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Centro Cirúrgico, Centro

obstétrico, sala de
recuperação anestésica e
CME: estrutura e
organização.
Enfª Michelle Soares
INTRODUÇÃO
No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) define o CC como um “conjunto
de elementos destinados às atividades cirúrgicas, bem como à
recuperação anestésica”, e pode ser considerado uma organização
complexa, em virtude de suas características e da assistência
especializada.
O CC é composto por um conjunto de áreas, dependências interligadas
e instalações, de modo a permitir que os procedimentos anestésico--
cirúrgicos sejam realizados em condições assépticas ideais, a fim de
promover segurança para o paciente e conforto para a equipe que o
assiste.
INFINALIDADES E OBJETIVOS
• Prestar assistência integral ao paciente cirúrgico em todo o período
perioperatório.
• Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar o paciente à unidade,
na melhor condição possível de integridade.
• Proporcionar recursos humanos e materiais para que o procedimento
anestésico-cirúrgico seja realizado em condições técnicas e assépticas
ideais.
• Favorecer o ensino e servir como campo de estágio para a formação e
o aprimoramento de recursos humanos.
• Desenvolver programas e projetos de pesquisa voltados para o
progresso científico e tecnológico.
CONCEITO
Cirurgia são técnicas realizadas por profissionais da área da medicina,
sendo realizadas por vários motivos baseando-se na obtenção da cura
ou no alívio dos sintomas. Um procedimento cirúrgico pode ser
paliativo (p. ex., melhorar as condições de vida do cliente), corretivo (p.
ex., finalidade estética ou de correção), curativo (p. ex., remoção de um
tumor ou de um apêndice inflamado) radical (p. ex., remoção parcial ou
total de um órgão ou segmento) ou diagnóstico (p. ex., retirada de
matéria para exames ou exploradora. [BRUNNER & SUDDARTH; 2005]
CENTRO CIRÚRGICO
Definido como a unidade designada para a realização de atividades
cirúrgicas, bem como à recuperação pós-anestésica e pós-
operatória imediata.
IMPORTANTE

A aceitação ao tratamento cirúrgico, apesar do medo da


anestesia, da dor, da morte, do desconhecido e da alteração
da imagem corporal, está geralmente relacionada à confiança
que o usuário deposita na equipe profissional e na estrutura
hospitalar, daí a importância de estarmos atentos ao tipo de
relação interpessoal que especificamente temos com este
usuário.
O atendimento ao usuário cirúrgico é feito por um
conjunto de setores interligados, como o pronto-
socorro, ambulatório, enfermaria clínica ou
cirúrgica, centro cirúrgico (CC) e a recuperação pós-
anestésica (RPA). Todos estes setores devem ter um
objetivo comum: proporcionar uma experiência
menos traumática possível e promover uma
recuperação rápida e segura ao cliente.
• O ambulatório ou pronto-socorro realiza a anamnese, o exame
físico, a prescrição do tratamento clínico ou cirúrgico e os exames
diagnósticos. A decisão pela cirurgia, muitas vezes, é tomada
quando o tratamento clínico não surtiu o efeito desejado.
• O usuário pode ser internado um ou dois dias antes da cirurgia,
ou no mesmo dia, dependendo do tipo de preparo que a mesma
requer. O usuário do pronto-socorro é diretamente encaminhado
ao centro cirúrgico, devido ao caráter, geralmente, de emergência
do ato cirúrgico. O centro cirúrgico é o setor destinado às
intervenções cirúrgicas e deve possuir a recuperação pós-
anestésica para prestar a assistência pós-operatória imediata.
• Após a recuperação anestésica, o usuário é encaminhado à
unidade de internação, onde receberá os cuidados pós-
operatórios que visam prevenir a ocorrência de complicações.
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS

As cirurgias são classificadas


conforme o momento em que se
encontra a necessidade do cliente em
realizar a mesma, podendo ser:
EMERGÊNCIA
O paciente requer atenção imediata; o distúrbio
pode ameaçar a vida.

Prazo: Não pode adiar.

Ex.: Hemorragia intensa, obstrução vesical ou


intestinal, fratura de crânio, ferimentos com armas
de fogo ou branca, queimaduras extensas
.
URGÊNCIA

O paciente requer atenção imediata.

Prazo: de 24 a 30h.

Ex.: Infecção aguda da vesícula biliar, cálculos


renais ou ureterais
NECESSÁRIA

O paciente precisa fazer a cirurgia.

Prazo: de algumas semanas ou meses.

Ex.: Hiperplasia de próstata, sem obstrução


vesical; distúrbios da tireoide; catarata
ELETIVA
O paciente deverá fazer a cirurgia.

Prazo: a não realização da cirurgia não representa


catástrofe

Ex.: Reparo de cicatrizes, hérnia simples


OPCIONAL

A decisão é do paciente.

Prazo: Preferência pessoal.

Ex: Cirurgias cosméticas.


CLASSIFICAÇÃO DA CIRURGIA PELO
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO

O potencial de contaminação é entendido como o risco de


exposição para infecção, sendo dividido como:

• Cirurgia Limpa
• Cirurgia Potencialmente Contaminada
• Cirurgia Contaminada
• Cirurgia Infectada
CIRURGIA LIMPA

Realizadas em tecidos estéreis ou de fácil


descontaminação, na ausência de processo infeccioso
local, sem penetração nos tratos digestório, respiratório
ou urinário, em condições ideais de sala de cirurgia.

Exemplo: cirurgia de ovário; cardíaca; vascular e de


mama.
CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADA

Realizadas em tecidos de difícil


descontaminação, na ausência de supuração
local, com penetração nos tratos digestório,
respiratório ou urinário sem contaminação
significativa.

Exemplo: redução de fratura Exposta.


CIRURGIA CONTAMINADA

Realizadas em tecidos de difícil descontaminação, na


ausência de inflamação local, com penetração nos tratos
digestório, respiratório ou urinário sem contaminação
significativa.

Exemplo: Cirurgias de vias biliares, estomago e duodeno,


jejuno, íleo, colón e reto, Apendicectomia;
CIRURGIA INFECTADA

Realizadas em tecido com supuração local, tecido


necrótico, feridas traumáticas sujas.

Exemplo: cirurgia do reto e ânus com pus.


PERÍODOS CIRÚRGICO
O ato cirúrgico e dividido em três períodos:

• Pré-operatório (antes)

• Perioperatório (durante)

• Pós-operatório (após)
ENFERMAGEM E O CENTRO CIRÚRGICO
A enfermagem se faz presente nas intervenções
cirúrgicas desde os primórdios das cirurgias
juntamente com os chamados “cirurgiões
barbeiros”, onde as mesmas eram responsáveis pelo
ambiente seguro, confortável, higiênico.
RECURSOS HUMANOS DO CENTRO
CIRÚRGICO
• No CC atuam profissionais com diferentes
formações, desempenhando diversas funções,
mas com um objetivo em comum: O bem estar
do cliente!
• Equipe multiprofissional harmoniosa
• Algumas equipes trabalham rotineiramente no
Centro Cirúrgico, vejamos a seguir:
EQUIPE DE ANESTESIA
Composta por médicos anestesiologistas e auxiliares de
anestesia;
Cabe ao anestesista:
• Proceder ato anestésico;
• Avaliar por meio de anamnese e exame físico se o cliente tem
condições ou não de ser submetido à anestesia;
• Prescrever medicação pré-anestésica ;
• Planejar, executar a anestesia e vigiar o cliente;
• Após a cirurgia, encaminhar o cliente à SRPA, dando
assistência durante esse período e responsável pelos critérios
de alta do local.
EQUIPE CIRÚRGICA
Constituída por cirurgião titular, assistente e instrumentador
cirúrgico.
• Cirurgião titular é responsável pelo planejamento, comando e
execução; Cabe a ele a decisão de agregar mais de um cirurgião
assistente;
• O primeiro assistente é um médico que auxilia o cirurgião no ato
operatório, sendo capaz de substituí-lo se necessário;
• As atribuições do instrumentador serão abordadas na equipe de
enfermagem, mas o médico pode exercer essa função.
EQUIPE DE LIMPEZA
• Formada por auxiliares de limpeza;
• Responsáveis pela limpeza de todo CC e SO;
• Geralmente são da equipe do próprio hospital;
• Necessitam de treinamento, educação continuada e
são supervisionadas pelo enfermeiro do CC para que
executem seu trabalho de acordo com as normas da
CCIH;
A EQUIPE DE ENFERMAGEM

É composta por enfermeiro, técnico e auxiliar


de enfermagem.
ENFERMEIRO
• Assistencial: responsável por todos cuidados de enfermagem
a serem dispensados aos clientes submetidos a uma
intervenção cirúrgica;

• Coordenador: ou chefe, que responde pela administração da


unidade no que diz respeito à enfermagem.

• Em algumas instituições um único enfermeiro assume as


duas funções.
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
• O técnico trabalha diretamente com o enfermeiro
assistencial, ajudando-o na prevenção e controle dos riscos
físicos que possam ocorrer aos clientes no CC;
• Manutenção de aparelhos e equipamentos;
• Controle de validade dos materiais esterilizados ;
• Identificação e encaminhamento das peças cirúrgicas aos
laboratórios;
TÉCNICO EM ENFERMAGEM

• Exercer função de circulante quando necessário (Auxiliar


a equipe cirúrgica, a recepção do paciente, atendimento
durante a cirurgia, montagem da sala operatória,
relatórios e auxiliar o anestesista.

• A função de instrumentador cirúrgico quando


desenvolvida por funcionário do hospital, o ideal que
tenha especialização em instrumentação cirúrgica.
AUXILIAR ADMINISTRATIVO
• Também chamado de escriturário;

• Supervisionado pelo enfermeiro;

• Responsável pelos procedimentos administrativos relativos


ao CC (digitar programação diária e encaminhar aos setores,
levantamentos estatísticos...)
A ESTRUTURA DO CENTRO CIRÚRGICO (CC)

A unidade de centro cirúrgico destina-se às


atividades cirúrgicas e de recuperação anestésica,
sendo considerada área critica no hospital por ser
um ambiente onde se realizam procedimentos de
risco e que possui pacientes com sistema de defesa
deficiente e maior risco de infecção.
• A equipe do CC é composta por diversos profissionais:

• anestesistas, cirurgiões, instrumentador cirúrgico,


enfermeiro, técnico em enfermagem, podendo ou não
integrar a equipe o instrumentador cirúrgico e o
auxiliar administrativo.
Para prevenir a infecção e propiciar conforto e
segurança ao paciente e equipe cirúrgica, a planta
física e a dinâmica de funcionamento possuem
características especiais. Assim, o CC deve estar
localizado em área livre de trânsito de pessoas e de
materiais.
Devido ao seu risco, esta unidade é dividida em áreas:
• Não-restrita - as áreas de circulação livre são consideradas áreas não-
restritas e compreendem os vestiários, corredor de entrada para os
clientes e funcionários e sala de espera de acompanhantes. O vestiário,
localizado na entrada do CC, é a área onde todos devem colocar o
uniforme privativo: calça comprida, túnica, gorro, máscara e propés.
• Semi-restritas - nestas áreas pode haver circulação tanto do pessoal
como de equipamentos, sem contudo provocarem interferência nas
rotinas de controle e manutenção da assepsia. Como exemplos temos as
salas de guarda de material, administrativa, de estar para os
funcionários, copa e expurgo. A área de expurgo pode ser a mesma da
Central de Material Esterilizado, e destina-se a receber e lavar os
materiais utilizados na cirurgia.
• Restrita - o corredor interno, as áreas de escovação
das mãos e a sala de operação (SO) são consideradas
áreas restritas dentro do CC; para evitar infecção
operatória, limita-se a circulação de pessoal,
equipamentos e materiais.
INSTALAÇÕES ACESSÓRIAS:
 Vestiário
 Secretaria
 Posto de enfermagem
 Área de recepção e transferência
 Lavabos
 Corredores
 Sala de medicamentos e materiais
 Rouparia
 Áreas de apoio
 Sala de recuperação pós-anestésica
 Sala de operação ou de cirurgia
A SALA DE OPERAÇÕES
• Amplas
• Cantos arredondados - limpeza
• Piso e portas laváveis
• Revestimento liso, não poroso, sem relevos
• Janelas
• Vidro duplo
• Proteção de tela
• Portas
• Amplas e com visor de vidro
A SALA DE OPERAÇÕES
Mobiliário
• Mínimo necessário
• Peça central: mesa de operações
• Base
• Segmentos articulados
• Mesas auxiliares
• Colocação do instrumental cirúrgico
• Instrumentador
• 50 x 90 x 85 cm
• Rodízios
• Cabides na borda distal
A SALA DE OPERAÇÕES
Mobiliário
• Carrinho de anestesia + monitores
• Cestos (Hampers) e lixos
• Suportes
• Bisturi elétrico
• Armários (embutidos)
A SALA DE OPERAÇÕES
Iluminação
• Aspectos principais

Eliminação Redução Iluminação


Intensidade Eliminação
geral
de sombras do calor adequada de reflexos
proporcional

Luz de Material
Lâmpadas Conforto Diminuir
várias metálico
ideais e para o contraste
direções fosco
filtros cirurgião
atérmicos
A SALA DE OPERAÇÕES
Iluminação
• Focos
• Teto
• Cúpula com revestimento de espelhos refletores x múltiplas
lâmpadas conjugadas
• Filtro atérmico
• Vareta externa e braços articulados para mobilidade
• Focalização
• Suporte com manopla esterilizável para o cirurgião
• Focos auxiliares
• Bases sobre rodízios + baterias
A SALA DE OPERAÇÕES
Iluminação
• Acessórios
• Foco frontal
• Adaptado à cabeça do cirurgião
• Afastadores com sistema iluminador
• Ligados a sistema de fibras ópticas
• Ideais para iluminação em cavidades profundas
• Foco “cobra”
A SALA DE OPERAÇÕES
Ventilação
• Ar como via de transmissão de bactérias e fonte de contaminação
• Fonte de microrganismos: pessoas na sala cirúrgica
• Gotículas de ar expirado
• Descamação de cels. da pele
• Partículas transportadas nos sapatos
30.000-60.000 microrganismos
podem depositar-se no
campo operatório por hora
A SALA DE OPERAÇÕES
Ventilação
• Função de exaustão: remoção de odores, calor e gases anestésicos
voláteis
• Controle bacteriológico
• Filtragem do ar:
• Retirar e impedir entrada de partículas contaminantes
• Troca de ar a cada 10-20 x / hora
A SALA DE OPERAÇÕES
Ventilação
• Controle de Temperatura
• Temperatura: paciente x cirurgião
• Hipotermia
• T ~ 21 - 24oC
• Controle de Umidade
• Perda por evaporação
• Umidade ~ 45 - 55%
A SALA DE OPERAÇÕES

Vestuário
• Pessoal como principal fonte exógena de
bactérias
• Entrada sempre pelo vestiário
• Indumentária própria
• Gorro, máscara, camisa, calça e propés
• Não estéril, lavado especial com água
quente
• Circulação restrita ao centro cirúrgico
A SALA DE OPERAÇÕES

Vestuário
• Gorro
• Cobrir os cabelos
• Máscaras
• Cobrir boca e nariz
• Função de filtro: prevenir
escape de gotículas
expiradas
A SALA DE OPERAÇÕES

Vestuário
• Camisas
• Tecido de malha densa
• Manga curta: facilitar antissepsia
dos braços
• Por dentro das calças
• Calças
• Compridas para proteção do
tornozelo
A SALA DE OPERAÇÕES

Vestuário
• Propés
• Diminuir contaminação vinda
dos sapatos
• Descartáveis
• Uso restrito ao centro cirúrgico

• Troca de toda vestimenta caso saia do CC


, em casos de necessidade e ou
sujidades.
“ETIQUETA” DO CENTRO CIRÚRGICO
Hierarquia na equipe
• Silêncio
• Falar baixo, somente o necessário
• Música somente se adequada e/ou permitida
• Respeito aos pacientes
• Respeito ao pudor do paciente
• Respeito à psique do paciente
• Nunca deixá-lo só na sala de operações
SRPA
SALA DE RECUPERAÇÃO
PÓS ANESTÉSICA
A SRPA é o local destinado ao
atendimento intensivo do
paciente, no período que vai de
sua saída da Sala Operatória até
a recuperação da consciência,
eliminação de anestésicos e
estabilização dos SSVV
OBJETIVOS
• Prevenção e detecção precoce das possíveis complicações
pós-anestésicas e pós-cirúrgicas;
• Assistência de enfermagem especializada a pacientes
submetidos a diferentes tipos de anestesias e cirurgias;
• Maior segurança ao paciente;
• Eficiência dos recursos humanos e utilização de terapêuticas
especializadas;
• Servir de campo de aprendizagem para alunos da área da
saúde.
PLANTA FÍSICA
• Localização próxima ao CC;
• Temperatura;
• Ventilação e iluminação adequadas;
• Piso refratário à condutibilidade elétrica;
• Facilidades de limpeza;
• Espaço não deve ser inferior a 25m²;
• Leitos devem estar dispostos de tal forma que os pacientes possam ser
vistos de qualquer ângulo do recinto;
• Portar amplas que permitam a entrada de aparelhos transportáveis como
RX, aparelho de anestesia, aspiradores...
• Fonte de oxigênio permanente;
• Estantes e armários amplos para depósito de medicamentos, materiais
cirúrgicos e aparelhos.
ADMISSÃO
Após a anestesia, pacientes devem ser removidos para a sala
de recuperação pós-anestésica, UTI ou outro local que o
anestesiologista responsável determine e assuma a
responsabilidade conforme o caso.

O anestesista que realizou o procedimento deverá


acompanhar o transporte do paciente para a SRPA e/ou UTI.
Desde admissão até o momento da alta, os pacientes
permanecerão monitorados quanto:

• À circulação, incluindo aferição de PA e FC por meio


monitorização cardíaca.
• À respiração, incluindo determinação de oxigenação do
sangue arterial e oximetria de pulso;
• Ao estado de consciência;
• À intensidade da dor.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Conferir a identificação do paciente;
• Fazer exame físico;
• Monitorar FC, PA,SPO², temperatura, nível de consciência e dor >>>
Manter vias aéreas permeáveis;
• Instalar Oxigenioterapia indicada pelo anestesista para manter
oximetria periférica >92%
• Promover conforto e aquecimento;
• Verificar condições do curativo (sangramento) fixação de sondas e
drenos;
• Anotar débitos de drenos e sondas;
• Fazer balanço hídrico S/N;
• Observar dor, náusea e vômito e comunicar o anestesista;
• Administrar analgésicos, antieméticos, antibióticos CPM;
• Manter infusões venosas e atentar para infiltrações e irritações cutâneas;
• Observar queixas de retenção urinária;
• Minimizar fatores de estresse;
• Orientar o paciente sobre o término da cirurgia, garantir sua privacidade e
zelar por sua segurança;
• Comunicar o anestesista responsável ou de plantão intercorrências
relacionadas aos pacientes assistidos;
• Aplicar o índice de Aldrete e Kroulik para estabelecer os critérios de alta da
SRPA;
• Aplicar a escala de Bromage nos pacientes que foram submetidos a
anestesias regionais, para estabelecer critérios de alta da SRPA somando
aos critérios da escala de Aldrete e Kroulik.
• Providenciar ao destino os pacientes de alta médica.
C.O.
CENTRO
OBSTÉTRICO
Unidade destinada ao desenvolvimento de atividades
cirúrgicas, relacionadas ao parto, bem como a recuperação
pós-anestésica e pós-operatória imediata.
• Localização:
Se for continua com o CENTRO CIRÚRGICO, apresentará as
seguintes vantagens:
• Evita a duplicação de dependências básicas como
vestiários, sala de recuperação, expurgo, sala de material
esterilizado e etc.
• Utilização do CENTRO CIRÚRGICO para partos operatórios.
Se não for continua com o CENTRO CIRÚRGICO, deverão ser
incluídas as dependências básicas do mesmo.
Deverá conter:
• Área exclusiva para recepção de paciente
• Barreira física entre circulação externa e o centro obstétrico,
com sinalização
• Vestiário
• Condições estruturais
• Separado por sexo
• Local para troca e guarda de roupa
• Hamper
• Posto de enfermagem do pré-parto;
• Rouparia e local para guarda de roupas;
• Sala de parto natural com localização de fácil
acesso;
• Sala de cirurgia obstétrica;
• Sala para reanimação de RN;
• SRPA
• Posto de enfermagem e serviços
• Sala de utilidades/expurgo
• Copa para equipe
CME
CENTRAL EDE
MATERIAIS E
ESTERILIZAÇÃO
O CME é área responsável pela
limpeza e processamento de
artigos e instrumentais médico-
hospitalares.

É na CME que se realiza o


controle, a esterilização e a
distribuição dos materiais
hospitalares.
TIPOS DE CME
• DESCENTRALIZADA: utilizada até o final da década de 40, neste tipo
de central cada unidade é responsável por preparar e esterilizar os
materiais que utiliza.
• SEMI-CENTRALIZADA: teve início na década de 50, onde cada
unidade preparava seu material, mas os encaminhava para serem
esterilizados em um único local.
• CENTRALIZADA: utilizada atualmente, os materiais são preparados,
esterilizados, distribuídos e controlados quantitativa e
qualitativamente na CME.

CME centralizada destacam-se as seguintes vantagens:


eficiência, economia e maior segurança para equipe e clientes.
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
A CME deve ser uma área autônoma e independente do C.C. e
gerenciada por um profissional habilitado. A portaria n° 1884/94 do
ministério da saúde estabelece que todos os estabelecimentos
assistenciais de saúde em que existirem C.C., C.O, Ambulatório etc,
devem possuir CME.
A CME é composta pelas seguintes áreas:
• Área Contaminada: É a área destinada ao recebimento de material
contaminado proveniente de todas as unidades do hospital e onde é
efetuada a limpeza do material.
• Área de Preparo: É a área onde os materiais são inspecionados,
preparados, empacotados e identificados para posterior esterilização
e onde se prepara todo o material de consumo.
• Área de Esterilização: É a área em que se esterilizam os materiais.
• Área de Armazenamento: É um local de grande importância, pois
nele fica estocado todo o material esterilizado a ser distribuídos para
as unidades do hospital.
• Área de Dispensação: É a área onde se processa a distribuição do
material estéril.

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