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MONITORIZAÇÃO
HEMODINÂMICA BÁSICA
Profª Mestra Janaíne Chiara Oliveira Moraes
Cajazeiras
2016
Monitorização hemodinâmica
• Monitorização invasiva
• Pressão venosa invasiva
• Pressão arterial invasiva
• Gasometria
• Diurese
• Pressão da artéria pulmonar
• Débito cardíaco invasivo
• Pressão intracraniana (PIC)
• Monitorização não-invasiva
• FC, FR, T e Pressão arterial sistêmica não-invasiva
• ECG contínuo
• SpO2
• Ecodoppler para mensuração do débito cardiáco
• Capnometria
• Avaliação neurológica
Monitorização Cardíaca Contínua
Monitorização Cardíaca Contínua
• Conceito
• É o registro gráfico contínuo da atividade elétrica do coração em
um monitor cardíaco
• Os eletrodos auto adesivos aplicados na pele detectam a
eletricidade gerada no coração, transformando esta eletricidade
em ondas com registro em tela
• Deve ser realizada durante todo o período em que o paciente
estiver internado
• Deve ser instalada em pacientes que apresentam instabilidade
hemodinâmica, em pacientes submetidos à cardioversão, e
principalmente naqueles que sofreram reversão pós-parada
cardíaca
• Profissionais - Enfermeiro e Técnico de Enfermagem
Monitor cardíaco
Parâmetros avaliados
Monitorização Cardíaca Contínua
• Observação:
• Em circunstâncias de alergia pelo eletrodo, várias
medidas devem ser tomadas, antes de suspender a
monitorização, tais como:
• Preparar a pele, secando com éter, e passar solução
de benjoim, para proteção da pele;
• Trocar a cada 12 horas ou 24 horas, os eletrodos,
alternando o local;
• Usar eletrodo hipoalergênico;
Monitorização Cardíaca Contínua
• Material
• Aparelho de monitor cardíaco à beira do leito
• Eletrodos adesivos
• Fios de fixação do eletrodo (três ou cinco)
• Algodão
• Éter
• Bandeja de tricotomia
• Um aparelho de barba descartável
• Maço de algodão
• Sabão neutro
• Uma cuba rim com água
• Gaze não-estéril
Monitorização Cardíaca Contínua
• Procedimento
1. Preparar e reunir todo o material necessário;
2. Lavar as mãos com água e sabão;
3. Levar o material para o leito do cliente;
4. Explicar o procedimento e orientar o cliente quanto à
importância e o objetivo da monitorização;
5. Realizar a tricotomia, caso necessário, com cuidado para
não ferir a pele. Enxaguar bem;
6. Preparar a pele, secar e desengordurar com gaze
umedecida em éter
7. Retirar o blister de proteção do eletrodo e instalar conforme
o tipo de monitorização escolhido (ver orientações do
fabricante)
Monitorização Cardíaca Contínua
8. Conectar o cabo do paciente e ligar o monitor, mantendo-o
sempre ligado;
9. Jamais desligar o alarme sem detectar primeiro a causa;
10.Verificar a monitorização, observando o padrão
eletrocardiográfico que deve ter:
• Boa amplitude
• Boa visão do complexo QRS;
• Os eletrodos não devem ocupar posições que poderão ser
utilizadas em caso de cardioversão ou desfibrilação,
eletrocardiograma, punção da veia subclávia, punção ou
drenagem torácica e compressão torácica na parada
cardiorrespiratória (PCR). Estes locais deverão encontrar-se livres
de eletrodos
11. Lavar as mãos com água e sabão
Monitorização Cardíaca Contínua
Monitorização Cardíaca Contínua
Monitorização Cardíaca Contínua
Monitorização Cardíaca Contínua
• Cuidados relacionados:
• O alarme de frequência do monitor deverá está sempre
ligado
• Durante o banho no leito, não molhar os eletrodos devido a
possibilidade de micro-choques
• Não retirar os eletrodos em nenhuma hipótese,
principalmente em caso de pacientes de alta complexidade
• Registrar em prontuário impressões do traçado e /ou
alterações eletrocardiográficas;
• Realizar desinfecção do aparelho do eletrocardiograma
antes e após o uso de cada paciente;
Oximetria de Pulso
Oximetria de Pulso
• Conceito
• É um equipamento que permite informação sobre a taxa de
oxigenação do sangue através de sensores e detectores de luz
vermelha e infravermelha
• A oximetria de pulso utiliza as informações de pulsação no leito
vascular e transmissão ou absorção de luz para fazer o cálculo da
saturação de oxigênio da hemoglobina no sangue arterial
• O método de leitura do oxímetro de pulso tem visíveis vantagens
na monitorização contínua:
• não invasivo e fácil de manusear
• redução do número de amostras sanguíneas e menor custo
• grande portabilidade permitindo seu uso em ocasiões especiais
como durante viagens aéreas e no trabalho de mergulhadores
Oximetria de pulso
• Os principais locais de instalação do oxímetro de pulso são: as
extremidades dos dedos das mãos e dos pés, lóbulo da orelha,
narinas, punhos, tornozelos, dentre outros
• A escolha do local de instalação do oxímetro depende das
condições da área de instalação e do paciente, bem como da
obtenção de sinal estável para a medida
Oximetria de Pulso
• Cuidados relacionados:
• Os sensores não devem causar queimaduras
• Sensores que são reutilizados devem ter seu tempo de uso
controlado
• Deve-se realizar manutenção regular nos sensores
• Os sensores pediátricos devem ser utilizados com material
macio
• Não utilizar fitas adesivas entre a pele e o sensor para evitar
lesões de pele e quebra dos sensores
• Realizar rodízio nos locais de instalação dos sensores (4 em
4h)
• Realizar a desinfecção após a utilização em paciente
Capnografia
• Conceito
• Técnica não invasiva que fornece informações sobre a
perfusão pulmonar (quanto menor o fluxo pulmonar menos
CO2 é expirado), ventilação alveolar (quando menor a
ventilação pulmonar mais alto o CO2), padrões de
respiração, bem como a eliminação do CO2 do circuito do
aparelho e ventilador pulmonar.
• A quantidade de CO2 que alcança os espaços
alveolares é proporcional ao débito cardíaco e ao fluxo
sangüíneo pulmonar
• A mensuração de CO2 através de um capnógrafo pode ser
verificada no paciente intubado ou não
Tipos de Capnógrafos
• Aspirativos (side-stream): amostra aspirada do tubo traqueal
• Não-aspirativos (mainstream): analisador interposto entre
tubo traqueal e circuito de ventilação
Tipos de Capnógrafos
Não-aspirativo
Tipos de Capnógrafos
Aspirativo
Tipos de Capnógrafos
Leitura da onda da Capnografia
• Requer olhar para altura e largura da onda
• ALTURA – mostra a quantidade numérica de gás carbônico
(mmHg)
• LARGURA – retrata o tempo de expiração
• Dividida em 4 fases, sendo as fases II e III as mais importantes
para interpretação
Leitura da onda da Capnografia
• Ocorre durante a expiração do ar a partir do espaço morto
anatômico, que normalmente não contém CO2
• Linha reta e constitui-se a base da linha
Leitura da onda da Capnografia
• Ocorre durante o início das trocas gasosas, onde os gases
sanguíneos se misturam com o ar do espaço anatômico morto
• É o início da expiração
Leitura da onda da Capnografia
• É o ápice da troca alveolar, com o CO2 sendo totalmente
expirado
• Parte mais importante da onda – representa o funcionamento
dos pulmões
• O ponto mais alto equivale ao volume total de CO2 expirado
Leitura da onda da Capnografia
• Inicia-se
a inspiração, onde o volume de CO2 cai
abruptamente
Leitura da onda da Capnografia
• Onda normal – quadrada ou assemelhar-se a uma caixa
• Volume normal de CO2 – 35 a 45 mmHg com uma FR
entre 12-20 rpm
Leitura da onda da Capnografia
BRONCOCONSTRICÇÃO
Leitura da onda da Capnografia
HIPERVENTILAÇÃO (fase de expiração curta; volume
CO2 inferior a 35 mmHg)
Leitura da onda da Capnografia
HIPOVENTILAÇÃO (fase de expiração prolongada;
volume CO2 superior a 45 mmHg)
Leitura da onda da Capnografia
APNÉIA
Pressão Intra-craniana (PIC)
• Calota craniana = tecido cerebral (1400g) + sangue (75
ml) + LCR (75 ml)
• O líquido total dessas três divisões formam o conteúdo do
cérebro e juntos encontram-se em equilíbrio
• Valor normal da PIC: 10 a 20 mmHg
• A elevação da PIC acima do normal causa uma redução
no fluxo sangüíneo para o cérebro, resultando em
isquemia ou lesão cerebral, decorrente da compressão ou
atrito do tecido cerebral com o crânio
PIC
• Em circunstâncias naturais de funcionamento do corpo
podem ocorre pequenos aumentos na PIC:
• Tosse
• Evacuações
• Espirro
• Soar o nariz
• Vômito
• Cefaléia
• Mudança de posição (levantar, agachar etc.)
• Quando aumenta o CO2
• Quando diminui o O2, entre outros esforços
PIC
•A pressão craniana aumentada ou Hipertensão
intracraniana (HIC), pode ser causada por diversas
patologias como:
• TCE (principal causa, pois causa edema)
• Tumores cerebrais
• Acidente Vascular Encefálico do tipo hemorrágico
• Hemorragia subaracnóide e subdural
• Processos infecciosos
• Encefalopatias (neurocistecercose que aumenta o LCR)
• Lesão inflamatória
• Retorno venoso diminuído
PIC
• Manifestações clínicas na PIC aumentada
• Confusão, letargia, inquietação sem causa aparente,
sonolência, cefaléia, diminuição do nível de consciência,
coma profundo
• Irregularidade respiratória, pulso lento, vômitos, temperatura
elevada, aumento da pressão arterial, membros flácidos,
midríase
• Complicações na monitorização da PIC:
• Infecção das meninges
• Hemorragia cerebral
• Obstrução e mau funcionamento do cateter
Tratamento da PIC aumentada
• Clínico: corticóides, restrição hídrica, redução do volume corporal
através de diuréticos (manitol), redução do metabolismo,
estabilização das vias aéreas (intubação orotraqueal se
necessário), monitoração contínua da PIC e cardíaca, acesso
venoso central, oxigenoterapia, exames neurológicos periódicos
• Cirúrgico: craniotomia descompressiva, colocação do cateter no
ventrículo para drenagem externa do LCR e controle do edema
cerebral
Métodos de Monitorização da PIC
Pino Subaracnóideo • Cateter intraventricular
Sensor Epidural
Pressão Venosa Central (PVC)
Pressão Venosa Central (PVC)
• Conceito
• Refere-se à pré-carga do ventrículo direito, ou seja, a
capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da
diástole
• É determinada pela interação entre o volume intravascular,
função do ventrículo direito, tônus vasomotor e pressão
intratorácica
• Norteia a reposição hídrica e o uso de drogas vasoativas
• Valores da PVC: 6 – 10 cm H2O (através da coluna d’água)
ou de 3 – 6 mmHg (através do transdutor eletrônico)
• Valores abaixo do normal – hipovolemia
• Valores acima - sobrecarga volumétrica ou falência ventricular
• Avaliar com outros parâmetros
PVC
• Indicações da PVC:
• Avaliação da função cardíaca
• Guia para reposição de líquidos
• Cirurgias nas quais estão previstas grandes mudanças de
volume ou infusões prolongadas
• Paciente em choque
• Paciente politraumatizado
PVC
• Métodos de verificação
• Manual - através do sistema de coluna d’água
• Eletrônico - através de transdutor de pressão (monitor
cardíaco)
PVC
• Vias de verificação da PVC
• Veias jugulares internas
• Veias subclávias
Cateteres de acesso venoso central