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Monitorização invasiva

e não invasiva
MONITORIZAÇÃO

A monitorização do paciente visa a obtenção de dados que

possibilitem o diagnóstico e acompanhamento em tempo

real das condições gerais do paciente para intervenções

rápidas e efetivas, pode ser invasiva ou não invasiva.


MONITORIZAÇÃO NÃO INVASIVA
Oximetria de pulso
Utilizado para mensurar a quantidade de oxigênio no tecido

sanguíneo. Uma luz emitida por fonte oposta à extremidade

digital ou lobo da orelha atravessa os tecidos onde é

parcialmente absorvida. Por meio de um sensor situado na

superfície oposta o oxímetro analisa a absorção de luz pela

hemoglobina e oxihemoglobina do sangue que a perfunde.


• Outras regiões do corpo podem ser alternativamente utilizadas:

septo ou asa do nariz, dedos do pés (artelhos ou falanges distais

dos MMII) e bochecha.

• Nos recém-nascidos pode ser realizada na região palmar, no dorso

da mão ou no braço.

• A espessura, a cor da pele e outros fatores afetam a absorção da

luz. No mesmo indivíduo, entretanto, a absorção varia com a

pulsação de forma periódica e constante.


• Os aparelhos têm precisão de 95% quando a saturação é superior a 70%. A

precisão é maior quando realizada na orelha.

• Na recuperação anestésica é considerável o número de pacientes expostos

à hipoxemia transitória chegando a 15%.

• Em estudo recente a SatO2 = 90% ocorreu apenas em 43% dos pacientes

em recuperação anestésica após 10 minutos de admissão; 27% após 20

minutos e 17% após 1 hora.


• Outras indicações:

– Procedimentos endoscópicos

– Oxigenação deficiente e suporte de oxigênio

– Desmame respiratório evitando coleta de sangue arterial

• Valores de referência:

– Entre 95% e 100% = normal

– Abaixo de 95% = hipoxemia

– Abaixo de 80% = impreciso


Capnografia
A capnometria é a medida da pressão parcial de CO2 na mistura gasosa

expirada. A representação gráfica da curva da pressão parcial de CO2 na

mistura gasosa expirada, em relação ao tempo, é denominada capnografia.

O oxímetro de pulso é um ótimo equipamento para monitoração da hipóxia,

mas não indica a causa. A capnografia pode indicar situações que podem

resultar em hipóxia e ajuda no diagnóstico dos seus diferentes tipos.


MONITORIZAÇÃO INVASIVA
Pressão Arterial Média – PAM
Consiste na introdução de um cateter em artéria periférica (radial, femoral ou

pediosa) por punção percutânea ou dissecção. O cateter é conectado num

transdutor de pressão ligado no monitor. Indicado para pacientes com PA instável,

em uso de drogas vasoativas, suporte ventilatório, PO de cirurgias de grande porte,

grandes queimados e em estado de choque (vasoconstrição). A via pode utilizada

para coleta de sangue.

Valor de referência da PAM: de 6 a 8 mmHg.


MONITORIZAÇÃO INVASIVA
Pressão Venosa Central – PVC
É um método da estimação da pressão de enchimento do ventrículo direito

por cateter em veia central, representa a medida de capacidade relativa

que o coração tem em bombear o sangue venoso fornecendo informações

referentes ao volume sanguíneo que chega ao coração e ao tônus vascular.

Valores de referência: 6 a 12 cm de água ou de 3 a 6 mmHg.


Fechar outras soluções que estiverem sendo administradas no mesmo acesso.

Valores de PVC muito baixos podem indicar baixa volemia e valores muito altos,
sobrecarga hídrica.

Normalmente a coluna d'água ou as curvas em monitor oscilam de acordo com a


respiração do paciente ou pela posição do cateter.
MONITORIZAÇÃO INVASIVA
Cateter de Swan-Ganz
Consiste na introdução de cateter por

AVC passando pelo átrio direito até a

artéria pulmonar para obtenção de dados

hemodinâmicos como: débito cardíaco,

pressão capilar pulmonar e dados para o

cálculo do índice de resistência vascular e

trabalho sistólico dos ventrículos.


Via proximal (azul): seu orifício situa-se a 29 cm da extremidade distal. Permite a injeção de líquidos para as medidas
hemodinâmicas e é utilizado também para a medida da pressão venosa central (PVC) e coleta de exames de sangue.
Via distal (amarela): seu orifício situa-se na ponta do cateter, permitindo a medida das pressões nas câmaras cardíacas,
direitas.
Via do balão (vermelha): auxilia na migração do cateter pela flutuação dirigida pelo fluxo.
Termistor: consiste em dois finos fios isolados, estendendo-se pelo comprimento do cateter e terminando em um termistor
embutido na parede do cateter, situado na superfície do cateter 4 cm proximais à extremidade distal, que mede a
temperatura sanguínea na artéria pulmonar e, por meio da termodiluição, realiza as medidas hemodinâmicas com o uso de
um computador.
Indicações:

Necessidade de avaliação das variáveis hemodinâmicas por meio de medidas

seriadas e da monitorização da pressão atrial direita, pressão arterial pulmonar e/ou

pressão capilar como nos casos de: Insuficiência cardíaca aguda ocasionada pelo

infarto agudo do miocárdio (IAM); Complicações mecânicas do IAM; Infarto do

ventrículo direito; Insuficiência cardíaca congestiva (ICC); Choque circulatório ou

instabilidade hemodinâmica; Situações circulatórias complexas (ex.: reposição

volêmica, no grande queimado); Emergências médicas, como: Síndrome da Angústia

Respiratória Aguda (SARA), Sepse, intoxicação por drogas; insuficiência renal aguda;

Pacientes de alto risco intra e pós-operatório; Choques de qualquer natureza.

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