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CIRÚRGICA
2017
INTRODUÇÃO PARA UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO
O Centro-cirúrgico (CC) pode ser considerado uma das unidades mais complexas do
hospital, pela constante presença de agente estressores, devido às possibilidades de risco
à saúde que os pacientes estão sujeitos ao serem submetidos à intervenção cirúrgica.
Trata-se de um setor de alto custo, tanto pela construção, que deve ser executada de
acordo com normas técnicas e assépticas. Nele são realizadas técnicas estéreis para
garantir a segurança do cliente quanto ao controle de infecção.
Conceito – Ministério da Saúde Conjunto de elementos destinados às atividades
cirúrgicas, bem como a recuperação anestésica e pós operatória imediata
Conceitos – Lamb (2000) “ É o conjunto de ambientes, devidamente localizados,
dimensionados, inter-relacionados e dotados de instalações e equipamentos, com pessoal
qualificado e treinado para a realização de procedimentos cirúrgicos, de forma a oferecer
o máximo de segurança aos pacientes e às melhores condições de trabalho para equipe
técnica”
FINALIDADE
Sendo um setor de circulação restrita, destacam-se, entre suas finalidades:
• Realizar procedimentos cirúrgicos e devolver os pacientes às suas unidades de
origem nas melhores condições possíveis de integridade;
• Servir de campo de estágio para a formação, treinamento e desenvolvimento de
recursos humanos;
• Servir de local para desenvolver programas e projetos de pesquisa voltados para
o desenvolvimento científico e especialmente para o aprimoramento de novas técnicas
cirúrgicas e assépticas.
LOCALIZAÇÃO
O centro cirúrgico deve estar localizado em área de fácil acesso para pacientes
críticos e próximo às áreas de suporte. ( unidades de internação cirúrgica, pronto socorro
e UTI).
Local de pouco ruído para reduzir os estímulos sonoros que possam interferir na
concentração da equipe cirúrgica e desencadear estresse do paciente;
O CC deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a segurança
necessária às técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação de
pessoas, de ruído e de poeira.
O principal e mais importante aspecto físico a ser considerado na localização do
C.C não é o seu local, e sim, a circulação geral interna, que deve ser livre para pessoas
internas e totalmente bloqueada para pessoal de fora.
O acesso ao C.C deve estar interligado de acordo com os profissionais que fazem
parte dele:
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• Pacientes: deve ter acesso pela porta/ entrada principal.
• Pessoal/equipe: deve ter acesso pela entrada dos vestuários que devem estar
interligadas ao C.C.
• Serviço de apoio: devem ter entradas auxiliares para roupas limpas, roupas sujas,
equipamentos, exames, material contaminados.
FLUXO
É de extrema importância que o fluxo interno seja perfeito, evitando que “cruze”
material e/ ou roupas.
Organização do fluxo
Para efeito de controle asséptico, o CC se divide em:
• Área restrita: Tem limites definidos para circulação de pessoal e equipamentos
com rotinas próprias para o controle e manutenção da assepsia; Uso de touca e gorro além
das roupas próprias são obrigatórias; = SO, SRPA, lavabos, CME, corredor interno.
• Área semi-restrita: Permite a circulação de pessoal e equipamentos de modo a
não interferir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia; = Expurgo, copa, sala de
estar, sala de preparo de materiais.
• Área não restrita: Área de livre circulação no ambiente interno do CC. Uso de
roupas próprias. = Vestiários, secretaria, e corredor de entrada.
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Sala de material cirúrgico ou de estocagem de material esterilizado:
Destina-se à recepção, guarda e redistribuição de todo o material limpo e esterilizado a ser
usado no Centro Cirúrgico.
Portas: As portas das salas de cirurgia devem ser largas para facilitar a passagem
de macas e equipamentos cirúrgicos. Devem possuir metal na altura da maca para evitar
seu estrago, ser lavável. É indicado o uso de portas do tipo vaivém que impeçam o uso das
mãos para abri la. Que tenha visor de separação dos ambientes.
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Piso: Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos, sem
fendas ou fissuras, realçar a sujeira, não refletir a luz, impermeável.
Paredes: Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, antiacústico e não
refletor de luz. É proibido o uso de cimento sem nenhum aditivo antiabsorvente para rejunte
de peças cerâmicas ou similares tanto nas paredes quanto nos pisos. Devem ser utilizados
cantos arredondados nas paredes.
Teto: Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não deve
ser poroso, para facilitar a limpeza e impedir a retenção de microorganismos. Deve ser
contínuo, não sendo permitido a utilização de forro falso-removível. É recomendado um
espaço útil de no mínimo 80 cm de altura livre entre a laje do forro e o piso do pavimento
superior, possibilitando assim a instalação de novos equipamentos e a entrada do pessoal
do serviço de manutenção.
Devido ao grande risco de incêndio, pelo elevado número de materiais de fácil
combustão, a sala cirúrgica, além de contar com os equipamentos de combate a incêndio
do centro-cirúrgico (extintores e mangueiras) a sala de cirurgia deve contar com um sistema
de segurança que, através da elevação da temperatura, produz fortes borrifos de água no
ambiente.
SALA OPERATÓRIA
Sala operatória: Dependência do Centro Cirúrgico destinada à realização das
intervenções cirúrgicas. Por isso, o trânsito a ela é restrito e a limpeza é feita com o máximo
rigor, pois deve ser a área mais limpa do centro.
• Tamanho da sala: Depende dos equipamentos necessários aos tipos de
cirurgias a serem realizadas; seu formato deve ser retangular ou oval.
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SALA GASES / REDE DE GASES:
• Oxigênio: O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (utilização de
cilindros avulsos, transportados até o local de utilização) ou centralizado (conduzido por
tubulação central até os pontos de utilização).
• Vácuo clínico: Produzido por bombas, que devem ter capacidade de 100% do
consumo máximo provável, que funcione alternadamente ou em paralelo em caso de
emergência. É importante manter outro tipo de sistema de suprimento autônomo de
emergência, para manutenção da rede de vácuo ou pane da distribuição convencional.
Verde: oxigênio.
Azul marinho: óxido nitroso.
Amarela: ar comprimido medicinal.
Cinza claro: vácuo medicinal.
TERMOS:
• Desinfetar: é destruir apenas os germes.
• Desinfetante: substância química usada para esterilizar para realizar
desinfecção.
• Antisséptico: substância química que impede a proliferação de bactérias.
• Antissepsia: conjunto de medidas usadas para evitar a atividade e
proliferação de microorganismos.
• Bactericidas: agentes que destroem, matam as bactérias.
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• Bacteriostáticos: agentes que inibem o crescimento das bactérias.
• Degermação: é redução ou remoção das bactérias da pele, seja por meio da
limpeza química ou mecânica.
• Esterilidade: resultado da esterilização
• Viricida: agente que destruí os vírus.
LOCALIZAÇÃO
Pode estar vinculado ou não ao Centro Cirúrgico, respeitando as exigências das
Normas Técnicas.
NÃO- CRÍTICOS: são os materiais que entram em contato direto com a pele íntegra.
Exemplo: foco, telefone, mesa cirúrgica, pisos, paredes. Devem ser desinfetados a baixo
nível, inativando algumas formas de germes.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO
ÁREA DE EXPURGO:
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO:
• Calor úmido – vapor saturado sob pressão (autoclave)
• Calor Calor seco – ar quente (estufa)
• Físico Radiação Raio gama de cobalto 60
• Óxido de etileno
• Físico-Químico: Peróxido de hidrogênio, Glutaraldeido aquoso a 2%
• Químico Líquidos: Formaldeido aquoso a 10%, Formaldeido alcoólico a 8%
CONTROLE DE ESTERILIZAÇÃO
É a verificação se os materiais estão realmente esterilizados.
Segundo o Ministério da Saúde, são determinados três mecanismos de controle de
qualidade para esterilização: física, química e biológica.
Observações:
A escala dos funcionários será em forma de rodizio de áreas, pré- determinado.
A escolha da utilização de paramentarão restrita ( pijama) será para limitar ou restringir
o acesso livre .
OS RISCOS ELETROCIRÚRGICOS
• Choques;
• Queimaduras ;
• Fumaça cirúrgica;
• Incêndios;
• Interferência eletromagnética em outros equipamentos.
• Mau funcionamento do equipamento (operacional);
• Mau funcionamento do equipamento (falta de manutenção e/ou calibração
adequada);
• Mau uso do equipamento (desconhecimento do usuário);
• Desatenção do usuário.
MEDIDAS DE SEGURANÇA:
• A intensidade do paciente no local da placa deve ser avaliada antes e depois
da cirurgia particularmente nos pontos de pressão.
• A placa dispersiva deve ser colocada só depois do paciente já está na posição
definitiva para a cirurgia.
• A placa dispersiva deve ser colocada em área limpa, sem pelos e seca.
• Deve ser colocada (placa) mais perto possível do local da cirurgia e no mesmo
lado da cirurgia.
• Colocar a placa em ampla massa muscular evitando saliências ósseas,
próteses de metal sobre a pele, pontos depressa.
• Também tecidos escarificadas devem ser evitadas quando colocar a placa pois
diminui o contato com o corpo.
• Obs: se precisar de gel, placa, devem estar limpa evitando resíduos.
• Contato regular e homogênea da placa dispersiva com o corpo do paciente
para permitir a boa distribuição da corrente.
• Observar que não haja deslocamento da placa da região de contato, quando se
fizer necessário mobilizar o paciente durante o ato cirúrgico.
INTENSIDADE
Quantidade de energia da UEC deve ser tão baixo quanto possível para cada
procedimento determinado pelo cirurgião em conjunto com as recomendações do
fabricante, confirmado pelo circulante. No sistema não isolado uma queda acidental de
energia pode causar queimaduras na área de contato.
VANTAGENS E DESVANTAGENS:
Vantagens:
• A incisão é esterilizante, impossibilitando a propagação de germes ou células
neoplásicas pelo bisturi.
• A obliteração dos capilares com os interstícios linfáticos diminuindo assim a
hemorragia capilar e a secreção pós-operatório da ferida.
• A hemostasia é rápida, permitindo melhor visão do campo operatório.
Desvantagens:
• Não serve para obliterar vasos medianos e grandes.
• Necrose de tecido não se consegue evitar a combustão das células mais
próximas a
• incisão, com o risco de haver complicações nas cicatrização.
COMPLICAÇÕES:
A queimadura é uma consequência do uso inadequado do bisturi elétrico.
• Quando ha contato insatisfatório entre a placa e o paciente.
• Quando ha conecção inadequada entre o aparelho e a placa dispersiva com a
UEC e o fio terra.
• Quando há contato do paciente com as partes metálicas da mesa.
OBS: Unidades modernas são capazes de identificar inadequada aplicação e redução
da área de contato do eletrodo, evitando a queimadura, esta segurança representa
aspecto vital para o paciente.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
• Evitar que a placa molhe com os campos cirúrgicos, com anti-sépticos que
poderão tornar-se condutores de eletricidade;
• Lembrar da incompatibilidade do eletrocautério com uso de gazes, anestésicos
explosivos (éter, ciclopropano);
Conectar a placa no aparelho assinalado: inativo, indiferente, paciente;
• Receber do instrumentador a ponta (estéril) liga-lo no: ativos, activos;
• Aproximar o pedal do bisturi elétrico para perto do cirurgião, se necessário
colocar uma compressa sob o pedal ou tira de esparadrapo para que não deslize no
chão durante o uso.
ROTINAS DO CENTRO CIRURGICO
ORGANIZAÇÃO DE PESSOAL
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O pessoal que atua na unidade pode ser dividido em 3 equipes: com suas
respectivas funções:
Equipe de anestesia
Equipe de cirurgia
Equipe de enfermagem
Estas três equipes prestam assistência direta através de um trabalho harmonioso,
visando a segurança do paciente e à eficiência do ato cirúrgico.
1º Equipe de anestesia: compõe-se de anestesiologista
2º Equipe Cirúrgica: formada pelo cirurgião, assistente e instrumentador
3º Equipe de Enfermagem: composta pela enfermeira, técnica de enfermagem e
auxiliar de enfermagem.
Na admissão do Paciente:
• Verificar sua identificação através do prontuário vindo com ele.
• Verificar condições de tricotomia, ou realiza-la
• Verificar se foram retiradas jóias e próteses, bem como óculos.
• Verificar se o preparo, quando necessário, foi realizado, e o tempo que houve
para finaliza-lo.
Verificar sondagens e seus efeitos
• Transporta-lo para a sala cirúrgica de acordo com o mapa local de cirurgia e
acomoda-lo na mesa cirúrgica.
• Anotar horário de entrada no CC, e horário de entrada na sala de operação.
Transferência do paciente para a mesa de operação:
Após a apresentação do paciente à equipe da sala de operação, ele deve ser
passado para a mesa cirúrgica, mantendo sua privacidade, segurança física e
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emocional e seu conforto. Alguns cuidados devem ser tomados para a
transferência do paciente, como:
• Fazer o nivelamento da altura da mesa cirúrgica com a maca.
• Posicionamento da maca contra as laterais da mesa cirúrgica, evitando assim
• sua movimentação que pode ocasionar a queda do paciente.
• Solicitar ao paciente para que passe para a mesa cirúrgica, se fisicamente
capaz.
• Posicionar confortavelmente o paciente na mesa cirúrgica
Na sala de Cirurgia:
• Puncionar a veia ou auxiliar na instalação dos soros.
• Auxiliar o anestesiologista na indução e manutenção da anestesia.
• Auxiliar a equipe cirúrgica no posicionamento do paciente.
• Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica.
• Colocar o paciente na posição para receber a anestesia
• Em seguida à anestesia, colocar o paciente na posição em que ocorrerá o ato
• cirúrgico.
• Após o paciente ficar em posição, o circulante deve auxiliar a equipe médica
com a colocação dos aventais, deixando abertos os pacotes de luvas e os pacotes de
Lap.
Solicitar ao instrumentador que lhe seja informado sobre os fios e materiais
extras para a cirurgia.
• Abrir os pacotes de compressas e outros materiais que lhe foram solicitados, e
colocar na mesa do instrumentador, dentro das técnicas de abertura de pacotes.
Acender o foco.
Colocar o arco
• Realizar na antissepsia da área operatória
• Colocar a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico (placa do bisturi).
• Auxiliar na colocação dos campos cirúrgicos.
• Prover as mesas do instrumentador e de cirurgião assistente com artigos e
equipamentos necessários ao ato operatório.
• Manter o ambiente asséptico.
• Acompanhar a cirurgia provendo ao instrumentador artigos necessários ao ato
operatório.
• Manter boa iluminação da área cirúrgica
Manter o ambiente calmo.
• Realizar controle de perda sanguínea por meio da pesagem das compressas e
gazes utilizadas.
• Preencher a ficha transoperatória, a fim de fornecer subsídios para
continuidade dos cuidados de enfermagem.
• Prover equipamento para monitoração (cardíaca, oximetria, pressão não-
invasiva, capnografia).
Verificando seus SSVV.
Manter a ordem e a limpeza da sala durante todo o tempo em que a cirurgia
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estiver ocorrendo.
Suprir as necessidades de materiais e medicamentos que lhe forem solicitados.
• Após o inicio da cirurgia, anotar o gasto cirúrgico, anotando tudo de forma clara e
precisa, com atenção aos códigos e quantidades utilizados.
• Realizar a anotação de enfermagem,
• Encaminhar peças para anatomia, de acordo com a rotina local;
• Estar atento à quantidade de medicamentos utilizados, bem como os gases,
devem anotar inicio e termino deles.
• Anotar possíveis queixas do paciente e avisar a equipe, principalmente o
anestesista.
• Após o termino da cirurgia, o circulante deve retirar os campos de cima do
paciente, cobrindo-o com lençol e encaminhá-lo à SRPA de acordo coma orientação
médica.
Retirar da sala todo material, equipamento e roupas que foram utilizados, dando
destino a cada um, de acordo com a rotina do local.
• Solicitar ao serviço de apoio ou semelhante, a limpeza terminal/concorrente da
sala.
• Montar a sala para a próxima cirurgia; caso tenha cirurgia especifica, montar a
sala com equipamentos básicos.
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apropriado designado pela instituição.
• Desprezar artigos de uso único não cortantes em recipientes de lixo apropriados.
• Encaminhar ampolas e frascos vazios de medicamentos controlados ao destino
determinado pela instituição.
• Reunir campo de pano nos “hampers”, revisando-os.
Retirar instrumental das mesas e colocar em suas caixas apropriadas para
• devolução no CME verificando integridade, número de peças e colocando os
mais delicados sobrepostos aos mais pesados.
• Aspirar com o aspirador da sala todos os líquidos restantes em mesa cirúrgica e
encaminhá-lo para limpeza conforma rotina da instituição.
• Cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso.
• Conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas ou
levadas ao expurgo.
• Frascos de aspiração devem ser descartados ou trocados e desinfetados antes
do uso da próxima cirurgia.
• Lâminas de laringoscópios devem sobre processo de limpeza com água e sabão
com pH neutro, utilizando-se uma escova para remoção da sujidade e desinfecção com
álcool a 70%.
• Recolher cubas e avulsos colocando-os no carrinho abastecedor de devolução.
Retirar luvas de procedimentos.
• Lavar as mãos.
• A roupa e o lixo devem ser retirados da sala de operação em carros fechados,
seguindo a rotina da instituição.
• Após as etapas anteriores, realizar a limpeza da sala de operação conforme
• Preconizado pela instituição.
Deve conter na sala cirúrgica:
• Acessórios para o posicionamento do paciente na mesa cirúrgica
• Soluções anti-sépticas (PVPI tópico e degermante, clorexidina).
• Soluções medicamentosas como Ringer simples e lactato, soro fisiológico e
Glicosado.
• Medicamentos de forma geral e anestésicos.
Adesivos (micropore, esparadrapo).
• Impressos, tais como: registro de anestesia, débito de sala, requisição de
exames, descrição de cirurgia, prescrição médica, requisição de hemoderivados, etc.
ANESTESTESIA LOCAL
Esta anestesia é empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico
é infiltrado com um anestésico local como lidocaína ou bupivacaína. Este tipo de anestesia
não envolve perda da consciência e depressão das funções vitais, produzindo perda da
sensibilidade temporária, causada pela inibição da condução nervosa.
ANESTESIA REGIONAL
BLOQUEIOS DE NERVOS PERIFÉRICOS
Através da administração de medicamentos obtemos anestesia de apenas algumas
áreas do corpo.
O anestesiologista administra o anestésico apenas ao redor dos nervos que irão para
o local da cirurgia a ser realizada. Por exemplo, cirurgias sobre a mão podem ser realizadas
com bloqueios dos nervos que inervam a mão, através da administração de anestésicos
próximos a estes, na altura da axila ou do pescoço.
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Na raquianestesia é geralmente administrada ao nível da coluna lombar, obtida
pelo bloqueio dos nervos espinhais do espaço subaracnóide. O anestésico é depositado
junto ao líquor, ocorrendo perfuração da duramater.
As diferenças entre raqui e peridural, são as quantidades totais de anestésicos, o
local onde cada anestésico é administrado e o tipo de agulha utilizada.
CATETER EPIDURAL
A analgesia epidural é administração de fármacos, analgésicos / anestésicos, e que
tem por fim o tratamento da dor.
ANESTESIA GERAL
Esse tipo de anestesia é administrado em cirurgias de grande porte.
Cabeça, pescoço abdome superior, entre elas: Gastroplastia, Gastrectomia,
Enterectomia, Abdominoplastia, Mamoplastia, Crianças.
A anestesia geral é obtida pela combinação de quatro elementos: hipnose, analgesia,
relaxamento muscular e bloqueio das respostas reflexas do organismo ao estresse e ao
trauma cirúrgico.
Um dos objetivos fundamentais da anestesia geral é conferir ao paciente um estado
de inconsciência de instalação suave e rápida, de maneira adequada, durante o tempo
necessário e, a seguir, permitir uma recuperação rápida da consciência.
2 – Inalatória: Anestesia feita pela inalação de gases e vapores anestésicos através das
vias aéreas. Nos pulmões, o anestésico é absorvido pela corrente sangüínea e daí
atinge o cérebro.
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Profundidade da anestesia:
A profundidade da anestesia é determinada por sinais físicos, sendo classificado em quatro
estágios, cada um dos quais com grupo definido de sinais e sintomas.
Estágio II: No segundo estágio, são caracterizados por agitação psicomotora, gritos,
falas, risos, ou mesmo choro, o pulso torna-se rápido e respiração irregular, pode ser
freqüentemente evitado através da administração do anestésico EV. Estágio de delírio e
desaparecimento do reflexo palpebral,pupilas dilatadas e responde ao reflexo da luz.
Vantagens da intubação
• Vias aéreas livres e desobstruídas;
• Redução do espaço morto;
• Diminuição do esforço respiratório;
• Não aspiração de corpos estranhos;
• Possibilidade de aspiração;
• Instalação de respiração artificial;
• Controle da pressão intrapulmonar;
• Prevenção de espasmos laríngeos;
• Maior êxito no caso de ressuscitação cardiopulmonar.
EXTUBAÇÃO
• Avaliar a respiração espontânea do paciente;
• Realizar uma boa oxigenação do paciente;
• Antes da extubação aspirar secreções;
• Retira-se a fixação do tubo;
• Desinsufla o balonete;
• Paciente deve respirar profundo;
• Tracionar a cânula ao final da inspiração –(favorecer a abertura das cordas vocais
evitando seu trauma)
PROBLEMAS COMUNS RELACIONADOS A ANESTESIA:
• Dor Laringite,
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• Náuseas Vômitos,
• Retenção urinária,
• Flebite
COMPLICAÇÕES
Comumente são decorrentes do traumas e pressão:
• Manobras da intubação (traumatismos de dentes, língua , gengiva e lábios);
faringite, laringites, bronquites, etc...
• Pressão do balonete sobre a traquéia (isquemia, necrose, estenose traqueal)
SALA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA
A sala de recuperação pós – anestésica destina-se exclusivamente ao paciente no
pós – operatório imediato. A (SRPA) deve fazer parte do mesmo bloco de centro
cirurgico, ter fácil acesso e contar também com equipe preparada na assistência pós –
operatória.
A unidade deve ser constituída pelos seguintes elementos:
• Área de preparo da medicação;
• Secretaria;
• Rouparia;
• Sala de utilidades;
• Área de tratamento do paciente
A fase de recuperação pós – anestésica requer:
• Medicação;
• Pessoal especializado;
• Equipamentos;
• Monitores cardíacos de cabeceira;
• Carro de emergência / Desfibrilador;
• Maquinas de ECG;
• Respiradores;
• Bandeja de traqueostomia
A sala deve conter:
• Camas com grade
• Colchão térmico
• Aparelho de PA não invasivo
• Iluminação indireta
• Material básico para higiene e conforto do paciente
• Material de urgência, preferencialmente um “carrinho de emergência”.
• Medicamentos como analgésico e antitérmicos
• Materiais descartáveis para uso nos procedimentos de enfermagem.
• Bandejas montadas: traqueostomia, dissecção venosa, curativos, passagem de
intracath, drenagens, cateterização e outros.
A SRPA deve ser silenciosa e seguir os mesmos parâmetros das salas de cirurgia, quanto
a paredes e pisos, e a temperatura ideal deve ser em torno de 20 a 22ºC, ter boa
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ventilação e possuir luz própria.
Ao receber o paciente na SRPA, o auxiliar ou técnico de enfermagem deve
acompanhar e observar o seguinte:
• Diagnósticos médicos e tipo de cirurgia realizada;
• Histórico médico pregresso e alergias;
• Verificar a cirurgia realizada e a equipe que atuou;
• Idade e condição geral do paciente;
• Permeabilidade das vias aéreas;
• Anestésico e outros medicamentos empregados durante o procedimento;
• Quaisquer problemas que tenham ocorrido na sala de cirurgia que poderiam
influenciar o cuidado; Informações específicas sobre as quais o cirurgião ou
anestesiologista desejam ser notificados. Patologia encontrada;
• Líquidos administrados, perda sangüínea estimada e líquidos de reposição;
• verificar nível de consciência,
• SSVV, = Avaliação dos sinais vitais de 15/15 minutos na primeira hora e 30
minutos nas duas horas subsequentes. Depois disso, caso se mantenham
estáveis, serão verificados a cada 4 horas durante as primeiras 24 horas.
• local de incisão cirúrgica,
• tipo de curativo e aspecto,
• locais de dreno e condições dele,
• acesso venoso e tipo de medicamentos infundido.
• Verificar sondas e drenos;
• Controlar diurese;
• Anotar as intercorrências.
• Seguir a prescrição e orientação do anestesista.
O paciente permanece na SRPA até passar o efeito anestésico, ou parte dele, de
acordo com a evolução de seu quadro e avaliação do anestesiologista. Cada hospital tem
sua rotina própria para liberação do paciente da SRPA, fazendo uso de anotações em
impressos próprios da SRPA ou mesmo na folha de anotação de enfermagem.
Independentemente do local, os critérios de avaliação são os seguintes:
• atividade muscular
• respiração
• circulação
• consciência
• coloração da pele
Durante a permanência do paciente na SRPA, estar atento a
qualquer intercorrência, especificamente quanto a:
• Queda de PA e pulso – pois pode ser sinais de choque
• Náusea e o Vômito: A enfermagem deve intervir no primeiro relato de náusea
do paciente para controlar o problema em lugar de aguardar que ela progrida
até o vômito. (Smeltzer & Bare, 2005)
• Dor intensa:
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• Desconforto generalizado
• Distensão abdominal
• Alteração no nível de consciência
• Bradicardia : FC< 60 ( severa <45) e taquicardia: FC> 100 .
• Hipotensão:PA< 90/60 e Hipertensão: PA>140/90
• Dessaturação : satO2 < 90%
ATENÇÃO!
Toda e qualquer intercorrência deve estar bem anotada, e comunicar
imediatamente ao anestesista, para avaliar o paciente e tomar as medidas necessárias.
Complicações gastrointestinais:
As alterações digestivas durante a anestesia incluem:
• modificação do volume, conteúdo e motilidade das vísceras, favorecendo o
aparecimento das principais complicações como náuseas e vômitos e distensão
abdominal.
Complicações cardiovasculares: Problemas comuns incluem:
• hipotensão,
• hipertensão,
• arritmias,
• bradicardia,
• taquicardias,
• disritmias,
• parada cardíaca
• hipovolemia.
Pontos importantes
PREFIXO = RELATIVO A
• Adeno = glândula
• Blefaro = pálpebra
• Cisto = bexiga
• Cole = vesícula
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• Colo = colon
• Colpo = vagina
• Entero = intestino delgado
• Gastro = estômago
• Histero = útero
• Nefro = rim
• Oftalmo = olho
• Ooforo = ovário
• Orqui = testículo
• Osteo = osso
• Oto = ouvido
• Proto = reto
• Rino = nariz
• Salpingo = trompa
• Traqueo = traqueia
SUFIXOS DA TERMINOLOGIA CIRÚRGICA E SEUS SIGNIFICADOS
SUFIXO = SIGNIFICADO
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Cirurgia de urgência: Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser
realizado dentro de 24 a 48 horas. Por exemplo: apendicectomia, brida intestinal.
Cirurgia Curativa: Tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa da doença, devolvendo
a saúde ao paciente. Para essa finalidade é necessárias as vezes a retirada parcial ou total
de um órgão. Este tipo de cirurgia tem uma significação menos otimista quando se trata de
câncer, neste caso, a operação curativa é aquela que permite uma sobrevida de alguns
anos.
Cirurgia Paliativa: Tem a finalidade de atenuar ou buscar uma alternativa para aliviar o
mal, mas não cura a doença.
Grande porte: Com grande probabilidade de perda de fluido e sangue. Por exemplo:
cirurgias de emergência, vasculares arteriais.
Médio Porte: Com média probabilidade de perda de fluido e sangue. Por exemplo:
cabeça e pescoço, ressecção de carcinoma, ortopedia prótese de quadril.
Pequeno porte: Com pequena probabilidade de perda de fluido e sangue. Por exemplo:
plástica mamoplastia e endoscopia.
Quanto ao tempo de duração as cirurgias ainda podem ser classificadas quanto a:
Porte I: com tempo de duração de até 2 horas.
Porte II: cirurgias que duram de 2 a 4 horas.
Porte III: de 4 a 6 horas de duração.
Porte IV: com tempo de duração acima de 6 horas.
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Posição ventral - é a posição em que o paciente é colocado com o abdome para
baixo, tendo a cabeça voltada para um dos lados e apoiada num travesseiro, as pernas
estiradas, os braços ligeiramente flexionados e apoiados em suportes. Esta posição
exige, ainda a colocação, de coxins sob os ombros, para facilitar a expansão pulmonar,
sob a região infra-umbilical e sob a face anterior dos pés, para evitar a distensão
muscular, importante observar expansão pulmonar e liberação das mamas. É indicada
para cirurgias para a região posterior do corpo, (dorsal, lombar, sacrococcígea e occipital
), sendo que, nesta última, a cabeça precisa estar apoiada, pela região frontal, num
suporte acolchoado.
Cuidados de enfermagem :
travesseiros ou coxins no abdome, nos MMII
Complicações possíveis: deslocamento e superestendidos de ombro, compressão de
nervo radial, tensão abdominal, dispneia.
Posição lateral ou sims- nesta posição, o paciente é colocado sobre um dos lados,
tendo a perna inferior estendida e a superior flexionada, separadas por um coxim ou
travesseiro. Coloca-se também, um coxim sob a linha da cintura e, a seguir, fixa-se o
paciente transversalmente à mesa cirúrgica com uma faixa larga de esparadrapo,
passada sobre o quadril. Esta posição é utilizada para as intervenções cirúrgicas de
acesso aos rins.
Cuidados de enfermagem :
travesseiros: sob cabeça, entre as pernas (perna de baixa reta de cima
flexionada).
retorno à posição: lento!
Complicações possíveis: lombalgia, pressão proeminências ósseas (quadril, ombro).
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Posição ginecológica - Nesta posição, o paciente é colocado em decúbito dorsal,
tendo os membros inferiores elevados e colocados em suportes especiais, também
chamados perneiras, e fixados com correias. Deve-se ter o cuidado de evolver-lhe as
pernas com campos ou perneiras de tecido para lhe proporcionar conforto e segurança.
Esta posição está indicada para as cirurgias ginecológicas, proctológicas, algumas
urológicas e exames endoscópicos.
Cuidados de enfermagem :
bandagens, meias
cirurgias > 2h = atenção com:
uso de suportes MMII: flexão extrema coxas (função respiratória = pressão
abdominal contra diafragma).
Cuidados de enfermagem :
As intervenções de enfermagem para o paciente submetido à cirurgia ortopédica
dependem do tipo de posição e a avaliação prévia deve ser realizada para conhecer as
especificidades de cada paciente. Checar se os equipamentos e mesa operatória estão
limpos e seguros, movimentar o paciente com cuidado, colocá-lo na posição desejada e
fixá-lo, ter cuidado com pontos de pressão,
PRÉ-OPERATÓRIO
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
• Atender o paciente conforme suas necessidades psicológicas (esclarecimento
de dúvidas);
• Verificar sinais vitais;
• Pesar o paciente;
• Colher material para exames conforme solicitação médica;
• Orientar higiene oral e corporal antes de encaminhar o paciente para o centro
cirúrgico;
• Manter o paciente em jejum, conforme rotina;
• Fazer tricotomia conforme rotina;
• Orientar o paciente a esvaziar a bexiga minutos antes da cirurgia;
• Retirar próteses dentárias, jóias, ornamentos e identificá-los;
• Encaminhar o paciente ao centro cirúrgico
- Trans-operatório: do momento em que o paciente é recebido no CC até o
momento em que é encaminhado para a sala pós-anestésica;
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- Intra-operatório: do início até o final da anestesia;
- Recuperação pós-anestésica: do momento da alta do paciente da sala de
operação até sua alta da sala de recuperação pós-anestésica;
PÓS OPERATÓRIO
É o período que se inicia a partir da saída do paciente da sala de cirurgia e perdura até
a sua total recuperação.
Subdivide -se em:
• Pós-operatório imediato: da alta do paciente da sala de recuperação pós
anestésica até as primeiras 48 horas pós operatórias.
COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS
• Náuseas e vômitos efeitos colaterais dos anestésicos, diminuição do
peristaltismo ocasionam distensão abdominal, acúmulo de líquido e restos
alimentares
• Cuidados: Lateralizar a cabeça em caso de sonda nasogástrica: abrir e aspirar
• Reposição de líquidos, Dieta gradativa.
• Constipação intestinal = Ocorre pela diminuição do peristaltismo provocado
pelo anestésico,imobilidade no leito, exposição e manipulação do intestino.
• Sede = Provocada por perdas sanguíneas,de líquidos pela cavidade exposta
hipertermia.
COMPLICAÇÕES VASCULARES
Trombose, embolia.
Hemorragia
• Interna: sangramento não visível.
• Externa: sangramento visível, acontece nas 24h Sintomas: desconforto, palidez
intensa, mucosa descorada, taquicardia,dispnéia, dor.
PROCEDIMENTOS CIRURGICOS
Cirurgia é a parte do processo terapêutico em que o cirurgião realiza uma
intervenção manual ou instrumental no corpo do paciente.
LOBECTOMIA E PNEUMNECTOMIA
• Lobectomia: retirar uma lesão que está localizada em uma área determinada,
ou seja, em um lobo pulmonar.
• Pneumonectomia: retirada de todo um pulmão. Cirurgia indicada
principalmente em casos de câncer, quando a área afetada não pode ser
removida por meio de procedimentos anteriores.
CONDUTA PRÈ OPERATÓRIA /CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Esclarecer as duvidas;
• Manter a família informada sobre as etapas entre pré e o pós- operatório;
• Orientar e instruir o paciente com relação a exercícios respiratórios que devera
realizar no PO ( se não tiver na instituição fisioterapeuta);
• Comunicar a enfermeira caso observe qualquer sinal de infecção nas VAS,
amigdalite ou faringite , ou como na boca e dentes.
• Dar ao paciente liberdade para que expresse seus medos e suas duvidas
• Orientar o paciente sobre PO quanto aos drenos, a secreção sanguinolenta, a
dor e ao tempo de permanência na SRPA, de acordo com seu grau de entendimento.
• Evitar julgamento pessoal e não usar o momento para acusações ou
imposições, caso o paciente seja fumante.
• Manter o cuidados com oxigenioterapia.
CONDUTA PÓS OPERATÓRIA /CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Manter o paciente em posição prescrita (em geral , posição fowler, com
lateralizações alteradas);
• Aspirar as secreções de maneira correta e efetiva;
• Manter ambiente úmido e arejado;
• Realizar trocas de curativos, observando técnicas rigorosamente assépticas;
• Registrar a evolução da FO e comunicar: dor, vermelhidão, edema,
sangramento, secreção purulenta, mau cheiro, área de necrose tecidual;
• Observar e Comunicar: dispnéia, cianose, dor torácica;
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• Manter as medicações prescritas, controladas o gotejo das infusões venosas;
• Manter cuidado de higiene rigoroso;
• Estimular a ingesta hídrica;
• Incentivar a movimentação no leito e a deambulação precoce;
BRONCOSCOPIA
Broncoscopia: introdução do bronscoscopio através da laringe, traquéia e
brônquios, permitindo a visualização dessas vias.
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DRENAGEM DE TÓRAX:
• Comunicar imediatamente sinais de: taquicardia, cianose, pressão torácica,
hemorragias, sinais de enfisema subcutânea.
• Atentar aos cuidados rigoroso com drenos, verificando se o sistema está
funcionando corretamente, comunicando: escape de ar pelo dreno, borbulho
excessivo no frasco de vedação com água.
• Observar para que o frasco permaneça bem-fechado;
• Manter o tubo de látex conectado ao dreno de tórax com folga suficiente para
permitir ao paciente movimentar-se no leito.
• Atentar a pinçar somente o dreno sob recomendação medica, ou para a troca
de frascos.
• Evitar formas de alças nas tubulações
• Estimular a mudança de decúbito;
• Estimular exercícios respiratórios; = Fisioterapia
• Proteger os frascos de drenagem contra acidentes, mantendo-os abaixo do
tórax do paciente sem coloca-lo no chão;
• Manter o leito semi-fowler para facilitar a drenagem;
• Realizar troca do curativo do local de inserção dos drenos uma vez ao dia.
• Anotar o aspecto do curativo e FO.
• Anotar a quantidade drenada e o aspecto
TRAQUEOSTOMIA
Traqueostomia: abertura externa feita na traqueia, indicada nos problemas
respiratórios, ou longa permanência de intubação.
CIRURGIAS CARDIACAS
A cirurgia do coração aberto é mais comumente realizada para a doença da
artéria coronariana, disfunção valvular e defeitos cardíacos congênitos.
POS DE CIRURGIA CARDÍACA:
• CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO: conhecida como
ponte de safena, consiste na implantação de um enxerto com veias da perna (
safena), onde uma extremidade é anastomosada na aorta e a outra é fixada a uma
parte distal de um vaso coronariano, de modo a restabelecer um eficiente fluxo
sanguíneo ao músculo cardíaco irrigado pela artéria.
• CIRURGIA DE VALVULOPLASTIA: reparo de uma válvula cardíaca é
conhecido como valvuloplastia, e reparo das comissuras entre os seus folhetos
chamadas de comissurotomia.
• CIRURGIA DE PERICARDIOTOMIA: é realizada quando ocorre o acumulo de
liquido no pericárdio conseqüente de doenças neoplásicas.
PÓS OPERATÓRIO
• Medicar para dor COM, pois é bastante intensa no PO;
• Observar e comunicar retenção urinaria;
• Observar e comunicar sangramento;
• Manter a individualidade e privacidade durante procedimentos como troca do
curativo;
• Manter a higiene da área perianal;
• Controlar e anotar a frequências das evacuações;
• Auxiliar nos banhos de assento, principalmente antes e/ou após as
evacuações;
• Estimular a deambulação precoce;
• Orientar para manter-se em decúbito lateral, com travesseiro entre os joelhos;
• Comunicar e orientar para que o paciente comunique a saída de secreção na
área operada.
CIRURGIA RENAL
Nefrectomia: (remoção do rim), transplante renal para insuficiência renal
crônica, procedimentos para remover obstrução, tal como cálculos ou tumores,
procedimentos para introduzir tubos de drenagem, (nefrostomia). As abordagens variam,
mas podem envolver o flanco, as regiões torácicas e abdominal. A nefrectomia é mais
utilizada, para tumores malignos do rim, mas também pode estar indicada para
traumatismo e rim que não mais funciona devido a distúrbios obstrutivos e outras doenças
renais. A ausência de um rim não leva a uma função renal inadequada quando o rim
remanescente é normal.
Nefrostomia: abertura do rim para colocação de um cateter com finalidade de
drenar a urina.
Pòs Operatório
• Cuidados gerais
• Inspecionar a área da incisão quanto a indícios de sangramento ou hemorragia.
• Manter a permeabilidade dos tubos de drenagem urinária (nefrostomia, cateter
suprapubiano ou uretral) e extensores uretrais, quando indicados.
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• Monitorar as extremidades inferiores e o estado respiratório quanto a
complicações trombólicas.
• Observar sons intestinais, distensão abdominal e dor que possa indicar íleo
paralítico e necessidade de descompressão nasogástrica.
• Monitorar e comunicar sinais e sintomas de hemorragias/ choque: hipotensão,
sudorese, palidez, pele fria, mal-estar, sede, taquicardia, oliguria, taquipneia, agitação,
inquietação.
• Observar FO e comunicar: sangramento, deiscência de sutura.
• Monitorara e comunicar sinais de infecção: calafrios, febre, aumento da dor na
FO, hiperemia e calor na FO.
• Promover a eliminação urinária, evitando a infecção.
• Realizar ou observar o equilíbrio hídrico;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM NEFROSTOMIA
• Ver os cuidados gerais;
• Aferir SSVV;
• Manter paciente tranqüilo, explicando todos os procedimentos;
• Lavar bem as mãos antes de todos os procedimentos;
• Observar o sangramento no local;
• Manter o cateter aberto;
• Realizar curativo utilizando técnica asséptica;
• Cuidar para não tracionar o cateter;
• Incentivar a ingesta hídrica;
• Controlar e anotar o volume drenado.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM CISTOSTOMIA
• Ver os cuidados gerais;
• Aferir SSVV;
• Manter paciente tranqüilo, explicando todos os procedimentos;
• Lavar bem as mãos antes de todos os procedimentos;
• Fixar a sonda com adesivo na parede do abdômen ( fazer rodízio);
• Conectar a sonda a um sistema estéril fechado;
• Observar se a sonda esta drenando adequadamente;
• Manter local da inserção da sonda limpo e protegido com curativo;
• Controlar e anotar volume drenado;
• Incentivar a ingestão hídrica.
CIRURGIAS NO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO
Vasectomia: ressecção do canal deferente, sendo bilateral e utilizada como
procedimento de esterilização.
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impede a exposição da glande, provocando dor, infecção devido a dificuldade de higiene
e predispõe ao câncer do pênis é considerada uma pequena cirurgia, em geral é feita
na infância.
Pré Operatório
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Pós Operatório
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• Controlar e anotar o volume de drenagem caso sejam colocados drenos
(portovac) nas regiões inguinais.
• Orientar que a dieta rica em fibras facilitando evacuações;
• Orientar a higiene domiciliar;
• Manter a sonda fixa na coxa com fita adesiva.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM MASTECTOMIA
• Cuidados Gerais
• Observar e lembrar a equipe para jamais utilizar o braço do lado onde foi
realizado o procedimento cirúrgico para: aferir SSVV, aplicar IM, EV ou qualquer
infusão venosa.
• Medir e anotar a drenagem, quando houver dreno (porto-vac);
• Manter a paciente em posição semi-fowler;
• Manter o braço do lado operado levemente e apoiado, para facilitar a
drenagem linfática;
• Observar sinais de cianose de extremidades no braço do lado operado;
• Realizar trocas de curativo, observando técnicas rigorosamente assépticas;
• Observar sinais de edema no local após a retirada do dreno;
• Utilizar o termo incisão ao referir-se a cicatriz, pois é menos agressivo;
• Incentivar o autocuidado e inicio dos exercícios o mais breve possível, com
especialista ( fisioterapeuta).
CIRURGIAS ORTOPEDICAS
Amputação: remoção de uma extremidade em geral devido a doença
vascular periférica, ou traumatismo.
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• Edema: inchaço provocado pelo aumento de líquido entre os tecidos.
• Deformidade: a fratura produz uma posição anormal ou angulação num
local que não possui articulação.
• Impotência funcional: a lesão impede ou dificulta os movimentos, devido
à dor e à alteração musculo - esquelética.
• A vítima geralmente protege o local fraturado.
Luxação: é um termo que descreve uma lesão onde as extremidades ósseas que
formam uma articulação ficam deslocadas. Em outras palavras: luxação é o desencaixe
de um osso da articulação.
DRENOS
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REFERENCIA
04. POTTER, P.A & PERRY, A .G. Fundamentos de enfermagem.4. ed., Rio de
Janeiro, Guanabara koogan,1999.
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