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IESC-ETAPA V-MÓDULOS XIII, XIV e XV.

PORTFÓLIO Interação Ensino Saúde Comunidade (IESC) 2023

Docente/Preceptor: Dr Cláudio Pessoa de Barros Filho

Discente: Soraya Jabur Lot Madureira, RA: 204964


Formulário de Avaliação do Portfólio pelo Docente do IESC- FMPFM

Acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira, RA:204964

Etapa V: ______________________ Data da Entrega: ___29/05/2023___________

Docente Responsável: Prof. Dr.Gilson Alves da Silva

Responsável: ________________________

Pontualidade na entrega 0 0,5 1 1,5 2


Organização portfólio 0 0,5 1 1,5 2
Reflexão crítica e evolução do desempenho prático 0 0,5 1 1,5 2
Correlação com as demais estratégias educacionais 0 0,5 1 1,5 2
Suporte científico e referências bibliográficas 0 0,5 1 1,5 2
Total

OBSERVAÇÕES:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
Sumário

1-INTRODUÇÃO....................................................................................................................4

2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC..........................................................5

2.1-Semana 1-07/02/2023.................................................................................................5

2.2-Semana 2-14/02/2023...............................................................................................10

2.3-Semana 3-21/02/2023-Feriado Carnaval..................................................................15

2.4-Semana 4-28/02/2023...............................................................................................15

2.5-Semana 5-07/03/2023...............................................................................................21

2.6-Semana 6-14/03/2023...............................................................................................31

2.7-Semana 7-21/03/2023...............................................................................................41

2.8-Semana -28/03/2023.................................................................................................48

2.9-Semana 9-04/04/2023...............................................................................................58

2.10-Semana 10-11/04/2023............................................................................................65

2.11-Semana 11 -18/04/2023...........................................................................................72

2.12-Semana 12-24/04/2023...........................................................................................73

2.13-Semana 13-08/05/2023...........................................................................................78

2.14-Semana 14- 15/05/2013-SEMANA CIENTÍFICA.....................................................88

2.15-Semana 15- 22/05/2023..........................................................................................88


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1-INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por finalidade abordar sobre os principais temas estudados e
vivenciados na V etapa do Curso de Medicina da Faculdade Municipal Professor Franco
Montoro no que se refere à disciplina do IESC (Integração Ensino Saúde e Comunidade)
relatando atividades semanais de atendimento ambulatorial e promoção de saúde no
âmbito da atenção primária juntamente com a equipe da Unidade de Estratégia da
Família,no Parque dos Eucaliptos, no município de Mogi Guaçu e supervisionado pela
Prof Dr Cláudio Pessoa e na UBS do Ypê Pinheiro, supervisionado pelo Dr Gilson Alves
da Silva,ambos da rede do SUS.

As atividades foram desenvolvidas nas de acordo com a demana de procura da


população:Realizamos atendimentos ambulatoriais clínico e procedimentos necessários
com os Preceptores,discussão de casos clínicos,acolhimento do paciente ,entre outros.
Esse conteúdo nos prepara para um exercício profissional de excelência nos colocando
diretamente inseridos na realidade da saúde primária na rede pública
5

Nome do acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira ______________

Unidade de Saúde: ESF Parque dos Eucalíptos -Data:07/03/2023

Docente/Preceptor: Dr Cláudio Pessoa de Barros Filho__________

2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC


2.1-Semana 1-07/02/2023
Análise Comentada
1-Sobre as atividades realizadas no cenário:
Hoje tivemos a oportunidade de participarmos da consulta de 3 pacientes cujas
observações serão relatadas a seguir:
Paciente 1-J.C.F.-masculino,64 a. pressão arterial, peso, saturação e índice
glicêmico sem alterações, em uso de artrolive e nimesulida.
Queixa Principal :Tosse seca e respiração curta.
HDA-Paciente refere que no ano de 2020 passou em atendimento no Hospital
Tabajara Ramos onde deu entrada com dispneia e ao exame de imagem constatou-se
uma mancha no pulmão que a princípio não foi investigada. Não refere a outras queixas.
Tabagista dos 19 aos 21 anos, A tosse referida é produtiva, nem apresenta hemoptise.
Paciente ainda refere a diminuição do folego ao falar e cantar. Não há fatores de melhora
ou piora
Ao exame físico foi realizada a ausculta pulmonar do ápice à base e ausculta dos
focos cardíacos aparentemente sem alterações.
Foi solicitado ao paciente raio x A P e Lateral, PSA, Hemograma.
A Hipótese Diagnóstica foi de Compressão de Brônquio Principal ou Fibrose por
giz de lousa, por silicose já que o paciente relatou ter ministrado aulas por longos anos,
No raio x vai ser observado se apresentam as linhas A e B de Kerley.
Paciente 2-L.G.M.F.-masculino, 13 a.
Queixa Principal: Tosse
HDA-Paciente queixas e de sintomas gripais. Nega febre e nega tosse produtiva.
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Ao exame físico foi examinado pele, mucosa, orofaringe, sem alterações.


Ao exame com o otoscópio sem alterações. Percussão dos seios da face sem
alterações, ausculta pulmonar e cardíaca sem alterações.
Quanto aos hábitos de vida o paciente refere a jogar bola e eventualmente andar
de bicicleta, embora a presente IMC acima da normalidade.
A principal hipótese diagnóstica é síndrome gripal e foi prescrito paracetamol
gotas e um antialérgico , permanecendo 2 dias em repouso com atestado médico.
Paciente 3-F.M.S.-Masculino,46 a,
Queixa Principal-Fraqueza e azia.
História da Doença Atual-paciente apresenta palidez serosa, há 1 ano fez um ultrassom
de abdômen, tendo sido evidenciado uma massa no rim esquerdo e baço. Em dezembro
de 2022 o paciente retornou a ESF, após um golpe na região referida o qual lhe causou
incômodo. Ao exame físico apresentou massa palpável na região de rim esquerdo e baço.
visível à inspeção estática. E foi encaminhado para uma tomografia computadorizada de
abdômen com imagem sugestiva de câncer renal e baço. O paciente foi acolhido no setor
de oncologia do Hospital Tabajara Ramos onde está sendo tratado com quimioterapia
neoadjuvante. paciente refere a estar com dificuldades quanto a marcar a cirurgia
indicada. O Doutor Cláudio Pessoa resolverá esta situação.
Quanto aos hábitos de vida o paciente é tabagista e sedentário.

2-Pontos a refletir
No primeiro caso clinico houve uma hipótese diagnótica de uma suspeita de
fibrose pulmonar.
Os pulmões são órgãos rosados, esponjosos, flexíveis (têm capacidade de
expandir e encolher), estão localizados na caixa torácica e compõem o sistema
respiratório. Quando, por algum motivo, surgem cicatrizes nessa estrutura, o tecido
pulmonar fica mais enrijecido difusamente e a pessoa passa a ter dificuldade para
respirar. Esse processo é chamado fibrose pulmonar, uma doença rara e mais frequente
em pacientes com mais de 50 anos.
Há diferenças entre fibrose cística e fibrose idiopática para que, dessa forma, seja
aplicada a melhor conduta médica. “A fibrose cística é uma doença genética e rara,
caracterizada pela produção de secreções mais espessas, com início dos sintomas na
primeira infância. Nesse sentido, as manifestações mais comuns são sintomas
respiratórios como falta de ar e tosse crônica produtiva (com catarro). Apesar da
semelhança dos sintomas, ela se difere da fibrose pulmonar idiopática (FPI) por se tratar
7

de uma condição genética, hereditária e capaz de afetar – além dos pulmões – o sistema
digestivo e as glândulas sudoríparas. A FPI não tem causa definida e surge ao longo da
vida.”
As causas da fibrose pulmonar incluem:
 Inalação de substâncias como poeira, madeira e mofo;
 Lúpus;
 Artrite reumatoide;
 Tabagismo;
 Exposição a poluentes (fumaça automotiva, substâncias químicas agrícolas,
por exemplo);
 Refluxo gastroesofágico;
 Covid-19.
 Idade superior a 50 anos.
A “Síndrome pós-Covid” e “Covid longa” são os nomes dados para as sequelas do
vírus que surgem algum tempo depois da recuperação dos pacientes. A fibrose pulmonar
é uma delas, pois a inflamação do Sars-CoV-2 provoca uma infecção pulmonar que deixa
fibroses nos órgãos. Por ser algo ainda muito recente, o especialista alerta para a
necessidade de manter o acompanhamento médico a fim de monitorar a evolução do
problema.
Como mencionamos anteriormente, os sintomas de fibrose pulmonar são
bastante parecidos com as manifestações de outras condições respiratórias e aspectos
relacionados com o envelhecimento. Sendo assim, o Dr. Rodrigo reafirma a importância
de consultar um pneumologista para obter o diagnóstico correto. Fique atento aos sinais
abaixo:
 Falta de ar;
 Tosse seca persistente;
 Cansaço aos mínimos esforços sem motivo aparente;
 Perda de apetite;
 Perda de peso.
O diagnóstico da fibrose pulmonar envolve equipe multidisciplinar composta por
áreas como pneumologia e radiologia, visto que os principais exames solicitados são de
raios X e tomografia computadorizada.
Infelizmente, não existe cura para a fibrose pulmonar. Porém, os tratamentos
proporcionam qualidade de vida ao paciente.
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O primeiro passo para o tratamento da fibrose pulmonar é combater o tabagismo.


O pneumologista ainda pode indicar o uso de corticoides, imunossupressores e
medicações antifibróticas. Outras medidas importantes são relacionadas com a rotina:
reabilitação respiratória, alimentação balanceada e a prática de atividades físicas.

3-Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros programas


educacionais da FMPFM e com a literatura sobre atenção primária à saúde e saúde
coletiva

O aprendizado no IESC nos prepara para as mais diversas atividades dentro da


nossa atuação como acadêmicos de medicina. O conteúdo ministrado nessa disciplina
nos aparata para as atividades diretas com pacientes, nos diferentes momentos do curso,
no sentido de nos orientar a como referenciá-los dentro da Atenção Primária.
Nessa Unidade Curricular será abordado o tema dobre “Dor” e procuraremos
correlacionar o conteúdo visto e em atendimentos np IESC com as Situações Problemas
e demais Habilidades Médicas vistas em sala de aula.

4-Explique a aplicabilidade dos fatos vivenciados para vida pessoal,


acadêmica e profissional.

Todos os temas abordados no IESC são de extrema relevância para um


embasamento da realidade em que se insere os pacientes que vamos nos deparar em
nossa prática clínica. Conhecer esses cernes de problemas que atingem a população no
geral, nos capacita a nos anteciparmos desenvolvendo um plano de trabalho eficaz para
cada situação e com isso, poderemos atingir a um nível mais alto de atendimento e
resutibilidade no enfrentamento das demandas dos pacientes que chegarão até nos,
principalmente na Atenção Primaria, dentro das UBS’s e ESFs.
5-Liste as demandas de estudo e busca na literatura.
GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.
https://hospitalbrasilia.com.br/unidadeaguasclaras/pt/sobrenos/blog/Fibrose-
pulmonar-entenda-quais-sao-as-causas-os-sintomas-e-tratamentos (acessado em
08/03/2023)
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conitec.saude.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2018/Sociedade/
ReSoc102_NINTEDANIBE_fibrosepulmonar.pdf ( acessado em 08/03/2023)
https://www.gov.br/conitec/pt-br (acessado em 08/03/2023)
6-Descreva as oportunidades e lacunas percebidas em sua aprendizagem.

Dentro da atividade proposta para essa atividade, creio que não houve lacunas,
antes foi muito produtivo o método utilizado para assimilação do conteúdo,

7-Descreva o planejamento para próxima semana


A programação da próxima semana será a critério dos antendimentos médico-
hospitalares que acompanharemos.
10

Nome do acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira ______________

Unidade de Saúde: ESF Parque dos Eucalíptos -Data:14/02/2023

Docente/Preceptor: Dr Cláudio Pessoa de Barros Filho__________

2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC


2.2-Semana 2-14/02/2023
Análise Comentada
1-Sobre as atividades realizadas no cenário:
Antes de iniciarmos aos atendimentos ambulatoriais o Doutor Cláudio nos falou
sobre a diabetes crônica onde o paciente necessita de diálise 3 a 4 vezes por semana,
após ter sido detectado problemas com a diurese e quando necessário é feita a
Cistostomia que é uma cirurgia de derivação urinária. O objetivo é possibilitar a drenagem
da Bexiga em situações que a uretra não permite seu esvaziamento. A indicação mais
comum para cistostomia é quando temos estenose uretral e queremos evitar o acúmulo
de urina que pode levar a insuficiência renal obstrutiva.
Nos homens o quadro pode ser mais grave devido a extensão da do canal da
uretra. A infecção contínua pode causar fibrose, estenose de uretra, formar fístula que
uma comunicação de um órgão ao exterior de um órgão ao outro órgão ou de um órgão à
uma cavidade.
Quanto ao acompanhamento ambulatorial tivemos os seguintes pacientes:
Paciente 1-S.O., masculino, 53a.
QP-Diabetes Descompensada.
HDA-paciente refere a dificuldade de manter a glicemia controlada mesmo estando
em tratamento com insulina regular e NPH. registrou 373 mg /dl e HbA1c de 9,2 %. Ainda
refere que a Diabetes teve início na adolescência.
Ao exame clínico apresenta hipertensão, ausculta cardíaca e pulmonares normais.
Quanto aos exames laboratoriais funções renais e hepáticas dentro da
normalidade, colesterol HDL a níveis bons, LDL no limite, triglicérides, ácido úrico dentro
da normalidade e glicosuria.
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O tratamento para Diabetes foi mantido e orientações sobre melhora dos hábitos
alimentares também, tendo sido tomado o cuidado para não restringir muito os
carboidratos por se tratar de um paciente cuja atividade laboral tem muito gasto de
energia.
O paciente cursa no uso de Salbutamol, Losartana e AAS.
Paciente necessita de retornos frequentes para acompanhamento, já tendo sido
solicitado anteriormente um Raio x de pulmão para verificação de queixas respiratórias.
Paciente 2- P, H., masculino,6 a,
QP-Desmaio na escola
HDA- Mãe A.do paciente comparece ao retorno médico alegando o filho estar na
escola. Refere que o filho há alguns dias desmaiou na escola sem motivo aparente, tendo
ocorrido o desmaio por duas vezes no paciente. O mesmo foi levado pela mãe nessa
semana ao PA por ter passado mal novamente. A mãe refere que tem um outro filho que
já apresentou a mesma patologia. A mãe foi orientada a remarcar uma consulta e trazer o
paciente para continuidade ao acompanhamento.
Os exames laboratoriais: glicemia, creatinina, colesterol, triglicérides, urina e
hemograma não apresentaram alterações.

2-Pontos a refletir
Sobre a queixa do Paciente 1, podemos refletir que a Diabetes Mellitus (DM) é uma
síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da
incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. A insulina é produzida
pelo pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose e a falta
desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente,
diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma
permanente.
Tipos:

– Tipo 1: causada pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de


defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a
insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos diabéticos.
– Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina. Ocorre
em cerca de 90% dos diabéticos.
– Diabetes Gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela
primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Sua causa exata ainda
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não é conhecida.
– Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou
com o uso de medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta;
defeitos genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite,
neoplasia, hemocromatose, fibrose cística etc.); induzidos por drogas ou produtos
químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos etc.).

Principais sintomas do DM tipo 1: vontade de urinar diversas vezes; fome


frequente; sede constante; perda de peso; fraqueza; fadiga; nervosismo; mudanças de
humor; náusea; vômito.

Principais sintomas do DM tipo 2: infecções frequentes; alteração visual (visão


embaçada); dificuldade na cicatrização de feridas; formigamento nos pés; furúnculos.

Complicações:

O tratamento correto do diabetes significa manter uma vida saudável, evitando


diversas complicações que surgem em consequência do mau controle da glicemia. O
prolongamento da hiperglicemia (altas taxas de açúcar no sangue) pode causar sérios
danos à saúde:

– retinopatia diabética: lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos
sangramentos e, como consequência, a perda da acuidade visual;
– nefropatia diabética: alterações nos vasos sanguíneos dos rins fazem com que haja a
perda de proteína na urina; o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém de forma
progressiva, até sua paralisação total;
– neuropatia diabética: os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do
cérebro, provocando sintomas como: formigamento, dormência ou queimação das pernas,
pés e mãos; dores locais e desequilíbrio; enfraquecimento muscular; traumatismo dos
pelos; pressão baixa; distúrbios digestivos; excesso de transpiração e impotência;
– pé diabético: ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve
uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é
deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Qualquer ferimento nos pés deve
ser tratado rapidamente para evitar complicações que podem levar à amputação do
membro afetado;
– infarto do miocárdio e acidente vascular: ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos
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são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o


cérebro. O bom controle da glicose, somado à atividade física e medicamentos que
possam combater a pressão alta e o aumento do colesterol e a suspensão do tabagismo,
são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência deste problema é de 2 a 4 vezes
maior nas pessoas com diabetes;
– infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico,
aumentando o risco de a pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre
porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate aos vírus, bactérias etc.) ficam
menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é propício para
que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés,
genitais e local de incisão cirúrgica.

Pacientes com história familiar de DM devem ser orientados a:

– Manter o peso normal; não fumar; controlar a pressão arterial; evitar


medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas; praticar atividade física
regular.

Pacientes com DM devem ser orientados a:

– Realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões; manter uma
alimentação saudável; utilizar os medicamentos prescritos; praticar atividades físicas;
manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas.

3-Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros programas


educacionais da FMPFM e com a literatura sobre atenção primária à saúde e saúde
coletiva

O aprendizado no IESC nos prepara para as mais diversas atividades dentro da


nossa atuação como acadêmicos de medicina. O conteúdo ministrado nessa disciplina
nos aparata para as atividades diretas com pacientes, nos diferentes momentos do curso,
no sentido de nos orientar a como referenciá-los dentro da Atenção Primária.

Nessa Unidade Curricular estamos estudando a fisiopatologia da Diabetes nas


disciplinas Laboratório Funcional e Patologia Clínica e temos tido a oportunidade de
vivenciar na prática através do IESC, aquilo que temos aprendido em sala de aula de
forma teórica. O contato com o paciente e com o médico preceptor juntamente nos dá
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uma visão mais clara de como a patologia se manifesta e qual a melhor abordagem
terapêutica para cada caso, além de aprendermos muito sobre o vinculo de confiança na
relação médico-paciente até mesmo para o sucesso do tratamento.

4-Explique a aplicabilidade dos fatos vivenciados para vida pessoal,


acadêmica e profissional.

Todos os temas abordados no IESC são de extrema relevância para um


embasamento da realidade em que se insere os pacientes que vamos nos deparar em
nossa prática clínica. Conhecer esses cernes de problemas que atingem a população no
geral, nos capacita a nos anteciparmos desenvolvendo um plano de trabalho eficaz para
cada situação e com isso, poderemos atingir a um nível mais alto de atendimento e
resutibilidade no enfrentamento das demandas dos pacientes que chegarão até nos,
principalmente na Atenção Primaria, dentro das UBS’s e ESFs.

5-Liste as demandas de estudo e busca na literatura.


GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.
https://www.gov.br/pt-br/servicos-estaduais/cistostomia (acessados em 15/03/2023)
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/diabetes (acessado em
15/03/2023)
Ministério da Saúde. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao
diabetes mellitus: hipertensão arterial e diabetes mellitus
Sociedade Brasileira de Diabetes

6-Descreva as oportunidades e lacunas percebidas em sua aprendizagem.

Dentro da atividade proposta para essa atividade, creio que não houve lacunas,
antes foi muito produtivo o método utilizado para assimilação do conteúdo,

7-Descreva o planejamento para próxima semana

A programação da próxima semana será a critério dos antendimentos médicos


elencados na ESF que acompanharemos.
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Nome do acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira ______________

Unidade de Saúde: ESF Parque dos Eucalíptos -Data:28/02/2023

Docente/Preceptor: Dr Cláudio Pessoa de Barros Filho__________

2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC


2.3-Semana 3-21/02/2023-Feriado Carnaval
2.4-Semana 4-28/02/2023
Análise Comentada
1-Sobre as atividades realizadas no cenário:
Paciente 1-M.C.T. P, feminino,57 a.
QP-Dor de Estomago.
HDA- Paciente refere a dor de estômago há 3 anos, esperando endoscopia e com
diagnóstico anterior de hérnia de hiato. Apresentou o exame de imagem evidenciando
colelitíase.
Ao exame clínico apresenta hipertensão, a.a.a., mucosas e fâneros normais,
ausculta cardíaca e pulmonares normais, percussão dolorida no epigástrio e hipogástrio
direito, sinal de Murphy.

A conduta médica foi entrar com um sintomático, omeprazol orientações sobre


dieta alimentar eliminando os sintomas de piora para doenças estomacais e de vesícula:
gordura, fritura manteiga, sorvete, refrigerante, café e similares.

Foi prescrito Fluoxetina, manteve-se a Losartana associada a um diurético para


controle da PA e a paciente foi encaminhada a um cirurgião gástrico para avaliação da
litíase vesicular.

Paciente 2-R.D., feminino,45 a.

QP-Calafrio e Sudorese excessivos durante a noite.


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HDA- a paciente refere a calafrios sudorese excessiva há alguns meses e


oscilação de peso corporal.
Ao exame físico paciente apresentou hipertensão(130 x 80 mmHg), Ausculta
cardíaca e pulmonar normais. IMC =35.
Os exames laboratoriais: LDL 103(alterado), VDL e HDL normais, colesterol,
triglicérides, T4, urina e TSH normais.
Exame de imagem evidenciando nódulo TI RADS 3, pouco vascularizado de
tireoide.
A conduta médica foi orientações sobre dieta alimentar, reduzindo pela metade as
porções diárias, podendo escolher um dia para alimentação livre na semana. a ingesta de
água deve ser de 50 ml por quilo e a paciente continuará em acompanhamento para
controle de peso e quadro clínico.
A medicação Losartana foi mantida e foi acrescentado hidroclorotiazida para
controle da PA.
A paciente foi encaminhada para a ginecologista para avaliação de sintomas
prováveis de menopausa e para a avaliação de cirurgião cabeça e pescoço.

Paciente 3-I.A.G., feminino, 57a.

QP- Diarreia há muitos anos.

HDA-A paciente refere a diarreia, com aumento na quantidade de evacuações no


dia e fezes de consistência líquida às vezes fétida.

Antecedentes Patológicos: Diabetes tipo 2

Sistema Articular: Apresenta dores nos joelhos

Sistema respiratório: Catarro sem tosse

Ao exame clínico, na inspeção observou-se unhas fracas e quebradiças, ausculta


cardíaca normal ausculta pulmonar apresentando roncos. pulso femoral normal, pulso
pedioso e tibial diminuídos.

A conduta médica foi orientar a respeito de adequação da dieta, foi prescrito


Glibenclamida substituindo a metformina que pode causar diarreia quando associado ao
consumo de carboidratos na diabetes, suspendeu o uso de Sinvastatina até novos
exames, Albendazol por 5 dias depois de 15 dias repetir a dose por haver vermes com
17

tendência a ciclo pulmonar e a ciclo hepático. foi solicitado o raio x de tórax para
avaliação do ruído auscultado e exames laboratoriais.

2-Pontos a refletir

A paciente I.A.G. apresentando QP de Diarreia há 3 anos e também alterações na


ausculta pulmonar levantou-se uma HD de verminose com ciclo pulmonar e um dos
vermes passíveis de causar tal quadro é o Ascaris lumbricoides que causa a ascaridíase.
A ascaridíase, a infecção intestinal por helmintos mais comum no mundo, tem
distribuição universal. Ela se concentra nas regiões tropicais e subtropicais com
condições sanitárias precárias. A prevalência é mais alta em crianças de 2 a 10 anos e
diminui nas faixas etárias mais altas. As estimativas atuais sugerem que cerca de 500
milhões de pessoas estão infectadas em todo o mundo, e a ascaridíase contribui para a
desnutrição em áreas com condições sanitárias precárias. Estima-se que a ascaridíase
é responsável por 2.000 a 10.000 mortes em todo o mundo anualmente, a maioria
decorrente de obstrução intestinal ou das vias biliares em crianças.
Seres humanos são infectados por A. lumbricoides quando ingerem os ovos,
muitas vezes em alimentos contaminados por fezes humanas. A infecção também pode
ocorrer quando se coloca na boca mãos ou dedos com sujeira contaminada.
Seres humanos também podem ser infectados por ascaris (A. suum) de suínos
quando ingerem ovos ao lidar com esses animais ou ao consumir vegetais mal cozidos
ou frutas contaminadas com fezes de suínos. Ainda não se sabe se A. suum é uma
espécie distinta de A. lumbricoides.
Larvas de Ascaris que migram para os pulmões podem causar tosse, sibilos e,
ocasionalmente, hemoptise ou outros sintomas respiratórios nas pessoas sem
exposição prévia ao Ascaris.
Vermes adultos em pequeno número geralmente não produzem sintomas
gastrointestinais, embora a passagem de um verme adulto pela boca ou pelo reto possa
levar um paciente assintomático a procurar um serviço de saúde. Obstrução intestinal ou
biliar causa cólicas abdominais, náuseas e vômitos. Icterícia é incomum.

Até mesmo infecções moderadas podem conduzir à desnutrição em crianças. A


fisiopatologia não é conhecida e pode incluir competição por nutrientes, prejuízo de
absorção e redução de apetite.
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Diagnóstico da ascaridíase
 Exame microscópico das fezes
 Identificação dos vermes adultos nas fezes ou que surgem do nariz, boca ou reto

O diagnóstico da ascaridíase é por detecção microscópica dos ovos nas fezes ou


observação dos vermes adultos que surgem do nariz ou da boca. Ocasionalmente,
larvas podem ser encontradas no escarro durante a fase pulmonar. Os vermes adultos
podem ser vistos em exames radiográficos do trato gastrintestinal.

A eosinofilia pode ser intensa quando as larvas migram para os pulmões, mas


geralmente cede quando os vermes adultos se fixam no intestino. Radiografia de tórax
durante a fase pulmonar pode mostrar infiltrados que, na presença de eosinofilia, leva
ao diagnóstico da síndrome de Löffler.

Tratamento da ascaridíase
 Albendazol, mebendazol ou ivermectina

Deve-se tratar todas as infecções intestinais por Ascaris.


Albendazol, 400 mg por via oral em dose única, mebendazol, 100 mg por via oral
duas vezes por dia durante 3 dias, ou 500 mg por via oral dose única, ou ivermectina
150 a 200 mcg/kg, por via oral, em dose única é
eficaz. Albendazol, mebendazol e ivermectina podem prejudicar o feto, e deve-se
contrabalançar o risco do tratamento em gestantes infectadas por Ascaris com o risco
de não tratar a doença. Antes do tratamento com ivermectina, deve-se avaliar nos
pacientes coinfecção por Loa loa se eles moraram em áreas da África Central onde Loa
loa é endêmico porque a ivermectina pode causar reações graves em pacientes com
loíase e níveis altos de microfilárias.
Dados recentes sugerem que a nitazoxanida também é eficaz para infecções
leves por Ascaris, mas menos eficaz para infeções intensas. Piperazina, que era
utilizada em larga escala, foi substituída por alternativas menos tóxicas.
Pode-se tratar de maneira eficaz as complicações obstrutivas com terapia anti-
helmíntica ou pode ser necessária extração cirúrgica ou endoscópica dos vermes
adultos.

Quando os pulmões são comprometidos, o tratamento é sintomático:


broncodilatadores e corticoides. Em geral, usam-se fármacos anti-helmínticos
19

Prevenção da ascaríase
A prevenção da ascaríase requer condições sanitárias adequadas.

As estratégias de prevenção incluem

 Lavar bem as mãos com sabão e água antes de manusear alimentos


 Lavar, descascar e/ou cozinhar todos os vegetais e frutas crus antes de ingeri-los
 Evitar o consumo de legumes crus ou não lavados em áreas onde fezes de
porcos ou humanas são usadas como fertilizante.
 Não defecar ao ar livre, exceto em latrinas com descarte apropriado de esgoto

3-Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros programas


educacionais da FMPFM e com a literatura sobre atenção primária à saúde e saúde
coletiva

O aprendizado no IESC nos prepara para as mais diversas atividades dentro da


nossa atuação como acadêmicos de medicina. O conteúdo ministrado nessa disciplina
nos aparata para as atividades diretas com pacientes, nos diferentes momentos do curso,
no sentido de nos orientar a como referenciá-los dentro da Atenção Primária.

Nessa Unidade Curricular estamos estudando a fisiopatologia da Diabetes nas


disciplinas Laboratório Funcional e Patologia Clínica, fisiopatologia da Dor em Tutoria,
Inflamação :Mecanismos de Defesa e Agressão em Patologia Geral e a ação de
Fármacos Agonistas e Antagonistas em Farmacologia.
Temos tido a oportunidade de vivenciar na prática através do IESC, aquilo que
temos aprendido em sala de aula de forma teórica. O contato com o paciente e com o
médico preceptor juntamente nos dá uma visão mais clara de como a patologia se
manifesta e qual a melhor abordagem terapêutica para cada caso, além de aprendermos
muito sobre o vinculo de confiança na relação médico-paciente até mesmo para o
sucesso do tratamento.

4- Explique a aplicabilidade dos fatos vivenciados para vida pessoal,


acadêmica e profissional.
20

Todos os temas abordados no IESC são de extrema relevância para um


embasamento da realidade em que se insere os pacientes que vamos nos deparar em
nossa prática clínica. Conhecer esses cernes de problemas que atingem a população no
geral, nos capacita a nos anteciparmos desenvolvendo um plano de trabalho eficaz para
cada situação e com isso, poderemos atingir a um nível mais alto de atendimento e
resutibilidade no enfrentamento das demandas dos pacientes que chegarão até nos,
principalmente na Atenção Primaria, dentro das UBS’s e ESFs.

5-Liste as demandas de estudo e busca na literatura.


GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.
Ministério da Saúde:https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-
infecciosas/nemat%C3%B3deos-vermes-filiformes/ascar%C3%Adase (acessado em
28/02/2023)

6-Descreva as oportunidades e lacunas percebidas em sua aprendizagem.

Dentro da atividade proposta para essa atividade, creio que não houve lacunas,
antes foi muito produtivo o método utilizado para assimilação do conteúdo,

7-Descreva o planejamento para próxima semana

A programação da próxima semana será a critério dos antendimentos médicos


elencados na ESF que acompanharemos.
21

Nome do acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira ______________

Unidade de Saúde: ESF Parque dos Eucalíptos -Data:07/02/2023

Docente/Preceptor: Dr Cláudio Pessoa de Barros Filho__________

2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC


2.5-Semana 5-07/03/2023
Análise Comentada

1-Sobre as atividades realizadas no cenário:


Paciente 1-C R S, masculino.55 a.
QP-Retorno para avaliação de massa em mama esquerda
HDA- paciente refere a dor na mama esquerda a alguns meses. foi solicitado
exames e paciente retornou a UBS para acompanhamento.
22

Ao exame físico: BEG, a.a. a. hidratado, corado.


Na inspeção e palpação das mamas alteração retro a aureolar na mama esquerda,
evidenciando ginecomastia.
Resultado de exame de imagem: Bi Rads 2.
Conduta: Manter Ranitidina, Omeprazol e Loradin, solicitação de USM e
eletrocardiograma. paciente é encaminhado para mastologista

Paciente 2-E M S. masculino,72 a.

QP- Casquinhas no ouvido esquerdo há mais de 1 ano.

HDA-Paciente refere a casquinhas o pavilhão auricular esquerdo, sem coceiras e


apresenta lesão semelhante no couro cabeludo , sem outras queixas.
Ao Exame :BEB, a a a, corado, hidratado. lúcido, orientado.
Conduta: Manter Clorazepam, Alprazolam. Risperidona, Sertralina .iniciar um Poli
vitamínico e nas lesões Fluconazol pomada.

Paciente 3-M L F L,feminino ,70 a.

QP-Consulta de retorno

HDA-Paciente compareceu a UBS para consulta de Retorno

Ao exame clínico:BEG,aaa, lúcida ,orientada ,corada, hidratada.

Apresenta nódulos de Bourchard. Paciente em tratamento de artrite reumatoide


(sic).

Exames de hemoglobina, ácido úrico creatina, sedimentados, potássio, TGP,


triglicérides , urina-normais.

Glicemia de jejum 126 e hemograma evidenciando anemia por deficiência de B 12


e deficiência de ferro.

Conduta: Sulfato Ferroso um comprimido ao dia por 6 meses, Ácido Fólico com B
12 15 g. Albendazol 400 g e Metotrexato.

2-Pontos a refletir

A respeito do quadro de anemia apresentado pela Paciente 3, passamos a refletir


sobre Anemia Ferropriva e Anemia por Deficiência de B12.
23

A Anemia Ferropriva resulta de depósitos de ferro baixos ou esgotados, que são


necessários para se produzir glóbulos vermelhos.

 As pessoas podem sentir fraqueza, falta de ar e parecer pálidas.


 Exames de sangue podem detectar baixos níveis de ferro.
 São usados suplementos de ferro para restaurar os níveis de ferro.

A anemia ferropriva em geral se desenvolve lentamente porque pode levar


diversos meses até as reservas de ferro do corpo serem esgotadas. À medida que as
reservas de ferro vão diminuindo, a medula óssea gradualmente produz menos glóbulos
vermelhos. Quando as reservas se esgotam, os glóbulos vermelhos não estão apenas
reduzidos em número, mas são também anormalmente pequenos.

A deficiência de ferro é uma das causas mais comuns de anemia e perda de


sangue é a causa mais comum da deficiência de ferro nos adultos. Nos homens e em
mulheres após a menopausa, a deficiência de ferro em geral indica hemorragia no trato
digestivo. Em mulheres na pré-menopausa, a hemorragia menstrual é a causa mais
comum da deficiência de ferro. A deficiência de ferro também pode resultar de escassez
de ferro na dieta em períodos nos quais as necessidades de ferro aumentam, como em
bebês, crianças pequenas, meninas adolescentes e mulheres grávidas. A diminuição da
absorção de ferro no trato digestivo, denominada má absorção, pode ser resultado de
uma variedade de distúrbios, dos quais a doença celíaca é o mais comum.
Sintomas da anemia ferropriva
Os sintomas da anemia ferropriva tendem a se desenvolver gradualmente e são
similares aos sintomas produzidos por outros tipos de anemia, tais como fadiga,
fraqueza e palidez. Muitas pessoas com anemia ferropriva grave apresentam um quadro
denominado pica. Pessoas com pica têm desejo de ingerir algo, geralmente gelo, mas,
às vezes, substâncias que não são alimentos, como terra, lama ou giz.
Diagnóstico de anemia ferropriva
Exames de sangue

Depois que exames de sangue mostram que uma pessoa tem anemia, são
frequentemente realizados exames para a deficiência de ferro. Na deficiência de ferro,
os glóbulos vermelhos tendem a ser pequenos e pálidos. Os níveis sanguíneos de ferro
e de transferrina (a proteína que transporta o ferro quando ele não está dentro de
glóbulos vermelhos) são medidos e comparados.
24

ANÁLISE LABORATORIAL

Exame de sangue de ferritina

ANÁLISE LABORATORIAL

Exames de ferro

O exame mais preciso para determinar a deficiência de ferro é a medição do nível


de ferritina (uma proteína que armazena o ferro). Um nível baixo de ferritina indica
deficiência de ferro. No entanto, os níveis de ferritina são às vezes enganadores porque
podem estar falsamente elevados (e, assim, parecer normais) devido a lesões
hepáticas, inflamação, infecção ou câncer.

Tratamento de anemia ferropriva


 Estancamento de hemorragias
 Suplementos de ferro

Uma vez que hemorragia excessiva é a causa mais comum de deficiência de


ferro, o primeiro passo consiste em localizar sua origem e estancar a hemorragia.

A ingestão normal de ferro na dieta em geral não compensa a perda de ferro


causada por hemorragia crônica. O corpo, por outro lado, tem uma reserva de ferro
muito pequena. Por conseguinte, o ferro perdido precisa ser substituído pelo consumo
de suplementos de ferro.

A correção da anemia ferropriva com suplementos de ferro em geral leva de três a


seis semanas, mesmo após a cessação da hemorragia. Os suplementos de ferro são
em geral tomados por via oral. Os suplementos de ferro tornam as fezes escuras ou
pretas e com frequência causam constipação. Os suplementos de ferro são mais bem
absorvidos quando tomados 30 minutos antes do café da manhã com uma fonte de
vitamina C (suco de laranja ou um suplemento de vitamina C). O uso de suplementos de
ferro em geral continua por seis meses após as contagens sanguíneas retornarem ao
25

normal de maneira a repor totalmente as reservas do corpo. Às vezes, o ferro é


administrado pela veia (via intravenosa) quando são necessárias grandes quantidades
de ferro ou quando a pessoa não consegue tolerar a ingestão de ferro por via oral.

São feitos periodicamente exames de sangue para garantir que o suprimento de


ferro seja suficiente.

O tratamento da deficiência de ferro resolve também a pica.

Deficiência de vitamina B12 (Anemia perniciosa

 Desenvolve-se anemia, causando palidez, fraqueza, fadiga, e, se for grave, falta


de ar e tonturas.
 Uma deficiência grave de vitamina B12 pode lesionar os nervos, causando
formigamento ou perda de sensibilidade nas mãos e nos pés, fraqueza muscular,
perda de reflexos, dificuldade em andar, confusão e demência.
 O diagnóstico de deficiência de vitamina B12 toma por base os exames de
sangue.
 Quando altas doses de suplementos de vitamina B12 são administradas, os
sintomas da anemia tendem a se resolver.
 Os sintomas provocados por danos nos nervos e demência em idosos podem
persistir.

A vitamina B 12 (cobalamina), juntamente com o folato, é necessária para a


formação e o amadurecimento dos glóbulos vermelhos e para a síntese do ácido
desoxirribonucleico (ácido desoxirribonucleico), que é o material genético das células. A
vitamina B12 é também necessária para uma função normal dos nervos. Boas fontes de
vitamina B12 incluem carnes (especialmente carne bovina, suína, fígado e outras
vísceras), ovos, cereais enriquecidos, leite, mariscos, ostras, salmão e atum. (Consulte
também Considerações gerais sobre vitaminas.)

Ao contrário da maioria das vitaminas, a B12 é armazenada em quantidades


substanciais, principalmente no fígado, até ser necessária pelo organismo. Se uma
pessoa parar de consumir a vitamina, os estoques dessa vitamina no organismo
geralmente levam entre três e cinco anos para se esgotar.
26

Embora as pessoas não devam usar altas doses de vitamina B12 como uma
panaceia, a vitamina não parece ser tóxica; contudo, o consumo de quantidades
excessivas de B12 não é recomendado.

A vitamina B12 está presente em alimentos de origem animal. Normalmente, a


vitamina B12 é prontamente absorvida na última parte do intestino delgado (íleo), que se
comunica com o intestino grosso. No entanto, para ser absorvida, essa vitamina tem que
ser combinada com o fator intrínseco, a proteína produzida pelo estômago. Sem este, a
vitamina B12 permanece no intestino e é excretada com as fezes.

Uma vez que a vitamina B12 é necessária para a formação de células sanguíneas
maduras, a deficiência dessa vitamina pode causar anemia. A anemia é caracterizada
por glóbulos vermelhos anormalmente grandes (macrócitos) e glóbulos brancos do
sangue anormais. A anemia não pode desenvolver-se por até 3 a 5 anos após a
deficiência ter início, pois uma grande quantidade de vitamina B12 é armazenada no
fígado.
A deficiência de vitamina B12 também pode causar lesões nervosas (neuropatia),
mesmo na ausência de anemia.

Causas da deficiência de vitamina B12


A deficiência de vitamina B12 pode ocorrer devido ao seguinte:

 As pessoas não consomem uma quantidade suficiente de vitamina B12.


 O organismo não absorve ou armazena uma quantidade suficiente de vitamina.

Consumo inadequado
A deficiência de vitamina B12 se desenvolve em pessoas que não consomem
nenhum produto de origem animal (veganos), a menos que tomem suplementos. Se
uma mãe vegana amamentar seu bebê, ele correrá o risco de apresentar uma
deficiência de vitamina B12. Deficiência devido ao consumo inadequado é improvável
em outras pessoas.

Absorção inadequada
A causa mais comum da deficiência de vitamina B12 é a absorção inadequada. Os
seguintes quadros clínicos podem causar uma absorção inadequada:

 Crescimento excessivo de bactérias em uma parte do intestino delgado


27

 Comprometimento da absorção (síndromes de má absorção, como doença


celíaca ou determinadas doenças pancreáticas)
 Doença inflamatória intestinal afetando a última parte do intestino delgado
 Teníase
 AIDS
 Cirurgia bariátrica para perda de peso
 Uma cirurgia que remove a parte do intestino delgado onde a vitamina B12 é
absorvida
 Medicamentos, como antiácidos e metformina (utilizada para tratar o diabetes)
 Exposição repetida ao óxido nitroso (gás hilariante)
 Falta de fator intrínseco
 Diminuição da acidez do estômago (comum entre idosos)
O fator intrínseco pode estar ausente devido à presença de anticorpos anômalos,
produzidos por um sistema imunológico hiperfuncional, que ataca e destrói as células do
estômago produtoras do fator intrínseco, uma reação autoimune chamada gastrite
atrófica metaplásica autoimune. O fator intrínseco pode estar ausente porque a parte do
estômago onde o fator intrínseco é produzido foi removida cirurgicamente. A deficiência
de vitamina B12 devido à falta de fator intrínseco provoca um tipo de anemia chamada
anemia perniciosa.

A absorção pode ser inadequada nos idosos, porque a acidez do estômago é


reduzida. A diminuição da acidez do estômago reduz a capacidade de o organismo
retirar a vitamina B12 da proteína da carne. No entanto, a vitamina B12 encontrada em
suplementos vitamínicos pode continuar a ser bem absorvida, mesmo em pessoas com
diminuição do ácido estomacal.

Armazenamento inadequado
As doenças hepáticas podem interferir no armazenamento de vitamina B12, uma
vez que a maior parte da vitamina B12 do organismo é armazenada no fígado.
Sintomas da deficiência de vitamina B12
A anemia por deficiência da vitamina B12 se desenvolve de forma gradativa,
permitindo ao organismo certo grau de adaptação. Consequentemente, os sintomas
podem ser leves, mesmo quando a anemia for grave.
Os sintomas de anemia são
28

 Palidez / Fraqueza / Fadiga

A anemia grave causa sensação de falta de ar, tontura e aumento da frequência


cardíaca. Ocasionalmente, o baço e o fígado podem ter seu tamanho aumentado.

Adultos mais jovens que têm anemia perniciosa (devido à falta de fator intrínseco)
são mais propensos a desenvolver cânceres de estômago e outros cânceres
gastrointestinais.

Em pessoas com lesões nos nervos, as pernas são afetadas mais cedo e com mais
frequência do que os braços. É sentido um formigamento nos pés e nas mãos, ou
perde-se a sensação nas pernas, pés e mãos. Seus braços e pernas podem apresentar
sensação de fraqueza. As pessoas têm capacidade diminuída de dizer onde estão seus
braços e pernas (senso de posição) e de sentir vibrações. Existe fraqueza muscular leve
a moderada e os reflexos podem estar ausentes. A caminhada torna-se difícil.

Algumas pessoas sentem confusão, irritabilidade e depressão leve. A deficiência


avançada da vitamina B12 pode ser a causa de delirium, paranoia (pensar que as
pessoas pretendem prejudicá-las) e função mental comprometida, incluindo demência.

Diagnóstico da deficiência de vitamina B12


 Exames de sangue
 Ocasionalmente, endoscopia

Geralmente, a suspeita da existência de uma deficiência de vitamina B12 ocorre


quando as análises sanguíneas de rotina detectam glóbulos vermelhos grandes. Às
vezes, o médico suspeita que ela está presente quando a pessoa apresenta sintomas
característicos de lesões nos nervos, como formigamento ou perda de sensibilidade. Se
houver suspeita de deficiência, deve-se medir a quantidade de vitamina B12 presente no
sangue.

Geralmente, o médico também mede os níveis de ácido fólico no sangue para


descartar a possibilidade de deficiência de ácido fólico, que também pode causar a
presença de glóbulos vermelhos grandes.
Caso a deficiência de vitamina B12 seja confirmada em um idoso, não serão
necessários outros exames, pois a causa, como a baixa acidez gástrica, não é
29

habitualmente grave. Em pessoas mais jovens, outros exames, incluindo outros exames
de sangue, podem ser realizados para determinar a causa.

Pode ser realizada uma endoscopia (uso de um tubo de visualização flexível para
examinar diretamente as estruturas internas) para verificar se há destruição de células
do estômago que produzem o fator intrínseco.

Prevenção da deficiência de vitamina B12


No caso de bebês de mães veganas, iniciar com suplementos de vitamina B12
imediatamente após o nascimento ajuda a prevenir a deficiência de vitamina B12.

Tratamento da deficiência de vitamina B12


 Suplementos de vitamina B12
 Em pessoas com lesão nos nervos, são administradas injeções de
vitamina B12

Idosos com deficiência de vitamina B12 se beneficiam da ingestão de suplementos


de vitamina B12 pois, geralmente, a deficiência é causada pela dificuldade de absorção
da vitamina a partir da carne. Elas podem absorver a vitamina mais facilmente de
suplementos do que da carne.

O tratamento da deficiência de vitamina B12 ou da anemia perniciosa consiste em


suplementos de altas doses de vitamina B12. Se as pessoas tiverem deficiência, mas
não apresentarem sintomas, a vitamina pode ser administrada por via oral. Exames de
sangue são realizados periodicamente para certificar-se de que o nível de vitamina B12
retornou e permanece normal.

As pessoas que apresentam níveis muito baixos de vitamina B12 ou sintomas


decorrentes de lesões nervosas geralmente recebem uma injeção de vitamina B12 por
via intramuscular. As injeções podem ser autoadministradas diária ou semanalmente
durante várias semanas, até que o nível de vitamina B12 volte ao normal.
Posteriormente, as injeções podem ser administradas uma vez por mês por tempo
indefinido, a menos que a deficiência consiga ser corrigida.

A anemia normalmente se resolve dentro de aproximadamente seis semanas.


Porém, se os sintomas graves decorrentes de lesões nervosas durarem meses ou anos,
eles podem se tornar permanentes. Na maioria dos idosos com deficiência de vitamina
B12 e demência, a função mental não melhora após o tratamento.
30

3-Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros programas


educacionais da FMPFM e com a literatura sobre atenção primária à saúde e saúde
coletiva

O aprendizado no IESC nos prepara para as mais diversas atividades dentro da


nossa atuação como acadêmicos de medicina. O conteúdo ministrado nessa disciplina
nos aparata para as atividades diretas com pacientes, nos diferentes momentos do curso,
no sentido de nos orientar a como referenciá-los dentro da Atenção Primária.

Nessa Unidade Curricular estamos estudando a fisiopatologia da Artrite


Reumatoide e do IAM nas disciplinas Laboratório Funcional e Patologia Clínica,
fisiopatologia da Dor em Tutoria, Inflamação :Mecanismos de Defesa e Agressão em
Patologia Geral e a ação de Fármacos Agonistas e Antagonistas Adrenérgicos e
Colinérgicos em Farmacologia.
Temos tido a oportunidade de vivenciar na prática através do IESC, aquilo que
temos aprendido em sala de aula de forma teórica. O contato com o paciente e com o
médico preceptor juntamente nos dá uma visão mais clara de como a patologia se
manifesta e qual a melhor abordagem terapêutica para cada caso, além de aprendermos
muito sobre o vinculo de confiança na relação médico-paciente até mesmo para o
sucesso do tratamento.

4- Explique a aplicabilidade dos fatos vivenciados para vida pessoal,


acadêmica e profissional.

Todos os temas abordados no IESC são de extrema relevância para um


embasamento da realidade em que se insere os pacientes que vamos nos deparar em
nossa prática clínica. Conhecer esses cernes de problemas que atingem a população no
geral, nos capacita a nos anteciparmos desenvolvendo um plano de trabalho eficaz para
cada situação e com isso, poderemos atingir a um nível mais alto de atendimento e
resutibilidade no enfrentamento das demandas dos pacientes que chegarão até nos,
principalmente na Atenção Primaria, dentro das UBS’s e ESFs.

5-Liste as demandas de estudo e busca na literatura.


GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002
31

PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.


https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/anemia/
anemia-ferropriva (acessado em 10/03/2023)
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/
defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12 (acessado em 10/03/2023)

6-Descreva as oportunidades e lacunas percebidas em sua aprendizagem.


Dentro da atividade proposta para essa atividade, creio que não houve lacunas,
antes foi muito produtivo o método utilizado para assimilação do conteúdo,

7-Descreva o planejamento para próxima semana

A programação da próxima semana será a critério dos antendimentos médicos


elencados na ESF que acompanharemos.

Nome do acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira ______________

Unidade de Saúde: ESF Parque dos Eucalíptos -Data:14/03/2023

Docente/Preceptor: Dr Cláudio Pessoa de Barros Filho__________

2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC


2.6-Semana 6-14/03/2023
Análise Comentada

1-Sobre as atividades realizadas no cenário:

Paciente 1-R S, feminino,50 a. Paciente especial (sem audição)


32

QP-Dores no corpo todo e dor de cabeça há 30 anos.


HDA- Paciente refere cefaleia ,insônia dores no corpo todo, nas articulações que
atrapalham a qualidade de vida ,atrapalhando o sono e atividades diárias de forma geral.
Queixou-se também de rigidez aos movimentos musculares(espasticidade). Paciente
refere a ser celíaca.
Ao exame físico: REG, a.a. a. hidratado, pálida, eupneica.
AC, BRNF, Eupneico, Hidratado, Corado.
AP-- MFV +, sem RA
Na inspeção e palpação : paciente com facies de dor, rigidez nos movimentos
musculares , dores apalpação nas articulações e área pélvica.
Antecedentes Patológicos: meningite na infância.
Aparelho Esquelético Motor-espasticidade
Antecedentes Ginecológicos-endometriose e menorragia.
Conduta: foi solicitado US, raio x de coluna cervical, Bing hemograma,
FAN,FR,VHS,ASLO.
Orientações nutricionais, retirada do glúten, leite e derivados, aumento da ingesta
de água, complemento de vitamina D.
Medicação- Codepa (paracetamol + codeína) e Duloxetina. Manutenção de
Zolpidem.
HD-Fibromialgia

Paciente 2-M A D, feminino, 51 a.


À triagem-hipertensão
QP- Consulta de retorno-exames de glicemia, colesterol HDL-normais
Exames de colesterol LDL, triglicérides, ácido úrico e hemograma limítrofes.
HDA- Paciente procurou a unidade há alguns dias para consulta de rotina. Hoje ao
retornar apresentou quadro de hipertensão, ansiedade, e alguns exames de sangue
limítrofes necessitando de orientações específicas.
Ao Exame:
AC-BEG, a.a. a. hidratada, corada, eupneica.
AP-MFV +, sem RA.
Paciente no aguardo de audiometra para verificar acuidade auditiva.

Conduta: Orientações nutricionais para diminuição de carboidratos e frituras, início


de atividade física(musculação).
33

Medicação :Ansioderona.
Ao final dos atendimentos acompanhamos a um procedimento ambulatorial para
retirada de cisto sebáceo.

2-Pontos a refletir
Na primeira paciente observamos uma possível hipótese diagnóstca de
Fribomialgia.
A fibromialgia é um dos maiores mistérios da medicina. É uma doença que se
caracteriza por dores difusas envolvendo músculos, tendões e ligamentos. O paciente
com fibromialgia tem múltiplas dores pelo corpo e se sente constantemente exaurido.

Além da dor muscular generalizada e da sensibilidade excessiva em muitas


áreas do corpo, os pacientes fibromiálgicos também costumam sofrer de fadiga, sono
excessivo, dores de cabeça e distúrbios do humor, como depressão e ansiedade.

Curiosamente, apesar da riqueza de sintomas, não há alterações detectáveis


nos exames laboratoriais nem nos exames de imagem, como radiografias,
ultrassonografia, tomografias, etc. Além da dor, mas nada é detectado através do
exame físico do paciente com fibromialgia. Biópsias realizadas nos músculos, tendões
e ligamentos nada revelam, não há sinais de inflamação, não há lesões e muito
menos alterações estruturais.

Exatamente pela falta de achados objetivos, a fibromialgia era no passado


considerada uma doença de natureza psicossomática (de origem psicológica). Seu
reconhecimento como “doença real” só foi obtido em 1987.

As atuais teorias sugerem uma alteração nas áreas cerebrais responsáveis pela
percepção da dor. O cérebro dos pacientes com fibromialgia parece ser
excessivamente sensível aos estímulos dolorosos que chegam a si. Isso significa que
estímulos indolores para a maioria das pessoas são interpretados como dor pelo
cérebro do paciente fibromiálgico.

Exames radiológicos mais modernos, ainda pouco usados na prática médica do


dia-a-dia, conseguiram demonstrar que pacientes com fibromialgia apresentam sinais
precoces de envelhecimento do cérebro, com redução da área cinzenta (local do
34

cérebro onde ficam os neurônios). Estas alterações podem justificam uma exagerada
interpretação do cérebro aos estímulos externos.

Porém, como já referido, não existe nenhum exame laboratorial ou de imagem


que confirme o diagnóstico de fibromialgia. Na verdade, esses exames só servem
para se descartar outras causas de dor crônica.

Se durante a investigação algum exame laboratorial ou de imagem detectar


alterações, ou ainda, se houver a presença de sinais inflamatórios nas articulações
(artrite) ou sinais de lesões neurológicas detectáveis durante o exame físico feito pelo
médico, o diagnóstico de fibromialgia deve ser repensado, uma vez que estas
alterações apontam para a existência de uma outra causa para as dores.

A fibromialgia é seis vezes mais comum em mulheres e a sua prevalência


aumenta conforme a idade. Cerca de 2% da população jovem e 8% da população
idosa são portadores desta doença. A maior parte dos casos de fibromialgia inicia-se
entre os 30 e 55 anos.

Em 50% dos casos os sintomas iniciam-se após um evento pontual, tal como
um estresse físico ou psicológico. Nos outros 50% não se consegue detectar nenhum
gatilho para o surgimento dos sintomas. Pessoas com história familiar positiva
apresentam oito vezes mais chances de ter fibromialgia que o resto da população, o
que sugere fortemente uma causa genética.

O principal sintoma da fibromialgia é uma dor difusa, podendo envolver


músculos, ligamentos e tendões. Muitas vezes, o paciente refere sensação de
articulações inchadas, o que na verdade é apenas uma sensação, já que o edema
não é comprovado ao exame físico. Não há sinais clínicos de artrite nas articulações
doloridas.

Quando questionados onde dói, muitos respondem: dói tudo. São dores
constantes, que pioram ao toque. O paciente com fibromialgia tem um limiar para dor
mais baixo, isto é, estímulos dolorosos de intensidade igual são muito mais sentidos
por quem tem a doença.
35

Uma descrição que resume bem os sintomas da fibromialgia é a de sensação


de estar com uma forte gripe que não passa, causando dor no corpo, mal estar, dor de
cabeça e astenia.

Além da dor difusa, a fadiga é outro sintoma frequentemente presente no


paciente fibromiálgico.

O cansaço é mais forte de manhã, logo que o paciente acorda, mas também
pode ser bastante incômodo no final da tarde. A fadiga matinal ocorre mesmo que o
paciente tenha dormido mais de 10 horas durante a noite. A sensação é de um sono
não revitalizante.

Na verdade, uma das características da fibromialgia é o sono leve. Os


pacientes acordam com frequência durante a madrugada e têm dificuldade em voltar
a dormir. Alguns trabalhos mostram que esses pacientes não conseguem se manter
no estágio 4 do sono, que é o do sono profundo, também conhecido como sono
restaurador.

O paciente fibromiálgico passa o dia sentindo uma completa falta de energia,


com sensação de pernas e braços pesados e dificuldade de concentração,
denominada pelos pacientes como “cérebro cansado”. É muito comum a associação
da fibromialgia com a síndrome da fadiga crônica.

Dor de cabeça tipo enxaqueca ou cefaleia tensional é um sintoma comum e


acomete mais de 50% dos pacientes com fibromialgia.

Os pacientes também podem apresentar uma variedade de sintomas mal


compreendidos, incluindo dor abdominal, dor no peito, sintomas sugestivos
de síndrome do intestino irritável, dor pélvica, sintomas urinários, como ardência para
urinar e necessidade de ir ao banheiro com frequência, problemas de memória, olhos
secos, palpitações, tonturas, formigamentos, flutuações constante de peso, perda da
libido, intensas cólicas menstruais e alterações do humor.
36

A associação com a depressão e distúrbios de ansiedade é muito comum.


Cerca de 70% dos pacientes com fibromialgia desenvolverão um dos dois distúrbios
ao longo da vida.

É importante saber que, se por um lado a fibromialgia não é uma doença que
acarrete risco de morte ou cause deformidades, por outro, os sintomas podem ser
incapacitantes, determinado uma péssima qualidade de vida ao paciente. Pacientes
com fibromialgia costumam ter uma qualidade de vida muito ruim se não tiverem o
diagnóstico estabelecido e não estiverem sob tratamento

Resumo dos principais sinais e sintomas da fibromialgia

 Dor musculoesquelética difusa por todo o corpo.


 Fadiga.
 Baixa capacidade de concentração.
 Depressão.
 Ansiedade.
 Dor de cabeça.

 Dificuldade para dormir.

 Dor abdominal.

 Formigamento nas mãos e pés.

Diagnóstico

O médico especializado em investigar e tratar a fibromialgia é o reumatologista.

A maioria dos pacientes com fibromialgia vive com os sintomas durante anos
até o diagnóstico ser finalmente feito. Durante a investigação, esses pacientes
costumam passar por dezenas de exames e múltiplos especialistas. Alguns pacientes
acabam sentindo-se rejeitados pelos médicos, enquanto outros temem que uma
doença fatal oculta acabe por ser encontrada.
37

O diagnóstico é feito através da avaliação clínica. Os exames complementares


servem para descartar outras doenças que possam simular os mesmos sinais e
sintomas, como hipotireoidismo, artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico,
polimialgia reumática e outras desordens inflamatórias ou autoimunes.

O grande desafio para o médico é quando a fibromialgia ocorre


concomitantemente com outras doenças que também cursam com dores difusas,
como osteoartrite, polimialgia reumática e artrite reumatoide. Nesses casos, o
diagnóstico de fibromialgia é muito difícil de ser estabelecido.

O Colégio Americano de Reumatologia publicou em 1990 os seguintes critérios


para o diagnóstico da fibromialgia:

Sintomas de dor generalizada, que ocorrem acima e abaixo da cintura e afetam


os lados direito e esquerdo do corpo.

Dor à palpação em pelo menos 11 dos 18 pontos sensíveis ilustrados abaixo.

Pontos dolorosos da fibromialgia


38

O tratamento é idealmente feito com uma equipe multidisciplinar, com


reumatologista, fisioterapeuta e psicólogo ou psiquiatra. Entender o que é a doença,
acabando com pensamentos negativos do tipo “vou morrer”, “tenho câncer” ou “isso é
uma infecção sem cura”, ajuda muito a combater os sintomas.

A longo prazo, a imensa maioria dos pacientes com fibromialgia melhora dos
seus sintomas e consegue manter uma vida ativa e com qualidade. Comentários do
tipo ” isso é coisa da sua cabeça” ou “pare de frescura que não há nada de errado
consigo” são inverdades que só prejudicam o tratamento.

Entretanto, não existe cura fácil ou rápida para fibromialgia. Fuja de


tratamentos que prometem milagres. Doenças crônicas e de difícil tratamento são um
prato cheio para charlatões e aproveitadores.

Contraditoriamente, apesar do paciente sentir-se persistentemente cansado,


não fazer nada ao longo do dia tende a piorar os sintomas. Nada é pior para os
sintomas da fibromialgia do que o sedentarismo. Exercícios físicos aeróbicos e
musculação melhoram a qualidade de vida e diminuem a intensidade das dores e a
sensação de cansaço. O paciente deve ser encorajado a sair da inércia e vencer a
indisposição inicial.Também é importante evitar álcool, cigarros e cafeína.

Uma grande variedade de medicamentos tem sido usados para controlar os


sintomas da fibromialgia. Os medicamentos que têm sido mais eficazes são os de
ação no sistema nervoso central, como os antidepressivos e as drogas
anticonvulsivantes.

Em contraste, medicamentos que agem exclusivamente na dor, como anti-


inflamatórios e analgésicos, são menos eficazes. Esses últimos, porém, podem ser
usados em associação com os antidepressivos, potencializando seus efeitos contra a
dor.

Exemplos de medicamentos de ação central que podem ser usados no


tratamento da fibromialgia:

 Fluoxetina.
39

 Paroxetina.
 Ciclobenzaprina.
 Amitriptilina.
 Gabapentina.
 Pregabalina.

Recentemente três novas drogas antidepressivas de última geração mostraram-


se efetivas no controle dos sintomas da fibromialgia: Venlafaxina, Duloxetina e
Milnaciprana.

Com o correto diagnóstico e tratamento, a longo prazo, mais de 2/3 dos


pacientes com fibromialgia mantêm-se ativos e referindo pouca ou nenhuma
interferência da doença no seu dia-a-dia.

Nos pacientes que não respondem adequadamente às terapias iniciais é


sugerido a terapia cognitivo-comportamental (TCC).  As intervenções psicológicas
devem ser integradas ao tratamento multidisciplinar, que inclui também terapia
farmacológica, educação e exercícios.

3-Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros programas


educacionais da FMPFM e com a literatura sobre atenção primária à saúde e saúde
coletiva

O aprendizado no IESC nos prepara para as mais diversas atividades dentro da


nossa atuação como acadêmicos de medicina. O conteúdo ministrado nessa disciplina
nos aparata para as atividades diretas com pacientes, nos diferentes momentos do curso,
no sentido de nos orientar a como referenciá-los dentro da Atenção Primária.

Nessa Unidade Curricular estamos estudando a fisiopatologia da Artrite


Reumatoide e do IAM nas disciplinas Laboratório Funcional e Patologia Clínica,
fisiopatologia da Dor em Tutoria, Inflamação :Mecanismos de Defesa e Agressão em
Patologia Geral e a ação de Fármacos Agonistas e Antagonistas Adrenérgicos e
Colinérgicos em Farmacologia.
Temos tido a oportunidade de vivenciar na prática através do IESC, aquilo que
temos aprendido em sala de aula de forma teórica. O contato com o paciente e com o
médico preceptor juntamente nos dá uma visão mais clara de como a patologia se
40

manifesta e qual a melhor abordagem terapêutica para cada caso, além de aprendermos
muito sobre o vinculo de confiança na relação médico-paciente até mesmo para o
sucesso do tratamento.

4- Explique a aplicabilidade dos fatos vivenciados para vida pessoal,


acadêmica e profissional.

Todos os temas abordados no IESC são de extrema relevância para um


embasamento da realidade em que se insere os pacientes que vamos nos deparar em
nossa prática clínica. Conhecer esses cernes de problemas que atingem a população no
geral, nos capacita a nos anteciparmos desenvolvendo um plano de trabalho eficaz para
cada situação e com isso, poderemos atingir a um nível mais alto de atendimento e
resutibilidade no enfrentamento das demandas dos pacientes que chegarão até nos,
principalmente na Atenção Primaria, dentro das UBS’s e ESFs.

5-Liste as demandas de estudo e busca na literatura.


GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.
https://www.mdsaude.com/reumatologia/fibromialgia/ (acessado em 14/03/2023)

6-Descreva as oportunidades e lacunas percebidas em sua aprendizagem.


Dentro da atividade proposta para essa atividade, creio que não houve lacunas,
antes foi muito produtivo o método utilizado para assimilação do conteúdo.

7-Descreva o planejamento para próxima semana

A programação da próxima semana será a critério dos antendimentos médicos


elencados na ESF que acompanharemos.
41

Nome do acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira ______________


Unidade de Saúde: ESF Parque dos Eucalíptos -Data 21/03/2023
Docente/Preceptor: Dr Cláudio Pessoa de Barros Filho__________

2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC


2.7-Semana 7-21/03/2023
Análise Comentada

1-Sobre as atividades realizadas no cenário:

Paciente 1-DV, masculino,58 a. Pedreiro.


QP-Dor na barriga da perna.
HDA- Paciente refere dor nas panturrilhas contínua que não melhora com
analgésicos.
42

Ao exame físico: REG, a.a. a. hidratado, corado


AC, BRNF, Eupneico, Hidratado,
AP-- MFV +, sem RA
Pulsos pedioso e antero posterior esquerdo diminuidos.Lado D normal.
Na inspeção e palpação: paciente com facies de dor, dor à palpação profunda nas
panturrilhas, simétrica.
Antecedentes Patológicos: Fratura de calcanhar E há 4 anos.
Hábitos de Vida- Tabagista há muitos anos.
Hipótese Diagnóstica-Transtorno do Sistema Circulatório.
Insuficiência Venosa Periférica.
Conduta-Orientações sobre Hábitos de vida ,hidratação e alimentação.
Exames:Solocitação PSA,Hemograma,Colesterol total e frações,Triglicérides.
Venalat e ASS 100mg

Paciente 2-VN, feminina.12a.


QP- Consulta de retorno-exames de glicemia, triglicérides, hemograma ,urina 1 -
normais. Colesterol- limítrofe.
HDA- Paciente procurou a unidade há alguns dias para consulta por quadro de
alergia alimentar e outras substâncias.
Conduta: Orientações nutricionais, exposição maior ao meio ambiente e ao sol
Medicação: Lactase antes de refeições com lactose quando necessário.

Paciente 3-SN,feminino,57 a.
QP-Tontura
HDA- Paciente refere à labirintite e tontura.
Ao exame físico: BEG, a.a. a. hidratada, corada
AC, BRNF, Eupneica.
AP-- MFV +, sem RA
Na inspeção :Presença de cisto sebáceo na altura da escápula esquerda.
Conduta- Raio x de tórax e agendamento para retirada de cisto sebáceo.

2-Pontos a refletir
43

Na Paciente 3 o Dr Cláudio explicou que avaliar o eixo cardíaco é muito importante


para verificar a posição do coração e que no Raio x é possível ter uma noção sobre isso .

O eixo cardíaco no eletrocardiograma


De forma bastante simplificada, podemos definir o eixo cardíaco como a principal
direção na trajetória do impulso elétrico através dos ventrículos.
Também chamado de eixo elétrico ou vetor médio, ele é formado pela soma de
todos os vetores que expressam a despolarização ventricular.
Para explicar melhor, vamos recordar as aulas de física em que estudamos o
conceito de vetor.
Qualquer força que tenha direção e sentido pode ser representada por esse
trecho de reta em um plano cartesiano.
E o impulso elétrico nada mais é do que uma força que deve seguir um padrão na
direção e sentido para manter o coração batendo em ritmo sinusal ou normal.
Portanto, esse impulso pode ser representado por um vetor.
Mas o eletrocardiograma não capta sinais a partir de um único ponto de vista e,
sim, de vários.
Cada derivação do teste mostra um mesmo estímulo elétrico a partir de diferentes
ângulos, sendo que:
 Dados sobre o plano frontal são descritos nas derivações periféricas
 Existem 3 derivações periféricas bipolares (D1, D2 e D3) e 3 derivações
periféricas unipolares (aVR, aVL e aVF)
 Dados sobre o plano horizontal do coração são avaliados a partir das 6
derivações precordiais: V1, V2, V3, V4, V5 e V6
 Assim, foi criado um vetor médio que serve para indicar se o eixo está em
posição normal ou se tem algum desvio – fator relacionado a patologias
cardíacas.
44

Foto: Rebelem

Como identificar o eixo do QRS no ECG


Encontrar o eixo cardíaco é uma tarefa complexa que requer treino e análise
minuciosa.
Especialmente para os médicos que estiverem iniciando a carreira e não tiverem
contato prévio com a interpretação de exames cardiológicos.
Considerando o plano frontal, o mais comum é que o eixo elétrico esteja para a
direita e para baixo, a uma inclinação entre -30° a +90°.
Já no plano horizontal (das derivações precordiais), é comum que o vetor
seja negativo nas derivações direitas, de V1 a V3, e positivo entre V4 e V6.
Outra situação corriqueira é que o complexo QRS seja positivo nas derivações D1
e aVF.
45

Nesse caso, o eixo estará entre 0º e 90º.


Assim, é preciso avaliar o traçado nas derivações D3 e aVL, que atravessam as
duas primeiras.
Caso o QRS seja negativo em D3, o eixo estará posicionado entre 0º e 30º.
Já se o QRS foi isoelétrico em D3, o eixo estará exatamente na linha de aVR, a
30º.
Se o complexo estiver positivo em D3, estará abaixo da linha de aVR, entre 30º e
90º.
Como calcular o eixo cardíaco
Antes do cálculo em si, ressalto a importância de se atentar a critérios
de qualidade do eletrocardiograma.
Embora seja um teste simples, é preciso cuidado para coletar os dados
corretamente, evitando artefatos e outros problemas.
No cálculo do eixo cardíaco, é possível saber se existe anormalidade em seu
posicionamento. Com o resultado do ECG em mãos, vamos ao cálculo do eixo cardíaco.
Para isso, utilizamos as seis derivações periféricas.
Elas oferecem uma visão a partir da esquerda, direita, de cima e de baixo.
Vamos tomar por base o método simples para investigar anormalidades quanto ao
eixo deste artigo.
Tudo começa pela divisão do plano em 4 quadrantes iguais.
Em seguida, traçamos os vetores referentes às derivações periféricas.
E verificamos se os complexos QRS são positivos ou negativos nas derivações
D1 e aVF.
Depois, devemos observar o comportamento do complexo QRS para tirar
conclusões:
 Se for positivo em D1 e aVF, o eixo é normal
 Se for negativo em D1 e aVF, há desvio extremo
 Se o QRS é positivo em aVF e negativo em D1, vemos um desvio à direita
 Se for negativo em aVF e positivo em D1, será preciso tirar a dúvida
analisando D2. Se em D2 o QRS for positivo, indica eixo normal. Se for
negativo, revela desvio à esquerda.
O que caracteriza eixo cardíaco normal?
Ao olhar para o vetor médio calculado, é possível saber se existe
anormalidade em seu posicionamento.
46

Utilize a seguinte regra:


 De -30° a 90°: eixo normal, esperado
 Entre -30° e -90°: eixo desviado à esquerda
 Entre 90° e 180°: eixo desviado à direita
 Entre -90° e -180°: desvio extremo do eixo elétrico.
Vale lembrar que existem outros aspectos que devem ser analisados para concluir
que o eletrocardiograma tem resultado normal.
Por exemplo, verificar a frequência cardíaca, que deve ficar entre 50 e 100 bpm
em um adulto jovem e saudável.
E conferir se o ritmo é sinusal, observando a presença, padrão e sequência
das ondas do ECG.
No ritmo cardíaco normal, cada batimento é formado por uma onda P, seguida por
um complexo QRS e, ainda, uma onda T.

3-Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros programas


educacionais da FMPFM e com a literatura sobre atenção primária à saúde e saúde
coletiva

O aprendizado no IESC nos prepara para as mais diversas atividades dentro da


nossa atuação como acadêmicos de medicina. O conteúdo ministrado nessa disciplina
nos aparata para as atividades diretas com pacientes, nos diferentes momentos do curso,
no sentido de nos orientar a como referenciá-los dentro da Atenção Primária.

Nessa Unidade Curricular estamos estudando a fisiopatologia da Artrite


Reumatoide e do IAM nas disciplinas Laboratório Funcional e Patologia Clínica,
fisiopatologia da Dor em Tutoria, Inflamação :Mecanismos de Defesa e Agressão em
Patologia Geral e a ação de Fármacos Agonistas e Antagonistas Adrenérgicos e
Colinérgicos em Farmacologia.
Temos tido a oportunidade de vivenciar na prática através do IESC, aquilo que
temos aprendido em sala de aula de forma teórica. O contato com o paciente e com o
médico preceptor juntamente nos dá uma visão mais clara de como a patologia se
manifesta e qual a melhor abordagem terapêutica para cada caso, além de aprendermos
muito sobre o vinculo de confiança na relação médico-paciente até mesmo para o
sucesso do tratamento.
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4- Explique a aplicabilidade dos fatos vivenciados para vida pessoal,


acadêmica e profissional.

Todos os temas abordados no IESC são de extrema relevância para um


embasamento da realidade em que se insere os pacientes que vamos nos deparar em
nossa prática clínica. Conhecer esses cernes de problemas que atingem a população no
geral, nos capacita a nos anteciparmos desenvolvendo um plano de trabalho eficaz para
cada situação e com isso, poderemos atingir a um nível mais alto de atendimento e
resutibilidade no enfrentamento das demandas dos pacientes que chegarão até nos,
principalmente na Atenção Primaria, dentro das UBS’s e ESFs.

5-Liste as demandas de estudo e busca na literatura.

GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.
https://telemedicinamorsch.com.br/blog/eixo-cardiaco (acessado em 21/03/2023)

6-Descreva as oportunidades e lacunas percebidas em sua aprendizagem.


Dentro da atividade proposta para essa atividade, creio que não houve lacunas,
antes foi muito produtivo o método utilizado para assimilação do conteúdo,

7-Descreva o planejamento para próxima semana

A programação da próxima semana será a critério dos antendimentos médicos


elencados na ESF que acompanharemos.
48

Nome do acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira ______________


Unidade de Saúde: ESF Parque dos Eucalíptos -Data 28/03/2023
Docente/Preceptor: Dr Cláudio Pessoa de Barros Filho__________
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2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC


2.8-Semana -28/03/2023
Análise Comentada

1-Sobre as atividades realizadas no cenário:

Paciente 1-MB, feminino,86a


QP-Dor de cabeça e não dorme a noite.
HDA- Paciente refere em virtude da cefaleia não consegue dormir a noite.
Ao exame físico:
BEG,aaa,hidratada.
AC, BRNF ,s/s.
AP-- MFV +, sem RA, Eupneica,
Circulação Sanguínea-alteração,diminuição do enchimento capilar em MMII
Na inspeção e palpação: MMII de aspecto azulado (planta dos pés),dor á palpação
do Hálux
Ósteo – Esquelético-artrose em MMSS(mãos ,dedos),dores nas pernas e nos
joelhos.
Antecedentes Patológicos: Cirurgia de catarata, fratura de bacia, esquizofrenia.
Hábitos de Vida- Viveu na roça, a alimentação reduzida, atualmente cuidada
pelos filhos.
Hipótese Diagnóstica-Transtorno do Sistema Circulatório.
Conduta-Orientações sobre Hábitos de vida ,hidratação e alimentação.Inclusão na
dieta de açafrão da terra
Exames: Vitamina D ,Hemograma,Colesterol total e frações,glicemia,trigliceriades
e Vitamina B.

Paciente 2 -MLFS,feminino,69 a
QP- Solicitação de exame de sangue oculto nas fezes.
HDA- Paciente em investigação de anemia crônica
Sistema Endócrino-Diabetes-259 glicemia jejum. Insulinodependente
Sistema Osteo-Articular-Artrite Reumatoide
Medicação em uso-Metotrexato, Golimumabe
Conduta-Solicitação de exame de sangue oculto nas fezes
50

Paciente 3-LSB,feminino,60 a
QP-Fazer check-up
HDA-Paciente compareceu ao UBS solicitando exames gerais
Conduta-Solicitação de Exames Gerais.
Renovação de Receita- Losartana, Sinvastatina e Hidroclorotiazida

2-Pontos a refletir

No caso da paciente 2,portadora de artrite reumatóide,há uma opção para se


administrar o “Protocolo de Coimbra”
Dr. Cicero Coimbra, PhD é neurologista e professor da Universidade Federal de
São Paulo, Brasil. Nas últimas duas décadas, ele criou um protocolo clínico para tratar
doenças auto-imunes com o restabelecimento de níveis sistêmicos adequados de
vitamina D. Essa abordagem terapêutica baseia-se em doses de vitamina D que variam
de 40.000 UI a 300.000 UI por dia; Portanto, este é um tratamento médico que deve
sempre ser realizado sob a supervisão de um médico qualificado.
 
Em 1991, o Dr. Coimbra iniciou seu programa de pós-doutorado na Universidade
de Lund, na Suécia, testando possíveis tratamentos para danos cerebrais isquêmicos em
ratos. Como regra geral no trabalho de pesquisa, ele precisava estar o mais atualizado
possível sobre as últimas descobertas relacionadas ao seu campo de interesse, que era a
neurociência clínica. Foi então que ele percebeu que grande parte dos progressos
terapêuticos alcançados na pesquisa clínica e experimental nunca era aplicada à prática
clínica. Apesar de sua aplicabilidade imediata, essas práticas não estavam sendo
ensinadas nas faculdades de medicina, mesmo após vários relatos corroborativos.
 
Através de sua pesquisa, baseada na literatura médica atual, o Dr. Coimbra passou
a acreditar que a vitamina D poderia ser um recurso terapêutico fundamental, uma vez
que estimula a produção de substâncias regenerativas no cérebro. Então, em 2001, ele
começou a administrar vitamina D em doses fisiológicas - 10.000 UI / dia - para pacientes
com doença de Parkinson. Essa dose é a quantidade que nosso próprio corpo produz
quando exposta a poucos minutos do sol. Um dia, um paciente voltou para uma
consulta de retorno após 3 meses tomando 10.000 UI / dia. Esse paciente também sofria
de vitiligo, uma doença auto-imune, e o dr. Coimbra notou que uma grande lesão que o
51

homem tivera em seu rosto na visita anterior estava pouco visível. A lesão quase
desaparecera em apenas alguns meses de administração de 10.000 UI por dia.
 
O Dr. Coimbra decidiu pesquisar na literatura médica os efeitos da vitamina D no
sistema imunológico e encontrou um número significativo de artigos publicados que
indicam um importante papel imunorregulatório daquela poderosa substância. Como a
esclerose múltipla é a doença auto-imune neurológica mais comum, ele começou a
prescrever vitamina D para pacientes com EM. Esse foi o início do que hoje é conhecido
como o Protocolo Coimbra.

Com tais doses, em torno de 10.000 UI/dia, o Dr. Coimbra observou uma notável
melhora clínica na grande maioria de seus pacientes. A partir daí, as doses foram
aumentadas, sempre apoiadas por exames laboratoriais para garantir que os pacientes
não experimentassem efeitos colaterais. Os resultados foram que muitos desses
pacientes se encontravam completamente livres dos sintomas e manifestações da
doença. Durante os próximos dez anos, o Dr. Coimbra e sua equipe gradualmente
modificaram e aperfeiçoaram o tratamento, principalmente em termos das doses diárias
prescritas, que aumentaram cada vez mais. A partir de 2012, alcançou-se o nível
desejado de eficácia e o Protocolo Coimbra tornou-se muito semelhante ao que é hoje.

O que é vitamina D?
Apesar de seu nome, a vitamina D não é uma vitamina. É um hormônio esteróide
necessário para regular pelo menos 229 dos nossos genes e milhares de funções em
nossas células, incluindo as células do nosso sistema imunológico. A vitamina D é
encontrada em pequenas quantidades nos alimentos e é produzida principalmente pela
pele quando exposta à luz solar. Essa exposição ao sol é afetada por vários fatores, como
a hora do dia, o uso de protetores solares e a localização geográfica. Tem sido
correlacionado que áreas mais distantes do equador têm maior incidência de condições
autoimunes, especificamente esclerose múltipla.

O que é uma dose fisiológica de vitamina D?

Segundo o Dr. Cicero Coimbra, uma dose fisiológica segura de vitamina D é de


cerca de 10.000 UI/dia. Esta é a quantidade que nosso próprio corpo produz quando
52

exposto a 20-30 minutos ao sol do meio dia. Com esta dose diária, não são necessárias
precauções ou supervisão médica. Vale ressaltar que o IOM (Institute of Medicine) indica
que 10.000 UI / dia é considerado o "NOAEL" - Nível Sem Efeito Adverso Observado.
 
Por que é que os pacientes do Protocolo Coimbra precisam de doses tão elevadas
de vitamina D?
Com níveis adequados de vitamina D, os processos celulares essenciais se
desdobram adequadamente; no entanto, a maioria dos pacientes com doenças auto-
imunes tem uma resistência aumentada aos efeitos da vitamina D. Essa resistência é
principalmente devido a polimorfismos genéticos, e também pode ser influenciada por
fatores como peso corporal, índice de massa corporal e idade. Consequentemente, os
pacientes com distúrbios auto-imunes requerem níveis mais altos de vitamina D para
superar essa resistência e desbloquear os efeitos benéficos dessa importante substância
em suas células e tecidos.

Por que a vitamina D é eficaz para doenças autoimunes?


A vitamina D é o maior regulador de atividade no sistema imunológico. Quando há
deficiência de vitamina D, o paciente não consegue regular, o que significa estimular ou
reduzir a atividade de milhares de funções biológicas dentro das células do sistema
imunológico.
 
A vitamina D suprime a autoimunidade, suprimindo a reação Th17, que é causada
pela superprodução de um "mensageiro imunológico" (citocina) chamado "interleucina
17". A produção de interleucina 17 é um fenômeno natural e é benéfica em quantidades
adequadas e reguladas. Entretanto, a superprodução de interleucina 17 não é um
fenômeno natural. Assim, a doença auto-imune é o resultado de um sistema imunológico
desregulado que produz uma reação imunológica anormal Th17, e a vitamina D é a
substância necessária para modular este processo.
 
Ao mesmo tempo, a vitamina D também induz a proliferação de células imunes
regulatórias chamadas "linfócitos T".
Também é importante mencionar que a vitamina D não suprime o sistema
imunológico; muito pelo contrário, fortalece o sistema imunológico contra vírus, bactérias
e outros microorganismos.
53

Existe alguma evidência científica da ligação entre a vitamina D e autoimunidade?

A correção da deficiência de vitamina D em doenças autoimunes é uma abordagem


terapêutica baseada em evidências científicas. Estudos mostraram que a vitamina D,
além do papel conhecido na homeostase do cálcio, possui inúmeras ações no organismo,
com importantes intervenções no sistema imunológico.

Existem milhares de estudos científicos, peer-reviewed, que mostram a relação


entre esclerose múltipla e deficiência de vitamina D3, bem como os benefícios da
suplementação de vitamina D para pacientes com tais condições.

Em 2009, um estudo apresentado na reunião anual da Academia Americana de


Neurologia descobriu que altas doses de vitamina D reduzem drasticamente a taxa de
surtos em pessoas com esclerose múltipla. Os pacientes do grupo de altas doses
receberam doses crescentes de vitamina D por seis meses, até um máximo de 40.000 UI
por dia. Em seguida, as doses foram gradualmente reduzidas nos seis meses seguintes,
com uma média de 14.000 UI por dia durante o ano. Os pacientes que receberam altas
doses de vitamina D no estudo tiveram menor taxa de surtos, e sua atividade de células T
caiu significativamente, quando comparada com o grupo que tomou doses menores

Burton, Jodie. “A vitamina D é um raio de esperança para pacientes com EM?”


Neurology Reviews 7; 17.7 (2009) 1-16.

Em 2011, um estudo conduzido em 209 pacientes com lúpus eritematoso sistêmico


no Centro Médico da Universidade do Estado de Ohio descobriu que a maioria dos
pacientes incluídos no estudo tinha deficiência de vitamina D. Os autores concluíram que
os níveis de vitamina D estavam negativamente correlacionados com a atividade da
doença lúpica. Em outras palavras, quanto mais vitamina D no sangue, menor a atividade
da doença lúpica e vice-versa.

Rovin, Brad H .; Deficiência de vitamina D como marcador da atividade da doença


e dano ao órgão no lúpus eritematoso sistêmico: [resumo]. Arthritis Rheum 2011; 63
Suppl 10: 2276.

Em 2013, um estudo supervisionado pelo Dr. Coimbra, avaliou o efeito da


administração prolongada de alta dose de vitamina D no curso clínico de vitiligo e
psoríase. Neste estudo, nove pacientes com psoríase e 16 pacientes com vitiligo
receberam 35.000 UI diariamente por seis meses em associação com uma dieta pobre
54

em cálcio e hidratação (mínimo de 2,5 L por dia). A condição clínica dos pacientes
melhorou significativamente durante o tratamento, sem sinais de toxicidade observados.
Os resultados do estudo sugerem que, pelo menos para pacientes com doenças
autoimunes como vitiligo e psoríase, uma dose diária de 35.000 UI de vitamina D é um
método seguro. e abordagem terapêutica eficaz para reduzir a atividade da doença.

 Em 2015, um estudo publicado na revista PLOS Medicine demonstrou uma


correlação genética sugerindo que a falta de vitamina D pode ser uma causa da esclerose
múltipla. Usando uma técnica chamada randomização mendeliana, os autores
examinaram 14.498 pessoas com esclerose múltipla e 24.091 controles saudáveis. O
estudo concluiu que um nível de vitamina D geneticamente diminuído está fortemente
associado ao aumento da suscetibilidade à esclerose múltipla. De acordo com o Dr.
Benjamin Jacobs, “este estudo revela novas evidências importantes de uma ligação entre
a deficiência de vitamina D e a esclerose múltipla. Os resultados mostram que, se um
bebê nasce com genes associados à deficiência de vitamina D, é duas vezes mais
provável que desensolva EM quando adulto. Isso pode ocorrer porque a deficiência de
vitamina D provoca esclerose múltipla ”.

Em 2015, um estudo publicado pelo MS Society Cambridge Centre for Myelin


Repair, demonstrou o importante papel da vitamina D no reparo da mielina.
Pesquisadores identificaram que a proteína receptora da vitamina D se associa a uma
proteína existente, chamada de receptor RXR gama, já conhecida por estar envolvida na
reparação da mielina. Ao adicionar vitamina D às células-tronco cerebrais, onde as
proteínas estavam presentes, eles descobriram que a taxa de produção de
oligodendrócitos (células produtoras de mielina) aumentou em 80%.

Kohlhaas, Susan. "A vitamina D pode reparar danos nos nervos na esclerose múltipla", da
Universidade de Cambridge. 07 de dezembro de 2015.

Não apenas os pacientes com Esclerose Múltipla se beneficiam da terapia


moduladora da vitamina D, mas também da maioria das doenças autoimunes comuns,
como Artrite Reumatóide, Lúpus, Psoríase, Doença de Chron, entre outras.

Qual é a? dose ideal de vitamina D

Os níveis adequados de vitamina D são individuais. O teste que mede o nível


sérico de vitamina D é chamado de 25 (OH) D3. No entanto, os níveis de vitamina D não
são utilizados para ajustes de dose no Protocolo de Coimbra. O teste que avalia a
55

magnitude de resistência de cada paciente à vitamina D é o PTH - hormônio


paratireoideo.

O hormônio paratireóideo, ou paratormônio, é um hormônio liberado pelas


glândulas paratireóides. A vitamina D suprime o PTH; consequentemente, à medida que
os níveis de vitamina D aumentam, os níveis de PTH diminuem. Se o PTH fosse
completamente suprimido, isso significaria que a vitamina D estaria funcionando em seu
potencial biológico máximo. Como o PTH não pode ser completamente suprimido, pois
ele também tem seus propósitos no corpo, os níveis de PTH são mantidos em seu limite
normal mais baixo. Quando os níveis de PTH estão no mínimo, o melhor efeito biológico
da vitamina D é alcançado para esse indivíduo, independentemente do motivo pelo qual
ele tenha uma resistência.

Como é aplicado o Protocolo Coimbra?


Embora o protocolo inclua outros suplementos além da vitamina D, alcançar o nível
correto de vitamina D para cada paciente é responsável por 95% do sucesso do
tratamento. Portanto, no início do tratamento, os níveis de PTH são medidos e, em
seguida, medidos regularmente durante o tratamento. Se o PTH não estiver no limite
normal mínimo, as doses diárias de vitamina D são aumentadas até que o nível desejado
de PTH seja atingido. Durante o tratamento, espera-se que os níveis de PTH desçam ao
seu limite normal mais baixo e permaneçam lá. Quando isso acontece, a resistência à
vitamina D é superada e o paciente começa a se beneficiar dos seus poderosos efeitos
imuno-acumulativos. Geralmente leva dois anos para ajustar as doses de vitamina D.
Após esse período, o tratamento consiste na manutenção dos níveis adequados de PTH e
cálcio.
Quais são os testes de laboratório necessários?
Alguns dos testes exigidos pelo protocolo incluem, mas não estão limitados a:
PTH
Calciúria 24H
Vitamina B12
25 (OH) D3
Cálcio Total e Ionizado
Ureia e Creatinina
Albumina
Ferritina
Fosfato Sérico
56

Fosfatúria 24H
TSH e FT4
Densitometria óssea

Existem efeitos secundários no Protocolo Coimbra?


 Os possíveis efeitos colaterais de tomar altas doses de vitamina D por períodos
prolongados de tempo são excesso de cálcio no sangue (hipercalcemia) ou na urina
(hipercalciúria), e perda de massa óssea. O excesso de cálcio pode ser facilmente evitado
com uma dieta isenta de alimentos lácteos e enriquecidos com cálcio, e testes
laboratoriais regulares para garantir que os níveis de cálcio sejam mantidos sob controle.
 
Para evitar a perda de massa óssea, os pacientes no protocolo são instruídos a
praticar uma rotina diária de exercícios aeróbicos, como uma caminhada rápida de 30
minutos, por exemplo. Aqueles que não podem praticar exercícios aeróbicos podem
precisar de medicação com o tempo, como os bifosfonatos, para prevenir a osteoporose.

Qual é a dieta recomendada para o Protocolo Coimbra?


As restrições dietéticas estão relacionadas exclusivamente à quantidade de cálcio
que os alimentos contêm. Leite e alimentos ricos em cálcio devem ser evitados.
Novamente, cada paciente é diferente, então os resultados do teste determinarão se a
dieta está sendo seguida corretamente ou se são necessárias mais restrições. Além
disso, os pacientes precisam beber 2,5 L de líquidos por dia, para garantir que os rins
sejam capazes de eliminar o excesso de cálcio sem dificuldade.

Que outros suplementos fazem parte do Protocolo Coimbra?


Os suplementos recomendados podem variar de médico para médico. Alguns dos
suplementos prescritos incluem, mas não estão limitados a:
Magnésio (Glicinato, Malato, Citrato, etc.)
Cloreto de magnésio
Vitamina B2 - Riboflavina
ômega-3
Vitamina b12
Picolinato de crômio
Selênio
Colina
57

CoQ10

3-Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros programas


educacionais da FMPFM e com a literatura sobre atenção primária à saúde e saúde
coletiva
O aprendizado no IESC nos prepara para as mais diversas atividades dentro da
nossa atuação como acadêmicos de medicina. O conteúdo ministrado nessa disciplina
nos aparata para as atividades diretas com pacientes, nos diferentes momentos do curso,
no sentido de nos orientar a como referenciá-los dentro da Atenção Primária.

Nessa Unidade Curricular estamos estudando a fisiopatologia da Artrite


Reumatoide e do IAM nas disciplinas Laboratório Funcional e Patologia Clínica, Abdome
Agudo Inflamatório em Tutoria, Inflamação em Patologia Geral ,Pigmentação Endógena e
Exógena a ação Relaxantes Musculares em Farmacologia.
Temos tido a oportunidade de vivenciar na prática através do IESC, aquilo que
temos aprendido em sala de aula de forma teórica. O contato com o paciente e com o
médico preceptor juntamente nos dá uma visão mais clara de como a patologia se
manifesta e qual a melhor abordagem terapêutica para cada caso, além de aprendermos
muito sobre o vinculo de confiança na relação médico-paciente até mesmo para o
sucesso do tratamento.

4- Explique a aplicabilidade dos fatos vivenciados para vida pessoal,


acadêmica e profissional.

Todos os temas abordados no IESC são de extrema relevância para um


embasamento da realidade em que se insere os pacientes que vamos nos deparar em
nossa prática clínica. Conhecer esses cernes de problemas que atingem a população no
geral, nos capacita a nos anteciparmos desenvolvendo um plano de trabalho eficaz para
cada situação e com isso, poderemos atingir a um nível mais alto de atendimento e
resutibilidade no enfrentamento das demandas dos pacientes que chegarão até nos,
principalmente na Atenção Primaria, dentro das UBS’s e ESFs.
58

5-Liste as demandas de estudo e busca na literatura.


GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.
www,coimbraprotocol.com/general-informationlang=pt (acessado em 28/03/2023)

6-Descreva as oportunidades e lacunas percebidas em sua aprendizagem.


Dentro da atividade proposta para essa atividade, creio que não houve lacunas,
antes foi muito produtivo o método utilizado para assimilação do conteúdo,

7-Descreva o planejamento para próxima semana

A programação da próxima semana será a critério dos antendimentos médicos


elencados na ESF que acompanharemos.
59

Nome do acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira ______________


Unidade de Saúde: ESF Parque dos Eucalíptos -Data 04/04/2023
Docente/Preceptor: Dr Cláudio Pessoa de Barros Filho__________

2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC


2.9-Semana 9-04/04/2023
Análise Comentada

1-Sobre as atividades realizadas no cenário:

Paciente 1-FAA masculino,48 a,


QP.-Dores em dedos e articulações de mão direita
HDA- Paciente refere a dores articulares em mão direita,unilateral,poliarticular,não
migratória,com inchaço pela manhã e dores à extenção de dedos da mão D. ASLO,PCR e
FR sem alterações.
AC, BRNF, s/s.
AP-- MFV +, sem RA, Eupneico,
Osteo – Esquelético-dor em MS (mão D ,dedos).à extensão dos dedos.
Antecedentes Patológicos: Cirurgia de prótese no quadril(desgaste) há 3
meses-pós -operatório mediato. ,
Hipótese Diagnóstica- Artrite e/o Síndrome do Túnel do Carpo
Conduta-solicitação de US de mão D, exercícios na mão D,
crioterapia, Dorflan e Dipirona

Paciente 2 - AMIM, feminino,80 a.


QP- Tosse há 8 anos
HDA- Paciente refere a tosse diurna há 8 anos, com piora nos últimos 2 dias,
ocorrendo também durante a noite.
Diurese, Evacuação e Alimentação normais.
AC, BRNF, s/s.
AP-- MFV +, sem RA, Eupneico
Sistema Circulatório Episódios de Hipertensão esporádicos, sem edemas em MMII.
Sistema Endócrino-Diabetes (não insulinodependente), formigamento e coceira
nas mãos.
60

Sistema Osteo-Articular-Dores no joelho D.


Medicação em uso: Metformina e Losartana
Conduta-aumentar a ingestão de água, solicitação de exames laboratoriais, raio x
de tórax e raio x de joelhos.

Paciente 3 -GBC, feminino ,15 a,


QP-Bicho Geográfico
HDA-paciente refere há 5 dias sinais e sintomas de bicho geográfico, após jogar
vôlei descalça na areia .Nega outras queixas.
Conduta-Foldan pomada, Ivermectina creme e Albenzadol via oral

2-Pontos a refletir
Um dos pacientes teve uma suspeita diagnóstica de Síndrome do Túnel do Carpo 
A síndrome do túnel do carpo é a compressão dolorosa (pinçamento) do nervo
mediano, quando este passa pelo túnel do carpo no pulso.

 Na maioria dos casos de síndrome do túnel do carpo a causa é


desconhecida.
 Os dedos e o polegar podem doer, formigar e ficar dormentes.
 Os médicos baseiam o diagnóstico em um exame e, se necessário, nos
resultados de estudos de função nervosa ou, às vezes, em ressonância
magnética (RM) ou ultrassom.
 Geralmente, os sintomas podem ser aliviados com o uso de analgésicos,
talas ou, às vezes, injeção de um corticosteroide ou cirurgia.

O túnel do carpo recebe o nome de túnel por ser uma passagem estreita através
da qual nervos e tendões passam pelo pulso para a mão. O túnel é feito
por tendões, ligamentos e ossos adjacentes. O nervo mediano fica localizado na face
palmar do pulso e passa pelo túnel do carpo. Este nervo confere sensibilidade ao
polegar, dedo indicador, dedo médio e o lado do dedo anelar que fica voltado para o
polegar.

Síndrome do túnel do carpo


61

A síndrome do túnel do carpo é muito comum, especialmente em mulheres de 30


a 50 anos. Ela pode afetar uma ou ambas as mãos.

Causas da síndrome do túnel do carpo


A síndrome do túnel do carpo resulta da compressão (pinçamento) do nervo
mediano. A compressão pode ser causada pelo inchaço do tecido adjacente ou dentro
do túnel ou por bandas de tecido fibroso que se formam na face palmar do pulso.

Gestantes e pessoas que têm diabetes, glândula da tireoide hipoativa, certas


formas de amiloidose ou artrite reumatoide têm um risco aumentado de desenvolver a
síndrome do túnel do carpo. Também estão em risco pessoas cujas atividades
profissionais exijam movimentos de esforço repetitivo com os pulsos estendidos, como
utilizar uma chave de fenda. Outro fator em potencial (mas controverso) é o uso do
teclado do computador quando não estiver posicionado adequadamente. A exposição
prolongada a vibrações (por exemplo, ao utilizar certas ferramentas elétricas) também
62

foi tida como causa da síndrome do túnel do carpo. Porém, a maioria dos casos se
desenvolve por causas desconhecidas.
Síndrome do túnel do carpo

Sintomas da síndrome do túnel do carpo


Os sintomas da síndrome do túnel do carpo são sensações estranhas, dormência,
formigamento e dor nos três primeiros dedos e na metade do dedo anelar, no lado do
polegar na mão. Em alguns casos a mão toda é afetada. Em alguns casos, também há
dor e uma sensação de queimação ou formigamento no antebraço.

As pessoas muitas vezes acordam durante a noite com uma sensação de


queimação ou dor latejante com dormência e formigamento devido à posição da mão. A
pessoa pode sacudir a mão para tentar recuperar a sensação normal.

Com o tempo, os músculos da mão na parte dorsal podem enfraquecer e retrair-


se pela falta de uso (atrofia).

Diagnóstico da síndrome do túnel do carpo

 Exame médico
 Algumas vezes estudos de condução nervosa
 Algumas vezes, exames de imagem

O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é feito, principalmente, pelo exame


da mão e do pulso afetados. O médico pode realizar estudos de condução nervosa ou
exames de imagem avançados, como ressonância magnética (RM) ou ultrassom, para
ter certeza de que o problema é uma síndrome do túnel do carpo, particularmente se
estiver pensando em cirurgia.
Tratamento da síndrome do túnel do carpo
 Uma tala
 Tratamento dos distúrbios de base
 Às vezes, injeções de um corticosteroide
63

 Às vezes, cirurgia

Algumas vezes, evitar posições que alonguem demais o pulso ou coloquem


pressão extra no nervo mediano e ajustar o ângulo do teclado do computador oferecem
algum alívio. Frequentemente, utilizar talas de pulso para manter a mão em uma
posição neutra (especialmente à noite) e ingerir analgésicos leves são medidas úteis.

Imobilização do pulso com uma tala

A imobilização do pulso com


uma tala pode ajudar a diminuir a
dor causada pela síndrome do túnel
do carpo, porque mantém a mão em
posição neutra.

Tratar as comorbidades (como a artrite reumatoide ou o hipotireoidismo) pode


ajudar a aliviar os sintomas.
Injeções de corticosteroide no túnel do carpo ocasionalmente proporcionam um
alívio duradouro.
Se a dor ou o formigamento for intenso ou se o músculo atrofiar ou enfraquecer, a
cirurgia é a melhor maneira de aliviar a pressão sobre o nervo mediano.

3-Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros programas


educacionais da FMPFM e com a literatura sobre atenção primária à saúde e saúde
coletiva

O aprendizado no IESC nos prepara para as mais diversas atividades dentro da


nossa atuação como acadêmicos de medicina. O conteúdo ministrado nessa disciplina
nos aparata para as atividades diretas com pacientes, nos diferentes momentos do curso,
no sentido de nos orientar a como referenciá-los dentro da Atenção Primária.
64

Nessa Unidade Curricular estamos estudando a fisiopatologia da Artrite


Reumatoide e do IAM nas disciplinas Laboratório Funcional e Patologia Clínica, Abdome
Agudo Inflamatório em Tutoria, Inflamação em Patologia Geral ,Pigmentação Endógena e
Exógena a ação Relaxantes Musculares em Farmacologia.
Temos tido a oportunidade de vivenciar na prática através do IESC, aquilo que
temos aprendido em sala de aula de forma teórica. O contato com o paciente e com o
médico preceptor juntamente nos dá uma visão mais clara de como a patologia se
manifesta e qual a melhor abordagem terapêutica para cada caso, além de aprendermos
muito sobre o vinculo de confiança na relação médico-paciente até mesmo para o
sucesso do tratamento.

4- Explique a aplicabilidade dos fatos vivenciados para vida pessoal,


acadêmica e profissional.

Todos os temas abordados no IESC são de extrema relevância para um


embasamento da realidade em que se insere os pacientes que vamos nos deparar em
nossa prática clínica. Conhecer esses cernes de problemas que atingem a população no
geral, nos capacita a nos anteciparmos desenvolvendo um plano de trabalho eficaz para
cada situação e com isso, poderemos atingir a um nível mais alto de atendimento e
resutibilidade no enfrentamento das demandas dos pacientes que chegarão até nos,
principalmente na Atenção Primaria, dentro das UBS’s e ESFs.

5-Liste as demandas de estudo e busca na literatura.


GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos,-
articulares-e-musculares/doen%C3%A7as-das-m%C3%A3os/s%C3%ADndrome-do-t
%C3%BAnel-do-carpo (acessado em 04/04/2023)

6-Descreva as oportunidades e lacunas percebidas em sua aprendizagem.


Dentro da atividade proposta para essa atividade, creio que não houve lacunas,
antes foi muito produtivo o método utilizado para assimilação do conteúdo,
65

7-Descreva o planejamento para próxima semana

A programação da próxima semana será a critério dos antendimentos médicos


elencados na ESF que acompanharemos.
66

Nome do acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira ______________


Unidade de Saúde: ESF Parque dos Eucalíptos -Data11/4/04/2023
Docente/Preceptor: Dr Cláudio Pessoa de Barros Filho__________

2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC


2.10-Semana 10-11/04/2023
Análise Comentada

1-Sobre as atividades realizadas no cenário:

Paciente 1-FDFSS, feminino ,52 a.


QP. -Convulsão (primeiro episódio)
HDA- A paciente refere que estava na casa da filha no final de semana assistindo à
TV , e a filha relatou a ela que a mesma foi a cozinha acendeu a um cigarro e não
percebeu quando terminou e começou a brasa a queimar a sua boca e não houve
percepção do fato.Em seguida começou a lavar louça sem detergente, apresentou
movimentos involuntários de nervos da face e caiu ao chão. Paciente ainda refere que
não tem lembrança de nada que a filha relatou a ela. Foi levada ao PA e atendida e hoje
compareceu a UBS para consulta. Paciente apresentou tomografia computadorizada de
crânio realizada no PA, sem alterações.
AC, BRNF, s/s.
AP-- MFV +, sem RA, Eupneico,
Osteo muscular – dor no nervo ciático á hiperextensão do quadril(inflamação)
Antecedentes Patológicos: monitoramento de diabetes
Medicação em uso-Citalopram e Clorozepam (suspendido pela filha após episódio
da convulsão.
Conduta-Encaminhamento para Neurologista e RX de coluna.

Paciente 2 – EFM,masculino,49 a,vendedor


QP-Paciente em acompanhamento
HDA- Paciente levava uma vida normal até que em 2019 foi vítima de um acidente
automobilístico e com o início da pandemia de COVID-19 seu quadro foi se agravando,
tornando-se portador de obesidade mórbida, flebite ,linfangite, insuficiência venosa
periférica e síndrome metabólica.
67

ACV- Insuficiência Cardíaca


Sistema Circulatório -Insuficiência Venosa Periférica
Sistema Endócrino -. Resistência à insulina
Psiquiátrico- Depressão e ansiedade
Sistema Osteo- Dores nas pernas
Antecedentes Patológicos-Internação por flebite
Medicação em uso:-Citalopram, Sinvastatina, Omeprazol, Hidroclorotiazida,
Losartana.
Conduta-Manter a medicação, seguir dieta indicada a base de proteína, frutas, café
sem açúcar, arroz e feijão moderados,com exclusão de carboidrato simples para perda de
peso ingestão de 4 a 5 l de água por dia.
Paciente acompanhado por cardiologista.

2-Pontos a refletir
No segundo paciente tivemos um caso de Flebite
Definição de Flebite

A flebite é uma inflamação aguda comumente associada à terapia com cateteres de


acesso venoso periférico (CVP). É caracterizada por apresentar edema, dor, desconforto
na região. Sua origem pode ser mecânica, química ou bacteriana.

A flebite é uma das complicações mais comum associadas ao CVP e, se não


tratada adequadamente, pode ser responsável pelo retardo da alta hospitalar.

Fisiopatologia

O processo inflamatório ocorre na camada interna da parede vascular e segue


associada a sinais flogísticos como dor, edema, vermelhidão e calor, além de poder
formar cordão fibroso.
68

Trobo venoso formado em decorrência de flebite

Epidemiologia da flebite 

A grande maioria dos pacientes hospitalizados recebem terapia intravenosa em


algum momento durante a sua admissão. Quanto à frequência da flebite nesses
pacientes, pesquisas apontaram taxas bastante distintas, variando de zero a mais de
50%. De acordo com a Infusion Nurses Society (INS), o índice de flebites aceitável em
instituições hospitalares é 5% ou menos. 

Não há uma classificação universalmente aceita para os fatores predisponentes


para flebite. Vários estudos descrevem alguns fatores de riscos, contudo os resultados
são conflitantes.

Os principais fatores de risco identificados em diversos estudos são:

 Preparo da punção;
 Condições clínicas do paciente;
 Características das veias;
 Sexo: o sexo feminino apresentou maior risco em alguns estudos;
 Tamanhos e localização anatômica dos cateteres;
69

 Medicamento administrado: antibióticos e analgésicos são os principais


medicamentos que causam risco de flebite;
 Tempo de permanência do cateter superior a 48 horas aumenta o risco de
flebite, inclusive muitos hospitais limitam a permanência do mesmo acesso venoso no
paciente ao período de 48 horas. 

Quadro clínico da flebite

A sintomatologia ocorre em graus variáveis de edema, dor e eritema ao redor do


local de inserção do cateter ou ao longo do trajeto do vaso, sendo possível a evolução
para um cordão fibroso palpável, além de intenso rubor, sensibilidade local e febre.  

Possíveis complicações da flebite

As principais complicações envolvem processo infeccioso secundário e formação


de trombos no sistema venoso profundo. Assim, este processo infeccioso pode ocasionar
a formação de pequenos coágulos na circulação venosa superficial, chamada
de tromboflebite.

Quando as veias axiais maiores estão envolvidas, pode ocorrer propagação para o
sistema venoso profundo, com risco de desenvolver trombose venosa profunda
(TVP) e embolia pulmonar. 

Fatores de risco para trombose venosa profunda em pessoas com flebite e


trombose das veias dos membros inferiores incluem:

 Trombose mais extensa (≥5 cm);


 Proximidade anatômica do trombo ao sistema venoso profundo;
 Fatores de risco médicos para TVP. 

Classificação da flebite

A classificação da flebite pode ser feita de acordo com a escala proposta


pela Infusion Nursing Society (INS). Esta classifica de acordo com os seguintes graus:

 0 – sem sintomas; 


 I – eritema com ou sem dor local; 
70

 II – eritema com dor e/ou edema local; 


 III – além dos sinais clínicos do grau II, acrescenta-se a presença de um cordão
fibroso palpável ao longo da veia; 
 IV – adicionalmente ao grau III, apresenta um cordão venoso palpável longo, com
drenagem purulenta

Diagnóstico da flebite

O diagnóstico é eminentemente clínico a partir dos sintomas e dos achados na


inspeção e palpação durante exame físico. Alguns casos, contudo, o médico pode lançar
mão de exames complementares como ultrassonografia, que ajuda a diagnosticar os
coágulos que bloqueiam o fluxo sanguíneo.

Se a flebite progride para tromboflebite, ao apalpamento encontra-se uma corda


dura por baixo da pele, representando o sangue coagulado no interior da veia e, assim, o
diagnóstico mais fácil de ser realizado.

Tratamento da flebite

Para todos os pacientes com diagnóstico de flebite e trombose das veias


superficiais da extremidade inferior, medidas de suporte devem ser instituídas e
consistem em elevação da extremidade, compressas quentes ou frias, meias de
compressão e medicações para o controle da dor. 

Para pacientes com flebite e tromboflebite superficial com baixo risco de TVP, é
preferível anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).No caso de pacientes com alto risco
para TVP, está indicado anticoagulação oral por 45 dias.

Heparina de baixo peso molecular, heparina não fracionada, anticoagulantes orais


diretos e antagonistas da vitamina K parecem ser igualmente eficazes. Para trombo que
se estende até o sistema venoso profundo, o paciente é tratado de acordo com os
protocolos padrão para TVP. 

Prevenção da flebite
71

Algumas medidas podem ser tomadas para evitar que a flebite venha ocorrer.
Algumas delas serão listadas abaixo:

 Escolha de veias mais calibrosas ou utilização de acesso central para


administração de soluções hipertônicas – a região do antebraço são possui as
veias mais calibrosas;
 Escolha do menor dispositivo indicado à infusão;
 Rodízio a cada 72 horas do local puncionado, fixação adequada para prevenir
irritação mecânica;
 Punções realizadas por profissionais habilitados;
 Higienização adequada das mãos;
 Protocolo de orientação sobre medicações irritantes e soluções hipertônicas;
 Troca dos frascos de soluções a cada 24 horas..

3-Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros programas


educacionais da FMPFM e com a literatura sobre atenção primária à saúde e saúde
coletiva
O aprendizado no IESC nos prepara para as mais diversas atividades dentro da
nossa atuação como acadêmicos de medicina. O conteúdo ministrado nessa disciplina
nos aparata para as atividades diretas com pacientes, nos diferentes momentos do curso,
no sentido de nos orientar a como referenciá-los dentro da Atenção Primária.

Nessa Unidade Curricular estamos estudando a fisiopatologia da Artrite


Reumatoide e do IAM nas disciplinas Laboratório Funcional e Patologia Clínica, Abdome
Agudo Inflamatório em Tutoria, Inflamação em Patologia Geral ,Pigmentação Endógena e
Exógena a ação Relaxantes Musculares em Farmacologia.
Temos tido a oportunidade de vivenciar na prática através do IESC, aquilo que
temos aprendido em sala de aula de forma teórica. O contato com o paciente e com o
médico preceptor juntamente nos dá uma visão mais clara de como a patologia se
manifesta e qual a melhor abordagem terapêutica para cada caso, além de aprendermos
muito sobre o vinculo de confiança na relação médico-paciente até mesmo para o
sucesso do tratamento.
72

4- Explique a aplicabilidade dos fatos vivenciados para vida pessoal,


acadêmica e profissional.

A maneira humanizada que o Dr Claúdio trata e cuida do paciente nos ensina sobre
uma postura médica que enxerga o paciente de forma integral,considerando suas
necessidades não somente físicas,mas emocionais também.
Todos os temas abordados no IESC são de extrema relevância para um
embasamento da realidade em que se insere os pacientes que vamos nos deparar em
nossa prática clínica. Conhecer esses cernes de problemas que atingem a população no
geral, nos capacita a nos anteciparmos desenvolvendo um plano de trabalho eficaz para
cada situação e com isso, poderemos atingir a um nível mais alto de atendimento e
resutibilidade no enfrentamento das demandas dos pacientes que chegarão até nos,
principalmente na Atenção Primaria, dentro das UBS’s e ESFs.

5-Liste as demandas de estudo e busca na literatura.


GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.

MOTA, R.S. et al. Incidência e Caracterização das Flebites Noticiadas


Eletronicamente em um Hospital de Ensino. Rev baiana enferm. 2020; 34:e35971

URBANETTO, J.S. et al. Fatores de risco para o desenvolvimento da flebite:


revisão integrativa da literatura.  2017;38(4):e57489. http://dx.doi.org/10.1590/1983-
1447.2017.04.57489 (acesso em 11/04/2023)

6-Descreva as oportunidades e lacunas percebidas em sua aprendizagem.


Dentro da atividade proposta para essa atividade, creio que não houve lacunas,
antes foi muito produtivo o método utilizado para assimilação do conteúdo,

7-Descreva o planejamento para próxima semana


A programação da próxima semana será a critério dos antendimentos médicos
elencados na ESF que acompanharemos.
73

Nome do acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira ______________


Unidade de Saúde: ESF Parque dos Eucalíptos -Data18//04/2023
Docente/Preceptor: Dr Cláudio Pessoa de Barros Filho__________

2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC


2.11-Semana 11 -18/04/2023
Análise Comentada

1-Sobre as atividades realizadas no cenário:


Aula cancelada pelo Dr Claúdio Pessoa
74

Nome do acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira ____


Unidade de Saúde: UBS Alto dos Ypes -Data 24/04/2023
Docente/Preceptor: Dr Gilson Alves da Silva__________

2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC


2.12-Semana 12-24/04/2023
1-Atividades no cenário

Identificação-MSPP, feminino,46 a.95,350 kg,156,0 cm, IMC- 39.18,


PA-140x80 mm/Hg
QP - Consulta de retorno
HDA- Paciente portadora de Diabetes Mellitus II, Hipertensão Arterial o Sistêmica, e
Hipotireoidismo.Veio para avaliação de exame de rotina. Obesidade grau II e não adere a
dieta.
HPP-DM II, HAS e Hipotireoidismo.
HB Glicada-8,5
Glicose-108
TSH-4,95
Hábito Social-Nega tabagismo e elitismo social
Exame Físico-BEG, C.H.A.A.A.E.
AC, BRNF, 2T, s/s.
AP-- MFV +, sem RA, Eupneico,
HD- DM
Conduta-Orientações gerais sobre dieta e vida saudável e prescrição dos medicamentos:
Hidroclorotiazida 250mg, Metformina 650mg, Losartana 50mg, Amitriptilina 25mg,
Levotiroxina Sódica 100mg, Propanolol 400 mg e Fluoxetina 20mg.
Alta do Episódio

2-Pontos a discutir
O uso da insulina para os diabéticos tipo I é de conhecimento quase universal, mas
a grande dúvida é quando iniciar nos pacientes com DM tipo II. As Diretrizes da
Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 afirmam que pacientes com manifestações
75

graves: Glicemia de jejum > 300 mg/dl com perda significativa de peso, cetonúrias e
complicações, deve-se iniciar a insulinoterapia. Algumas pessoas não entendem a
aplicação insulina em DM tipo II, já que há resistência à insulina nas células. Inicialmente,
por conta disso, há um hiperinsulinismo, sendo representada clinicamente pela acantose.
Porém, a manutenção deste quadro, causa uma exaustão das células β pancreáticas,
explicando parcialmente o déficit na secreção da insulina nestes pacientes, quando a
doença já está avançada.

Os fatores que devem ser levados em conta para o ajuste da dose são: número de
refeições, distribuição e conteúdo de carboidratos, exercício ou atividade física, estágio de
desenvolvimento da puberdade, presença de infecções, resultados da automonitorização
e níveis de hemoglobina glicada nos últimos 3 meses.

Sobre a aplicação, é importante lembrar que o frasco não deve ser agitado (role ele
entre as mãos), introduza a agulha perpendicularmente à pele (não precisa aspirar antes
de injetar), utilize seringas e agulhas próprias para insulina, com graduação adequada
para a dose a ser utilizada de modo a evitar erros de dosagem (seringas menores, para
doses menores- existem seringas de 30,50 e 100 unidades). Sobre o armazenamento:
Deve ficar na temperatura entre +2ºC a +8ºC, devendo ser retirada da geladeira meia
hora antes da aplicação. Não deve ser congelada. Eventualmente a ampola em uso pode
permanecer à temperatura ambiente durantes vários dias (6 semanas).

Locais de aplicação: A absorção da insulina regular é mais rápida nas pregas do


abdome, em volta do umbigo, enquanto que a insulina NPH, o local mais adequado são
as coxas, nádegas e braços, onde a absorção é mais lenta. Quando houver atividade
física, aplicar na parede abdominal ou na região glútea. Deve ser feito rodízio dos locais
de aplicação para evitar lipodistrofia em geral hipertrófica, dificultando a absorção da
insulina.

Efeitos colaterais: Anorexia, náuseas, vômitos e diarréia. Os efeitos podem diminuir


após algum tempo de administração. Complicações: Hipoglicemia, lipodistrofia hipertrófica
ou hipertrofia insulínica, edema insulínico e resistência insulínica.

 TIPOS DE INSULINA

Ultrarrápida: São utilizados de maneira similar às insulinas regulares, tendo uma


ação mais rápida e menos prolongada. Este tipo de insulina inicia sua ação em 0,25 a 0,5
76

horas, seu pico de ação é de 1 a 2 horas e a duração da ação é de 2 a 4 horas. Ex: Lispro
e Aspart.

Ação rápida – R: Também conhecido como Regular, Cristalina ou Simples. Usada


em casos de urgência (cetose ou acidose) ou incorporada em regimes distintos ou
combinadas à insulina intermediária. A insulina regular inicia sua ação em 0,5 a 1 hora,
seu pico de ação é de 1 a 3 horas e a duração da ação é de 6 a 8 horas.

Ação intermediária: A preparação disponível é a NPH estável, podendo ser


utilizada concomitantemente com a Regular sem interferência em sua absorção. A
insulina NPH inicia sua ação em 3 a 4 horas, seu pico de ação é de 4 a 8 horas e a
duração da ação é de 16 a 18 horas. Dica: Essa insulina é de coloração leitosa e essa
característica ajuda a diferenciá-la das outras.

Análogos da insulina de ação prolongada: Pode ser utilizada para cobrir


necessidades basais em um regime de injeções múltiplas, como bolus de insulina antes
de cada refeição. A insulina de ação prolongada inicia sua ação em 4 horas e a duração é
de 24 horas. Ex: Ultralenta e Glargina

Existem também as combinações: 70% NPH – 30% Regular/50% NPH – 50%


Regular.
77

Fonte:https://www.sanarmed.com/diabetes-mellitus-tipo-2-resumo-com-mapa-mental-ligas
(Acessado em 28/04/2023)
78

3 e 4-Reflexão Pessoal/Aplicabilidade/Relação com conteúdo aprendido na


FMPFM.

O tema sobre diabetes é muito pertinente nas consultas do IESC de forma geral. O
Doutor Gilson nos ensinou da melhor forma possível o quadro clínico e as repercussões
do diabetes na vida do paciente bem como orientações sobre mudança de estilo de vida
acompanhamento e tratamento

temos aprendido em outras disciplinas na FMPFM que a Diabetes é uma doença


causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a
glicose no sangue e garante energia para o organismo. A insulina é um hormônio que tem
a função de quebrar as moléculas de glicose(açúcar) transformando-a em energia para
manutenção das células do nosso organismo. O diabetes pode causar o aumento da
glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos,
nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.

As aulas do Doutor Gilson têm sido excelentes, com ótimo aproveitamento para
nossa vida acadêmica e prática médica em um futuro próximo.

5-Referências Bibliográficas

GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002
79

PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.


https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/quando-iniciar-a-
insulinoterapia (acesso em 24/04/2023)
https://diretriz.diabetes.org.br/ (acesso em 24/04/2023)

6-Descreva as oportunidades e lacunas percebidas em sua aprendizagem.


Dentro da atividade proposta para essa atividade, creio que não houve lacunas,
antes foi muito produtivo o método utilizado para assimilação do conteúdo,

7-Descreva o planejamento para próxima semana

A programação da próxima semana será a critério dos antendimentos médicos


elencados na ESF que acompanharemos.

Nome do acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira ____


Unidade de Saúde: UBS Alto dos Ypes -Data 08/05/2023
Docente/Preceptor: Dr Gilson Alves da Silva__________

2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC


80

2.13-Semana 13-08/05/2023

1-Atividadaes no cenário

PACIENTE 1-
IDENTIFICAÇÃO-S A, feminino, 59 a.
QP -Dor no pé da barriga há 3 dias
HDA- Paciente refere à Disúria e Incontinência Urinária. Nega náuseas e vômitos.
HPP-2 partos normais Histerectomia total quando tinha 30 anos, Diabetes,
Osteopenia, Artrose em joelhos D e E, provável lesão em Manguito Rotador.
HÁBITO SOCIAL-Sedentária, alimentação desregrada.
EXAME FÍSICO-BEG, C.H.A.A.A.
AC, BRNF, 2T, s/s.
AP-- MFV +, sem RA, Eupneica
HD- Cistite
CONDUTA-Solicitação de exame: Urina1, Urocultura, hemograma, glicemia de
jejum, glicemia glicada.
Prescrição: Nitrofurantoína, Pyridium 200 mg e Cloridrato de Bunetanida,
Orientações Dietéticas.
Alta do Episódio

PACIENTE 2
-IDENTIFICAÇÃO- R L, feminino,49 a,115,800 kl,1m e 70 cm.
QP – Alergia há 15 dias.
HDA- Paciente refere a ser alérgica à: Amoxicilina, Diclofenaco, Dipirona e
Benzetacil. Refere ainda que no PA tomou 4 injeções de Benzetacil há 15 dias para
tratamento de uma úlcera varicosa crônica (há15 anos),pós fratura seguida de trombose
em tornozelo E, de difícil recuperação, quando iniciou-se a alergia por Benzetacil .A
paciente apresenta pústulas com áreas de descamação(risco de Síndrome de Stevens
Johnson)
HPP-Diabetes, HAS,
HÁBITO SOCIAL-Nega tabagismo e elitismo social
EXEME FÍSICO-BEG, C.H.A.A.A.E.
81

AC, BRNF, 2T, s/s.


AP-- MFV +, sem RA, Eupneico,
HD- Alergia à Benzetacil
CONDUTA-Prescrição de antialérgico Prednisona via oral 40 a 60 mg,
Dexametasona (uso tópico), Ciprofloxacino oral por 10 d, Clindamicina oral por 10 dias e
Alektos.
Alta do episódio

PACIENTE 3-
IDENTIFICAÇÃO- L S A,8 a,26,630 kl,135,0 cm
QP – Diarreia com febre, vômito, fraqueza há 24 hs
HDA- Mãe refere que escola entrou em contato para avisar que a filha estava
passando mal e a criança foi levada à UBS para consulta
HPP-ndn
HÁBITO SOCIAL- ndn
EXEME FÍSICO-REG, C.H.A.A.A.E.
AC, BRNF, 2T, s/s.
AP-- MFV +, sem RA, Eupneico,
HD- GECA
CONDUTA- Orientações Gerais.
Prescrição-Dipirona: gotas (dor e febre), Bromoprida (náuseas ou vômitos)
Exame solicitado: Teste Rápido-Dengue
Alta do Episódio

2-Pontos a discutir
CISTITE
A cistite é conhecida por inflamação da bexiga, sendo caracterizada como uma
infecção do trato urinário. Essa infecção é causada por microrganismos patogênicos
(bactérias) que acometem o trato urinário inferior.

Em 80% dos casos, o acometimento é por uma bactéria denominada ESCHERIA


COLI. Outras bactérias também podem ser responsáveis por essa infecção, são elas:

 PROTEUS
 MIRABILIS
82

 KLEIBISIELLA PNEMONIAE

A cistite pode ser classificada quanto à localização em:

 Baixa: é uma infecção que acomete a bexiga


 Alta: A pielonefrite por ser uma infecção das vias urinárias superiores, que envolve
os rins, normalmente causada por bactérias que migram até eles, vindas da bexiga.

Vários fatores podem causar a cistite. Essa infecção é mais comum no sexo
feminino, pois anatomicamente a vagina e a entrada da uretra feminina ficam muito
próximas ao ânus. Com isso, as bactérias têm mais facilidade para alcançar a bexiga.
Dentre as causas da cistite, a higiene após evacuações, é apontada com a vilã dentre
essa infecção.

Fatores como a atividade sexual podem contribuir para o aparecimento da cistite, o


movimento causado pela fricção do pênis na parede anterior da vagina pode favorecer a
migração de bactérias da uretra para a bexiga, levando a um quadro conhecido
como “cistite de lua-de-mel”. Este quadro ocorre mais frequentemente no início da
atividade sexual, em mulheres com pouca atividade, após as relações, e em algumas
após toda relação sexual.

Um outro fator que pode contribuir para cistite é o “refluxo uretrovesical”. Nesses
casos, a urina volta para a bexiga depois de ter percorrido uma parte da uretra (onde há
bactérias).

Com a perda de hormônios pela mulher na menopausa a vagina, uretra e a bexiga


perdem proteção, a acidez do PH muda facilitando a proliferação de bactérias ficando
ainda mais vulnerável a cistite e outras infecções do trato urinário.

Aproximadamente 20% das mulheres apresentam nova infecção após a primeiro


episódio de cistite. Neste caso, deve ser feita uma consulta com um especialista para
verificar o motivo.

 Cálculo renal

 Malformações do trato urinário

 Infecções vaginais
83

 Falha do tratamento anterior

 Métodos anticoncepcionais com espermicidas

 Menopausa

 Corpos estranhos na bexiga

 Entre outros.

A higiene é um fator importante na prevenção da cistite, uma vez que as bactérias


que causam a infecção geralmente entram na bexiga através da uretra. Dessa forma,
algumas informações sobre a relação entre a cistite e a higiene incluem:

 Pessoal: Manter uma boa higiene pessoal é importante para prevenir essa doença.
É recomendável limpar-se de frente para trás após usar o banheiro, para evitar a
contaminação das bactérias intestinais na área da uretra. Além disso, é importante tomar
banho regularmente e usar roupas íntimas limpas e secas.
 Sexual: as relações sexuais são uma causa comum de cistite em mulheres, devido
à transferência de bactérias da área perineal para a uretra durante a atividade sexual. A
higiene sexual adequada pode ajudar a prevenir essa doença como urinar antes e depois
do sexo, limpar-se cuidadosamente antes e depois do sexo e usar preservativos de látex.
 Ambiental: A higiene ambiental também é importante para prevenir essa patologia,
especialmente em ambientes de banheiro compartilhados. É importante manter banheiros
e lavatórios limpos e desinfetados, e evitar o compartilhamento de toalhas ou roupas
íntimas.

O tratamento da cistite geralmente envolve o uso de antibióticos para eliminar a


infecção bacteriana. Algumas informações sobre o tratamento da cistite incluem:

 Antibióticos: Os antibióticos são a principal forma de tratamento para a cistite


bacteriana. Os medicamentos mais comuns incluem trimetoprim-sulfametoxazol,
nitrofurantoína e ciprofloxacino. O tratamento geralmente dura de três a sete dias,
dependendo do tipo de antibiótico prescrito.
 Alívio dos sintomas: Além dos antibióticos, o tratamento da cistite também pode
incluir medicamentos para aliviar os sintomas, como analgésicos e anti-inflamatórios.
84

Beber bastante água e urinar com frequência também pode ajudar a reduzir a dor e a
inflamação na bexiga.
 Prevenção de infecções recorrentes: Para prevenir infecções recorrentes, o médico
pode recomendar mudanças no estilo de vida, como aumentar a ingestão de líquidos,
urinar regularmente e evitar o uso de produtos químicos irritantes, como duchas vaginais
ou sprays de higiene feminina.
 Tratamento de casos complicados: em casos mais graves, como infecções que não
respondem aos antibióticos ou infecções que se espalham para os rins, pode ser
necessário hospitalização e tratamento com antibióticos mais potentes ou via intravenosa.

ÚLCERA VENOSA

A úlcera venosa (também conhecida como úlcera varicosa) é caracterizada por


uma ferida na perna, próxima ao tornozelo, que ocorre devido à dificuldade do
retorno do sangue das pernas ao coração. É o estágio mais avançado e grave de
uma condição chamada Insuficiência Venosa Crônica. Múltiplos fatores contribuem
para seu aparecimento, incluindo varizes, obesidade, trombose venosa profunda e
falha da bomba muscular da panturrilha, por exemplo. Aproximadamente 1% da
população apresenta úlcera venosa.

Habitualmente é precedida por alterações da pele, nesta mesma região, como


escurecimento da perna, inflamação da pele e endurecimento/atrofia da pele da
perna. Em geral é pouco dolorosa, mas pode demorar para cicatrizar ou aumentar de
diâmetro e/ou profundidade se não for adequadamente tratada.

Além do impacto social e na qualidade de vida, outras complicações podem


ocorrer, como uma infecção da úlcera, que se manifesta com dor, mau cheiro, aumento
da quantidade de secreção e vermelhidão ao redor da ferida.

O tratamento da úlcera venosa envolve tanto medidas para melhorar o retorno do


sangue ao coração, bem como cuidados locais com a ferida. O objetivo do tratamento é a
cicatrização da lesão e evitar recidivas futuras.

Para melhorar o retorno venoso, alterações de estilo de vida, como perda de


peso, atividade física/fisioterapia e repouso com os membros elevados, estão indicadas. A
terapia compressiva é fundamental no tratamento da úlcera venosa, sendo o pilar
principal do tratamento não invasivo. Os procedimentos invasivos, por sua vez, procuram
85

atuar na causa da úlcera, variando desde o tratamento de varizes (com cirurgia, espuma
de polidocanol ou laser/radiofrequência) até cirurgias endovasculares do sistema venoso
profundo.

Em relação ao tratamento local da ferida, existem inúmeras possibilidades de


curativos, que são indicados dependendo do aspecto da úlcera. Desbridamentos também
podem ser necessários. 

Após a cicatrização da úlcera, é fundamental manter o acompanhamento com o


cirurgião vascular para evitar recidivas da lesão.

GASTROENTERITE

Gastroenterite Aguda é uma doença que causa inflamação do trato digestivo,


geralmente de etiologia infecciosa, com grande prevalência na infância. É considerada
uma das maiores causas de mortalidade na infância, particularmente em menores de 5
anos. Essa alta mortalidade vem diminuindo nos últimos 20 anos. Em 1991, foram
registrados 3,5 milhões de óbitos por gastroenterite ao redor do mundo. Em 2011, esse
número caiu para 1,5 milhões de mortes.
86

Essa alta mortalidade vem diminuindo nos últimos 20 anos. Em 1991, foram
registrados 3,5 milhões de óbitos por gastroenterite ao redor do mundo. Em 2011, esse
número caiu para 1,5 milhões de mortes.

No Brasil, em 2015, a diarreia foi responsável por 4,1% dos óbitos, ocupando o
quarto lugar entre as causas de mortalidade infantil, em 1980, sustentava a segunda
posição. Atribui-se essa melhoria às melhores condições de saneamento, a melhoria da
situação nutricional da população, a maior cobertura vacinal e a disseminação dos
princípios de tratamento da desidratação.

Já a diarreia, uma das principais causadoras da desidratação nos quadros de


gastroenterite aguda, é definida pela presença de 3 ou mais dejeções amolecidas ou
87

aquosas em um período de 24 horas. Pode ser classificada em: aguda, quando tem


duração menor que 14 dias; persistente, quando tem duração igual ou superior a 14 dias.

A diarreia aguda pode ser classificada em: aquosa, quando há grande perda de
fluidos, podendo levar a desidratação; e disenteria (diarreia aguda com sangue), quando
há presença de sangue nas fezes, podendo estar associada a infecção sistêmica.

A gastroenterite aguda é causada pela presença de agentes infecciosos que


podem ser vírus, protozoários, fungos ou bactérias, no trato gastrointestinal. Possui
transmissão fecal-oral e por vezes através de secreções respiratórias, provocando
alteração na função intestinal e causando lesão através de diversos mecanismos.

Os vírus são os agentes etiológicos mais comuns da gastroenterite aguda. Eles


agem ao infectar o enterócito no epitélio do intestino delgado, promovendo aumento da
liberação de sais e água na luz do intestino. Os principais são rotavírus, coronavírus,
adenovírus, norovírus e astrovírus.

O norovírus é o principal causador de gastroenterite em todas as faixas etárias,


atingindo prioritariamente lactentes entre 6 e 18 meses.

Gastroenterites bacterianas são menos comuns que as virais. Elas podem provocar
liberação de enterotoxinas que se fixam à mucosa sem invasão e bloqueiam as trocas de
sódio e potássio, proporcionando secreção ativa de Cl, sódio e água na luz intestinal. Este
mecanismo é causado principalmente por vibrio cholerae e estirpes enterotóxicas de E.
coli.

Bactérias como Shigella, Salmonella e Campylovacter jejuni podem invadir a


mucosa intestinal e promover a formação de úlceras microscópicas, que levam a diarreia
com presença de leucócitos e eritrócitos. Dentre os agentes bacterianos, a Salmonella e o
Campylobacter são os mais comuns.

Certos protozoários, como a giardia lamblia, também podem levar a gastroenterite


ao aderir e invadir a mucosa intestinal. A giardíase pode se transformar em uma infecção
crônica e levar a má absorção de nutrientes. Outros parasitas que podem causar diarreia
são entamoeba histolytica e Cryptosporidium Isospora.
88

3 e 4-Reflexão Pessoal/Aplicabilidade/Relação com conteúdo aprendido na FMPFM.

Nas aulas de IESC do Dr Gilson estamos tendo a oportunidade de vivenciarmos


muitos quadros clínicos que tem nos proporcionado o alcance de conhecimento em várias
especialidades da medicina.

Todas as aulas são muito bem explicadas elucidadas nos trazendo uma riqueza de
detalhes que vão corroborar em múltiplos saberes que nos seguirão na vida acadêmica e
na profissão futuramente.

Os conteúdos vivenciados no IESC vêm de encontro com o conteúdo acadêmico


visto na FMPFM nas disciplinas de tutoria, análises clínicas, laboratório funcional, entre
outras.

Ter contato com o paciente, ter cuidado no acolhimento, na escuta qualificada,


desenvolvendo um bom relacionamento de confiança com o mesmo é o início de um
processo terapêutico de sucesso.

Agradeço ao Dr Gilson pela excelência das aulas.

5-Referências Bibliográficas

GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo –
Departamentos e Comissões
https://sbacvsp.com.br/departamentos-e-comissoes/
https://www.sanarmed.com/gastroenterite-aguda-e-desidrataca
https://pt.slideshare.net/Amamosaenfermagem01/lceras-vasculognicas-13646432
https://www.sanarmed.com/cistite-um-mal-que-acomete-milhares-de-mulheres
(acessados em 08/05/2023)
6-Descreva as oportunidades e lacunas percebidas em sua aprendizagem.
Dentro da atividade proposta para essa atividade, creio que não houve lacunas,
antes foi muito produtivo o método utilizado para assimilação do conteúdo,
89

7-Descreva o planejamento para próxima semana

A programação da próxima semana será a critério dos antendimentos médicos


elencados na ESF que acompanharemos.
90

Nome do acadêmico: Soraya Jabur Lot Madureira ____


Unidade de Saúde: UBS Alto dos Ypes -Data 22//05/2023
Docente/Preceptor: Dr Gilson Alves da Silva__________

2- DIÁRIOS SEMANAIS DAS ATIVIDADES NO IESC


2.14-Semana 14- 15/05/2013-SEMANA CIENTÍFICA
2.15-Semana 15- 22/05/2023

1-Atividades no cenário

PACIENTE 1

Identificação-J P,feminino,33 a,PA 120x80,92,650 kg,1,55 cm,IMC 37,11.


QP – Dor em pontada no peito há meses, que vai e volta, dura alguns minutos.
HDA- Paciente refere dor retroesternal, nas articulações e lombalgia
HPP-A mãe tem a mesma dor. Bing Dráuzio
Hábito Social-Nega tabagismo e elitismo social. Sedentária
Exame Físico-BEG, C.H.A.A.A.E.
AC, BRNF, 2T, s/s.
AP-- MFV +, sem RA, Eupneico,
HD- Poliartralgia
Conduta-Orientações gerais sobre dieta e vida saudável
Exames laboratoriais(hemograma, glicemia, tireóide, função renal, hormônios)
solicitação de ECG,raio x tórax e raio x coluna lombar.
Prescrição dos medicamentos: Nimesulida, Ciclobezapina.
Alta do Episódio

PACIENTE 2
Identificação-LKT,feminino,36 a,PA 130x100,110,40 kg,1,55 cm,IMC 45,95 ,obes III
91

QP – dores no peito irradiando para o braço, dores em todo o lado esquerdo do


corpo há mais de 1 ano
HDA- Paciente refere a dores torácica irradiando para o braço, dores embaixo da
mama, dormência nas mãos dores do lado esquerdo do corpo , dores nos 2 joelhos e
dormência nos braços
HPP-ndn
Hábito Social-Nega tabagismo e elitismo social. Sedentária
Exame Físico-BEG, C.H.A.A.A.E.
AC, BRNF, 2T, s/s.
AP-- MFV +, sem RA, Eupneico,
HD- Poliartralgia
Conduta-Orientações gerais sobre dieta e vida saudável
Exames laboratoriais(hemograma, glicemia, tireóide, função renal, hormônios)
solicitação de ECG,raio x tórax, raios x coluna cervical, raio x coluna lombar.
Prescrição dos medicamentos: Nimesulida, Ciclobezapina.
Encaminhamento ao Neurologista
Alta do Episódio

PACIENTE 3

Identificação-JAS,masculino,58 a,PA 120x80,68,150 kg,1,68 cm,IMC 24


QP – retorno-
HDA- Paciente refere a diabetes tipo descompensada, Congresso é mia capilar de
279, dislipidemia, hipercolesterolemia. Sem ante as mãos adormecidas
Ao raio x de tórax apresentou normalidade e raio x de coluna apresentou artrose e
desgaste
HPP-Diabetes 1
Hábito Social-Nega tabagismo e elitismo social. Sedentária
Exame Físico-BEG, C.H.A.A.A.E.
AC, BRNF, 2T, s/s.
AP-- MFV +, sem RA, Eupneico.
Aparelho músculo esquelético-dor na costela direita, dor lombar.
Aparelho gastro intestinal-dor hipocôndrio direito que irradia para o dorso
HD- Diabetes 1
92

Conduta-Orientações gerais sobre dieta e vida saudável


Exames laboratoriais-Perfil lipídico, hemoglobina glicada e glicemia jejum, pos
prandial., Triglicérides e colesterol total e frações
solicitação de tomografia com computadorizada de tórax
Prescrição dos medicamentos: Atelonol, Citoneoplina,Paco.. Manter insulina
regular e insulina NPH./ Alta do Episódio

PACIENTE 4
Identificação-LVRM,feminino,1 a e 9 m,8,50 cm,12,800 kg
QP – vômito e diarreia desde sábado
HDA- mãe refere que a filha está com vômito e diarreia desde sábado que
começou a passar mal após a alimentação da creche
HPP-ndn
Hábito Social-ndn
Exame Físico-BEG, C.H.A.A.A.E.
Sem dor a palpação de abdome
AC, BRNF, 2T, s/s.
AP-- MFV +, sem RA, Eupneico.
HD- contaminação por alimento
Conduta- orientações a mãe
Prescrição dos medicamentos: Dipirona, Bromoprida, soro dissolver um envelope
em 1 l de água e oferecer a criança durante o dia.
A alta do episódio

PACIENTE 5

Identificação-DMMS,masculino,31 a,PA 120x90,89,650kg,1,81 cm,IMC 27


QP – consulta de retorno
HDA- Paciente se apresentou a UBS há alguns dias, com queixas gastro
intestinais. Aos exames laboratoriais foi diagnosticado aumento importante do
potássio( 6.1)
HPP-HAS
Hábito Social-Nega tabagismo e elitismo social. Sedentária
Exame Físico-BEG, C.H.A.A.A.E.
AC, BRNF, 2T, s/s.
93

AP-- MFV +, sem RA, Eupneico,


HD- Distúrbio de potássio
Conduta-
Prescrição dos medicamentos: Hidroclorotiazida e Losartana
Alta do Episódio

PACIENTE 6
Identificação-LVG ,6 a.111cm,15,350 kg,temperatura-36.7 g,
QP – Dor na barriga
HDA- mãe refere que a criança tem se queixado de dor na barriga
HPP-ndn
Hábito Social -ndn
Exame Físico-BEG, C.H.A.A.A.E.
AC, BRNF, 2T, s/s.
AP-- MFV +, sem RA, Eupneico.
Aparelho gastro intestinal-sem dor a palpação
Conduta-Orientações gerais a mãe
Exames laboratoriais-Urina tipo 1
Prescrição dos medicamentos- Dipirona e Loratadina por 3 dias
Alta do Episódio

Pontos a discutir

O potássio é um dos eletrólitos do corpo, que são minerais que carregam uma


carga elétrica quando dissolvidos em líquidos corporais, como o sangue. (consulte
também Considerações gerais sobre eletrólitos).

Quase todo o potássio do corpo está localizado dentro das células. O potássio é
necessário para o funcionamento normal das células, nervos e músculos.

O corpo deve manter os níveis de potássio no sangue dentro de uma faixa


estreita. Quando os níveis de potássio no sangue estiverem excessivamente altos
(hipercalemia) ou muito baixos (hipocalemia), pode haver consequências graves, tais
como ritmos cardíacos anormais ou até mesmo parada do coração (parada cardíaca). O
organismo pode usar o grande reservatório de potássio depositado nas células para
ajudar a manter o nível de potássio no sangue constante.
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O organismo mantém o nível correto de potássio ao fazer uma correspondência


entre a quantidade de potássio consumida e a quantidade perdida. O potássio é
consumido nos alimentos e bebidas que contêm eletrólitos (inclusive potássio) e perdido
principalmente na urina. Também é perdido um pouco de potássio no trato digestivo e no
suor. Rins saudáveis podem ajustar a excreção de potássio para se ajustar às
mudanças no consumo.

Alguns medicamentos e determinados quadros clínicos afetam o movimento de


potássio dentro e fora das células, o que grandemente influencia os níveis de potássio
no sangue.

Na hipercalemia, os níveis de potássio no sangue estão excessivamente altos.

 A presença de níveis elevados de potássio tem muitas causas,


inclusive distúrbios renais, medicamentos que afetam a função renal e
consumo excessivo de potássio suplementar.
 Normalmente, a hipercalemia deve ser grave antes de causar
sintomas, principalmente ritmos cardíacos anormais.
 Geralmente, o médico detecta a presença de hipercalemia
quando exames de sangue ou um eletrocardiograma são realizados por
outros motivos.
 O tratamento inclui redução do consumo de potássio,
interrupção dos medicamentos que podem causar hipercalemia e uso de
medicamentos para aumentar a excreção de potássio

(consulte também Considerações gerais sobre eletrólitos e Considerações


gerais sobre a função do potássio no organismo).
O potássio é um dos eletrólitos do corpo, que são minerais que carregam uma
carga elétrica quando dissolvidos em líquidos corporais, como o sangue. O corpo
precisa de potássio para as células nervosas e musculares funcionarem, mas o excesso
de potássio também pode interferir na função.
Causas da hipercalemia
Normalmente, a hipercalemia resulta de vários problemas simultâneos, incluindo
os itens a seguir:

 Distúrbios renais que impedem que os rins excretem potássio


suficiente
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 Medicamentos que impedem que os rins excretem


quantidades normais de potássio (causa comum de hipercalemia leve)
 Uma dieta rica em potássio
 Tratamentos que contenham potássio

A causa mais comum da hipercalemia leve é

 O uso de medicamentos que diminuem o fluxo sanguíneo para


os rins ou impedem que os rins excretem quantidades normais de potássio

A insuficiência renal pode provocar hipercalemia grave por si própria. A doença


de Addison também pode causar hipercalemia.
A hipercalemia também pode ocorrer após a liberação grande quantidade de
potássio das células. O deslocamento rápido de potássio das células para o sangue
pode oprimir os rins e resultar em hipercalemia de risco à vida.

Por si só, o aumento da ingestão de potássio muitas vezes não causa


hipercalemia, uma vez que os rins normais realizam um bom trabalho na excreção de
qualquer potássio em excesso.

Sintomas da hipercalemia
A hipercalemia leve causa poucos sintomas, ou nenhum. Às vezes, a pessoa
pode apresentar fraqueza muscular. Em uma doença rara denominada paralisia
periódica hipercalêmica familiar, a pessoa apresenta crises de fraqueza que podem
progredir até a paralisia.
Quando a hipercalemia se torna mais grave, ela pode causar ritmos cardíacos
anormais. Se os níveis estiverem muito altos, o coração pode parar de bater.
Diagnóstico da hipercalemia
 Medição do nível de potássio no sangue

Normalmente, a hipercalemia é detectada pela primeira vez quando exames de


sangue são realizados ou quando o médico detecta determinadas alterações
no eletrocardiograma (ECG).
Para identificar a causa, o médico avalia o histórico médico da pessoa e o
resultado de exames laboratoriais de rotina, determina quais medicamentos a pessoa
tem tomado e realiza outros exames de sangue para verificar quanto à presença
de diabetes mellitus, acidose, decomposição muscular ou distúrbios renais.
96

Tratamento da hipercalemia
 Medicamentos para aumentar a excreção de potássio

O distúrbio que está causando hipercalemia é tratado.

Hipercalemia leve
No caso de hipercalemia leve, a redução do consumo de potássio ou a
interrupção de medicamentos que impedem os rins de excretarem potássio pode ser
suficiente. Se os rins estiverem funcionando, é possível que um diurético que aumenta a
excreção de potássio seja administrado.

Se necessário, uma resina que absorve potássio do trato digestivo e o elimina


do corpo nas fezes pode ser administrada por via oral ou enema. O sulfonato de
poliestireno sódico é uma resina absorvente de potássio que é eficaz, mas utilizada
apenas por períodos curtos, uma vez que pode fazer com que um excesso de sódio seja
retido. O patirômero é um medicamento à base de resina que pode ser utilizado por
períodos mais longos. Ele é útil para pessoas que precisam de medicamentos que
geralmente aumentam os níveis de potássio, como os inibidores da enzima conversora
da angiotensina (IECA) para o tratamento de doença cardíaca ou renal. O ciclossilicato
de zircônio sódico se liga ao potássio no trato gastrointestinal. Ele causa a redução dos
níveis de potássio plasmático ao longo de várias horas.
Hipercalemia moderada a grave
No caso de hipocalemia moderada a grave, os níveis de potássio devem ser
reduzidos imediatamente. O médico monitora o coração continuamente durante o
tratamento. O cálcio é administrado por via intravenosa para proteger o coração, mas o
cálcio não reduz os níveis de potássio. Então, são administradas insulina e glicose, que
movem o potássio do sangue para as células e reduzem os níveis de potássio no
sangue. O albuterol (usado principalmente para tratar asma) pode ser administrado para
reduzir os níveis de potássio. Ele é inalado.

Se essas medidas não funcionarem ou se a pessoa tiver insuficiência renal, é


possível que ela precise de diálise para remover o excesso de potássio.

3 e 4-Reflexão Pessoal/Aplicabilidade/Relação com conteúdo aprendido na FMPFM.


97

Nas aulas de IESC temos tido acesso a muitos casos clínicos, um arsenal de
conhecimento que levaremos para nossa vida acadêmica e futuramente para a
profissional.

Temos tido o privilégio de acompanharmos com o Doutor Gilson o passo a passo


do atendimento médico, desde anamnese, ectoscopia, exame físico, antecedentes
pessoais, fisiológicos e patológicos, familiares, relatório sintomatológico de aparelhos e
sistemas, hábitos de vida do paciente, condições socioeconômicas condições de moradia,
conduta para cada caso, solicitação de exames, diagnóstico, tratamento e
acompanhamento ,ou seja, todos os aspectos relevantes para podermos acolher, escutar
com qualidade, detectar as informações chaves fornecidas pelo paciente para que haja
sucesso no processo terapêutico com base em um relacionamento de confiança entre
médico e paciente desenvolvido os atendimentos.

Patologias como por exemplo: cefaleias, artrose, artrite, reumatismo, insuficiência


circulatória, transtornos gastrointestinais, transtornos músculos esqueléticos, fibromialgia,
síndrome metabólica, anemia, cardiopatias, síndrome gripal, diabetes, dislipidemia,
doenças renais, hepatológicas, parasitoses,HAS, entre outras, que conhecíamos só na
teoria, pudemos ter uma visão de como é o manejo clínico de cada uma.

Agradeço ao Doutor Gilson por nos acolher de forma tão bondosa, dividir conosco
o seu conhecimento com tanta humanidade e consideração e se empenhar tanto para nos
ensinar da melhor maneira possível.

Gratidão, Doutor Gilson, que Deus o abençoe por tudo!

5-Referências Bibliográficas

GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.

www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab
%C3%B3licos/equil%C3%ADbrio-eletrol%C3%ADtico/hipercalemia-n%C3%ADveis-
elevados-de-pot%C3%A1ssio-no-sangue (acessado em 22/05/2023)
98

www.msdmanuals.com/pt/profissional/distúrbios-endócrinos-e-metabólicos/
distúrbios-eletrolíticos/visão-geral-dos-distúrbios-da-concentração-de-potássio (acessado
em 22/05/2023)

6-Descreva as oportunidades e lacunas percebidas em sua aprendizagem.


Dentro da atividade proposta para essa atividade, creio que não houve lacunas,
antes foi muito produtivo o método utilizado para assimilação do conteúdo,

7-Descreva o planejamento para próxima semana

A programação da próxima semana será a critério dos antendimentos médicos


elencados na ESF que acompanharemos.

Considerações finais

As aulas do IESC são fundamentais para a formação de um bom médico. Durante


essas atividades, os alunos podem aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos em
situações reais, ajudando a fixar o aprendizado e a desenvolver habilidades práticas
essenciais para a profissão. Além disso, as aulas práticas também permitem que os
alunos tenham contato com diferentes casos clínicos, contribuindo para uma formação
mais completa e preparada para os desafios do mercado de trabalho.

A formação médica deve ser uma combinação equilibrada de teoria e prática.


Embora a teoria seja importante para a compreensão dos conceitos e fundamentos da
Medicina, é na prática que os alunos realmente conseguem entender a complexidade e as
nuances da profissão. Por isso, as aulas práticas são essenciais para uma formação
médica completa e de excelência.

As aulas do IESC proporcionam uma série de benefícios para a formação médica.


Além de permitir que os alunos apliquem seus conhecimentos teóricos em situações
reais, as aulas práticas também contribuem para o desenvolvimento de habilidades
práticas essenciais para a profissão, como a habilidade de comunicação com pacientes e
outros profissionais da área da saúde, trabalho em equipe, resolução de problemas e
tomada de decisões.

Essas atividades também permitem que os alunos tenham contato com diferentes
casos clínicos, contribuindo para uma formação mais completa e preparada para os
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desafios do mercado de trabalho. Através das aulas práticas, os alunos também podem
desenvolver uma compreensão mais profunda e ampla da Medicina, o que os torna mais
preparados para enfrentar os desafios e as demandas da profissão.

Vivenciar essas experiências no IESC, é essencial para a formação de um bom


médico. Essas atividades permitem que os alunos apliquem seus conhecimentos teóricos
em situações reais, desenvolvam habilidades práticas e estejam mais preparados para
enfrentar os desafios da profissão.

A formação médica é uma jornada desafiadora e complexa, mas as aulas práticas


são uma ferramenta essencial para o sucesso dos alunos nesse caminho. É através das
aulas práticas que os alunos podem desenvolver habilidades práticas e uma
compreensão mais profunda da Medicina. 

 
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