Você está na página 1de 26

BASES IMUNOLÓGICAS DA VACINAÇÃO antígeno serão produzidas todas as vezes

em que o organismo entrar em conato com


Os seres humanos estão constantemente esse agente etiológico (resposta
expostos a agentes infecciosos. Então, para se secundária). Tal resposta é mais rápida
defender desses agentes, o sistema imune atua (não há período indutivo).
de duas maneiras:
• Nas situações em que o antígeno não
• Ele reage rapidamente (de minutos a estimula as células de memória (antígeno
horas) aos agentes infecciosos, como, por T-independente), a persistência dos
exemplo, a fagocitose e outros anticorpos poderá ser limitada.
mecanismos que já estão presentes no
organismo antes da infecção – resposta - A vacina polissacarídica
natural, inata ou inespecífica. meningocócica A e C não estimula as
células de memória. Por isso, a
• Ele desenvolve mais lentamente (ao longo duração da resposta imunológica e
de dias ou semanas) uma resposta imune limitada a apenas 3 a 5 anos.
especifica, como, por exemplo, a produção - As primeiras vacinas contra o
de anticorpos específicos para o sarampo Haemophilus influenzae b (Hib) e a
– resposta adquirida, adaptativa ou vacina pneumocócica 23-valente não
específica. estimulam as células de memória.

• As células da resposta imunológica são - As vacinas constituídas apenas de


produzidas na medula óssea. Os linfócitos polissacarídeo tem uma boa proteção;
T e os linfócitos B são encontrados na no entanto, com duração limitada.
medula óssea, no timo, nos gânglios
linfáticos, no baco e nas placas de Peyer, - As vacinas virais e bacterianas,
no intestino. atenuadas ou inativadas, são eficazes
e estimulam a produção de células de
IMUNIDADE ESPECÍFICA (adquirida ou memória (antígenos T-dependente).
adaptativa)
- As vacinas que estimulam as células de
A imunidade adquirida específica memória tem uma grande vantagem,
corresponde à proteção contra cada agente pois – em situações de atraso no
infecioso ou antígeno. Inicia-se quando os agentes cumprimento do calendário vacinal –
infecciosos são reconhecidos nos órgãos linfoides não haverá necessidade de recomeçar
pelos LT e LB. Os LB iniciam a produção de o esquema vacinal. No entanto, e
anticorpos específicos (imunidade humoral) contra importante salientar que, durante o
o antígeno. Já os LT viabilizam a produção e período em que as pessoas não
células inflamatórias (imunidade celular). estiverem com o esquema vacinal
completo, elas não estarão protegidas.
Respostas primária e secundária

Quando os mecanismos da resposta - A vacina aplicada irá estimular a


inespecífica não são suficientes para deter a produção de anticorpos específicos e a
infecção, a resposta especifica será produção de células de memória
desencadeada. Inicialmente, haverá um período (resposta primária). Tais células
indutivo, fase que corresponde à procura de permitirão a rápida produção de
linfócito específico. anticorpos específicos no momento da
exposição ao agente causador da
• Durante o período indutivo, não há doença (resposta secundária). Assim,
produção de anticorpos específicos. na reexposição, a resposta será mais
rápida e mais potente, prevenindo a
• Após o reconhecimento do LB específico, doença. A resposta imune que se
inicia-se a produção de anticorpos. A deseja por intermédio da vacinação é
primeira classe de imunoglobulina a ser semelhante a resposta que ocorre
produzida e a IgM e, posteriormente, a IgG quando há o contato com micro-
(resposta primária). organismo selvagem.

• A IgG ficará presente, na maioria das


vezes, para o resto da vida. As
imunoglobulinas especificas contra esse
IMUNIDADE ATIVA E PASSIVA virais atenuadas para as mães que
estejam amamentando (não foram
• Imunidade ativa, adquirida observados eventos adversos associados
artificialmente: obtida pela adm. de à passagem desses vírus para os RN). No
vacinas. entanto, a vacina FA não está indicada
para mulheres que estejam amamentando,
• Imunidade adquirida passivamente: é razão pela qual vacinação deve ser adiada
imediata, mas transitória. É conferida a um até que a criança complete 6 meses de
indivíduo mediante a: (1) passagem de idade (citado na parte de imunização na
anticorpos maternos via transplacentária, infância).
por intermédio da amamentação pelo
colostro e pelo leite materno (imunidade • Reação anafilática: ocorre nas primeiras
passiva natural); (2) administração 2h após a aplicação e é caracterizada pela
parenteral de soro heterólogo/homólogo presença de urticária, sibilos,
ou de imunoglobulina de origem humana laringoespasmo, edema de lábios,
(imunidade passiva artificial) ou de podendo evoluir com hipotensão e choque
anticorpos monoclonais. Exemplos: soro anafilático. Geralmente, ocorre no primeiro
antitetânico, antidiftérico, antibotrópico e contato com o referido imunobiológico.
as imunoglobulinas especificas contra a
varicela, hepatite B e tétano, • Pacientes imunodeprimidos: devido às
palivizumabe.. Neste tipo de imunidade, neoplasias ou ao tratamento com
administram-se anticorpos prontos, que quimioterapia e/ou radioterapia, corticoide
conferem a imunidade imediata. Não há o em doses elevadas, HIV/aids não deverão
reconhecimento do antígeno e, portanto, receber vacinas vivas. Nas situações de
não ocorre a ativação de célula de pós-exposição, eles receberão soros ou
memória. imunoglobulinas específicas.

• Uso de antitérmico profilático: nos


FATORES QUE INFLUENCIAM RESPOSTA estudos realizados, observou-se que as
IMUNE crianças receberam paracetamol
profilático apresentaram uma redução nos
• Idade: no 1º ano de vida, o sistema títulos de anticorpos das vacinas
imunológico ainda está em administradas. É importante salientar que
desenvolvimento (por isso, algumas não há necessidade de revacinação,
vacinas necessitam de um nº maior de embora os níveis sejam mais baixos, são
doses). É necessário que a criança seja protetores. Assim, recomenda-se a adm.
vacinada nos primeiros meses de vida, de antipiréticos apenas nas crianças com
pois espera-se que o 1º contato seja com histórico de convulsões e para aquelas
o antígeno vacinal. No entanto, em relação que tenham apesentado hipertermia ou
às vacinas contendo o componente choro incontrolável após adm. da tríplice
sarampo, recomenda-se NÃO vacinar bacteriana. Nessas situações, indica-se
crianças filhas de mães que tiveram a antitérmico/analgésico no momento da
doença ou foram vacinadas no período vacinação e com intervalos regulares nas
anterior a 6 meses, pela possível 24h até 48h subsequentes.
inativação da vacina.
• Fatores relacionados à vacina:
• Gestação: gestantes não devem receber
vacinas vivas, pois existe a possibilidade - Via de adm.: uso de vias diferentes da
de passagem de antígenos vivos preconizada pode interferir na resposta
atenuados para o feto e de causar alguma imune.
alteração. Nas situações especificas de
profilaxia, estará indicada a imunização - Dose e esquema de vacinação: as
passiva, que prevê o recebimento de soros vacinas inativas necessitam de mais de
ou imunoglobulinas especificas, como a uma dose para a adequada proteção,
imunoglobulina especifica contra varicela enquanto as vacinas virais atenuadas,
ou hepatite B ou imunoglobulina geralmente, necessitam apenas de
hiperimune uma dose.

• Amamentação: de maneira geral não há - Adjuvantes: estão presentes na


contraindicação de aplicação de vacinas composição de algumas vacinas e que
aumentam a resposta imune dos
produtos que contêm microrganismo.
Não são usados em vacinas que
contêm microrganismos vivos.
CONTRAINDICAÇÕES GERAIS • O usuário que fez transplante de medula
óssea (pós-transplantado) deve ser
As vacinas de bactérias ou vírus vivos encaminhado ao CRIE de seis a doze
atenuados não devem ser administradas, a meses após o transplante, para
princípio, em pessoas com: revacinação conforme indicado.

a) imunodeficiência congênita ou adquirida;


FALSAS CONTRAINDICAÇÕES
b) neoplasia maligna;
• Doenças benignas comuns, tais como
c) em tratamento com corticosteroides em afecções recorrentes infecciosas ou
esquemas imunodepressor. Na criança, alérgicas das vias respiratórias superiores,
2mg/kg/dia de prednisona durante duas com tosse e/ou coriza, diarreia leve ou
semanas ou mais ou submetidas a outras moderada, doenças da pele (impetigo,
terapêuticas (quimio antineoplásica, escabiose etc.);
radioterapia). No adulto, a dose
imunossupressora é considerada acima • Doença neurológica estável (síndrome
de 20mg/Kg/dia. convulsiva controlada, por exemplo) ou
pregressa, com sequela presente;
d) ocorrência hipersensibilidade confirmada
após recebimento dose anterior. Febre > • Desnutrição;
38,5ºC, após administração de uma
vacina, não constitui contraindicação à • Aplicação de vacina contra a raiva em
dose subsequente. andamento;

e) história de hipersensibilidade a qualquer • Antecedente familiar de convulsão;


componente dos imunobiológicos.
• Tratamento sistêmico com corticosteroide
durante curto período (inferior a duas
semanas), ou tratamento prolongado diário
SITUAÇÕES ESPECIAIS ou em dias alternados com doses baixas
ou moderadas;
• Usuários que fazem uso de terapia com
corticosteroides devem ser vacinados com • Alergias, exceto as reações alérgicas
intervalo de, pelo menos, 3 meses após a sistêmicas e graves, relacionadas a
suspensão da droga. componentes de determinadas vacinas;
• Usuários infectados pelo HIV precisam de • Internação hospitalar - crianças
proteção especial contra as doenças hospitalizadas podem ser vacinadas antes
imunopreveníveis, mas é necessário da alta e, em alguns casos, imediatamente
avaliar cada caso, considerando-se que há depois da admissão.
grande heterogeneidade de situações,
desde o soropositivo (portador • Prematuridade ou baixo peso no
assintomático) até o imunodeprimido, com nascimento. As vacinas devem ser
a doença instalada. administradas na idade cronológica
recomendada, não se justificando adiar o
• Crianças filhas de mãe com HIV positivo, início da vacinação.
menores de 18 meses de idade, mas que
não apresentam alterações imunológicas e
não registram sinais ou sintomas clínicos
indicativos de imunodeficiência, podem
receber todas as vacinas dos calendários
de vacinação e as disponíveis no CRIE o
mais precocemente possível.

• Usuários com imunodeficiência clínica ou


laboratorial grave não devem receber
vacinas de agentes vivos atenuados.
CONSERVAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS g. Abrir o refrigerador o mínimo possível,
estabelecendo uma rotina de manuseio
das vacinas armazenadas.
Na sala de vacinação, todas as vacinas devem
ser armazenadas entre +2ºC e +8ºC, sendo ideal - Organização dos imunobiológicos:
+5ºC. devem ser organizados por tipo (viral
ou bacteriano) e acondicionados nas 2ª
Equipamentos de refrigeração
e 3ª prateleiras, colocando-se na frente
• Câmaras refrigeradas: recomendada os produtos com prazo de validade
para o armazenamento/ acondicionamento mais curto para que sejam utilizados
de imunobiológicos, por permitirem maior antes dos demais. Não acondicionar
precisão da temperatura, garantindo, imunobiológicos na 1ª prateleira nem
assim, a manutenção dos produtos em no compartimento inferior (gaveta)
condições adequadas de conservação. desses equipamentos. Coloque
garrafas preenchidas com água
- Organização dos imunobiológicos: misturada a um corante (azul de
devem ser organizados em bandejas metileno, anil, violeta de genciana) na
sem que haja a necessidade de gaveta da parte de baixo do
diferenciá-los por tipo ou refrigerador, ocupando todo o espaço.
compartimento, uma vez que a
temperatura se distribui uniformemente - Limpeza: deve ser feita a cada 15 dias
no interior do equipamento. Entretanto, ou quando a camada de gelo do
os produtos com prazo de validade congelador atingir 0,5 cm (Pg 38 do
mais curto devem ser dispostos na Manual).
frente dos demais frascos, facilitando o
acesso e a otimização da sua • Freezer: usado para armazenamento das
utilização. bobinas reutilizáveis necessárias à
conservação dos imunobiológicos em
- Limpeza: as superfícies internas caixas térmicas para transporte e/ou
devem ser limpas mensalmente ou procedimentos nas salas de vacinação.
conforme o uso, segundo orientação do
fabricante. • Caixas térmicas: usadas para ao
condicionamento de imunobiológicos de
• Refrigeradores domésticos: não são uso diário na sala de vacinação, para
mais recomendados, embora sejam vacinação extramuros ou quando se
amplamente utilizados para o realiza a limpeza do equipamento de
armazenamento de imunobiológicos. refrigeração.
Algumas medidas de segurança devem ser
adotadas: • Plano de contingências: refere-se aos
procedimentos que devem ser adotados
a. Identificação com o aviso “uso exclusivo de quando o equipamento de refrigeração
vacinas”; deixar de funcionar por quaisquer motivos.
Quando houver interrupção no
b. Colocar o equipamento perfeitamente fornecimento de energia, o equipamento
nivelado e longe da luz solar direta ou de deve ser mantido fechado e a temperatura
qualquer fonte de calor;
interna deve ser rigorosamente
c. Tomada exclusiva para o refrigerador; monitorada. Se não houver o
restabelecimento da energia ou quando a
d. Termômetro com extensor, posicionado no temperatura estiver próxima a +7ºC,
ponto mais central da câmara interna sem proceda imediatamente a transferência
contato com produtos ou as partes do dos imunobiológicos para outro
equipamento; equipamento (refrigerador ou caixa
térmica) com a temperatura recomendada
e. Ajustar o termostato (+2ºC a +8ºC, ideal (entre +2ºC e +8ºC). O mesmo
+5ºC); procedimento deve ser adotado em caso
de falha do equipamento.
f. Fixar no refrigerador o mapa de registro
diário para controle da temperatura e
realizar sistematicamente a leitura no início - Quando houver suspeita ou
e no final da jornada de trabalho, constatação de que um determinado
registrando-a diariamente no mapa. imunobiológico foi submetido a
condições que provoquem desvio na
sua qualidade, o profissional deve
comunicar a ocorrência ao RT pelo
serviço de vacinação e, em seguida,
identificar, separar e armazenar o
produto em condições adequadas.
Posteriormente deve preencher o
formulário de alterações diversas e
encaminhá-lo à Coordenação
Municipal de Imunizações.

• Conservação dos imunobiológicos:


importante destacar que alterações de
temperatura (excesso de calor ou de frio)
podem comprometer a potência
imunogênica, o que pode acarretar a
redução ou a falta do efeito esperado.

- Na sala de vacinação, todas as vacinas


devem ser armazenadas entre +2ºC e
+8ºC, sendo ideal +5ºC.
RESÍDUOS RESULTANTES DAS - Limpeza concorrente: deve ser feita
pelo menos 2x/dia em horários pré-
ATIVIDADES DE VACINAÇÃO
estabelecidos ou sempre que ela for
necessária.
Diariamente são gerados dois tipos de
resíduos na sala de vacinação: - Limpeza terminal: é mais completa e
inclui todas as superfícies horizontais e
• Resíduos infectantes (Grupo A), que verticais, internas e externas da sala e
contém na sua formulação microrganismos dos equipamentos. Deve ser feita a
vivos ou atenuados, incluindo frascos de cada 15 dias, contemplando a limpeza
vacinas com prazo de validade espirado, do piso, teto, paredes, portas e janelas,
vazios ou com sobras de vacinas e, ainda mobiliário, luminárias, lâmpadas e
agulhas e seringas utilizadas. filtros de condicionadores de ar. A
limpeza dos equipamentos de
• Resíduos comuns (Grupo D), que são refrigeração é conforme as orientações
caraterizados por não apresentarem risco do Manual de Rede de Frio.
biológicos, químico ou radiológico (são
equiparados ao lixo doméstico)

O gerenciamento deve ser conforme à RDC nº


222/2018 e Resolução Conama nº 358/2005, que
dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos
resíduos dos serviços de saúde (RSS).

• É responsabilidade do trabalhador da sala


de vacinação realizar a segregação, o
acondicionamento e a identificação de tais
resíduos. O referido profissional também e
responsável pelo tratamento dos resíduos
nos serviços de saúde onde não esteja
disponível a CME.

• O transporte interno até o local de


armazenamento temporário é
responsabilidade da equipe de limpeza da
unidade de saúde.

• Acondicionamento: o resíduo infectante


(frascos vazios, descartados por perda
física e/ou técnica, além de agulhas e
seringas) deve ser acondicionado em
caixas coletoras de material
perfurocortante. As caixas devem ser
embaladas em saco plástico branco
leitoso. As caixas, então, devem ser
encaminhadas à CME.

- Nota: a inativação dos resíduos


infectantes ocorre por autoclavagem,
durante 15 min, a uma temperatura
entre 121ºC e 127ºC. após a
autoclavagem, tais resíduos podem ser
acondicionados segundo a
classificação do Grupo D e
desprezados com o lixo hospitalar.

• Limpeza da sala de vacinação: os


processos de limpeza de superfícies em
serviços de saúde envolvem a limpeza
concorrente (diária) e a limpeza terminal.
CALENDÁRIO NACIONAL DE Laboratório Serum Institute of India: 0,05
mL em crianças recém-nascidas até 11
IMUNIZAÇÃO
meses e 29 dias e 0,1 mL para pessoas a
partir de 1 (um) ano de idade, via
Como regra geral, todas as vacinas intradérmica.
recomendadas no CNV podem ser aplicadas
simultaneamente, com a exceção das vacinas • Cuidados com a lesão:
tríplice e tetra viral e febre amarela em indivíduos
abaixo de 2 anos de idade primovacinados. - não cobrir a úlcera que resulta da
evolução normal da lesão vacinal;
Indivíduos > 2 anos podem receber essas
vacinas no mesmo dia, porém, caso não sejam - não faça uso de compressas;
administradas simultaneamente, deve-se dar um
intervalo de 30 dias entre as doses. - o local deve ser sempre limpo;

- não é necessário colocar qualquer


VACINA BCG medicamento nem realizar curativo.
(bacilo de Calmette e Guérin)
HANSENÍASE
A vacina é apresentada na forma liofilizada em
ampola multidose, acompanhada da ampola do a. Não vacinados: administrar 1
dose de BCG;
diluente específico para a vacina. A vacina é
preparada com bacilos vivos, a partir de cepas do b. Comprovadamente vacinados
Mycobacterium bovis, atenuadas com glutamato que apresentem cicatriz
de sódio. Contatos vacinal: NÃO administrar outra
intradomiciliares dose de BCG;
• Contraindicação e adiamento: além das < 1 ano de idade
c. Comprovadamente vacinados
contraindicações já citadas, a vacina deve que NÃO apresentem cicatriz
ser adiada quando a criança apresentar vacinal: administrar 1 dose de
peso < 2Kg, devido à escassez de tecido BCG 6 meses após a última
subcutâneo, e quando apresentar lesões dose.
graves de pele. Contraindicada para
a. sem cicatriz: administrar 1
gestantes e pessoas imunodeprimidas. dose de BCG;

• Idade de aplicação: a partir do b. vacinado com a primeira dose:


Contatos
nascimento, preferencialmente nas intradomiciliares
administrar outra dose de
primeiras 12h. Na rotina, a vacina pode ser BCG (intervalo mínimo de 6
> 1 ano de idade meses entre as doses);
administrada em crianças até 4 anos, 11
meses e 29 dias. c. vacinado 2 doses: NÃO
administrar outra dose.
• Via de administração: I.D (agulha 13x4,0
ou 13x4,5); aplicação na altura da inserção Em gestante contato do indivíduo portador de hanseníase, a
vacinação com BCG deve ser adiada para depois do parto.
inferior do m. deltoide (deltoide D).
HIV
• Essa vacina gera uma reação local – • Criança que chega ao serviço de saúde, não
surge um nódulo que evolui para pústula, vacinada, poderá receber a vacina BCG se
seguida de crosta e úlcera, com duração assintomática e sem sinais de
habitual de 6 a 10 semanas, dando origem imunodepressão;
quase sempre a uma pequena cicatriz. • A partir dos 5 anos de idade, pessoas
Durante a fase de úlcera pode haver o portadores de HIV NÃO devem ser vacinadas,
aparecimento de secreção. mesmo que assintomáticas e sem sinais de
imunodeficiência.

• Validade após abertura do frasco: uma TUBERCULOSE


vez reconstituída, pode ser usada por um • Os RN contatos de indivíduos bacilíferos
prazo de no máximo 6h (temperatura entre deverão ser vacinados somente após o
tratamento ou quimioprofilaxia;
2-8°C). Anotar data/hora da abertura. O
frasco deve ser desprezado conforme RSS • A realização do teste tuberculínico é
Grupo A. dispensável antes ou depois da administração
da BCG, inclusive para os contatos de
pacientes de hanseníase.
• Dose e volume: FAP (Fundação Ataupho
de Paiva): 0,1 mL via intradérmica;
- Crianças até 6 (seis) anos 11 meses
VACINA HEPATITE B (recombinante) e 29 dias, sem comprovação ou com
A vacina hepatite B (recombinante) é esquema vacinal incompleto, iniciar ou
apresentada sob a forma liquida em frasco completar esquema com vacina penta
unidose ou multidose, isolada ou combinada com que está disponível na rotina dos
outros imunobiológicos. A vacina contém o serviços de saúde, com intervalo de 60
antígeno recombinante de superfície (HBsAg), que dias entre as doses, mínimo de 30 dias,
é purificado por vários métodos físico-químicos e conforme esquema detalhado no
adsorvido por hidróxido de alumínio, tendo o tópico da vacina penta.
timerosal como conservante.
• Esquema vacinal a partir dos 7 anos:
• Indicações: para RN; para gestantes em
qualquer faixa etária e IG; para a - Sem comprovação vacinal:
população de 1 a 49 anos; para indivíduos administrar 3 (três) doses da vacina
integrantes dos grupos vulneráveis, hepatite B com intervalo de 30 dias
independente da faixa etária ou da entre a primeira e a segunda dose, e de
comprovação de vulnerabilidade 6 (seis) meses entre a primeira e a
(indígenas; trabalhadores da saúde; terceira dose (0, 1 e 6 meses).
população de assentamentos e
acampamentos; usuários de drogas - Com esquema vacinal incompleto:
injetáveis; doadores de sangue; etc... não reiniciar o esquema, apenas
página 73, Manual). completá-lo com a vacina hepatite B,
conforme situação encontrada
• Idade de aplicação: logo após o
nascimento, nas primeiras 24h de vida, • Em RN de mães portadoras de Hep B,
preferencialmente nas primeiras 12h para será administrado a vacina +
evitar a transmissão vertical; ou na imunoglobulina humana anti-hepatite B
primeira visita ao serviço de saúde até 30 preferencialmente nas primeiras 12h,
dias. podendo a imunoglobulina ser adm. no
máximo até 7 dias de vida. A
• Esquema vacinal: de modo geral são 3 soroconversão deverá ser avaliada pelo
doses – 0,1 e 6 meses. A continuidade do Anti-HBs entre 30-60 dias após a última
esquema vacinal será com a vacina vacina.
PENTA, aos 2, 4 e 6 meses de idade.
• Via de administração: I.M profunda
- Crianças que perderam a oportunidade (agulha 20x5,5 ou 20x6), m. vasto lateral E;
de receber a vacina hepatite B
(recombinante) até 1 mês de idade, - Em crianças com mais de 2 anos de
não administrar mais essa vacina. idade, pode-se aplicar na região
deltoidiana;
- Não deve ser aplicado na região glútea • A idade máxima para se adm. as vacinas
– produção menor de anticorpos. com o componente pertussis de células
inteiras é 6 anos, 11 meses e 29 dias.
• Dose e volume – vacina hepatite B
(recombinante, monovalente): 0,5 ou 1 • Esquema vacinal: são 3 doses, com
mL – depende do fabricante; intervalo de 60 dias (mínimo 30 dias) – 2, 4
e 6 meses (não deve ser adm. antes dos 6
- 0,5 mL até os 19 anos de idade meses);

- 1 mL a partir dos 20 anos. • Via de administração: I.M (agulha 20x5,5


- Situações individuais específicas ou 20x6), vasto lateral E em crianças
podem exigir a adoção de esquema e menores de 2 anos;
dosagem diferenciados. Grupos de
risco, como renais crônicos, - Em crianças com mais de 2 anos de
politransfundidos, hemofílicos, deve idade, pode-se aplicar na região
ser administrado o dobro do volume da deltoidiana;
dose – são casos em que ocorre uma
menor produção de anticorpos. • Dose: a vacina é inteiramente líquida,
apresentada em frasco ou ampola
contendo 1 dose de 0,5 mL.
VACINA ADSORVIDA DIFTERIA, TÉTANO, • Possui dois reforços que serão feitos com
PERTUSSIS, HEPATITE B (recombinante) E a vacina DTP – 1º reforço aos 15 meses e
HAEMOPHILUS INFLUENZAE B (conjugada) 2º reforço aos 4 anos de idade.
(Penta)

A vacina apresenta-se sob a forma líquida em • Anotar data/horário de abertura do frasco.


frascos multidose. É composta pela combinação Uma vez aberto, o frasco multidose pode
de toxóides purificados de difteria e tétano, ser usado por um prazo estabelecido pelo
suspensão celular inativada de B. pertussis laboratório produtor (bula).
(células inteiras), antígeno de superfície da
hepatite B (recombinante) e oligossacarídeos
conjugados de Haemophilus influenzae b VACINA CONTRA DIFTERIA, TÉTANO E
(conjugada). Tem como adjuvante o fosfato de COQUELUCHE (DTP) (tríplice bacteriana)
alumínio e como conservante o tiomersal.
Composta pela combinação de toxóides
• Indicações: para vacinação de crianças < purificados de difteria e tétano, suspensão celular
5 anos de idade como dose esquema inativada de Bordetella pertussis (células inteiras),
básico. tendo hidróxido de alumínio como adjuvante e o
timerosal como conservante.É apresentada sob a
• Contraindicações: esta vacina está forma líquida, em frasco multidose.
contraindicada para crianças a partir de 7
(sete) anos de idade. • Indicação: vacinação de crianças < 7 anos
de idade como dose de reforço do
- Para os grupos com indicação clínica esquema básico da vacina penta.
especial, incluindo as crianças com
riscos aumentado de desenvolver ou • Contraindicada para crianças a partir dos
que tenham desenvolvido eventos 7 anos.
adversos graves à vacina de células
inteiras, também estão disponíveis as • Idade de aplicação: 15 meses e 4 anos.
vacinas tríplice bacteriana acelular Idade máxima de 6 anos, 11 meses e 29
(DTPa) e hexa acelular. Seguir dias.
recomendações do Manual dos
Centros de Referência para • Criança a partir de 15 meses e menor que
Imunobiológicos Especiais (CRIE), 6ª 7 anos deve receber 2 reforços.
edição, 2023
- Intervalo mínimo entre os reforços é de
• Idade de aplicação: a partir dos 2 meses
6 meses.
de idade.
- Criança com 6 anos sem nenhuma
dose de reforço: administrar o 1º
reforço. Na impossibilidade de manter VACINA ORAL CONTRA POLIOMIELITE (VOP)
o intervalo de 6 meses entre as doses,
agendar reforço com dT para 10 anos Indicada para prevenção da poliomielite e é
após esse primeiro reforço. produzida a partir de vírus vivos atenuado em
culturas de células derivadas especialmente de
- Na indisponibilidade da vacina DTP, tecido renal de macacos da espécie Cercopthecos
administrar a pentavalente como aethiops. Contém os tipos poliovírus atenuados 1
reforço. e 3.

• Indicações: o PNI recomenda a vacinação


• Via de administração: I.M (agulha 20x5,5 de crianças de 6 meses até menores de 5
ou 20x6), m. vasto lateral. anos de idade como dose esquema básico
ou reforço.
- Em crianças com mais de 2 anos de
idade, pode-se aplicar na região • Na rotina dos serviços de saúde, a vacina
deltoidiana. é recomendada para crianças até 4
(quatro) anos 11 meses e 29 dias.
• Dose e volume: 0,5 mL.
• Contraindicada para pessoas
imunodeprimidas, contatos de pessoa HIV
VACINA POLIOMIELITE 1, 2 E 3 (inativada) positiva ou com imunodeficiência, bem
(VIP) como aqueles que tenham histórico de
paralisia flácida associada à dose anterior
Vacina trivalente de potência aumentada, que da VOP.
contém poliovírus dos tipos 1,2 e 3 obtidos em
cultura celular e inativados por formaldeído. Pode • Idade de aplicação: rotina de vacinação
conter traços de estreptomicina, neomicina, com – reforço aos 15 meses e 4 anos;
polimixina e 2-fenoxietanol como conservante. A
vacina é apresentada sob a forma líquida em - Situações epidemiológicas especiais
frasco multidose ou em seringa preenchida podem indicar a vacinação a partir do
(unidose). nascimento da criança.
• Idade de aplicação: a partir dos 2 meses - Em campanhas maciças, a vacina é
até menores de 5 anos de idade, como administrada nas crianças com menos
doses do esquema básico. de 5 anos de idade, independente do
estado vacinal prévio.
• Contraindicação específica: a vacina
está contraindicada na ocorrência de
- Administrar o primeiro reforço com
reação anafilática após o recebimento de
intervalo mínimo de 6 meses após a
qualquer dose da vacina ou aos seus
última dose do esquema primário (três
componentes.
doses). Administrar o segundo reforço
com intervalo mínimo de 6 (seis) meses
• Esquema vacinal: 3 doses com intervalo
após o primeiro reforço.
de 60 dias (mínimo de 30 dias) – 2,4 e 6
meses. Esquema sequencial é com a VOP.
- Não repetir a dose se a criança
• Via de administração: via I.M (agulha regurgitar, cuspir ou vomitar após a
20x5,5 ou 20x6); m. vasto lateral D; administração da vacina.

• Dose e volume: 0,5 mL, 3 doses. • Via de administração e dose: V.O.; cada
dose corresponde a 2 gotas (0,1 mL).
• Em usuários < 5 anos de idade sem
comprovação vacinal: administrar 3 • Sobras de vacinas devem ser descartadas
doses da VIP, com intervalo de 60 dias após 5 dias úteis da abertura dos frascos;
(mín. 30 dias).
• Nas vacinações extramuros, os fracos de
• Anotar data/horário da abertura do frasco. vacina deverão ser utilizados num único
Uma vez aberto, o frasco multidose pode dia, desprezando-se as sobras.
ser usado por um prazo estabelecido pelo
laboratório produtor (bula).
NOTA: • Via de administração: via I.M (agulha
20x5,5 ou 20x6); de preferência no m.
O Governo Federal irá substituir, em 2024, vasto lateral D;
gradualmente a VOP pela versão inativada (VIP).
Além da opção exclusiva da VIP, não será mais • Dose e volume: 0,5 mL.
administrado reforço contra a pólio aos 4 anos de
idade. desta forma, o esquema oferecido pelo PNI
será de 3 doses (2,4 e 6 meses de idade) e apenas
um reforço aos 15 meses de idade. as decisões VACINA PNEUMOCÓCICA-13 (conjugada)
consideraram critérios epidemiológicos, evidencias
relacionadas à vacina e recomendações Esta vacina está indicada para proteção contra
internacionais. doenças pneumocócicas em pacientes de alto
risco a partir dos 5 anos de idade e deve ser
administrada nos CRIEs.

• Pacientes de alto risco: pacientes


VACINA PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE vivendo com HIV/AIDS, pacientes
(PNCC-10) (conjugada) oncológicos, pacientes transplantados de
medula óssea e de órgãos sólidos.
A vacina pneumocócica 10-valente é
constituída por 10 sorotipos de pneumococos • Esquema vacinal: dose única
(1,4,5,6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F) e conjugada
com a proteína D de Haemophilus influenzae para • Idade de aplicação: a partir dos 5 anos;
8 de seus sorotipos e carreadores de toxóide
diftérico (DT) e de toxóide tetânico (T ou TT) • Via de administração: via I.M (agulha
usados por 2 sorotipos. 20x5,5 ou 20x6).
Está indicada para prevenir contra infecções
• Dose e volume: 0,5 mL.
invasivas (sepse, meningite, pneumonia e
bacteremia) e otite media aguda (OMA) causadas
pelos 10 sorotipos de S. pneumonia, contidos na
vacina, em crianças < 2 anos de idade. ANTIPIRÉTICOS APÓS VACINAÇÃO
• Esquema vacinal: 2 e 4 meses de idade, Adm. profilática de antipiréticos antes ou
com intervalo de 60 dias entre as doses e imediatamente após a adm. da vacina pode
mínimo de 30 dias, em crianças menores de reduzir a incidência e a intensidade de reações
1 ano de idade. febris após vacinação. Entretanto, há dados que
sugerem que o uso profilático de paracetamol
• O reforço deve ser feito entre 12 e 15 pode reduzir a resposta imune as vacinas
meses, preferencialmente aos 12 meses, pneumocócicas, porém, a relevância clínica dessa
considerando-se o intervalo de 6 meses observação continua desconhecida. Recomenda-
após o esquema básico. se uso de antitérmicos somente em crianças que
apresentem Tax >38ºC após vacinação.
- Pode ser adm. simultaneamente com
outras vacinas do calendário nacional
de vacinação.
VACINA ROTAVÍRUS HUMANO G1P1 [8]
- Crianças que iniciaram o esquema (atenuada) (VORH)
primário com 4 meses devem completá-
A vacina é apresentada na forma liquida,
lo até 12 meses (intervalo mínimo de 30
acondicionada em um aplicador, semelhante a
dias); administrar o reforço com
uma seringa. É administrada em crianças aos 2 e
intervalo mínimo de 60 dias
4 meses de idade para proteger antecipadamente
a faixa etária em que se observa a maior
- Criança entre 1 e 4 anos com esquema incidência de complicações decorrentes de
completo, mas sem reforço, administrar infecção pelo rotavírus (6-24 meses). A vacina é
o reforço. constituída por um sorotipo do rotavírus humano
atenuado da cepa (RIX4414). Apresenta como
- Crianças sem comprovação vacinal, excipientes a sacarose e o adipato dissódico. É
entre 12 a 4 anos, administrar dose uma vacina elaborada com vírus isolado de
única. humanos e atenuado para manter a capacidade
imunogênica, porém não patogênica.
• Idade de aplicação: a partir dos 2 meses;
A vacina é especialmente eficaz na • Indicações: para prevenção da doença
prevenção de doença por rotasvírus do sorotipo sistêmica causada pelo meningococo
G1, mas estudos demonstram proteção cruzada sorotipo C em crianças menores de 2 anos.
para gastrenterite e gastrenterite grave causada
por outros sorotipos não G1-(G2, G3, G4 e G9). • Esquema vacinal: corresponde a 2 doses
e 1 reforço.
• Indicações: prevenção de gastroenterites
causadas por rotavírus dos sorotipos G1 - Intervalo recomendado de 60 dias
em crianças < 1 ano de idade. embora (mínimo 30 dias da 1ª para 2ª dose e
monovalente, a vacina oferece proteção de 60 dias da 2ª dose para o 1º
cruzada contra outros sorotipos (G2, G3, reforço).
G4, G9).
- O reforço deve ser aos 12 meses.
• Contraindicação: gerais, mas sua
principal contraindicação é a adm. fora da - Crianças que iniciaram o esquema
faixa etária preconizada; imunodepressão primário aos 5 meses, completá-lo até
severa; crianças com histórico de 12 meses.
malformação não corrigida do TGI;
- Crianças entre 12 meses e 4 (quatro)
• Esquema vacinal: 2 e 4 meses de idade. anos 11 meses e 29 dias, com
esquema completo de 2 (duas) doses,
- A 1ª dose pode ser administrada a mas sem a dose de reforço, administrar
partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e o reforço.
15 dias de vida;
- O reforço deve ser administrado entre
- A 2ª dose pode ser administrada a 12 meses a 4 (quatro) anos, 11 meses
partir de 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias.
e 29 dias;
- Crianças entre 12 meses e 4 (quatro)
- Intervalo mínimo de 30 dias entre as
anos 11 meses e 29 dias, sem
doses.
comprovação vacinal, administrar 1
(uma) única dose.
- Em caso de a criança cuspir, regurgitar
ou vomitar a vacina, não repetir.
- Crianças entre 12 meses e 4 (quatro)
anos 11 meses e 29 dias, com
• Idade de aplicação: 2 e 4 meses;
comprovação vacinal de 1 (uma) dose,
administrar 1 (uma) dose de reforço.
• Via de administração: V.O;
• Idade de aplicação: 3 e 5 meses; reforço
• Dose e volume: 1,5 mL (dose individual).
aos 12 meses;
• Crianças com quadro agudo de • Via de administração: via I.M (agulha
gastroenterite (vômitos, diarreia e febre), 20x5,5 ou 20x6); de preferência no m.
adiar a vacinação até a resolução do vasto lateral D;
quadro.
• Dose e volume: 0,5 mL
• Crianças com imunodepressão deverão
ser avaliadas e vacinadas mediante • Cuidados especiais: assegurar ausência
prescrição médica. de ar antes da aplicação; após
reconstituição, a vacina deve ser utilizada
imediatamente.
VACINA MENINGOCÓCICA C (conjugada)
(Meningo C) • Anotar data/horário da abertura do frasco
multidose. Uma vez aberto, o frasco pode
A vacina é apresentada em frasco-ampola de ser usado por um prazo estabelecido pelo
pó liofilizado injetável, além de um frasco-ampola laboratório produtor (bula).
de solução diluente. É constituída por
oligossacarídeos capsulares da N. meningitidis
sorotipo C conjugados com proteína CRM197 do
C. diphteriae e Hidróxido de alumínio.
VACINA MENINGOCÓCICA ACWY (conjugada) VACINA COVID-19

Vacina com vírus inativado, que contém • Idade de aplicação: crianças de 6 meses
antígenos das cápsulas do meningococo dos a 4 anos, 11 meses e 29 dias.
sorogrupos A, C, W e Y conjugados à uma
proteína, que dependendo do fabricante, pode ser • Esquema: 3 doses, aos 6, 7 e 9 meses de
toxoide tetânico, diftérico, ou CRM197. Pode idade, (D1+D2+D3) do imunizante
conter também sacarose; trometamol; fosfato de Comirnaty® (Pfizer), frasco de tampa
potássio diidrogenado; cloreto de sódio; fosfato de vinho. O intervalo recomendado é de 4
sódio diidrogenado monoidratado; fosfato semanas entre a primeira e a segunda
dissódico hidrogenado diidratado; cloreto de sódio doses e 8 semanas entre a segunda e a
e água para injeção terceira doses.

• Proteção contra a doença meningocócica - Crianças de 6 meses a 4 anos, 11


causada por N. meningitidis, sorogrupos, meses e 29 dias, com esquema
A, C, Y e W-135. completo (três doses), não necessitam
receber doses adicionais em 2024.
• Disponibilizada para pacientes portadores
de Hemoglobinúria Paroxística Noturna • Volume e dose: cada dose da vacina
(HPN) – CRIE – e para adolescentes a diluída (0,2 mL)
partir dos 11 anos.
• Via de Administração: IM
• Idade de aplicação: 11 anos a 14 anos, 11
meses e 29 dias - Crianças de 6 a 12 meses: vasto lateral
da coxa
• Via de administração: via I.M (agulha
20x5,5 ou 20x6); - Crianças ≥ 1 ano: deltoide.

• Esquema vacinal: Dose única • Crianças menores de 5 anos, sem


comprovação ou com esquema vacinal
- Pode ser administrada junto com incompleto, poderão iniciar ou
outras vacinas; complementar esquema vacinal antes de 5
anos completos.
- Deve ser adiada em adolescentes que
estejam com doenças agudas febris • Crianças imunocomprometidas com idade
moderadas a graves. Resfriado ou entre 6 meses e 4 anos, 11 meses e 29
quadros de menor gravidade não dias, não tem no momento indicação de
contraindicam a vacina. doses adicionais ao esquema primário.

- Na rotina, a vacina meningo c e ACWY • Vacinação de crianças de 3 a 4 anos:


são contraindicadas para gestantes e
para mulheres no período de - CoronaVac (Butantan), pode ser
amamentação. Deve-se avaliar o risco- administrada em crianças de 3 a 4
benefício. anos, 11 meses e 29 dias.

- Deve ser adiada em adolescentes que - Deverá, portanto, ser utilizada somente
estejam com doenças agudas febris para resgate, nas seguintes situações:
moderadas ou graves. Resfriados ou 1) crianças que não foram vacinadas
quadros de menor gravidade não contra a covid-19 na idade
contraindicam a vacinação. recomendada ou 2) na falta do
imunizante recomendado na localidade
• Vacinação de bloqueio: indicada nas ou 3) contraindicações à Pfizer
situações em que haja caracterização de pediátrica em crianças de 3 e 4 anos de
um surto de doença meningocócica, para idade.
qual seja conhecido o sorogrupo
responsável e que haja vacinação. • Vacinação simultânea: pode ser
administrada na mesma ocasião de outras
• Dose e volume: 0,5 mL. vacinas do Calendário Nacional de
Vacinação e com outros medicamentos,
procedendo-se às administrações com
seringas e agulhas diferentes em locais • Pessoas de 05 anos de idade ou mais que
anatômicos distintos. NÃO pertencem aos grupos prioritários e já
possuem esquema primário (duas doses),
• Contraindicações: anafilaxia – história de NÃO podem receber a dose de reforço em
2024.
reação de hipersensibilidade grave a
quaisquer componentes das vacinas • Para crianças que NÃO pertencem ao grupo
contraindicam a vacinação com aquele prioritário e que iniciaram esquema vacinal
produto. Se ocorrer anafilaxia após a recomendado para a faixa etária de 6 meses
vacinação contra a covid-19, as doses a 4 anos, 11 meses e 29 dias, com a vacina
subsequentes para aquela vacina não Pfizer (frasco de tampa vinho) e
devem ser administradas. Pacientes com completaram 5 anos de idade sem ter
febre, doença aguda e início agudo de recebido as três doses, completar o
doenças crônicas. esquema de DUAS DOSES com o
imunizante Pfizer (frasco de tampa laranja) e
NOTA: intervalo recomendado para faixa etária de 5
a 11 anos, 11 meses e 29 dias (4 semanas
Os GRUPOS PRIORITÁRIOS a partir de 5 anos de entre a primeira e segunda dose), e
idade e com maior vulnerabilidade ou condição que considerar esquema encerrado.
aumenta o risco para formas graves da doença
devem receber o reforço.

Qualquer pessoa do grupo prioritário está apta a


receber uma dose da vacina COVID-19 disponível no
ano de 2024.
VACINA CONTRA FEBRE AMARELA
a. Se 1 dose: receber 1 dose após 4 semanas.
A vacina febre amarela é apresentada sob a
b. Se 2 doses: receber 1 dose após 6 meses. forma liofilizada em frasco multidose, além de uma
ampola de diluente. É constituída de vírus vivos
c. Se 3 ou mais doses: 1 dose após 6 meses. atenuados da FA derivados da linhagem 17 DD.
Tem como excipientes a sacarose, o glutamato de
• Para pessoas com ≥60 anos, sódio, o sorbitol, a eritromicina e a canamicina.
imunocomprometidos e gestantes e
puérperas, uma nova dose está indicada em • Esquema Vacinal: dose aos 9 meses de
2024 após o intervalo de 6 meses. Para os idade e reforço aos 4 anos, 11 meses e 29
demais grupos prioritários a recomendação dias.
é UMA DOSE ANUAL.
- Crianças entre 9 meses de vida a menores
• Pessoas do grupo prioritário que nunca
de 5 cinco anos de idade: 1 dose aos 9
foram vacinadas, deverão receber duas
doses da vacina COVID-19 (monovalente ou
meses de vida, e uma dose de reforço aos
bivalente) com intervalo de 4 semanas entre 4 (quatro) anos de idade.
as duas doses (esquema primário) e
encerrar o esquema de 2024. - Pessoas a partir de 5 anos de idade, que
receberam apenas uma dose da vacina
• Gestantes, puérperas, imunocomprometidos antes de completarem 5 anos: administrar
e idosos com 60 anos ou mais, na situação 1 dose de reforço. Respeitar o intervalo
acima descrita, além das DUAS DOSES, mínimo de 30 (trinta) dias.
deverão receber uma dose de reforço com a
vacina bivalente ou com a vacina mais
• Pessoas de 5 (cinco) a 59 anos de idade,
atualizada disponível, poderá ser realizada
após 6 meses da última dose.
não vacinadas: Administrar 1 (uma) dose
única.
• Pessoas imunocomprometidas que nunca
foram vacinadas, deverão receber três • Volume e dose: 0,5 mL
doses da vacina COVID-19 (monovalente ou
bivalente) com intervalo de 4 semanas entre • Via de Administração: via SC.
a primeira e a segunda dose, e 8 semanas
entre a segunda e terceira dose (esquema
primário do imunocomprometido). Uma dose • Pode ser administrada simultaneamente
reforço de vacina bivalente ou com a vacina com a maioria das vacinas do Calendário
mais atualizada disponível, poderá ser Nacional de Vacinação. Entretanto, é
realizada após 6 meses da última dose deste importante observar as seguintes
esquema. situações:
- Administração simultânea com a - Pacientes com história pregressa de
vacina varicela: pode ser doenças do timo (miastenia gravis,
administrada simultaneamente em timoma, casos de ausência de timo ou
qualquer idade. Porém, se não remoção cirúrgica);
administradas simultaneamente, deve-
se respeitar o intervalo de 30 dias entre - Pacientes portadores de doença
as doses, mínimo de 15 dias. falciforme em uso de hidroxiureia e
contagem de neutrófilos menor de
- Administração simultânea com as 1500 cels/mm³;
vacinas tríplice viral ou tetraviral:
nas crianças menores de 2 (dois) anos - Pacientes recebendo corticosteroides
de idade, não administrar em doses imunossupressoras
simultaneamente as vacinas febre (prednisona 2mg/kg por dia nas
amarela e tríplice viral. Deve-se crianças até 10 kg por mais de 14 dias
respeitar o intervalo de 30 dias entre as ou 20 mg por dia por mais de 14 dias
vacinas, mínimo de 15 dias. em adultos).
• Em situações de emergência • Anotar data/horário da abertura do frasco
epidemiológica, com a circulação multidose. Uma vez aberto, o frasco pode
concomitante dos vírus da febre amarela e ser usado por um prazo estabelecido pelo
do sarampo ou da caxumba ou da rubéola, laboratório produtor (bula).
as duas vacinas poderão ser
administradas simultaneamente,
considerando a relação risco-benefício.
Deve-se manter a continuidade do
esquema vacinal preconizado pelo
calendário nacional de vacinação.

• Pessoas a partir de 2 anos (dois) de


idade: as vacinas febre amarela e tríplice
viral ou Tetraviral podem ser administradas
simultaneamente. Porém, se não
administradas simultaneamente, deve-se
respeitar o intervalo de 30 dias entre as
vacinas, mínimo de 15 dias.

• Contraindicações:

- Pacientes imunodreprimidos
(neoplasia, artrite, etc.)

- Crianças menores de 6 (seis) meses de


idade;

- Pacientes em tratamento com


imunobiológicos (Infliximabe,
Etarnecepte, Golimumabe, Certolizumabe,
Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe,
Canaquinumabe, Tocilizumabe,
Rituximabe, inibidores de CCR5 como
Maraviroc).

- Pacientes submetidos a transplante de


órgãos sólidos;

- Pacientes com erros Inatos da


Imunidade (imunodeficiências
primárias);
ORIENTAÇÕES PARA A VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA

Crianças de 9 (nove) meses a 4


• Administrar 1(uma) dose aos 9 (nove) meses de vida e 1 (uma)
(quatro) anos 11 meses e 29 dias de
dose de reforço aos 4 (quatro) anos de idade
idade.

Pessoas a partir de 5 (cinco) anos


• Administrar uma dose de reforço, independentemente da
de idade, que receberam uma dose
idade em que a pessoa procure o serviço de vacinação.
da vacina antes de completarem 5
Respeitar intervalo mínimo de 30 dias entre a dose e o reforço.
anos de idade.

Pessoas de 5 (cinco) a 59 anos de


idade, que nunca foram vacinadas • Administrar 1 única dose
ou sem comprovante de vacinação.

Pessoas com mais de 5 (cinco) anos


de idade que receberam 1 dose da
• Considerar vacinado
vacina a partir dos 5 (cinco) anos de
idade

Pessoas com 60 anos e mais, que • O serviço de saúde deverá avaliar a pertinência da
nunca foram vacinadas ou sem vacinação, levando em conta o risco da doença e o risco de
comprovante eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou imunização
de vacinação. (ESAVI) nessa faixa etária e/ou decorrentes de comorbidades

• A vacinação está contraindicada para as gestantes. No


Gestantes, que nunca foram entanto, na impossibilidade de adiar a vacinação, como em
vacinadas ou sem comprovante de situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos
vacinação. ou epidemias, o serviço de saúde deverá avaliar o risco
benefício da vacinação

• A vacinação não está recomendada, devendo ser adiada até a


criança completar 6 (seis) meses de vida. Na
impossibilidadede adiar a vacinação, como em situações de
emergência epidemiológica, vigência de surtos ou epidemias,
Mulheres nunca vacinadas ou sem
o serviço de saúde deverá avaliar o risco benefício da
comprovante de vacinação, que
vacinação. Importante ressaltar que após a vacinação, o
estejam amamentando crianças com
aleitamento materno deve ser suspenso por 10 dias, com
até 6 (seis) meses de vida
acompanhamento do serviço de Banco de Leite de referência.
Em caso de mulheres que estejam amamentando e receberam
a vacina de forma inadvertida, o aleitamento
materno deve ser suspenso por 10 dias após a vacinação

• Para efeito de emissão do Certificado Internacional de


Vacinação ou Profilaxia (CIVP) seguir o Regulamento
Viajantes Internacionais Sanitário Internacional (RSI) que recomenda uma única dose
da vacina na vida. O viajante deverá se vacinar pelo menos,
10 dias antes da viagem.

VACINA SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA • Indicação: proteção contra sarampo,


(atenuada) (Tríplice viral) caxumba e rubéola; para vacinação de
usuários a partir de 12 meses de idade.
A vacina sarampo, caxumba e rubéola e
apresentada sob a forma liofilizada, em frasco • Contraindicação específica: registro de
monodose ou multidose, acompanhada do anafilaxia após recebimento de dose
respectivo diluente. É constituída de vírus vivos anterior; usuários com imunodeficiência
atenuados de sarampo, caxumba e rubéola, clínica ou laboratorial grave; gestantes;
aminoácidos, albumina humana, sulfato de crianças <6 meses.
neomicina, sorbitol e gelatina. Contém também
traços de proteína do ovo de galinha usado no • Idade de aplicação: 12 meses e reforço
processo de fabricação da vacina. aos 15 meses (tetra viral)
• Via de administração: via S.C (agulha VACINA SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA,
13x4,0 ou 13x4,5); VARICELA (atenuada) (Tetraviral)

• Esquema vacinal: 1 dose (12 meses) e 1 A vacina sarampo, caxumba, rubéola e varicela
reforço (15 meses). e apresentada sob a forma liofilizada, em frasco
unidose ou multidose, acompanhada do
- Para indivíduos 5 a 29 anos de idade respectivo diluente. Constituída de vírus vivos
não vacinadas ou com esquema atenuados contra sarampo, caxumba, rubéola
incompleto: receber ou completar (SCR) e varicela.
esquema com 2 doses.
• Indicações: proteção contra SCR e
- Para indivíduos de 30 a 59 anos de varicela; para vacinação de crianças com
idade não vacinados: devem receber 1 15 meses de idade que já tenham recebido
dose. a 1 a dose da vacina SCR.

- Trabalhadores da saúde: devem • Precaução: os salicilitados (AAS) devem


receber 2 doses conforme situação ser evitados por 6 semanas após a
vacinal encontrada. vacinação.

• Dose e volume: 0,5 mL. • Idade de aplicação: 15 meses.

• Mulheres em idade fértil devem evitar a • Contraindicação: anafilaxia após dose


gravidez até um mês após a vacinação; anterior; usuários com imunodeficiência
clínica ou laboratorial. Crianças expostas
• Anotar data/horário da abertura do frasco ao HIV (deve fazer SCR + varicela
multidose. Uma vez aberto, o frasco pode atenuadas).
ser usado por um prazo estabelecido pelo
laboratório produtor (bula). • Via de administração: via S.C (agulha
13x4,5 ou 13x4,0);
• Vacinação com dose zero em crianças
de 6 a 11 meses de idade: situação • Dose e volume: 0,5 mL.
epidemiológica de riso.
• Esquema vacinal: Reforço
- Vacinação de contatos de casos
suspeitos ou confirmados de caxumba: - Para crianças até 4 anos, 11 meses e
não devem ser vacinados. 29 dias, que tenham perdido a
oportunidade de se vacinar, administrar
• Vacinação simultânea: 1 dose.

- Administração simultânea com a - Para crianças com imunodepressão e


vacina varicela. Pode ser feita em para suscetíveis, fora da faixa etária
qualquer idade. Porém, se não preconizada no Calendário Nacional
administradas simultaneamente, deve- deverão ser avaliadas e vacinadas
se respeitar o intervalo de 30 dias entre segundo orientações do manual do
as doses, mínimo de 15 dias. CRIE.

- Nas crianças > 2 anos de idade não


administrar simultaneamente as
vacinas tríplice viral e febre amarela.
Deve-se respeitar o intervalo de 30
dias entre as vacinas, mínimo de 15
dias.

- Pessoas a partir de 2 anos de idade:


as vacinas tríplice viral e febre amarela
podem ser administradas
simultaneamente. Porém, se não
administradas simultaneamente, deve-
se respeitar o intervalo de 30 dias entre
as doses, mínimo de 15 dias.
VACINA ADSORVIDA HEPATITE A (inativada) VACINA ADSORVIDA DIFTERIA E TÉTANO
ADULTO (dT) (dupla adulto)
Vacina constituída por vírus da hepatite A
inativado. Tem como adjuvante o hidróxido de A vacina adsorvida difteria e tétano adulto (dT)
alumínio e não contém antibióticos. Na é apresentada sob a forma liquida em frasco
dependência da apresentação, pode ter o unidose ou multidose. Contém toxóide diftérico e
fenoxietanol como conservante. É preparada a toxóide tetânico, tendo como adjuvante hidróxido
partir de culturas celulares de fibroblastos ou fosfato de alumínio.
humanos (linhagem MRC-5). Apresentada sob a
forma líquida em frasco monodose. • Indicações: para prevenir contra o tétano
e a difteria.
• Indicações: para prevenção da infecção
causada pelo vírus da hepatite A. O PNI • A vacinação de mulheres em idade fértil
recomenda a vacinação de crianças de 12 (MIF) (dos 10 aos 49 anos), gestantes e
meses até menores de 2 anos de idade. não gestantes é feita também para a
prevenção contra o tétano neonatal.
• Idade de aplicação: 15 meses (pode
vacinar até 4 anos, 11 meses e 29 dias). • Esquema vacinal: indivíduos a partir de 7
anos de idade, com esquema vacinal
- Para crianças até 4 anos, que tenham completo (3 doses) para difteria e tétano;
perdido a oportunidade de se vacinar, para os reforços ou usuários com esquema
administrar uma dose da vacina. incompleto ou não vacinados:

- Crianças com imunossupressão e para a) com esquema vacinal completo:


os suscetíveis, fora da faixa etária adm. uma dose a cada 10 anos;
preconizadas, deverão ser avaliadas e
vacinadas, segundo orientações do b) com esquema incompleto: completar
CRIE. o esquema;

• Via de administração: via I.M (agulha c) sem comprovação vacinal: adm. 3


20x5,5 ou 20x6); doses;

• Esquema vacinal: Dose única d) o intervalo entre as doses é 60 dias,


mín. de 30 dias.
- Para crianças até 4 anos, 11 meses e
29 dias que tenham perdido a • Criança a partir de 7 anos de idade ou
oportunidade de se vacinar: administrar adolescente não vacinado ou sem
1 dose da vacina hepatite A. comprovação vacinal para difteria e tétano,
administrar 3 doses com intervalo de 60
- Para crianças com imunossupressão e dias entre elas, mínimo de 30 dias;
para suscetíveis, fora da faixa etária
preconizada pelo Calendário nacional • Criança a partir de 7 anos ou
deverão ser avaliadas e vacinadas adolescente com esquema incompleto
segundo o CRIE. para difteria e tétano, completar esquema
de 3 doses, considerando as doses
• Dose e volume: 0,5 mL. anteriores, com intervalo de 60 dias entre
doses, mínimo de 30 dias;

• Em casos de ferimentos graves e


comunicantes de casos de difteria,
antecipar a dose quando a última foi Transplantados de células tronco-hematopoiéticas
administrada há mais de 5 anos. (TMO), a partir de quatro anos de idade, conforme
CRIE.
• Via de administração: via I.M (agulha
20x5,5 ou 20x6);

• Dose e volume: 0,5 mL. VACINA PAPILOMAVÍRUS HUMANO 6,11,16 e


18 (recombinante)
dTpa
A vacina é apresentada na forma de
Em gestante com comprovação vacinal de suspensão injetável em frasco-ampola unidose de
3 doses de vacina com componente tetânico, 0,5 mL. A vacina Quadrivalente recombinante é
sendo a última dose feita há mais de 5 anos, inativada, constituída por proteínas L1 do HPV
administre um reforço. tipos 6, 11, 16 e 18. Contém como excipientes o
adjuvante sulfato de hidroxifosfato de alumínio
• Gestante NÃO vacinada previamente: amorfo, cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato
administrar 3 doses, com intervalo de 60 80, borato de sódio e água para injetáveis.
dias entre as doses. Sendo duas dT e a
terceira de dTpa. • Indicações: prevenção contra câncer do
colo do útero, vulvar, vaginal e anal, lesões
• Gestante com esquema incompleto: no pré-cancerosas ou displasias, verrugas
caso de gestante vacinada com 1 dose de genitais e infecções causadas pelo
dT, administrar 1 dose de dT e 1 dose de papilomavírus humano (HPV).
dTpa; gestante vacinada com 2 doses de
dT, administrar 1 dose de dTpa; gestante • Contraindicações: contraindicada na
com 3 doses de dT, administrar 1 dose de gestação.
dTpa a partir da 20ª semana.
• Idade de aplicação: meninas e meninos
• Esta vacina pode ser administrada a partir entre 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias.
da comprovação da gravidez em qualquer
período gestacional. • Via de administração: via I.M (agulha
20x5,5 ou 20x6);
• A última dose ou reforço deve ser
• Dose e volume: 0,5 mL.
administrado pelo menos 20 dias antes da
DPP.
• Esquema vacinal 2024: dose única (nota
técnica 41/2024.
• A vacinação da gestante é realizada para
a prevenção contra o tétano no recém- - Realização de estratégia de resgate de
nascido e para a proteção da gestante. adolescentes até 19 anos não
vacinados e inclusão das pessoas
• Toda gestante deve receber uma dose de portadoras de papilomatosa
dTpa durante a gestação e a cada respiratória recorrente (PRR) como
gestação. Administrar a partir da 20ª grupo prioritário da vacina HPV.
semana de gestação.
• Manteve-se as recomendações para os
Para fins da vacinação com a dTpa, deverão demais grupos (imunossuprimidos –
ser incluídos os estagiários da área da saúde que HIV/AIDS, transplantados, pacientes
atuam em maternidades e em unidades de oncológicos – e vítimas de violência
internação neonatal (UTI/UCI convencional e UCI sexual): 3 doses; faixa etária de 9 a 45
Canguru), atendendo recém-nascidos. anos.
• Profissionais de saúde/parteiras
tradicionais: com esquema de vacinação • Esta vacina é contraindicada durante a
primário completo, administrar dTpa a gestação. Caso a mulher engravide após
cada 10 anos; com esquema vacinal a primeira dose da vacina HPV ou receba
primário incompleto, administrar 3 doses a vacina inadvertidamente durante a
com dT (1 dose ou 2 doses de dT e 1 de gravidez, suspender a dose subsequente e
dTpa de forma a totalizar 3 doses). completar o esquema vacinal,
preferencialmente em até 45 dias após o
Além dos públicos-alvo supramencionados, a parto. Nestes casos nenhuma intervenção
vacina dTpa também está indicada para indivíduos
adicional é necessária, somente o - Crianças de 3 a 8 anos de idade: 2
acompanhamento do pré-natal. doses, 0,5 mL, intervalo mín. de 3
semanas entre as dose;
• Mulheres que estão amamentando podem
ser vacinadas com a vacina HPV. - Crianças a parti de 9 anos de idade e
adultos: dose única, 0,5 mL.
VACINA INFLUENZA (fracionada inativada) - A vacinação está indicada para toda a
população indígena a partir dos 6
A vacina é apresentada sob suspensão meses de idade.
injetável (líquida) em seringa preenchida, em
frascos unidose ou multidose. É composta por • Via de administração: via I.M (agulha
diferentes cepas do vírus Myxovirus influenzae 20x5,5 ou 20x6);
inativados, fragmentados e purificados, cultivados
em ovos embrionados de galinha, contendo, • Dose e volume: 0,25 a 0,5 mL (a depender
ainda, traços de neomicina ou polimixina, da idade).
gentamicina e o timerosal como conservantes. A
composição e a concentração de antígenos de • Precaução: em indivíduos com história de
hemaglutinina (HA) são definidas a cada ano. reação anafilática prévia ou alergia grave
• Indicações: para proteger contra o vírus relacionada ao ovo de galinha e aos seus
da influenza e contra as complicações da derivados, a vacinação deve ser feita em
doença, principalmente as pneumonias ambiente hospitalar, após avaliação
bacterianas secundarias. médica.

• Contraindicações específicas: < 6 • Anotar data/horário da abertura do frasco


meses de idade; para indivíduos que, após multidose. Uma vez aberto, o frasco pode
o recebimento de qualquer dose anterior, ser usado por um prazo estabelecido pelo
apresentaram anafilaxia. Em caso de laboratório produtor (bula).
ocorrência da síndrome de Guillian-Barré
(SGB) no período de até 6 semanas após
a dose anterior, recomenda-se realizar VACINA VARICELA (VZ)
avaliação médica criteriosa sobre o
benefício e o risco da vacinação. É apresentada em frasco unidose. A vacina
varicela é de vírus vivo atenuado, proveniente da
• Idade de aplicação: para crianças não cepa Oka. Pode conter gelatina e traços de
indígenas de 6 meses a 6 anos, 11 meses neomicina, kanamicina e eritromicina.
e 29 dias;
• Indicações: na rotina de vacinação da
- Pessoas acima de 9 anos: administrar população indígena; também indicada
1 dose. para sáurios com condições clínicas
especiais nos CRIE
- As crianças não indígenas, a partir dos
7 anos de idade, somente serão • Contraindicações: nas situações gerais;
vacinadas, com 1 dose, se portadoras para crianças < 9 meses; para gestantes
de comorbidades e condições clínicas ou mulheres em idade fértil que pretendem
especiais. engravidar dentro de 1 mês; indivíduos
imunodeprimidos.
• Esquema vacinal: é adm. anualmente
para grupo elegíveis. O nº de doses e o • Esquema vacinal:
volume são definidos conforme a faixa
etária da primovacinação para indivíduos a - A 1ª dose da vacina com componente
partir dos 6 meses de idade. da varicela é adm. aos 15 meses de
idade (tetraviral).
- Crianças de 6 meses a 2 anos de
idade: 2 doses, volume de 0,25 mL, - Já a 2ª dose é adm. aos 4 anos de
intervalo entre as doses de no mín. 3 idade.
semanas – operacionalmente 30 dias a
pós receber a 1ª dose; - Na profilaxia de pós-exposição, a
vacina pode ser usada a partir dos 9
meses de idade;
- Poderá ser administrada dos 4 anos a
6 anos, 11 meses e 29 dias de idade. • Dose e volume: 0,5 mL.

- Indígenas a partir dos 7 anos de idade


NOTA:
não vacinados ou sem comprovação
vacinal, administrar 1 ou 2 doses da A vacina DTP/HB/Hib pode ser administrada com
vacina varicela (depende do segurança e eficácia, ao mesmo tempo com as vacinas
laboratório). BCG, sarampo, poliomielite oral ou inativada (VOP ou
VIP), febre amarela, e suplementação de vitamina A.
- Trabalhadores da saúde não Se mais de uma injeção for dada em um mesmo
vacinados: devem receber 1 ou 2 membro, devem ser administradas pelo menos a 2,5
doses (depende do laboratório). centímetros de distância.

Informações que devem constar no cartão vacinal:


- Pode ser administrada junto com data; lote; validade; assinatura de quem aplicou
tríplice viral. Caso não seja (nome); anotar próximas vacinas de lápis.
administrada simultaneamente, dar um
intervalo de, no mínimo, 30 dias entre
as vacinas.

- Mulheres em idade fértil devem evitar a VACINA PNEUMO 23V


gravidez até 1 mês após a vacinação.
Previne doenças ocasionadas por 23
sorotipos do pneumococo, sendo eles: 1, 2, 3, 4,
• Contraindicada para gestantes, crianças 5, 6B, 7F, 8, 9N, 9V, 10ª, 11ª, 12F, 14, 15B, 17F,
<9 meses de idade e indivíduos 18C, 19A, 19F, 120, 22F, 23F, 33F.
imunodeprimidos ou que apresentaram
anafilaxia à dose anterior. • Esquema – rotina de vacinação dos
povos indígenas: administrar 1 dose em
• Vacinação de contatos de casos todos os indígenas a partir de 5 anos de
suspeitos ou confirmados de varicela: idade sem comprovação vacinal com as
vacinas pneumocócicas conjugadas.
- crianças < 9 meses, gestantes e Administrar 1 dose adicional, uma única
pessoas imunodeprimidas administrar vez, respeitando o intervalo mínimo de 5
imunoglobulina humana antivaricela anos da dose inicial.
até 96h após o contato com o caso;
• Contraindicada para crianças < 2 anos.
- crianças a partir de 9 meses até 11
meses e 29 dias administrar dose zero
da vacina (não considerar dose de
válida da rotina); VACINA QDENGA

A vacina tetravalente atenuada para


- em crianças entre 12 e 14 meses de
Dengue (vacina dengue (atenuada) é baseada em
idade antecipar a dose de tetra viral
um vírus DENV-2 vivo atenuado que fornece a
naquelas já vacinadas com D1 de
estrutura genética para todos os quatro vírus da
tríplice viral e considerar como dose
vacina.10 A cepa DENV-2 (TDV-2) é baseada em
válida para a rotina de vacinação.
um vírus atenuado derivado de laboratório. As
outras três cepas de vírus (TDV-1, TDV-3 e TDV-
- Em crianças entre 12 e 14 meses sem 4) são quimeras que foram gerados pela
D1 da tríplice viral, administrar D1 e substituição dos genes de superfície do TDV-2 por
uma dose de varicela. Agendar dose da aqueles das cepas DENV-1, DENV-3 e DENV-4
tetra viral aos 15 meses. do tipo selvagem.
- Crianças entre 15 meses e < 7 anos, A estratégia inicial de vacinação contra a
administrar 1 dose da vacina. dengue no Brasil, contemplará indivíduos na faixa
etária de 10 a 14 anos 11 meses e 29 dias, que
- Pessoas a partir de 7 anos, administrar residem em localidades prioritárias, com critérios
1 dose. definidos a partir do cenário epidemiológico da
doença no país.
• Via de administração: via S.C (agulha
13x4 ou 13x4,5);
• Esquema vacinal: administração de 2
doses, com intervalo de 3 meses entre
elas. Após infecção pelo vírus da dengue:
é recomendado aguardar seis meses para
o início do esquema vacinal com a vacina
dengue (atenuada). Caso a infecção
ocorra após o início do esquema, não há
alteração no intervalo entre D1 e D2, desde
que a D2 não seja realizada com o período
inferior a 30 dias do início da doença. Este
intervalo não prejudica a resposta
imunológica para a complementação do
esquema vacinal, não sendo necessário
reiniciá-lo.

• Idade de aplicação: 10-14 anos.

VACINA ESQUEMA DOSE E VIA IDADE MÁXIMA

Ao nascer: preferencialmente
0,1 mL ou 0,05 mL.
BCG nas primeiras 12h de vida do RN; 0 a 4 anos, 11 meses e 29 dias
Via ID (região deltoidiana D)
até 30 dias)

Continuidade do esquema vacinal na


criança é com a Penta (total de 4 doses
Ao nascer: preferencialmente 0,5 mL (até 19 anos) e 1,0mL até 4 anos de idade). Esquema
Hepatite B nas primeiras 12h de vida do RN; (a partir de 20 anos). incompleto: apenas completar as três
até 30 dias) Via IM (vasto lateral E) doses; a partir dos 5 anos sem
comprovação vacinal, administrar 3 doses
(0,1 e 6 meses);
3 doses: 2, 4 e 6 meses de
idade. Possui 2 reforços que 0,5 mL .
Penta 6 anos, 11 meses e 29 dias.
serão feitos com a DTP (15 Via IM (vasto lateral E)
meses e 4 anos)

3 doses: 2,4 e 6 meses. Reforço 0,5 mL.


VIP 4 anos, 11 meses e 29 dias.
com a VOP (15 meses e 4 anos) Via IM (vasto lateral D)

3 doses: 2 e 4 meses. Reforço


0,5 mL.
Pneumo 10 entre 12-15 meses (preferencial 4 anos, 11 meses e 29 dias.
Via IM (vasto lateral D)
aos 12 meses).

1ª dose pode ser adm. a partir de 1 mês e


15 dias até 3 meses e 15 dias. 2ª dose
pode ser adm. a partir de 3 meses e 15
VORH 2 doses: 2 e 4 meses 1,5mL (dose individual) por VO
dias até 7 meses e 15 dias. Fora desta
faixa etária sua administração está
contraindicada

2 doses: 3 e 5 meses. Reforço


Disponível para < 5 anos e adolescentes
Meningo C entre 12-15 meses (preferencial 0,5 mL. Via IM (vasto lateral D)
de 11 a 14 anos (ACWY).
aos 12 meses).

2 doses: a partir de 6 meses. A 0,25 mL (6 meses a 2 anos); Para crianças não indígenas de 6 meses a
Influenza
partir de 9 anos apenas 1 dose 0,5 mL ( a partir de 3 anos) 6 anos, 11 meses e 29 dias.

Pessoas de 5 a 59 anos de idade, não


1 dose: 9 meses. Reforço aos 4
Febre Amarela 0,5 mL. Via SC vacinadas ou sem comprovante de
anos
vacinação, devem receber 1 dose;

1 dose: 12 meses; Reforço aos 12 meses a 29 anos (2 doses); a partir de


Tríplice viral 0,5 mL. Via SC
15 meses. 30 anos (1 dose)

1 dose: 15 meses. Reforço aos 4


Tetraviral 0,5 mL. Via SC 6 anos, 11 meses e 29 dias.
anos (varicela)

Hepatite A Dose única: 15 meses. 0,5 mL. Via IM 4 anos, 11 meses e 29 dias.
1 dose: 15 meses. Reforço aos 4
DTP 0,5 mL. Via IM 6 anos, 11 meses e 29 dias.
anos (varicela)

Varicela Reforço aos 4 anos 0,5 mL 6 anos, 11 meses e 29 dias.

Reforço a cada 10 anos. Esquema


A partir dos 7 anos (esquema
DT (adulto) 0,5mL incompleto: completá-lo; sem
vacinal completo)
comprovação vacinal realizar 3 doses.

14 anos, 11 meses e 29 dias;


imunodeprimidos até 45 anos.
Vacina HPV Dose única (2024) 0,5 mL. Via IM 9 a 45 anos para imunodeprimidos/
violência sexual
Resgate de adolescentes até < 20 anos

ACWY 11 anos a 14 anos 0,5 mL. Via IM 14 anos, 11 meses e 29 dias.


REFERÊNCIA

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis.
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Brasília, DF, 2014.

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Instrução Normativa que instrui o Calendário
Nacional de Vacinação – 2023.

Você também pode gostar