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CENTRO CIRÚRGICO

PROFA. FRANÇA HELENA/SUSANA REIS FERREIRA


MARÇO/2021
FINALIDADES
• Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar o cliente à unidade de origem,
na melhor condição possível de integridade;
• Servir de campo de estágio para a formação e aprimoramento de recursos
humanos.
• Prover recursos humanos e materiais para que o ato seja realizado dentro de
condições ideais e assépticas;
• Desenvolver pesquisas objetivando o desenvolvimento científico e
tecnológico, em prol dos clientes.
LOCALIZAÇÃO
• O Centro Cirúrgico deve localizar-se em área independente da circulação
geral, livre de ruídos, trânsitos de pessoas e materiais estranhos ao serviço;
próximo à Clínica Cirúrgica, UTI e Recuperação Pós-Anestésica.
ATENÇÃO
O centro cirúrgico se divide em três setores:
• Centro cirúrgico (CC) propriamente dito;
• Sala de recuperação pós-anestésica (SRPA);
• Central de material de esterilização (CME).
NORMATIZAÇÃO
• Portaria MS nº 400/77
• Portaria 1.889/94
• RDC nº 50
• RDC nº 307/2002
• “Deve haver uma sala de operação para cada 50 leitos não especializados ou
15 leitos cirúrgicos”
CENTRO CIRÚRGICO
PROPRIAMENTE DITO
• Salas operatórias - SO, lavabos, vestuários, sala para
acondicionamento de órgãos e sangue, sala de depósito, secretaria,
sala de estar, copa, expurgo, repousos, sala de equipamentos e
materiais.
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-
ANESTÉSICA (SRPA)
• Destina-se a receber e prestar assistência ao paciente sob ação
anestésica. Localiza-se próximo às SOs, permitindo fácil acesso
ao atendimento dos cirurgiões, anestesiologistas e da enfermagem.
CENTRAL DE MATERIAL DE
ESTERILIZAÇÃO (CME)
• Destina-se ao preparo e esterilização do material e equipamentos
usados no CC e nas unidades do hospital. Pode ser centralizada
quando presta serviço a todo hospital ou descentralizada, apenas
vinculada ao CC.
O CENTRO CIRÚRGICO
• “A Unidade de Centro Cirúrgico é o conjunto de elementos
destinados às atividades cirúrgicas, bem como à recuperação pós-
anestésica e pós-operatória imediatas.” (Ministério da Saúde)
• Ambiente crítico: risco aumentado de transmissão de infecção
pelos procedimentos ali realizados
ASSOCIATION OF OPERATING
ROOM NURSES (AORN)
• De acordo com as práticas recomendadas pela AORN (2002), a planta física
do setor precisa proporcionar barreiras que minimizem a entrada de
microrganismos.
• Delimitam-se três áreas para a movimentação de pacientes e da equipe:
Áreas não-restritas
Áreas semi-restritas
Áreas restritas
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO
I. Semi-restrita: área de atendimento assistencial no pré e pós operatório:
RA, guarda de materiais e equipamentos, corredores;
II. Restrita: área de atendimento ao paciente no período intra-operatório e
guarda de material estéril: sala cirurgia;
III.Não restrita: local de acesso dos profissionais que trabalham no CC:
vestiários, secretaria, recepção interna, anatomia patológica, rx, conforto
da equipe.
• Sala dos cirurgiões e anestesiologistas: Destinada aos
relatórios médicos
• Posto de Enfermagem: Reservada ao controle
administrativo do CC. Deve estar em local de fácil acesso
e com boa visão de todo o conjunto do setor.
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO

• Sala de material de limpeza (DML): Destinado à guarda dos materiais


utilizados na limpeza do Centro-cirúrgico.
• Sala para guarda de equipamentos: Área para guarda e recebimento de
equipamentos como: microscópios, bisturis, monitores cardíacos,
respiradores, entre outros. Em condições de uso e utilização imediata.
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO

• Sala para armazenamento de material esterilizado (arsenal): Destinado ao


armazenamento e distribuição dos artigos estéreis, para uso nas salas de
cirurgia.
• Sala de gases medicinais: Destinada ao armazenamento de torpedos de gases
medicinais como oxigênio, ar comprimido, óxido nitroso e especialmente o
nitrogênio para uso em aparelhos específicos ou em casos de emergência.
• Sala de guarda e preparo de anestésicos
DIMENSIONAMENTO DA SO

Tamanhos:
• Pequena: 20 metros quadrados
• Média: 25 metros quadrados
• Grande: 36 metros quadrados
PISO

• O piso deve ser resistente, não-poroso e de fácil limpeza,


permitindo rápida visualização da sujeira, não conter ralos nem
frestas, ser pouco sonoro e bom condutor de eletricidade estática,
ter uma malha de fios de cobre ligada a um fio terra, ser
autonivelante, não conter emendas e ser antiderrapante.
PAREDES

• Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável,


antiacústico e não refletor de luz. Pintadas de cores que evitam a
fadiga visual, as tintas não devem possuir cheiro.
ILUMINAÇÃO

• As lâmpadas na sala de operação devem ser fluorescentes e é


necessário que exista iluminação direta com foco cirúrgico que
deve ter como característica a ausência de sombras, a redução dos
reflexos e eliminação do excesso de calor.
AR CONDICIONADO

• O Centro Cirúrgico deve possuir um sistema de ar condicionado


central com o objetivo de controlar a temperatura e a umidade,
promover adequada troca de ar, remover gases anestésicos e
partículas em suspensão.
TOMADAS

• Devem conter sistema de emergência com gerador próprio e sistema de


aterramento para as instalações elétricas. As tomadas de 110 e 220 volts
devem estar 1,5 de distância do chão devidamente identificadas e
alimentadas por circuitos críticos para aparelho transportável de Raios-X.
LAVABO

• Os lavabos cirúrgicos destinados à degermação de mãos e antebraços devem


possuir profundidade que permita a realização do procedimento sem o
contato com as torneiras e as bordas, conter torneiras com comandos que
dispensem o contato das mãos para o fechamento, o uso de dispensadores de
sabão líquido para degermação e recursos para secagem das mãos.
RECURSOS MATERIAIS

• Classificados em permanentes ou de consumo, o controle dos


materiais utilizados no centro-cirúrgico são de competência da
equipe de enfermagem. Os materiais permanentes podem ser fixos
ou móveis. Os móveis são aqueles que podem ser deslocados ou
acrescidos à sala de operação de acordo com a necessidade no ato
operatório, dentre os quais se destacam:
EQUIPAMENTOS FIXOS

• Negatoscópio;
• Canalização de gases;
• Foco cirúrgico central.
Os materiais de consumo (médico-hospitalares) por se tratar de grande diversidade e
rotatividade podem ser classificados em três tipos:
• Classe A: São os itens de maior importância e que merecem um tratamento
preferencial, justificando procedimentos meticulosos e uma grande atenção por
parte de toda a administração;
• Classe C: São os itens de menor importância e que justificam pouca ou nenhuma
atenção. Os procedimentos são os mais rápidos possíveis.
• Classe B: São os itens em situação intermediária entre as classes A e C.
• Os materiais pertencentes à classe A são os que representam maior custo para o
centro-cirúrgico. Não significa que sejam os de maior custo unitário. Pode ser que
o custo unitário de certo material seja pequeno, conforme a quantidade em que é
usado, pode representar um custo elevado.

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