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SUMÁRIO
2. CENTRO CIRÚRGICO
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ENF. EM CENTRO CIRÚRGICO E CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
Dimensionamento do serviço
• Produto
• Processo
• Serviço
- Deve contar com uma área contaminada, destinada a receber os artigos sujos e
proceder à limpeza e secagem e uma área limpa, na qual os artigos são inspecionados,
preparados, acondicionados, esterilizados, guardados e distribuídos.
- EPIs utilizados: óculos, touca, luva de cano longo (nitrila e butila antiderrapantes),
avental impermeável, botas.
Sentido Unidirecional:
- Recepção - Desinfecção
- Limpeza - Esterilização
- Enxague - Armazenamento
- Secagem - Distribuição
- Preparo
• EXPURGO:
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• Caracteriza-se como um dos locais mais contaminados, pois é nessa área que está
centralizada grande quant. e variedade de artigos sujos com sangue, secreção e
excreções.
- Tecido SMS: composto por 3 camadas (as duas primeiras conferem proteção mecânica,
e a segunda é a principal responsável pela filtragem microbiana). Ex., de artigos
embalados: aventais cirúrgicos, cubas, estojos cirúrgicos, kit de cateterismo vesical de
demora. Validade de 2 meses.
- Tyvik: produtos que são esterilizados na VPRO (peróxido de hidrogênio), p ex., produtos
utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia (bolsa-válvula-máscara; máscaras
inalatórias, nebulizadores). Artigos sensíveis**. Os artigos embalados têm validade
de até 1 ano.
• Área que tem por finalidade centralizar todo material processado e esterilizado para
posterior distribuição às unid. É um local de acesso restrito (área limpa).
I. Nº do lote;
II. Data da esterilização;
III. Data de validade;
IV. Método de esterilização;
V. Nome do responsável pelo preparo.
Tipos de CME
- Manter reserva de material, para atendimento das necessidades das unid. Do hospital.
- Desenvolver as atividades especificas com pessoal treinado para tal, permitindo obter
maior produtividade.
Para finalizar:
- Empacotamento e esterilização
- Estocagem
• É importante o fluxo unidirecional, para que os materiais estéreis não se misturem com os
não- estéreis.
• É importante fluxo do material em linha reta, desde a recepção até a distribuição evitando o
cruzamento de material sujo com material limpo.
• Importante que o espaço possua paredes e pisos laváveis. Possuir sistema de fluxo de ar
continuo – exaustão. Temperatura média entre 21 e 25ºC .Boa iluminação, pias para
lavagens de mãos disponíveis e de fácil acesso.
- 1º teste (quando zera todos os ciclos, ou seja, antes do primeiro ciclo com carga).
- O papel deve passar da cor amarela para preta, assim confirma-se que a bomba pré-
vácuo está funcionando adequadamente.
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B. PACOTE DESAFIO:
➢ Se as ampolas teste e controle ficarem na cor amarela após a incubação, indica que
houve crescimento bacteriano em ambas. Isto indica que a autoclave não está
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➢ Se as ampolas teste e controle estão púrpura após a incubação, pode ter ocorrido
falha na produção dos indicadores biológicos ou falha na incubadora. Neste caso, não
se pode afirmar se a esterilização ocorreu ou não.
PASSO-A-PASSO
Fonte: Kasuko et al., 2011
Identificação do pacote: descrição do conteúdo, data da esterilização e da validade, lote da carga, método
de esterilização e funcionário que realizou o pacote.
• Meio ambiente.
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• Liderança negativa por parte da equipe, o que prejudica o processo de trabalho, pois a
limpeza ou esterilização inadequada pode levar ao reprocessamento de toda carga,
retardando todo trabalho.
• Artigos semicríticos: são aqueles que entram em contato com a pele não íntegra (mas
restrito às camadas da pele) ou com mucosa integra de flora microbiana própria. Necessitam
de desinfecção de alto nível ou esterilização. Ex.: equipamento respiratório, especulo
vaginal, endoscópio, SNE.
• Artigos não-críticos: são aqueles que entram em contato apenas com a pele integra ou os
que entram em contato indireto com o cliente. Requerem limpeza e desinfecção de baixo ou
médio nível. Ex.: termômetro, comadre, roupas de cama, jarras e bacias.
2. CENTRO CIRÚRGICO
• Três aspectos principais são utilizados para avaliar a qualidade e produtividade de serviços
de saúde: Estrutura, Processo e Resultados.
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• Equipe do CC:
Conceitos:
- Áreas críticas – são ambientes onde existe maior probabilidade de infecção, onde se
realizam procedimentos de risco, com ou sem pacientes, ou onde se encontram clientes
imunodeprimidos.
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• Dimensionamento de pessoal;
• Reuniões de Gerenciamento;
• Implementação da SAEP;
• Conferência de materiais;
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➢ Período pós-operatório tardio – compreende desde 15 dias até cerca de 1 ano após
o procedimento anestésico-cirúrgico.
• Primeira intenção – ocorre nas incisões cirúrgicas; as bordas das feridas são aproximadas
com suturas, grampos ou adesivos; neste caso há mínima perda de tecido e de drenagem e
não há sinais de infecção.
• Segunda intenção – as bordas das feridas não podem ser totalmente aproximadas; a pele
e o subcutâneo são deixadas abertas por perda excessiva de tecido ou pela presença de
infecção na ferida, que requer abertura para drenagem.
• Terceira intenção – as bordas das feridas são mantidas abertas, com objetivo de drenagem
e são fechadas quando não existem mais sinais de infecção.
- Hidratação;
- Manejo agressivo da dor para evitar estimulação simpática e vasoconstrição;
- Medidas para manter o paciente aquecido e;
- Suporte emocional para minimizar a ansiedade.
• Classificação:
- Eletiva (pode ser realizada com data prefixada ou em ocasião mais propicia, p ex.,
cirurgia de varizes, adenoidectomia, cirurgias plásticas e reparadoras).
• Finalidade:
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- Ex.: cirurgias com drenagem aberta; cirurgia eletiva no intestino delgado, cirurgia das
vias biliares sem estase ou obstrução biliar, cirurgia gástrica e duodenal, feridas
traumáticas limpas, colecistectomia, vagotomia com drenagem, cirurgias cardíacas
prolongadas com circulação extracorpórea.
- Ex.: cirurgias realizadas no cólon, reto e ânus; em tecido com lesões cruentas e cirurgias
de traumatismo crânio encefálicos abertos. Obstrução biliar ou urinária também se
incluem nesta categoria
- Secção: ato de cortar com tesoura, serra, lâmina afiada, bisturi elétrico, laser, ultrassom.
- Dilatação: obtida pela rotura de fibras musculares ou do tecido fibrosos para aumentar
o diâmetro de canais e orifícios naturais ou de trajetos fistulosos.
• HEMOSTASIA: conjunto de medidas adotadas pelo cirurgião para prevenir, deter ou coibir
o extravasamento sanguíneo no período intraoperatório, consequente ou não a secção
tecidual ou visceral. A hemostasia pode ser natural ou espontânea, temporária ou
definitiva.
• SÍNTESE: é o tempo cirúrgico que consiste na aproximação das bordas dos tecidos
seccionados ou ressecados. Na síntese dos planos, deve ser respeitada a hierarquia
tecidual, sua estratificação, fazendo-se a reconstituição pela síntese de tecidos idênticos
entre si. Pode ser realizada por meio de sutura manual, com fios cirúrgicos ou por sutura
mecânica, com grampos metálicos.
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➢ Fios não absorvíveis: são resistentes à digestão enzimática em tecido animal vivo.
São exemplos os fios de seda, de algodão de polipropileno, de aço inoxidável.
2.8. Eletrocirurgia
• A corrente elétrica do bisturi passa pelos tecidos e percorre partes do corpo causando efeitos
de dissecação, corte e coagulação.
• Dissecção eletrocirúrgica: consiste em fazer uma corrente elétrica pelo tecido, provocando
aquecimento em virtude de sua resistência elétrica. À medida que o tecido se aquece, a
água é lentamente eliminada; nesse processo não a faiscamento.
• Coagulação: oclusão dos vasos por meio da solidificação das substâncias proteicas e da
retração dos tecidos.
• Fulguração eletrocirúrgica:
- Pode ser obtida por meio da aplicação direta do eletrodo ativo sobre a área desejada,
utilizando uma pinça hemostática e tocando a 2 ou 3 cm de sua ponta com o eletrodo
positivo.
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• A corrente elétrica retorna para o gerador em vez de ser devolvida ao fio terra, após ter
atravessado o corpo do paciente. Caso a laca se desconecte durante o procedimento, um
sistema de segurança faz com que o gerador deixe de enviar a corrente, evitando
queimaduras na pele do paciente.
• Acessórios:
• Possui dois polos. O fluxo entre os dois polos e retorno para o equipamento de eletrocirurgia
dispensa eletrodo dispersivo.
• A irrigação com solução de ringer lactato ou com solução salina é empregada durante a
coagulação para reduzir o aquecimento, a secagem, o ressecamento e a aderência do tecido
e da pinça.
• O fio deve ser inspecionado antes de cada uso, para detectar interrupções ou quebra.
Todas as conexões devem estar intactas e limpas.
• A placa neutra deve ser colocada no paciente em local limpo, com pele seca, sem pelos e
sobre grande massa muscular. Proeminência ósseas, tatuagens e superfícies com escaras
e tecido cicatricial devem ser evitadas.
• A placa neutra deve estar totalmente aderida e ser proporcional á idade do paciente.
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• O plug da placa neutra deve ser protegido e mantido afastado da pele do paciente para
não causar lesões.
• No local da placa neutra e ao redor dela, deve-se evitar fluxo de sangue e outros líquidos,
para evitar fuga e divisão de corrente, podendo levar à queimadura da pele.
• A caneta deve ser inspecionada antes de cada uso, para detecção de rachaduras,
sujidades, conexões, etc.
• Durante o uso, a caneta deve ser mantida limpa, livre de resíduos de tecido orgânico, para
garantir o bom contato elétrico com o tecido.
• Observar se o pedal está bem fixado ao chão; observar a interferência de outros aparelhos.
Prevenção de riscos
• Utilização de solução antisséptica aquosa em vez de alcoólica, pois o álcool é uma solução
inflamável.
• Uso racional de O2, que só deve ser administrado em pacientes com risco de dessaturação,
dando preferência a cânula binasal.
• Finalidades da SRPA:
- Facilitar o trabalho de rotina nas unid. De internação, que se desobrigam com a presença
de um recém-operado em condições precárias.
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• Atribuições do Enfermeiro:
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REFERÊNCIAS
1. Graziano KU, Silva A, Psaltikidis EM. Enfermagem em Centro de Material e Esterilização. 1ª ed. Barueri:
Editora Manole; 2011.
2. Carvalho R, Bianchi ERF. Enfermagem em Centro Cirúrgico e Recuperação. 2ª ed. Barueri: Editora
Manole; 2016.
5. Souza SS, Silva SB, Silva MJN, Formigosa LAC. Desafios na implantação de boas práticas na Central
de Material e Esterilização e a segurança do paciente. Revista Eletrônica Acervo Saúde 2020; 12: e4760.
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