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Cajazeiras – PB
2016
Introdução
Pré-história
A cirurgia era praticada por feiticeiros
Trepanação é a primeira operação conhecida - remoção de
pequeno fragmento ósseo, geralmente arredondado,
realizada por razões religiosas e médicas (alívio da pressão
intracraniana; os fragmentos ósseos eram usados como
amuletos)
Na Índia, no século IV a.C. - cirurgias plásticas,
principalmente das rinoplastias (entre prisioneiros de
guerra e adúlteros eram punidos com a amputação do nariz,
cuja reconstrução era feita à custa de retalhos da testa)
Introdução
Pré-história
Em 2001, arqueólogos estudando os restos de dois homens
encontrados no Paquistão, descobriram indícios que um dente
tinha sido perfurado há 9.000 anos
Pesquisadores descobriram uma mandíbula no Antigo Egito,
datada aproximadamente de 2750 A.C, com duas perfurações
logo abaixo da raiz do primeiro molar, indicando a realização
de uma drenagem de um abscesso no dente
Escavações nos locais de trabalhos da construção
da Pirâmides do Egito também levaram à descoberta de
evidências de cirurgias no cérebro em um trabalhador que
continuou vivo por mais dois anos após os procedimentos
Introdução
Idade Média
Hipócrates (460 a 377 a.C.) e Galeno (131 a 210 d.C) – dois
grandes nomes de destaque na medicina (recomendava-se a fervura
como método para a desinfecção)
A cirurgia foi considerada uma prática bárbara, também condenada
pela igreja
Separação da medicina e cirurgia (cirurgiões-barbeiros para
sangrias, drenagem de abcessos e retirada de tumores, extrações
dentárias e amputações)
Renascença
Desenvolvimento na medicina e evolução da cirurgia em alguns
pontos
Contudo, ainda nesse tempo: procedimentos sem anestesia;
hemorragia estancada com ferro em brasa ou óleo fervente e
constante infecção dos locais de operação
Introdução
Renascença
Nesse contexto inicia-se a
Enfermagem com Florence
Nightingale – preocupação
com a limpeza, higiene e
ventilação do ambiente
Primeira atividades da
Enfermagem em Centro
Cirúrgico – auxílio dos
cirurgiões-barbeiros na
limpeza dos instrumentais e
manutenção e organização
da sala de procedimento
Introdução
Idade Moderna
Descoberta de substâncias anestésicas (1846) como o
éter, álcool, ópio, haxixe e o óxido nitroso; controle das
infecções pela lavagem das mãos, uso de máscara,
avental e luvas de borracha; pesquisas de Pasteur sobre
microorganismos do ar e agentes contaminantes da
ferida cirúrgica; uso de antissépticos
Introdução
Século XX
Introdução da anestesia geral, utilização de técnicas
assépticas e criação de novas técnicas cirúrgicas e
instrumentais apropriados
Na atualidade – avanço técnico-científico:
microcirurgias, transplante de órgãos, reimplante de
partes do corpo, colocação de próteses metálicas,
desobstrução de vasos do coração, dentre outras
Cirurgia
Conceito
Cirurgia: ramo da medicina que se propõe a curar pelas mãos
Do grego: kheirourgia (kheiros, mão e ergon, obra)
Da linguagem popular “operação”
“É o tratamento de doença, lesão ou deformidade externa
e/ou interna, com o objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um
problema físico
Pode ser realizada em sala de cirurgia (cesariana) ,
ambulatório ou consultório (retirada de sinais)
Outros conceitos importantes em Cirurgia
Anestesia – recurso utilizado nas intervenções cirúrgicas com
o objetivo de diminuir ou abolir as sensações dolorosas,
provocar relaxamento e perda dos reflexos
Medicação pré-anestésica (MPA) – medicação prescrita pelo
anestesista cerca de 45 min antes da cirurgia no intuito de
tranquilizar e facilitar a indução e manutenção da anestesia
Paciente cirúrgico – todo doente cujo tratamento principal é a
cirurgia; indivíduo a ser submetido a procedimento cirúrgico
Anestesiologia - especialidade médica que estuda e
proporciona ausência ou alívio da dor e outras sensações ao
paciente que necessita realizar procedimentos médicos,
como cirurgias ou exames diagnósticos, identificando e
tratando eventuais alterações das funções vitais
(Anestesista/Anestesiologista)
Outros conceitos importantes em Cirurgia
Sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) –
ambiente devidamente projetado e equipado para
receber o paciente submetido a procedimentos
anestésico-cirúrgicos
Outros conceitos importantes em Cirurgia
Central de Material e Esterilização (CME) –
conjunto de áreas destinadas a recepção, limpeza,
secagem, prepara, desinfecção ou esterilização, guarda,
e distribuição de materiais para as unidades do
estabelecimento de saúde
Classificação das Cirurgias
Quanto a indicação
Diagnóstica – realizada com o objetivo de ajudar no
esclarecimento da doença. Ex.: Laparotomia
exploradora; biópsia
Classificação das Cirurgias
Quanto a indicação
Curativa – tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa
da doença. Ex.: apendicectomia; colecistectomia
Classificação das Cirurgias
Quanto a indicação
Reparadora – reconstituição artificial de uma parte do
corpo lesada por enfermidade ou traumatismo. Ex.:
enxerto de pele; fratura de fêmur
Classificação das Cirurgias
Quanto a indicação
Reconstrutora ou estética (cosmética) – tem por objetivo
melhorar a aparência; embelezamento. Ex.:
abdominoplstia; mamoplastia
Classificação das Cirurgias
Quanto a indicação
Paliativa – visa aliviar o desconforto ou outros sintomas
da doença, porém sem produzir a cura. Ex.: colostomia;
ressecção de tumor cerebral
Classificação das Cirurgias
Quanto ao grau de emergência
Eletiva ou programada – cirurgia que pode ser
programada para uma data que convenha a médico e
paciente. Ex.: amidalectomia; remoção de pólipos retais
Classificação das Cirurgias
Quanto ao grau de emergência
Urgência – precisa ser realizada tão rapidamente quanto
possível, dentro de 24 a 48 horas, embora se possa preparar o
paciente adequadamente. Ex.: traumatismo cranioencefálico;
cesariana (em trabalho de parto sem dilatação)
Classificação das Cirurgias
Quanto ao grau de emergência
Emergência – precisa ser realizada imediatamente, mesmo sem
preparo adequado do paciente, pois implica em risco de morte.
Ex.: fratura exposta com hemorragia grave; ferimento por
arma de fogo em região precordial; ferimento por arma branca
Classificação das Cirurgias
Quanto ao grau de emergência
Opcional – poderá ou não ser feita de acordo com a
preferência do paciente. Ex.: rinoplastia; correção de
palpébras
Classificação das Cirurgias
Quanto ao porte
Grande porte – associada a um alto risco; a perda
significativa de sangue; envolve órgãos vitais;
procedimento prolongado e complexo com potencial
para complicações PO. Ex.: implante de bypass de
artéria coronariana; transplantes;
Pequeno porte – frequentemente efetuada em base
ambulatorial; envolve pouco risco e poucas
complicações. Ex.: biópsia de mama e reparação de
hérnia inguinal
Técnicas cirúrgicas
Cirurgia aberta convencional - é realizada uma incisão na
pele, são dissecados os tecidos até se encontrar a área de
interesse e, na sequencia, realizado o procedimento proposto
Vantagens – menor custo e menor necessidade de capacitação da
equipe para uso do equipamento
Desvantagem
Ferida cirúrgica maior, mais dolorosa, com maior chances de
deiscência e infecção
Imobilidade prolongada no leito
Risco de trombose, infecções pulmonares e atelectasias
Maior tempo de exposição da cavidade levando a perda de
calor e ressecamento do sítio operatório
Nas cirurgias abdominais – maior risco de obstrução intestinal
no PO e aderência
Recuperação mais longa
Cirurgia aberta convencional
Técnicas cirúrgicas
Cirurgia por videolaparoscopia - procedimento realizado
mediante incisão de pequenos orifícios na pele que variam de
5mm a 12mm para introdução de uma câmera de vídeo para
filmagem em alta resolução e pinças cirúrgicas
Vantagens
Não há corte de músculos ou mesmo de suas camadas protetoras
Incisão menor, menos dor e menos complicações
Diminuição do tempo de exposição da cavidade
Melhor resultado estético
Diminuição do trauma na incisão e nos tecidos
Redução do contato da equipe cirúrgica com sangue e fluidos
Recuperação mais rápida e menos tempo de internação
Melhor estabilidade muscular necessária para se caminhar, tossir,
espirrar, falar e respirar
Técnicas cirúrgicas
Cirurgia por videolaparoscopia
Desvantagens
Impossibilidade de realizar a inspeção tátil
Maior dificuldade para estancar sangramentos internos
Necessidade de treinamento e adaptação dos cirurgiões a
essa nova modalidade
Procedimento não aceito para algumas cirurgias de forma
unânime
Cirurgia por videolaparoscopia
Cicatriz
Imagens: google.com.br