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ENF.

EM CENTRO CIRÚRGICO E CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO

SUMÁRIO

1. CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)

1.1. Conceito, funcionamento e tipos de CME


1.2. Monitoramento do Processo de Esterilização
1.3. Atribuições do Enfermeiro na CME
1.4. Artigos médico-hospitalares

2. CENTRO CIRÚRGICO

2.1. Bloco Cirúrgico


2.2. Atribuições do Enfermeiro no CC
2.3. Período Perioperatório
2.4. Cicatrização de feridas
2.5. Classificação e Finalidade das Cirurgias
2.6. Potencial de Contaminação das Cirurgias
2.7. Tempos Cirúrgicos
2.8. Sala de Recuperação Pós-anestésica

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ENF. EM CENTRO CIRÚRGICO E CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO

1. CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)

1.1. Conceito, funcionamento e tipos de CME

• A CME é responsável pelo processamento de todos os materiais utilizados na assistência


à saúde, desde a limpeza, inspeção e seleção quanto à integridade, à funcionalidade
ao condicionamento em embalagens adequadas, até a distribuição desses produtos
esterilizados às unidades consumidoras.

• É respaldada pela RDC nº 15 de 15 de março de 2012.

• É a unidade funcional destinada à recepção, expurgo, limpeza, descontaminação,


esterilização, guarda e distribuição dos materiais.

Dimensionamento do serviço

• Produto
• Processo
• Serviço

- Para o dimensionamento, é importante considerar a demanda diária, que é baseada no


nº e na especificidade de leitos, na existência de CC, no nº de salas de operações, na
média diária de cirurgias, na estocagem e distribuição dos artigos às unidades.

- Deve contar com uma área contaminada, destinada a receber os artigos sujos e
proceder à limpeza e secagem e uma área limpa, na qual os artigos são inspecionados,
preparados, acondicionados, esterilizados, guardados e distribuídos.

- EPIs utilizados: óculos, touca, luva de cano longo (nitrila e butila antiderrapantes),
avental impermeável, botas.

Sentido Unidirecional:

• No Art. 15 da RDC nº 15 o processamento de produtos deve seguir um fluxo direcionado


sempre da área suja para a área limpa, ou seja, sentido unidirecional.

• Etapas do processamento dos artigos:

- Recepção - Desinfecção
- Limpeza - Esterilização
- Enxague - Armazenamento
- Secagem - Distribuição
- Preparo

• EXPURGO:

- Os produtos, encaminhados pelas unidades, são recebidos no EXPURGO, limpos,


secos, conferidos e separados conforme o tipo (instrumentais cirúrgicos, materiais de
aço inoxidável e de vidro, materiais específicos – cânulas, pelas de equipamentos,
equipamentos de ventilação, mecânica), em seguida encaminhados à área de
PREPARO e acondicionamento, onde serão inspecionados, embalados, identificados e

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enviados para a ESTERILIZAÇÃO, em seguida para área de ARMAZENAMENTO e


DISTRIBUIÇÃO.

a. Sala de recepção e limpeza:

• Caracteriza-se como um dos locais mais contaminados, pois é nessa área que está
centralizada grande quant. e variedade de artigos sujos com sangue, secreção e
excreções.

• Na RECEPÇÃO é realizado o check list (conferência e registro de todos os produtos


recebidos para processamento);

• Na etapa de LIMPEZA, os artigos podem ser lavados de forma manual, por


equipamentos como lavadora ultrassônica, lavadoras de túnel (pasteurizadoras), as
termodesinfetadoras. Os artigos são colocados em soluções de detergentes
enzimáticos ou germicidas e esfregados com escovas de limpeza e depois secados
com compressa e/ou toalhas.

• DESINFECÇÃO (sala própria) é a etapa em que se faz o monitoramento dos parâmetros


de efetividade do desinfetante;

b. Sala de preparo e esterilização:

• Área de inspeção, PREPARO e acondicionamento é o local onde os materiais são


inspecionados quanto á presença de sujidade, por meio de teste visuais (lentes
intensificadoras) e químicos, manchas e corpo estranho (p. ex., fio cirúrgico e cabelos); são
selecionados quanto á funcionalidade, à integridade e ao corte de tesouras; os pacotes
são montados e acondicionados (selagem e rotulagem).

• Área de ESTERILIZAÇÃO é o local onde estão localizados os equipamentos de


esterilização, como autoclaves e VPRO. Na etapa de ESTERILIZAÇÃO, o material já está
pronto (identificado), novamente é feito check list.

- Tecido SMS: composto por 3 camadas (as duas primeiras conferem proteção mecânica,
e a segunda é a principal responsável pela filtragem microbiana). Ex., de artigos
embalados: aventais cirúrgicos, cubas, estojos cirúrgicos, kit de cateterismo vesical de
demora. Validade de 2 meses.

- Grau cirúrgico: embalagens de tesouras, pinças, kit de retirada de pontos, artigos


odontológicos;

- Tyvik: produtos que são esterilizados na VPRO (peróxido de hidrogênio), p ex., produtos
utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia (bolsa-válvula-máscara; máscaras
inalatórias, nebulizadores). Artigos sensíveis**. Os artigos embalados têm validade
de até 1 ano.

c. Sala de Armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (ARSENAL):

• Área que tem por finalidade centralizar todo material processado e esterilizado para
posterior distribuição às unid. É um local de acesso restrito (área limpa).

• Os pacotes são armazenados em armários e prateleiras, em local limpo e seco, sob


proteção da luz solar direta e submetidos à manipulação mínima.
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• Transporte e DISTRIBUIÇÃO – o transporte interno para distribuição deve ser feito em


recipientes fechados e em condições que garantam a manutenção da identificação e
integridade da embalagem.

• O material no Arsenal deve ser identificado da seguinte forma:

I. Nº do lote;
II. Data da esterilização;
III. Data de validade;
IV. Método de esterilização;
V. Nome do responsável pelo preparo.

Fonte: Kasuko et al., 2011

Tipos de CME

• Descentralizada: cada unid. do hospital é responsável pelo preparo e esterilização do


material usado.

• Semi-centralizada: cada unid. Hospitalar prepara o material e o encaminha para a central


para sofrerem o processo de esterilização.

• Centralizada: os materiais de uso de todas as unid. Do hospital são processados na CME.


As vantagens incluem:

- Padronização de técnicas de limpeza, preparo e empacotamento, assegurando


economia de pessoal, material e tempo.
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- Manter reserva de material, para atendimento das necessidades das unid. Do hospital.

- Facilitar o controle de consumo, da qualidade do material e das técnicas de esterilização.

- Concentrar o material usado num único local para manutenção de um sistema de


segurança e controle mais eficaz.

- Desenvolver as atividades especificas com pessoal treinado para tal, permitindo obter
maior produtividade.

- Favorecer ensino e desenvolvimento de pesquisas.

Para finalizar:

• A CME deve ser dividida no mínimo em três áreas distintas:

- Descontaminação: a área de descontaminação e limpeza deve possuir uma barreira


física com relação às demais áreas.

- Empacotamento e esterilização

- Estocagem

• É importante o fluxo unidirecional, para que os materiais estéreis não se misturem com os
não- estéreis.

• A unidade (CME) pode se localizar fora do estabelecimento.

• É importante fluxo do material em linha reta, desde a recepção até a distribuição evitando o
cruzamento de material sujo com material limpo.

• Importante que o espaço possua paredes e pisos laváveis. Possuir sistema de fluxo de ar
continuo – exaustão. Temperatura média entre 21 e 25ºC .Boa iluminação, pias para
lavagens de mãos disponíveis e de fácil acesso.

1.2. Monitoramento do Processo de Esterilização

O sistema de controle da esterilização realizada em autoclaves deve incluir o monitoramento de


parâmetros físicos e a utilização de indicadores químicos e biológicos.

• Na Seção X da RDC nº 15 – Monitoramento do Processo de Esterilização, é abordado sobre


o gerenciamento:

- O processo de esterilização deve ser documentado de forma a garantir a


rastreabilidade de cada lote processado.

- Art. 96 – O monitoramento do processo de esterilização deve ser realizado em cada


carga em pacote teste desafio com integradores químicos (classes 5 ou 6), segundo
rotina definida pelo próprio CME ou pela empresa processadora.

- Art. 97 – O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve


ser registrado a cada ciclo de esterilização.
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- Art. 98 – No monitoramento do processo de esterilização dos produtos para saúde


implantáveis deve ser adicionado um indicador biológico, a cada carga. Parágrafo
único. A carga só deve ser liberada para utilização após leitura negativa do indicador
biológico.

- Art. 99 – O monitoramento do processo de esterilização com indicador biológico deve


ser feito diariamente, em pacote desafio disponível comercialmente ou construído pelo
CME ou pela empresa processadora, que deve ser posicionado no ponto de maior
desafio ao processo de esterilização, definido durante os estudos térmicos na
qualificação de desempenho do equipamento de esterilização.

- Art. 100 – A área de monitoramento do processamento de produto para saúde deve


dispor de sistema para guarda dos registros dos monitoramentos.

Fonte: Kasuko et al., 2011

A. TESTE BOWIE & DICK

- 1º teste (quando zera todos os ciclos, ou seja, antes do primeiro ciclo com carga).

- Teste destinado a avaliar a qualidade da bomba pré-vácuo. A bomba pré-vácuo serve


para uniformizar o ar dentro da autoclave. Não garante a esterilização.

- Para o teste, a autoclave deve estar vazia e o processamento dura em torno de 20 a 25


min.

- Não recomendado para autoclaves gravitacionais.

- O papel deve passar da cor amarela para preta, assim confirma-se que a bomba pré-
vácuo está funcionando adequadamente.

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B. PACOTE DESAFIO:

PACOTE DESAFIO CONTENTO INTEGRADOR QUIMICO E BIOLÓGICO

- Integrador biológico: ampola contendo Bacillus Stearothermophylus, bactéria


resistente a altas temperaturas. Teste que valida a esterilização. Depois do ciclo de
esterilização, a ampola é retirada do pacote desafio e colocada para incubar por um
período de 3h.

➢ O indicador biológico esterilizado e o controle positivo (que não foi submetido ao


processo de esterilização) são colocados na incubadora por um período de 3h.

➢ O resultado esperado é que a cor da ampola teste permaneça púrpura (validando a


esterilização, indicando que não houve crescimento bacteriano) e a cor da ampola
controle fique para amarela (valida o processo de incubação, ou seja, teve
crescimento bacteriano).

TESTE NEGATIVO (A ESTERILIZAÇÃO EFETIVA)

➢ Se as ampolas teste e controle ficarem na cor amarela após a incubação, indica que
houve crescimento bacteriano em ambas. Isto indica que a autoclave não está
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funcionando adequadamente ou que foram colocados muitos pacotes, impedindo a


circulação de vapor e dificultando a esterilização.

➢ Se as ampolas teste e controle estão púrpura após a incubação, pode ter ocorrido
falha na produção dos indicadores biológicos ou falha na incubadora. Neste caso, não
se pode afirmar se a esterilização ocorreu ou não.

➢ RESULTADO REPROVADO: o ciclo deverá ser abortado; informar o RT sobre o


ocorrido, solicitando técnico para manutenção e o material deverá passar por novo
processo de esterilização.

- Integrador químico: controla a temperatura, tempo e pressão. Deve passar do rejeitado


para o aceito (ficar todo pretinho). O integrador classe 5 deve ser colocado em todas
caixas e bandejas. Devem ser registrados no prontuário do paciente, para assegurar que
sua leitura foi feita e que o pacote foi liberado após aprovação.

Embalagem dos materiais

PASSO-A-PASSO
Fonte: Kasuko et al., 2011

Identificação do pacote: descrição do conteúdo, data da esterilização e da validade, lote da carga, método
de esterilização e funcionário que realizou o pacote.

1.3. Atribuições do Enfermeiro na CME

• Desempenha papel fundamental como membro em comitê multidisciplinar de produtos, em


especial no requisito segurança.

• Avalia o produto quanto a eficácia, eficiência, efetividade.

• Meio ambiente.

• Planejamento de custos (controle de gastos, visando maior economia e qualidade do


trabalho)

• Objetivo: evidência científica.

• Desenvolver pesquisas e trabalhos científicos que contribuam para o crescimento e as boas


práticas de Enfermagem.

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• Manter-se atualizado acerca das tendências técnicas e científicas relacionadas com o


controle de infecção hospitalar e com tecnologias avançadas no reprocessamento de artigos
hospitalares.

Desafios enfrentados pelo Enf. na CME:

• Comunicação ineficaz com a equipe;

• Liderança negativa por parte da equipe, o que prejudica o processo de trabalho, pois a
limpeza ou esterilização inadequada pode levar ao reprocessamento de toda carga,
retardando todo trabalho.

• Estrutura física inadequada;

• Falta de protocolos e capacitação da equipe;

• Falta de recursos humanos;

1.4. Artigos médico-hospitalares

• Artigos críticos: destinados a procedimentos invasivos em tecidos estéreis por meio da


pele ou mucosa adjacente, bem como todos os sistemas que estejam diretamente
conectados. Estes artigos devem ser esterilizados. Ex.: cateter venoso, instrumental
cirúrgico.

• Artigos semicríticos: são aqueles que entram em contato com a pele não íntegra (mas
restrito às camadas da pele) ou com mucosa integra de flora microbiana própria. Necessitam
de desinfecção de alto nível ou esterilização. Ex.: equipamento respiratório, especulo
vaginal, endoscópio, SNE.

• Artigos não-críticos: são aqueles que entram em contato apenas com a pele integra ou os
que entram em contato indireto com o cliente. Requerem limpeza e desinfecção de baixo ou
médio nível. Ex.: termômetro, comadre, roupas de cama, jarras e bacias.

2. CENTRO CIRÚRGICO

2.1. Bloco Cirúrgico

• Engloba o Centro Cirúrgico e o Centro Obstétrico.

• Três aspectos principais são utilizados para avaliar a qualidade e produtividade de serviços
de saúde: Estrutura, Processo e Resultados.

- A estrutura diz respeito à área física, funcionalidade, equipamentos, instalações,


manutenção, RH, condições financeiras, jurídicas, políticas, entre outras.

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- O processo vale-se de registros, dados, arquivos e prontuários para avaliação da


qualidade dos serviços, como tempo médio de cirurgia, tempo de higienização da sala,
nº de operações/dia, etc.

- Os resultados englobam o planejamento e gestão do enfermeiro.

• Normalmente, o centro cirúrgico fica estrategicamente próximo ao centro obstétrico e UTI.

• O CC é composto basicamente pelo setor de admissão, sala de espera da família, vestiários


de barreira para médicos, enfermagem e funcionários, conforto, posto de enfermagem, sala
pré-operatório, sala cirúrgica, recuperação pós-anestésica.

• Equipe do CC:

- Enfermeiro e equipe de enfermagem


- Cirurgião
- Cirurgião auxiliar
- Anestesiologista
- Instrumentador
- Circulante (técnico de enfermagem)

Conceitos:

• A RDC nº 50 da ANVISA estabelece para diferentes ambientes uma classificação quanto ao


risco de transmissão de infecções:

- Áreas críticas – são ambientes onde existe maior probabilidade de infecção, onde se
realizam procedimentos de risco, com ou sem pacientes, ou onde se encontram clientes
imunodeprimidos.

- Áreas semicríticas – são todos os compartimentos ocupados por pacientes com


doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas. No CC, a
área semicrítica permite a circulação geral de pessoal com uso de uniformes e calçados
adequados.

- Áreas não críticas – são todos os demais compartimentos dos estabelecimentos


assistenciais de saúde (EAS) não ocupados por clientes, onde não realizam
procedimentos de risco. A circulação de pessoal é livre. No CC, a área não restrita
permite circulação livre.

2.2. Atribuições do Enfermeiro no CC

• Ao enfermeiro é atribuída “a responsabilidade de gerenciar a unidade com competência


técnico-administrativa, estabelecer condutas éticas a toda equipe do CC, manter um
ambiente seguro e educar o paciente a respeito de sua doença, tratamento, promoção à
saúde, promovendo o paciente cirúrgico com qualidade”.

• Precisa ser líder;

• Gestão de Recursos Humanos – habilidade ou facilidade em trabalhar em equipe;

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• Interações entre as equipes – as equipes cirúrgica, anestésica, farmacêutica e de


enfermagem devem possuir uma constante interação para atingir o objetivo, que é um
assistência sistemática e global.

• Planejamento cirúrgico – criação e adoção de manuais, que possibilitam maior


organização e uniformização das orientações dos serviços, sistematizando as atividade e a
execução por diferentes profissionais, além de estabelecer pontos de controle de processos
e mensuração de resultados.

• Dimensionamento de pessoal;

• Reuniões de Gerenciamento;

• Reuniões com CCIH;

• Implementação da SAEP;

• Conferência de materiais;

• Receber o paciente na sala cirúrgica;

• Certificar o posicionamento cirúrgico do paciente;

• Assistir ao término da cirurgia e da anestesia.

2.3. Período Perioperatório

• É o período que envolve a experiencia cirúrgica; inclui as fases pré-operatória,


intraoperatória e pós-operatória.

• O período pré-operatório inicia-se no momento em que o paciente é avisado da


necessidade do procedimento até o momento em que é recebido no CC.

- Pré-operatório mediato: desde a notícia do tratamento cirúrgico até as 24h que


antecedem a cirurgia.

- Pré-operatório imediato: compreende as 24h anteriores á cirurgia.

• O período transoperatório é o momento em que o paciente é recebido no CC até o


momento de sua transferência para a SRPA ou UTI; inclui as fases de recepção do paciente;
período intraoperatório e pós-operatório.

- Período intraoperatório é o momento em que o paciente é conduzido à sala cirúrgica


até o seu encaminhamento após o ato cirúrgico (admissão na SRPA).

- Período pós-operatório corresponde ao período pós realização do procedimento


cirúrgico; dividido em três momentos distintos – pós-anestésico, pós-operatório imediato
e mediato.

➢ Pós-anestésico – momento que o paciente chega à recuperação pós-anestésica até


sua alta para a unidade de origem.

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➢ Pós-operatório imediato – considera-se o momento do término dos procedimentos


anestésico-cirúrgicos, prosseguindo pelas primeiras 24h após a cirurgia;

➢ Pós-operatório mediato – período após as 24h iniciais;

➢ Período pós-operatório tardio – compreende desde 15 dias até cerca de 1 ano após
o procedimento anestésico-cirúrgico.

2.4. Cicatrização de feridas

• Primeira intenção – ocorre nas incisões cirúrgicas; as bordas das feridas são aproximadas
com suturas, grampos ou adesivos; neste caso há mínima perda de tecido e de drenagem e
não há sinais de infecção.

• Segunda intenção – as bordas das feridas não podem ser totalmente aproximadas; a pele
e o subcutâneo são deixadas abertas por perda excessiva de tecido ou pela presença de
infecção na ferida, que requer abertura para drenagem.

• Terceira intenção – as bordas das feridas são mantidas abertas, com objetivo de drenagem
e são fechadas quando não existem mais sinais de infecção.

• As medidas sistêmicas para promover a cicatrização da ferida devem maximizar o fluxo


sanguíneo e oxigenação na incisão. Estratégicas especificas incluem:

- Hidratação;
- Manejo agressivo da dor para evitar estimulação simpática e vasoconstrição;
- Medidas para manter o paciente aquecido e;
- Suporte emocional para minimizar a ansiedade.

2.5. Classificação e Finalidade das Cirurgias

• Classificação:

- Emergência (exige intervenção imediata, p ex., hemorragias, traumas)

- Urgência (pode ser realizada em algumas horas; o paciente é mantido em observação;


ex., apendicite);

- Eletiva (pode ser realizada com data prefixada ou em ocasião mais propicia, p ex.,
cirurgia de varizes, adenoidectomia, cirurgias plásticas e reparadoras).

• Finalidade:

- Paliativa: visa compensar as condições do paciente ou para alivio de dor (melhora da


condição clínica); ex., jejunostomia

- Radical: remoção parcial ou total de um órgão ou segmento corporal, p ex., gastrectomia

- Plástica: realizada com instituiu estético ou corretivo, p ex., blefaroplastia, rinoplastia

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- Diagnóstico: extração de pequenos fragmentos de tecidos para exames microscópicos,


p ex., laparoscopia, biopsia.

2.6. Potencial de Contaminação das Cirurgias

De acordo com os riscos de contaminação, as cirurgias são classificadas em:

• Potencialmente contaminadas: são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora


microbiana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de
processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no transoperatório.

- Ex.: cirurgias com drenagem aberta; cirurgia eletiva no intestino delgado, cirurgia das
vias biliares sem estase ou obstrução biliar, cirurgia gástrica e duodenal, feridas
traumáticas limpas, colecistectomia, vagotomia com drenagem, cirurgias cardíacas
prolongadas com circulação extracorpórea.

• Infectadas: são as realizadas em qualquer tecido, na presença de processo infeccioso local


e/ou tecido necrótico.

- Ex.: apendicite supurada;

• Cirurgias limpas: são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de


descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas
grosseiras, cirurgias eletivas com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem aberta.

- Consideram-se cirurgias limpas as realizadas na epiderme, tecido celular subcutâneo,


sistema musculoesquelético, nervoso e cardiovascular.

• Contaminadas: são aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos,


colonizados por flora microbiana abundante, de difícil descontaminação, bem como todas
aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local.
Na presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de 2ª intenção, ou grande
contaminação a partir do tubo digestivo.

- Ex.: cirurgias realizadas no cólon, reto e ânus; em tecido com lesões cruentas e cirurgias
de traumatismo crânio encefálicos abertos. Obstrução biliar ou urinária também se
incluem nesta categoria

2.7. Tempos Cirúrgicos

O conhecimento sobre tempos cirúrgicos fundamentais (diérese, hemostasia, exérese e


síntese) e sua relação com os tipos de hemostasia cirúrgica e os tipos de síntese é de vital
importância para o enfermeiro, independente de sua área de atuação.

• DIÉRESE: constitui a secção tecidual e propicia o campo operatório ou libera estruturas


anatômicas. A diérese pode ser obtida por:

- Secção: ato de cortar com tesoura, serra, lâmina afiada, bisturi elétrico, laser, ultrassom.

- Divulsão: separação dos tecidos com pinça, tesoura ou afastadores;


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- Punção: utilização de instrumentos perfurocortantes, como trocarte ou agulha de Veres,


com varias finalidades, como drenagem de coleção liquida das cavidades ou do interior
dos órgãos, coleta de fragmentos de tecido e de líquidos orgânicos para exame
diagnóstico.

- Dilatação: obtida pela rotura de fibras musculares ou do tecido fibrosos para aumentar
o diâmetro de canais e orifícios naturais ou de trajetos fistulosos.

- Serração: realizada por meio de serra (p. ex., cirurgia ortopédica).

• HEMOSTASIA: conjunto de medidas adotadas pelo cirurgião para prevenir, deter ou coibir
o extravasamento sanguíneo no período intraoperatório, consequente ou não a secção
tecidual ou visceral. A hemostasia pode ser natural ou espontânea, temporária ou
definitiva.

- Hemostasia natural: fechamento espontâneo dos pequenos vasos seccionados em


uma incisão cirúrgica.

- Hemostasia temporária: pode ser cruenta, se for executada no campo operatório, ou


incruenta, se for distante dele. A hemostasia temporária diminui ou contém,
temporariamente, o fluxo sanguíneo durante o ato cirúrgico. É realizada por pinçamento,
garroteamento, tamponamento compressivo, ação farmacológica, parada circulatória
com hipotermia ou oclusão endovascular.

- Hemostasia definitiva: quase sempre cruenta, interrompendo de modo definitivo a


circulação do vaso; pode ser do tipo ligadura, cauterização, sutura, obturação e
tamponamento.

➢ Ligadura (os vasos são amarrados com fio de sutura).

➢ Cauterização (para de sangramento de um vaso provocada pela formação de um


coagulo na extremidade sangrante, resultado da aplicação, p. ex., de eletricidade
– bisturi elétrico).

➢ Obturação (aplicação de substâncias para ocluir a luz do vaso).

➢ Tamponamento (compressão da área sangrante com compressa ou gaze).

• EXÉRESE: é a cirurgia propriamente dita. Nessa etapa, os tecidos já estão separados, a


cavidade aberta, o funcionamento do órgão deverá ser alterado e o órgão deve ser extirpado.
Representa o tempo mais elaborado da intervenção.

• SÍNTESE: é o tempo cirúrgico que consiste na aproximação das bordas dos tecidos
seccionados ou ressecados. Na síntese dos planos, deve ser respeitada a hierarquia
tecidual, sua estratificação, fazendo-se a reconstituição pela síntese de tecidos idênticos
entre si. Pode ser realizada por meio de sutura manual, com fios cirúrgicos ou por sutura
mecânica, com grampos metálicos.

- Os tipos de síntese são incompleta (mantem uma pequena abertura para


exteriorização de dreno); incruenta (aproximação dos tecidos com auxilio de gesso,
ataduras e adesivos); cruenta (aproximação dos tecidos por meio de sutura u cola
cirúrgica.

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- Sutura: os fios cirúrgicos são materiais derivados de substância natural ou sintética,


flexível, usados para unir os tecidos e mantê-los em posição normal até sua total
cicatrização. Quanto à sua capacidade de absorção pelo organismo, são classificados
em dois grandes grupos: fios absorvíveis e fios não absorvíveis.

➢ Fios absorvíveis: podem ser de origem biológica ou sintética. O fio absorvível


biológico, o categute, é obtido a partir da submucosa do intestino delgado de ovelhas
ou da serosa de bovinos. Geralmente são utilizados em suturas gastrointestinais,
ginecológicas e urológicas. Os fios absorvíveis sintéticos são usados em suturas de
mm. fáscias e tecido celular subcutâneo, como exemplo tem-se o ácido poliglicólico;

➢ Fios não absorvíveis: são resistentes à digestão enzimática em tecido animal vivo.
São exemplos os fios de seda, de algodão de polipropileno, de aço inoxidável.

2.8. Eletrocirurgia

• O bisturi elétrico é um equipamento que transforma a corrente elétrica comum de baixa


frequência, em torno de 60 Hz, em corrente elétrica de alta frequência, acima de 100.000
Hz, de modo a obter os efeitos desejáveis sem danos que a corrente elétrica comum
normalmente causa ao paciente, como excitação farádica nos nervos ou migração de íons
no organismo.

• Bisturis elétricos modernos contam com um sistema de monitorização do eletrodo de retorno,


no qual a corrente elétrica retorna para um gerador.

• A corrente elétrica do bisturi passa pelos tecidos e percorre partes do corpo causando efeitos
de dissecação, corte e coagulação.

Utilização do efeito térmico na eletrocirurgia

• Dissecção eletrocirúrgica: consiste em fazer uma corrente elétrica pelo tecido, provocando
aquecimento em virtude de sua resistência elétrica. À medida que o tecido se aquece, a
água é lentamente eliminada; nesse processo não a faiscamento.

- Dissecção tecidual: o aquecimento dos fluidos celulares de 37º C a 100º C se faz de


forma tão rápida que a pressão do vapor resultante leva á explosão das membranas
celulares, acarretando a separação do tecido, ou seja, no corte.

- O corte eletrocirurgico é obtido por meio de faiscamento pelo tecido.

• Coagulação: oclusão dos vasos por meio da solidificação das substâncias proteicas e da
retração dos tecidos.

• Fulguração eletrocirúrgica:

- As faíscas longas produzem primeiro coagulação superficial, evoluindo para necrose


mais profunda à medida que a coagulação continua.

- Pode ser obtida por meio da aplicação direta do eletrodo ativo sobre a área desejada,
utilizando uma pinça hemostática e tocando a 2 ou 3 cm de sua ponta com o eletrodo
positivo.

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- Indicação: para controle rápido do sangramento em grandes áreas, coagulação de


pequenos sangramentos de difícil acesso e destruição de fragmentos de tecido ciático
ou necrótico.

Sistema de eletrocirurgia monopolar

• O sistema de eletrocirurgia monopolar é um equipamento composto de gerador, eletrodo


ativo e eletrodo disperso (eletrodo de retorno).

• A corrente elétrica retorna para o gerador em vez de ser devolvida ao fio terra, após ter
atravessado o corpo do paciente. Caso a laca se desconecte durante o procedimento, um
sistema de segurança faz com que o gerador deixe de enviar a corrente, evitando
queimaduras na pele do paciente.

• Acessórios:

- Canetas com controle manual ou por pedal


- Cabos para canetas
- Pinças monopolares*
- Eletrodos
- Placas* para pacientes adultos e pediátricos, confeccionadas em aço inoxidável ou
em material adesivo descartável
- Cabos para placas
* = descartáveis ou reutilizáveis

Sistema de eletrocirurgia bipolar

• Possui dois polos. O fluxo entre os dois polos e retorno para o equipamento de eletrocirurgia
dispensa eletrodo dispersivo.

• Frequentemente usado com proposito de coagulação.

• A irrigação com solução de ringer lactato ou com solução salina é empregada durante a
coagulação para reduzir o aquecimento, a secagem, o ressecamento e a aderência do tecido
e da pinça.

Cuidados na utilização da placa neutra (eletrodo disperso) e da caneta (eletrodo ativo)

• O fio deve ser inspecionado antes de cada uso, para detectar interrupções ou quebra.
Todas as conexões devem estar intactas e limpas.

• O controle de corte, coagulação e fulguração são acionados, normalmente, pelo próprio


cirurgião, por meio de pedais ou de canetas de bisturi manual. O controle da potência
também é feito no próprio bisturi.

• Os acessórios devem ser conectados de modo a evitar que se soltem ou se desliguem


acidentalmente.

• A placa neutra deve ser colocada no paciente em local limpo, com pele seca, sem pelos e
sobre grande massa muscular. Proeminência ósseas, tatuagens e superfícies com escaras
e tecido cicatricial devem ser evitadas.

• A placa neutra deve estar totalmente aderida e ser proporcional á idade do paciente.
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ENF. EM CENTRO CIRÚRGICO E CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO

• O plug da placa neutra deve ser protegido e mantido afastado da pele do paciente para
não causar lesões.

• No local da placa neutra e ao redor dela, deve-se evitar fluxo de sangue e outros líquidos,
para evitar fuga e divisão de corrente, podendo levar à queimadura da pele.

• Antes de iniciar o procedimento, avaliar a segurança do paciente quanto à prevenção de


efeitos adversos e contato com superfície corpórea com metal; adornos metálicos devem
ser retirados.

• A caneta deve ser inspecionada antes de cada uso, para detecção de rachaduras,
sujidades, conexões, etc.

• A placa neutra e o fio devem ser periodicamente inspecionados quanto à integridade


elétrica.

• O fio e caneta do eletrodo ativo devem ser impermeáveis.

• Durante o uso, a caneta deve ser mantida limpa, livre de resíduos de tecido orgânico, para
garantir o bom contato elétrico com o tecido.

Cuidados de Enfermagem (resumo)

• Testar o equipamento antes do procedimento cirúrgico.

• Selecionar o local da placa (evitar proeminências ósseas, avaliar integridade da pele e


massa muscular; pacientes com próteses metálicas, posicionar o mais afastado possível).

• Proteger o equipamento de eletrocirurgia de líquidos.

• Garantir que o paciente esteja livre de adornos.

• Forrar partes metálicas da mesa operatória.

• Observar se o pedal está bem fixado ao chão; observar a interferência de outros aparelhos.

• Evitar que a placa molhe.

• Garantir que a placa esteja bem fixada.

Prevenção de riscos

• Utilização de solução antisséptica aquosa em vez de alcoólica, pois o álcool é uma solução
inflamável.

• Manter a potência do bisturi elétrico em valores que não causam faíscas.

• Uso racional de O2, que só deve ser administrado em pacientes com risco de dessaturação,
dando preferência a cânula binasal.

• Comunicação eficaz entre a equipe.


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ENF. EM CENTRO CIRÚRGICO E CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO

2.9. Sala de Recuperação Pós-anestésica

• Essa área pertence à planta física da unidade do CC e, portanto, possui as mesmas


características arquitetônicas.

• Local destinado ao atendimento intensivo do paciente.

• Algumas recomendações para o manejo dos pacientes no período pós-operatório incluem a


monitorização das funções respiratória, cardiovascular, neurológica, dor e NVPO.

- Função respiratória (determinação periódica da via aérea, FR, SatO2)

- Função cardiovascular (aferição da PA, FC, ECG em alguns casos)

- Função neurológica (exame físico)

- NVPO (náuseas e vômitos ou força para vomitar)

- Avaliar frequentemente a função neurológica, as escalas de dor, e a presença de


náuseas e vômitos.

- Avaliação do estado de hidratação, temperatura, débito urinário, capacidade de micção


e avaliação do estado de drenos/hemorragia (de acordo com os antecedentes
patológicos ou tipo de cirurgia).

• Finalidades da SRPA:

- Oferecer melhores condições de assistência médica e de enfermagem no pós-operatório


e pós-anestésico imediato.

- Reduzir a mortalidade pós-anestésica e pós-operatória.

- Facilitar o trabalho de rotina nas unid. De internação, que se desobrigam com a presença
de um recém-operado em condições precárias.

- Proporcionar maior segurança aos pacientes e familiares.

- Diminuir os possíveis acidentes pós-operatórios e pós-anestésicos imediatos.

• Índice de Aldrete e Kroulik: utilizado na SRPA como importante instrumento de avaliação


para a evolução no pós-operatório imediato até a alta do paciente.

- Tempo de permanência no leito: aproximadamente 2h, após avaliação do enfermeiro


e valor do score. Normalmente pacientes com índice de Aldrete e Kroulik ≥ 8 recebem
alta da SRPA.

- Critérios de avaliação: atividade, consciência, SatO2, circulação (PA), respiração.

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ENF. EM CENTRO CIRÚRGICO E CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO

Fonte: Google imagens

• Escala de Ramsey: avaliação de pacientes sedados sob efeitos da anestesia,


encaminhados a SRPA.

• Atribuições do Enfermeiro:

- Conferir a identificação do paciente.

- Realizar exame físico.

- Monitorar os SSVV, FC, FR, SatO2, temperatura, nível de consciência e dor.


- Manter as vias aéreas permeáveis.

- Manter o paciente aquecido.

- Verificar as condições do curativo da ferida cirúrgica, fixação de drenos e sondas; anotar


débitos.

- Fazer BHE, se necessário.

- Observar NVPO, se presente comunicar ao medido anestesiologista.

- Observar as infusões venosas, queixas de retenção urinária, de dor.

- Aplicar o índice de Aldrete e Kroulik.

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ENF. EM CENTRO CIRÚRGICO E CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO

• Critérios para alta da SRPA: é de responsabilidade do Enfermeiro a avaliação da alta na


SRPA; devemos levar em conta a estabilidade das condições orgânicas do paciente,
ressaltando os aspectos.

- SatO2 dentro dos limites normais ou a necessidade de suporte de O 2.


- Curativo limpo e seco.
- Paciente em condições de verbalização e orientado.
- Sem dores, vômitos ou náuseas.
- SSVV estáveis.
- Presença de sensibilidade cutânea e motora após bloqueio motor.
- Escala de Aldrete e Kroulik entre 8-10.
- Ausência de sangramento ativo ou retenção urinária.

Obs.: os critérios de alta devem ser avaliados a cada 30 minutos.

REFERÊNCIAS

1. Graziano KU, Silva A, Psaltikidis EM. Enfermagem em Centro de Material e Esterilização. 1ª ed. Barueri:
Editora Manole; 2011.

2. Carvalho R, Bianchi ERF. Enfermagem em Centro Cirúrgico e Recuperação. 2ª ed. Barueri: Editora
Manole; 2016.

3. Malagutti W, Bonfim IM. Enfermagem em Centro Cirúrgico: atualidades e perspectivas no ambiente


cirúrgico. 3ª ed. São Paulo: Editora Thartinari; 2013.

4. Ministério da Saúde. Portaria n° 2616, de 12 de maio de 1998.

5. Souza SS, Silva SB, Silva MJN, Formigosa LAC. Desafios na implantação de boas práticas na Central
de Material e Esterilização e a segurança do paciente. Revista Eletrônica Acervo Saúde 2020; 12: e4760.

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