossupressores e quimioterápicos;
○ crianças com história de doença gastrointestinal crônica ou malformação
congênita do TGI ou história prévia de invaginação intestinal
Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada)
● É constituída por 10 sorotipos de Streptococcus pneumoniae.
● indicada para imunização ativa de crianças de 2 meses a menores de 4 anos de
idade contra doenças invasivas (pneumonia, meningite, artrite e sepse) e otite
média aguda (OMA) causados pelo pneumococo.
● Via IM no vasto lateral da coxa em menores de 2 anos e após no músculo
deltoide.
● Reações adversas mais comuns: sonolência, perda de apetite, irritabilidade, febre e
dor, rubor e edema no local da injeção
● Observação: a partir de 2 anos de idade, a vacina pneumocócica 23-valente (Pn23)
é disponibilizada) para portadores de doenças crônicas ou com imunodepressão e
para pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições fechadas(asilos,etc).
Vacina meningocócica C (conjugada)
● A Neisseria meningitidis (meningococo) é responsável por infecções invasivas
graves, como a meningite e a meningococcemia.
● A via de administração é IM no vasto lateral da coxa direita da criança.
● Esquema vacinal: primeira dose aos 3 meses, e segunda dose aos 5 meses de
idade, com reforço único entre 12 e 15 meses.
● 2018: a vacina a ser disponibilizada para a faixa etária de 11 e 14 anos de ambos os
sexos( boa resposta imune)
● Pode ser administrada simultaneamente com qualquer outra vacina.
Eventos adversos da vacina: dor, rubor, edema, endurecimento e
hipersensibilidade locais, além de febre, choro, irritabilidade, sonolência ou
comprometimento do sono, anorexia, diarreia e vômitos.
● Contraindicação:quadro febril agudo grave.

Vacina da febre amarela (atenuada)


● A vacina da FA é constituída por vírus vivos atenuados cultivados em ovos
embrionados de galinha.
● É administrada por via SC em dose única
● Efeitos adversos:dor local, mialgia, febre e cefaleia,elevação limitada e reversível
das enzimas hepáticas
-Evento adverso grave: doença viscerotrópica aguda (infecção
multissistêmica generalizada
-Eventos neurológicos pós-vacinais:encefalite, meningite, doenças do
sistema autoimune.

Vacina do sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral); vacina do sarampo, caxumba,


rubéola e varicela (tetraviral) (atenuadas) e vacina varicela (atenuada)
● -A vacina combinada dos vírus atenuados é administrada por via SC
● O PNI prevê uma dose da vacina do sarampo, caxumba e rubéola (SCR), tríplice
viral, aos 12 meses, e uma dose da vacina do sarampo, caxumba, rubéola e
varicela (SCRV), tetraviral, aos 15 meses;
● -Eventos adversos: exantema semelhante à varicela, febre e exantema semelhante
ao sarampo por poucos dias.
● Contraindicações: gravidez; reação anafilática sistêmica imediata após ingestão de
ovo ou com dose prévia da vacina; crianças com imunidade alterada
● Precauções:
○ Doenças agudas febris moderadas ou graves (adiar até a resolução do
quadro);
○ Pessoas que receberam gamaglobulina, sangue total ou plasma

Vacina da hepatite A (inativada)


● É recomendada em dose única para crianças dos 12 meses aos 4 anos de idade.
● Via IM
● Eficaz e de baixa reatogenicidade
Vacina da influenza (fragmentada e inativada)
● Existem três tipos de ortomixovírus responsáveis pelos quadros de influenza:
A, B, C.
● A vacina usada no Brasil é de vírus fracionados inativados e trivalente
● A vacina da influenza é aplicada anualmente, de preferência no outono, por via IM
● Eventos adversos:febre, mal-estar, mialgia, dor, eritema e enduração locais podem
ocorrer nas primeiras 48 horas.
● Contraindicada: pessoas com história de reação alérgica grave prévia relacionada
ao ovo de galinha ou à vacina
● Precauções: adiar a vacina em quadro febril agudo moderado a grave
Vacina do papilomavírus humano
● A vacina para o HPV está disponível para a população feminina de 9 a 14 anos e
para meninos de 11 a 14 anos de idade.
● A vacina quadrivalente protege contra o HPV tipos 6, 11, 16 e 18
● A vacina é mais eficaz quando aplicada antes do início da atividade sexual
● O esquema é de duas doses,via IM na região deltóide ou na região anterolateral
superior da coxa.
Outras vacinas (fornecidas pelos Centros de Referência para Imunobiológicos
Especiais)

Vacina da varicela
● A VZ é composta por vírus vivo atenuado
● É administrada por via SC
● Pode ser aplicada a partir dos 12 meses sem limite de idade superior.
Vacina contra raiva
● Objetivo:Profilaxia de pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da
raiva, durante atividades ocupacionais
● A vacina é obtida por meio de cultura celular inativada e poderá ser aplicada via
IM ou ID em alguns casos.
● Não pode ser aplicada na região glútea.
● Esquema de três doses (0, 7, 28 dias); a partir de 14 dias da última dose, realizar
controle sorológico]

Situações especiais: Gestantes e lactantes


● Não há evidência do risco de mulheres grávidas serem vacinadas com agentes
inativados ou toxóides.
● Vacinas compostas por agentes vivos apresentam riscos teóricos para o feto
durante a gravidez, sendo contraindicadas.
● Toda gestante deverá receber uma dose da vacina adsorvida contra dTPa a
partir da 20ᵃ semana de gestação(proteção contra coqueluche.)
● A gestante deve ser vacinada para a prevenção do tétano materno e neonatal.
● A vacinação contra a influenza está disponível na rede pública para todas as
gestantes nos meses de outono e inverno.
● A amamentação não contraindica nenhuma vacinação, exceto a da FA.

Crianças prematuras
● RNs prematuros com peso inferior a 2.000 g só deverão receber a vacina BCG
● A vacina da influenza é importante para crianças prematuras, principalmente
aquelas com doenças pulmonares.

Imunodeprimidos

● Para as pessoas que convivem com doentes imunodeprimidos, os CRIEs


recomendam a vacina influenza inativada anualmente, vacina da VZ ,
substituição da VOP pela VIP em crianças e SCR ou tetraviral nos suscetíveis
conforme a idade.
● A Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda, além das citadas, a dTPa e
vacinas da HA e HB.
● Pessoas com deficiência grave da imunidade não devem receber vacinas com
agentes vivos.
● Pessoas transplantadas de medula óssea perdem a imunidade protetora no
pós-transplante, necessitando ter seu esquema vacinal refeito após a
reconstituição do sistema imune
● A eficácia de algumas vacinas em imunodeprimidos e em pessoas com doença
renal crônica está diminuída,necessitando doses maiores ou maior número de
doses.

Vacinas para trabalhadores da área de saúde


● Além das vacinas preconizadas para adultos pelo calendário básico, deverão
receber as vacinas contra Hib, HB e VZ para os sem história prévia de doença
ou vacinação; duas doses SCR e vacina MnCc
● Profissionais suscetíveis à VZ, caso já tenham sido expostos, vacinar de
preferência até 120 horas.
Vacinas para viajantes
● É importante verificar se o calendário vacinal está atualizado
● A FA é a única doença especificada no Regulamento Sanitário Internacional de
2005 para o qual os países podem exigir prova vacinal na entrada de seus viajantes.
● Os viajantes devem atualizar o calendário e se vacinar contra doenças
endêmicas do destino escolhido (ex:Sarampo na Europa,Oriente Médio,Ásia e
África)
● Devido a pandemia da COVID-19,exigiu-se comprovante vacinal em diversos
estabelecimentos e para saída e entrada de países
Imunoprofilaxia pós-exposição

● Hepatite B. Pessoas não vacinadas devem receber Ig humana anti-hepatite B e


vacina contra HB o mais precocemente possível após a exposição
● Varicela:Administrar a Ig humana antivaricela-zóster (IgHAVZ) a todos os
imunodeprimidos ou gestantes suscetíveis
● Tétano: administrar a vacina mais a Ig, ou soro antitetânico.
● Meningite:Caso a etiologia seja por N. meningitidis e H. influenzae, fazer
quimioprofilaxia com rifampicina a cada 12 horas, por 2 dias
● Hanseníase:Devem ser vacinados os contatos intradomiciliares de portadores de
hanseníase
● Raiva humana:Importante limpeza do ferimento com água e sabão),uso de
antissépticos,análise do esquema vacinal do animal,escolha do esquema condizente
com o caso(seja vacina ou soro).

Manejo de eventos adversos

CONSIDERAÇÕES FINAIS

● A administração de imunobiológicos constitui uma importante medida na


prevenção primária de doenças.
● Faz-se necessária uma atualização constante de todos os envolvidos com o
tema, principalmente dos profissionais atuantes na atenção primária à saúde.
Futuro
● É importante sempre estar atento às melhores evidências científicas
● Os profissionais da saúde precisam sempre informar quais as perspectivas e os
riscos, tanto individuais quanto populacionais.
● Cada vacina tem uma história e é preciso cada vez mais individualizar, para que a
informação seja a mais acurada possível, tomando-se decisões corretas quanto
ao seu uso.

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