Você está na página 1de 27

FACULDADE ESTÁCIO DE TERESINA

CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

LAÍS CARVALHO DE OLIVEIRA

IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM


AO PACIENTE COM HEPATOPATIA CRÔNICA, UM ESTUDO DE CASO.

TERESINA
JUNHO 2019
FACULDADE ESTÁCIO DE TERESINA
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

LAÍS CARVALHO DE OLIVEIRA

IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM


AO PACIENTE COM HEPATOPATIA CRÔNICA, UM ESTUDO DE CASO.

Estudo de caso apresentado à


disciplina de Ensino Clínico em Saúde
do Idoso, como meio para aquisição de
nota referente a prática, no dia 18 de
junho de 2019.

Orientadora: Prof° Msc. Sandra Beatriz


Pedra Branca Dourado.

TERESINA

JUNHO 2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 4
2 METODOLOGIA ...................................................................................................... 5
2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................... 5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 5
3 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE .......................................................................... 6
4 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM ........................................................................... 6
5 EXAME FÍSICO ....................................................................................................... 6
6 EXAMES .................................................................................................................. 7
7 PRESCRIÇÃO MÉDICA ....................................................................................... 11
8 DIETOTERAPIA .................................................................................................... 12
9 FARMACOLOGIA ................................................................................................. 12
10 EVOLUÇÃO ....................................................................................................... 22
10.1 ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM.......................................................................22
10.2 SSVV..................................................................................................................22
10.3 PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM.................................................................22
11 PLANO DE CUIDADOS........................................................................................23
12 PLANO DE ALTA.................................................................................................24
13 CONCLUSÃO.......................................................................................................25
4

1. INTRODUÇÃO

A hepatopatia crônica pode ser definida como um grupo de desordens que são
caracterizadas por inflamação crônica e pode apresentar-se classificadas em duas
categorias: colestática obstrutiva e hepatocelular. Nas doenças hepatocelulares
(hepatites virais ou doenças hepáticas alcoólicas) ocorre predominantemente
inflamação e necrose hepática. Já nas doenças colestáticas (cirrose biliar, obstrução
maligna e patologias ocasionadas por fármacos) o que se sobressai é a inibição da
excreção biliar. (BASÍLIO, 2016)

Conforme NUNES 2007, o fígado, maior órgão do corpo humano, é responsável


pela manutenção da homeostasia corporal e também por realizar diversas funções
vitais como: metabolismo de nutrientes, papel imunológico, síntese proteica,
armazenamento de ferro e vitaminas, degradação hormonal e a inativação de drogas
e toxinas. Este órgão tem uma grande capacidade de reconstituição, ou seja, ao
passar por uma agressão consegue recuperar sozinho produzindo novas células a
partir das que já existem. No entanto quando essas agressões se tornam recorrentes
a regeneração ocorre de forma incorreta, surgindo fibrose e nódulos o que passa a
constituir o que chamamos de cirrose hepática.

A cirrose se caracteriza como uma doença hepática onde ocorre destruição


difusa e regeneração fibrótica das células hepáticas, à medida que ocorre a evolução
do tecido necrótico para fibrose a doença altera a estrutura e a vascularização normal.
Grande parte dos casos é devido ao alcoolismo, mas distúrbios metabólicos, toxinas,
obstrução biliar e hepatites podem estimular o processo destrutivo. (BRUNNER, 2008)

As complicações vão ocorrer dependendo da gravidade da lesão hepática,


podem ocorrer sangramento por varizes esofágicas, hipertensão porta, úlceras
gatrinstestinais, encefalopatia hepática e morte. Em muitos pacientes o primeiro sinal
de hipertensão porta é o sangramento das varizes esofágicas, que em geral causam
hematêmese maciça e podem evoluir rapidamente para hemorragia e choque
hipovolêmico.

BITTENCOURT, 2017 afirma que 50% dos cirróticos desenvolvam ascite ao


longo da vida, sendo sua presença frequentemente o primeiro sinal da doença. A
percepção clínica da ascite ocorre um acúmulo de líquido superior a 1.500 ml
5

causando desconforto abdominal associado a edema de membros inferiores (MMII).


Ascite é uma causa para o surgimento de hérnias na parede abdominal,
principalmente em pacientes com cirrose hepática.

Os pacientes que apresentam doenças hepáticas crônicas podem desenvolver


anemia, trombocitopenia, leucopenia, dor abdominal, dores musculares, diarreia,
náuseas, vômitos e fadiga, icterícia, ascite, e hemorragia digestiva.

No portador de cirrose as manifestações clínicas são semelhantes em todos os


tipos da doença, independentemente de sua etiologia. A medida que a doença avança
o paciente pode referir constipação intestinal, emagrecimento, prurido, além disso,
podem relatar uma tendência aumentada a sangramento, por exemplo, epistaxes
frequentes, equimoses, sangramento gengival e hematêmese. (BRUNNER, 2008)

2. METODOLOGIA

Um estudo de caso tem por finalidade refletir sobre vários dados para descrever
com profundidade o objeto a ser estudado – seja ele pessoa, família, empresa ou
coletividades. (MASCARENHAS, 2012)
O estudo de caso do tipo descritivo foi realizado em um hospital público
municipal localizado na região norte de Teresina PI, no período de 12 de março de
2019. O hospital possui um total de 73 leitos divididos em clínica médica feminina e
masculina, obstetrícia cirúrgica, neonatologia e pediatria clínica. O mesmo é um
hospital de médio porte e atende Teresina e região.

2.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver a Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE) ao paciente com


Hepatopatia Crônica.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Conhecer a patologia em questão, bem como sinais e sintomas que


compromissam o estado de saúde do paciente;
6

• Observar os resultados dos exames realizados e relacionar as alterações com


o quadro clínico do cliente;
• Comparar a terapêutica medicamentosa com os sintomas apresentados e
realizar os cuidados de enfermagem para o uso de cada fármaco;
• Implementar um plano de cuidados de acordo com as necessidades do
paciente, bem como a avaliação dos resultados esperados com base nos diagnósticos
de enfermagem;
• Estabelecer um plano de alta com intuito de incentivar a continuidade dos
cuidados fora do ambiente hospitalar.

3. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

L.F.P, masculino, 88 anos, católico, analfabeto, viúvo, natural de União – PI mas


reside em Teresina – PI, admitido na clínica médica do Hospital Geral do Buenos Aires
(HGBA) na Enfermaria 07, leito 31, por hematêmese CID: K920.

4. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

Paciente admitido no HGBA, em 12/03/2019. Segundo informações da


acompanhante (SIA) o mesmo apresentava episódios de hematêmese e dores
abdominais. Ela referiu que ao perceber os sintomas solicitou o serviço médico de
atendimento móvel (SAMU) que encaminhou o paciente até o referido hospital. O
cliente é portador de Hipertensão arterial sistêmica (HAS), Cardiopatia, Hepatopatia
Crônica. Faz uso das seguintes medicações para tratamento em sua residência:
Carvedilol e Levanlodipino, segundo acompanhante. Nega o uso de álcool, porém
alega ter sido tabagista. Desconhece alergias.

5. EXAME FÍSICO

• Cabeça e Pescoço:
Couro cabeludo sem alterações, face assimétrica sem presença de hematomas e/ou
ferimentos, nariz assimétricos sem lesões ou secreções. Pupilas isocóricas, acuidade
visual diminuída. Faz uso de dentadura.
7

• Sistema Respiratório:
Expansão torácica normal, ausculta pulmonar com presença de roncos, ausculta
cardíaca em 2 tempos e bulhas normofonéticas (2TBNF);
• Sistema Gastrointestinal:
Abdômen assimétrico e globoso, ausculta abdominal com ruídos hidroaéreos
presentes e normais, dieta zero e constipação.
• Sistema Músculo Esquelético:
Membros superiores sem alterações; acesso venoso em MSD e edema em membros
inferiores.
• Pele e Anexos:
Hipocorado, sem lesões aparentes.
• Aparelho Geniturinário:
Diurese espontânea sem queixas.
• Padrão de sono:
Regular.
• Queixas:
Paciente relata dor a palpação em região epigástrica.

6. EXAMES

QUADRO 1.0 – HEMOGRAMA E LEUCOGRAMA


HEMOGRAMA/LEUCOGRAMA RESULTADO VALOR DE RELAÇÃO COM A
REFERÊNCIA PATOLOGIA
(Homens)
Hemácias 3,12 4,3 – 6,5 Presença de anemia
Hemoglobina 9,1 13,5 – 18,0 aplásica relacionada a
Hematócrito 28,9 40,0 – 54,0 diminuição de
Eritropoetina devido
doença hepática.
VCM 92,6 76,0 – 96,0 -
HCM 29,2 27,0 – 32,0 -
CHCM 31,6 32,0 – 36,0 -
RDW 18,7 11,6 – 14,8 Anisocitose plaquetária
que se dá quando as
hemácias apresentar-se
8

em tamanhos variados
devido a anemia.
Leucócitos 3.849 4.000 - 10000 Leucopenia
relacionada tanto ao uso
de drogas
cardiovasculares
quanto à anemia
aplásica.
Neutrófilos 50,0 40 - 75 Trombocitopenia se
Pró mielócitos 0 0 correlaciona com a
Mielócitos 0 0 anemia aplásica.
Metamielócitos 0 0-1
Bastões 1,0 1-3
Segmentados 49,0 40,0 – 75,0
Eosinófilos 6,0 1,0 – 6,0
Basófilos 1,0 0 – 1,0
Linfócitos 38,0 20,0 – 45,0
Monócitos 5,0 2,0 – 10,0
Plaquetas 118.000 142.000 -
424.000

QUADRO 2.0 – GLICEMIA E PROTEÍNAS TOTAIS

RESULTADO VALOR DE RELAÇÃO COM A


REFERÊNCIA PATOLOGIA
Glicemia 105 mg/dL 70,0 – 99,0 mg/dL
-
Proteínas Totais 5,4 g/dL 6,1 – 7,9 g/dL Alteração
relacionada a
diminuição de uma
proteína importante
que é a albumina.
Albumina 2,6 g/dL 3,5 a 4,8 g/dL Sua diminuição se
correlaciona com o
quadro de ascite.
Globulinas 2,8 g/dL - -
9

QUADRO 3.0 – TEMPO DE PROTOMBINA

TEMPO DE RESULTADO VALOR DE RELAÇÃO COM A


PROTOMBINA (TAP) REFERÊNCIA PATOLOGIA
TAP 19,1 11,0 – 13,0 Os níveis
Atividade 56,2 70 - 100% aumentados desse
I.N.R 1,49 0,8 – 1,2 exame se dão pela
quantidade
reduzida de
protombina no
sangue, o que é
comum nos casos
de Hepatopatia.

QUADRO 4.0 – TRANSAMINASE OXALACÉTICA, TRANSAMINASE PIRÚVICA,


CREATININA E ANTI-HIV

RESULTADO VALOR DE RELAÇÃO COM A


REFERÊNCIA PATOLOGIA
Transaminase 28,0 u/L Até 38,0 u/L -
oxalacetica (TGO)
Transaminase 10,0 u/L Até 42,0 u/L -
Pirúvica (TGP)
Creatinina 1,27 mg/dL 0,72 – 1,16 mg/dL Pode estar
correlacionado com a
síndrome
hepatorenal.
Anti – HIV (I e II) Não Reagente - -

QUADRO 5.0 – SOROLOGIA PARA HEPATITES

RESULTADO VALOR DE RELAÇÃO COM A


REFERÊNCIA PATOLOGIA
Anti – HVA (IgG) 9,87 < 1,00 Indica exposição
anterior e imunidade
à Hepatite A.
10

Anti – HBC total 3,38 < 1,00 Imunidade à Hepatite


(IgM + IgG) B devido exposição
anterior com o vírus.
Anti – HBC (IgM) 0,07 < 1,00 -
Hepatite B
Anticorpos anti – >1000 Imunidade natural
HBS quantitativo (REAGENTE) devida vacina.
HBE – Ag (Hepatite 0,40 s/CO >1000 -
B)
Anti – HVC (Hepatite 0,07 s/CO < 1,00 -
C)

QUADRO 6.0 – ELETRÓLITOS

ELETRÓLITOS RESULTADO VALOR DE RELAÇÃO COM A


REFERÊNCIA PATOLOGIA
Sódio 132 mol/L 136,0 - 145,0 mol/L Hiponatremia devido
a perda excessiva de
líquidos através dos
episódios de êmese.
Potássio 3,8 mol/L 3,5 – 5,1 mol/L -
Cloro 98,0 mol/L 98,0 – 107 mol/L -
Uréia 51,0 mg/dL 10,0 – 50 mg/dL -

QUADRO 7.0 – ANÁLISE DE LÍQUIDO ASCÍTICO

LÍQUIDO ASCÍTICO RESULTADO VALOR DE RELAÇÃO COM


REFERÊNCIA A PATOLOGIA
Cor Amarelo claro Amarelo palha -
Aspecto Límpido Límpido -
Volume 10 ml Até 50 ml -
Glicose 88 mg/dL 70 a 110 -
Amilase 30 u/dL - -
Proteínas 3,0 g/dL - -
Desidrogenase láctica 167 u/L - -
Leucócitos 9 mm 3 <300 células/mm3 -
Polimorfonucleares 30% <25%polimorfonucleares -
Normonucleares 70% >75% normonucleares -
Hemácias 8 mm3 <100.000hemácias/mm3 -
11

7. PRESCRIÇÃO MÉDICA

ADMISSÃO (12/03/2019)
1. Dieta zero;
2. SF 0,9 1000 ml EV;
3. Bromoprida – 1mg, IM – 8/8h;
4. Ranitidina EV ;
5. Omeprazol ;
6. SSVV + CCGG.

ALTA (18/03/2019)
1. Dieta oral branda;
2. Jelco salinizado;
3. Furosemida 40 mg – 1 cp, VO 12/12h;
4. Aldactone 25 mg – 1cp, VO 12/12h;
5. Propanolol 40 mg – 1cp, VO 12/12h
6. Omeprazol – 1 FA, EV 12/12h;
7. Ranitidina 50mg – 1 AMP + AD EV 12/12h;
8. Bromoprida 1 AMP + AD EV 8/8h
9. Lactulona 667mg/ml – 15 ml VO 12/12h
10. Glicemia capilar de 6/6h
11. Glicose 50% - 4 AMP EV se glicemia <70
12. SSVV + CCGG
12

8. DIETOTERAPIA
A dietoterapia visa adequação do paciente em determinado momento e
situação, para alimentação mais adequada.
Para elaborar uma dieta hospitalar deve-se levar em consideração o estado fisiológico
e nutricional do paciente e deve estar relacionada com o quadro clínico do mesmo.
A dieta hospitalar deve garantir ao paciente todos os nutrientes necessários
bem como preservação do estado nutricional.

TIPOS DE DIETAS PRESCRITAS: INDICAÇÃO:


DIETA ZERO Jejum para exames.
DIETA ORAL BRANDA É indicada para pacientes com
problemas mecânicos de ingestão e digestão,
que impeçam a utilização da dieta normal,
havendo necessidade de abrandar os
alimentos para melhor aceitação. Esta dieta
pode ser considerada um tipo de transição para
a dieta geral. É utilizada em pacientes com
dificuldades de mastigação ou deglutição, que
fazem uso de próteses dentárias, no pós-
operatório, em enfermidades do esôfago e na
presença de gastrite ou úlcera péptica.
Fonte: Manual para prescrição de dietas hospitalares, hospital Vivalle.

9. FARMACOLOGIA

BROMOPRIDA

• PRESCRIÇÃO: 1mg, IM – 8/8h; 1 AMP + AD EV 8/8h

• INDICAÇÕES:
Este medicamento é indicado para pacientes que apresentam náuseas e vômitos de
origem central e periférica; refluxo gastroesofágico; distúrbios da motilidade
gastrintestinal. Pode ser utilizado para facilitar procedimentos radiológicos do trato
gastrointestinal.
13

• REAÇÕES ADVERSAS / EFEITOS COLATERAIS:


Uma reação bastante comum do uso de Bromoprida é a inquietação fadiga,
sonolência e lassidão. Com menor frequência pode ocorrer insônia, cefaléia, náuseas,
erupções cutâneas e sintomas extrapiramidais.
• CONTRAINDICAÇÕES:
Este medicamento é contraindicado em casos de hipersensibilidade aos componentes
da fórmula; quando a estimulação da motilidade gastrintestinal for perigosa, (ex.
Hemorragia); em crianças menores de 1 ano de idade devido ao risco da ocorrência
de convulsões, agitação e irritabilidade; em pacientes epiléticos ou que estejam
recebendo outras drogas que podem causar reações extrapiramidais.
• MECANISMO DE AÇÃO:
FARMACODINÂMICA – A sua principal ação está relacionada ao bloqueio dos
receptores de dopamina – 2(D2) no sistema nervoso central e no trato gastrointestinal.
Ela atua aumentando o tônus muscular e amplitude das contratações gástricas,
relaxando o esfíncter pilórico resultando no esvaziamento gástrico e aumento do
trânsito intestinal. A Bromoprida possui também reconhecidas propriedades
antimiméticas.
FARMACOCINÉTICA – O pico sérico de Bromoprida ocorre de 1 a 1,5 horas após a
ingestão oral. O medicamento apresenta baixa ligação às proteínas plasmáticas
(cerca de 40%) e é metabolizado no fígado e excretado através da urina. A sua
biodisponibilidade é de cerca de 54% a 74% via oral, e de 78% via intramuscular.
Cuidados de Enfermagem:
✓ Observar a reação do paciente em casos de hipersensibilidade, sintomas
extrapiramidais, agitação, etc;
✓ Saber realizar a técnica de administração utilizando os conceitos de
biossegurança;
✓ Atentar-se para presença de sinais flogísticos no local da aplicação do
medicamento;
✓ Após a administração sempre anotar no prontuário.

CLORIDRATO DE RANITIDINA

• PRESCRIÇÃO: 50mg – 1 AMP + AD EV 12/12h;


14

• INDICAÇÕES:
É indicada no tratamento de úlceras duodenais e úlcera gástrica benigna, também é
usado na prevenção de úlceras duodenais e ainda nas situações em que é desejável
a redução da produção de ácido, profilaxia da úlcera de estresse em pacientes
gravemente enfermos, profilaxia da hemorragia recorrente em pacientes com úlcera
péptica e prevenção da síndrome de aspiração ácida (síndrome de Mendelson).
• REAÇÕES ADVERSAS/EFEITOS COLATERAIS:
Pode ocorrer mudanças transitórias e reversíveis nos exames de função hepática;
erupções cutânea; respiração ofegante, dores no peito; inchaço de pálpebras, face,
lábios e boca; febre.
• CONTRAINDICAÇÕES:
Não é aconselhado o uso deste medicamento em casos de hipersensibilidade aos
componentes presente na fórmula; em casos de gravidez o Cloridrato de Ranitidina
não deve ser utilizado sem orientação médica.
• MECANISMO DE AÇÃO:
FARMACODINÂMICA – O Princípio ativo do Cloridrato de Ranitidina é um antagonista
ao receptor histamínico H2 dotado de alta seletividade e rápido início de ação. Atua
inibindo a secreção nasal e estimulando a secreção de ácido gástrico reduzindo tanto
o volume quanto o conteúdo de ácido e pepsina da secreção.
FARMACOCINÉTICA – Após administração oral de 150 mg de Ranitidina as
concentrações plasmáticas máximas (300 a 550 mg/mL) ocorrem após 1 a 3 horas; A
Ranitidina não é extensivamente metabolizada. Seu metabolismo após administração
oral é similar ao observado após uso intravenoso; A principal via de eliminação é a
renal.

Cuidados de Enfermagem:
✓ Atentar-se para reações de hipersensibilidade, edema periorbital, dores
no peito;
✓ Saber realizar a técnica de administração de medicamentos seguindo as
regras de biossegurança e utilizando os 13 certos a fim de evitar possíveis
acidentes ao paciente ou profissional;
✓ Realizar a administração sempre no horário estabelecido pelo médico;
✓ Após a administração sempre anotar no prontuário.
15

OMEPRAZOL

• PRESCRIÇÃO: 1 FA, EV 12/12h;


• INDICAÇÕES:
É utilizado no tratamento de úlceras pépticas benignas (gástricas ou duodenais).
Devido suas características, o Omeprazol está indicado também nos estados de
hiperacidez gástrica, na prevenção de úlceras gástricas ou duodenais e na síndrome
de Zollinger – Ellison. Também é indicado no tratamento de erradicação do H. Pylori,
na proteção da mucosa gástrica e em casos de esofagite em crianças menores de 1
ano.
• REAÇÕES ADVERSAS/EFEITOS COLATERAIS:
Este medicamento pode gerar cefaléia, diarréia, dores abdominais, flatulências,
vômitos, constipação, também pode ocorrer parestesia, sonolência, vertigem, insônia,
erupções ou pruridos e mal estar.
• CONTRAINDICAÇÕES:
Está contraindicado em situações de hipersensibilidade aos componentes da fórmula
do medicamento, bem como restrição de seu uso em gestantes, idosos e portadores
de insuficiência renal e hepática sem orientação médica.
• MECANISMO DE AÇÃO:
O omeprazol age por inibição da H+K+ATPase, enzima localizada especificamente na
célula parietal do estômago e responsável por uma das etapas finais no mecanismo
de produção de ácido gástrico. Essa ação farmacológica, dose-dependente, inibe a
etapa final da formação de ácido no estômago, proporcionando assim uma inibição
altamente efetiva tanto da secreção ácida basal quanto da estimulada,
independentemente do estímulo. O omeprazol atua de forma específica nas células
parietais, não possuindo ação sobre os receptores de acetilcolina e histamina. A
administração diária do omeprazol em dose única via oral causa rápida inibição da
secreção ácida gástrica. A biodisponibilidade oral é cerca de 30% a 40%. Após doses
orais de 20mg a 40mg, a biodisponibilidade absoluta é de 30%-40% (comparada à
administração intravenosa), sendo que essa porcentagem aumenta após
administrações repetidas em cerca de 65% do estado de equilíbrio.

Cuidados de Enfermagem:
16

✓ Observar casos de cefaléia, diarréia, dores abdominais, bem como reações


alérgicas aos componentes presente no fármaco;
✓ Ao realizar a técnica utilizar as regras de biossegurança e implementar os 13
certos para evitar acidentes;
✓ Administrar medicação em horário prescrito pelo médico;
✓ Após a administração sempre anotar no prontuário.

FUROSEMIDA

• PRESCRIÇÃO: 40 mg – 1 cp, VO 12/12h;


• INDICAÇÕES:
É indicada para tratamento de edema devido a distúrbios cardiacos, hepáticos e
renais; edema devido a queimadura se também é utilizado para tratamento de
Hipertensão Arterial leve e moderada.
• REAÇÕES ADVERSAS/EFEITOS COLATERAIS:
Podem ocorrer distúrbios relacionados ao estado metabólico e nutricional; distúrbios
vasculares, renais e urinário, gastrointestinais, hepatobiliares, auditivo e do labirinto,
do tecido cutâneo e pele, sistema imune, nervoso, sanguineo, musculares e do tecido
conjutivo.
• CONTRAINDICAÇÕES:
Não deve ser utilizado em pacientes em pré coma e coma associado a encefalopatia
hepática com insuficiência renal e anúria; hiponatremia e hipopotassemia severa; e
hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
• MECANISMO DE AÇÃO:
É um diurético que produz efeito potente de ação rápida e de curta duração. A ação
diurética resulta da inibição, da reabsorção de cloreto de sódio e como resultado a
excreção fracionada de sódio pode alcançar 35% da filtração glomerular de sódio que
pode resultar em excreção urinária aumentada.
FARMACODINÂMICA:
O efeito ocorre dentro de 15 minutos após a administração endovenosa e dentro de 1
hora após administração oral.
FARMACOCINÉTICA:
17

É rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal. Eliminada principalmente na


forma de fármaco – inalterado primariamente pela secreção no túbulo proximal. Após
administração intravenosa 60% a 70% é excretada dessa maneira, o restante ocorre
pelas fezes.
Cuidados de Enfermagem:
✓ Ao realizar a administração de todo medicamento é imprescindível saber a
técnica correta bem como implementar os 13 certos;
✓ Observar a presença de efeitos colaterais e reações adversas e também casos
de hipersensibilidade;
✓ Saber realizar a técnica de administração de medicamentos via parenteral
seguindo as regras higiênicas e de biossegurança;
✓ Após a administração sempre anotar e aprazar no prontuário do paciente.

ALDACTONE

• PRESCRIÇÃO: 25 mg – 1cp, VO 12/12h;


• INDICAÇÕES:
Aldactone é utilizada no tratamento de hipertensão essencial, distúrbios edematosos,
tais como edemas e ascite de insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e
síndrome nefrótica, hipopotassemia, edema idiopático, diagnóstico e tratamento do
hiperaldosteronismo primário e tratamento pré- operatório para tal.
• REAÇÕES ADVERSAS/EFEITOS COLATERAIS:
Pacientes que fazem uso deste fármaco podem apresentar neoplasmas benignos,
malignos e não específico, leucopenia, trombocitopenia, distúrbios eletrolíticos e
hiperpotassemia, tontura, alterações na libido, confusão, distúrbios gastrointestinais,
náuseas e vômitos, função hepática anormal, cãibras, insuficiência renal aguda, mal
estar.
• CONTRAINDICAÇÕES:
É contraindicado o uso de Aldactone em pacientes que apresentam IRA; diminuição
da função renal; anúria; doença de Addison; hipercalcemia; hipersensibilidade aos
componentes presentes na fórmula do medicamento.
• MECANISMO DE AÇÃO:
18

FARMACODINÂMICA:
A espirolactona é um antagonista farmacológico específico da aldosterona e atua no
local de troca de íons sódio – potássio dependente de aldosterona. Este fármaco atua
como diurético e anti-hipertensivo por atuar aumentando as quantidades de sódio e
água a serem excretados.
FARMACOCINÉTICA:
Este fármaco é rápido e extensamente metabolizado. Produtos contendo enxofre
constituem os metabólitos que acredita-se serem os principais responsáveis pelo
efeito terapêutico do fármaco. Os metabólitos são excretados primariamente na urina
e por fim na bile.
Cuidados de Enfermagem:
✓ Ao realizar a administração de todo medicamento é imprescindível saber a
técnica correta bem como implementar os 13 certos;
✓ Avaliar os exames de sangue pois pode ocorrer alterações devido o uso deste
fármaco;
✓ Observar casos de hipersensibilidade aos componentes do fármaco bem como
presença de efeitos colaterais e explicar ao paciente o porquê de sua ocorrência;
✓ Utilizar regras higiênicas de biossegurança ao administrar o medicamento;
✓ Após a administração sempre anotar no prontuário.

PROPRANOLOL

• PRESCRIÇÃO: 40 mg – 1cp, VO 12/12h


• INDICAÇÕES:
O propranolol é um fármaco utilizado no tratamento de controle da hipertensão, angina
pectoris, arritmias cardíacas, prevenção da enxaqueca, controle de tremor essencial
bem como de ansiedade e taquicardia.
• REAÇÕES ADVERSAS/EFEITOS COLATERAIS:
Paciente pode apresentar quadros de fadiga, bradicardia, extremidades frias,
distúrbios do sono e pesadelos, distúrbios gastrointestinais, náuseas, vômitos e
diarréias, vertigem, alucinações, psicoses, trombocitopenia, etc.
• CONTRAINDICAÇÕES:
Não utilizar em casos de hipersensibilidade ao fármaco ou componentes; hipotensão;
bradicardia; distúrbios graves da circulação; insuficiência cardíaca; acidose
19

metabólica; jejum prolongado; choque cardiogênico; histórico de asma e


broncoespasmo.
• MECANISMO DE AÇÃO:
É um medicamento betabloqueador, ou seja, inibe a estimulação de receptores beta
– adrenérgicos (beta 1 e beta 2) presente nos vasos sanguíneos e coração.
É absorvido por completo após administração oral. O fígado remove até 90% de uma
dose oral. O propranolol é amplo e rapidamente distribuido pelo corpo, sendo que
ocorrem concentrações maiores pelo fígado, rins, pulmões, coração e cérebro.
Cuidados de Enfermagem:
✓ Ao realizar a administração de todo medicamento é imprescindível que o
profissional saiba a técnica correta bem como implementar os 13 certos;
✓ Observar quadros de bradicardia, fadiga, distúrbios do sono e explicar ao
paciente o porquê de sua ocorrência, também avaliar casos de hipersensibilidade;
✓ Administrar medicamento conforme horário prescrito;
✓ Após a administração sempre anotar no prontuário.

LACTULONA

• PRESCRIÇÃO: 667mg/ml – 15 ml VO 12/12h


• INDICAÇÕES:
Este medicamento é utilizado para tratamento sintomático da constipação intestinal,
também usada para tratamento da encefalopatia hepática, tanto no pré – coma como
no coma hepático.
• REAÇÕES ADVERSAS/EFEITOS COLATERAIS:
Em casos de encefalopatia hepática o uso de altas doses de Lactulona podem causar
distensão abdominal, eructação, flatulência, meteorismo, desconforto e aumento da
sede. Em exames, altas doses deste fármaco podem causar alterações na
concentração plasmática de glicose e diminuir o potássio.
• CONTRAINDICAÇÕES:
É contraindicado para pessoas com apendicite; hemorragia retal; obstrução intestinal;
casos de intolerância a lactose e frutose; e em casos de hipersensibilidade aos
componentes da fórmula.
• MECANISMO DE AÇÃO:
20

Quando ingerida a lactulona não é absorvida pelo trato gastrointestinal nem é


hidrossolúvel pelas enzimas intestinais, devido a ausência da enzima lactulose. Chega
ao cólon inalterada onde é fermentando pelas bactérias sacrolíticas, produzindo ácido
latico, acético e fórmico. A acidificação do meio, que ocorre na degradação da
lactulose, desencadeia mecanismos responsáveis pela sua ação na encefalopatia
hepática e na constipação.
Cuidados de Enfermagem:
✓ Observar a presença de casos de hipersensibilidade, bem como avaliar as
reações adversas e efeitos colaterais;
✓ Saber realizar a técnica de administração de medicamentos via parenteral
seguindo as regras higiênicas e de biossegurança bem como implementação dos 13
certos;
✓ Administrar em horário prescrito pelo médico;
✓ Após a administração sempre anotar no prontuário.

CARVEDILOL

• INDICAÇÕES:
Utilizado para tratamento de Hipertensão Arterial, angina do peito e Insuficiência
Cardíaca Congestiva.
• REAÇÕES ADVERSAS/EFEITOS COLATERAIS:
O uso desse fármaco pode causar anemia, leucopenia, trombocitopenia, insuficiência
cardíaca, alterações visuais, redução do lacrejamento, náusea, diarréia, vômitos,
dores abdominais, edemas e até pneumonia, bronquite e infecções do trato
respiratório.
• CONTRAINDICAÇÕES:
Não deve ser utilizado por pessoas que apresentam intolerância a lactose e sacarose
ou hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula; Menores de 18 anos não
devem utilizar esse medicamento; portadores de insuficiência hepática; asma; doença
pulmonar obstrutiva; e em casos de gravidez sem orientação do médico.
• MECANISMO DE AÇÃO:
O carvedilol diminui a resistência vascular periférica por vasodilatação mediada pelo
bloqueio alfa 1 e suprime o sistema renina – angiotensina – aldosterona devido ao
bloqueio beta. É rapidamente absorvido após administração oral, extensamente
21

metabolizado no fígado e eliminado primariamente via biliar sendo excretado pelas


fezes.
Cuidados de Enfermagem:
✓ Explicar ao paciente e/ou acompanhante como ingerir de forma adequada o
medicamento;
✓ Orientar paciente ou acompanhante sobre os horários de administração e
efeitos colaterais que o paciente pode apresentar enquanto usa;
✓ Explicar ao paciente e/ou familiar que em casos de reações adversas o médico
deverá ser consultado.

LEVANLODIPINO

• INDICAÇÕES:
Indicado para tratamento de Hipertensão Arterial.
• REAÇÕES ADVERSAS/EFEITOS COLATERAIS:
Dentre os efeitos colaterais podemos destacar a presença de cefaléia, edema,
vertigem, taquicardia, tosse, dificuldade de respiração e indisposição.
• CONTRAINDICAÇÕES:
É contraindicado o seu uso em casos de hipersensibilidade aos componentes da
fórmula.
• MECANISMO DE AÇÃO:
Reduz a pressão arterial, após administração de doses terapêuticas e atinge sua
concentração sanguínea máxima em cerca de 8 horas.

Cuidados de Enfermagem:
✓ Ensinar o paciente como utilizar o medicamento;
✓ Orientar quanto aos efeitos colaterais e casos de hipersensibilidade;
✓ Explicar os horários corretos de acordo com prescrição médica;
✓ Orientar o uso de alimentos que ajudam a absorver melhor o medicamento;
✓ Em casos de reações adversas orientar paciente ou familiares a procurar ajuda
médica.
22

10. EVOLUÇÃO

12/03/2019, 10h57, paciente admitido na Enfermaria 07, Leito 31 com queixa principal
de hematêmese e dores abdominais, ao exame físico: consciente, desorientado em
tempo e espaço, taquipneico, deambulando com auxílio, níveis pressóricos alterados
no momento da aferição, ausculta cardíaca 2TBNF, ausculta pulmonar com presença
de roncos, ausculta abdominal com ruídos hidroaéreos presentes e normais, abdômen
ascítico, presença de hérnia epigástrica e inguinal, acesso venoso periférico (AVP)
em membro superior direito (MSD), edemas em MMII (cacifo 2+), dieta zero até
segunda ordem, diurese presente e normal e constipação intestinal, sono e repouso
regulares.

10.1 ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM:

11h30 realizado paracentese de alívio para drenagem de líquido ascítico.

10.2 SSVV

Pulso: 84 bpm
Temperatura: 36°C
Respiração: 32 rpm
Pressão Arterial: 130x80

10.3 PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM

✓ Verificar os sinais vitais (SSVV) manhã, tarde e noite;


✓ Trocar o acesso venoso;
✓ Executar higiene oral;
✓ Realizar banho no leito ou orientar acompanhante;
✓ Administrar os medicamentos prescritos conforme prescrição médica;
✓ Supervisionar a instalação da dieta;
✓ Realizar mudanças de decúbito a cada duas horas a fim de evitar lesão por
pressão.
23

11. PLANO DE CUIDADOS

DIAGNÓSTICOS DE INTERVENÇÕES DE RESULTADOS


ENFERMAGEM ENFERMAGEM ESPERADOS
Padrão respiratório Avaliar com frequência Paciente não apresentará
ineficaz, relacionado com estado respiratório do dificuldade respiratória;
a pressão exercida pela paciente adequando-o em
ascite sobre o diafragma, uma posição que facilite a
secundário a alterações respiração;
da função hepática;
Volume excessivo de Incentivar deambulação, Apresentará melhora na
líquidos caracterizado por se possível com auxílio no mobilidade e no quadro de
edema em MMII intuito de melhorar o edemas;
relacionado a mecanismo quadro de edemas e
regulador comprometido; mobilidade;
Risco para controle Orientar o paciente acerca Paciente expressará sua
ineficaz do regime do tratamento bem como intenção de reduzir os
terapêutico individual sobre sua importância fatores de riscos para
relacionado com para melhora do quadro; evitar complicações da
conhecimento insuficiente doença e demonstrará
sobre doença e suas suas crenças pessoais
limitações; acerca da doença e do
seu tratamento;
Dor abdominal Controle da dor; Alcance da percepção
caracterizada por hérnia positiva dos cuidados de
epigástrica relacionada a enfermagem para aliviar a
ascite. dor;
Risco para lesão Realizar o monitoramento Paciente não apresentará
relacionado ao de hemorragias; sangramento
sangramento das varizes gastrointestinal ou de
esofágicas, secundário a varizes esofágicas;
hipertensão porta.
24

Incentivar uma Paciente apresentará


alimentação rica em melhora no quadro de
potássio, ferro, vitaminas, anemia;
ácido fólico e restringir uso
de sódio;
Melhorar a integridade da Cliente não apresentará
pele realizando mudanças lesões por pressão;
de decúbito e massagens
de conforto a fim de evitar
lesões por pressão;
Incentivar medidas Paciente não se
adequadas de segurança comprometerá em relação
para proteger o paciente a quedas.
de acidentes.
Fonte: NANDA

12. PLANO DE ALTA

O plano de alta visa a estimulação de cuidados fora do ambiente hospitalar seja pelo
paciente, cuidador ou acompanhante. Para o paciente idoso, portador de doença
hepática crônica com anemia associada, são necessários a prescrição dos seguintes
cuidados pós-hospitares:
a) Orientar a melhora da alimentação dando preferência a alimentos ricos em
fibras, ferro, potássio, vitaminas, ácido fólico e restringindo da dieta o sódio;
b) Incentivar o cuidador a realizar a higiene corporal necessária ao paciente;
c) Educar o cliente quanto a automedicação explicando as consequências que a
mesma pode ocasionar, evitando assim sangramentos;
d) Explicar ao paciente a importância de evitar atividades que aumente a pressão
intra-abdominal como por exemplo fazer esforço excessivo;
e) Incentivar quanto a higiene oral;
f) Ensinar o paciente como ele pode poupar energia ao realizar atividades de vida
diária, como por exemplo ao vestir-se orientar que seja sentado;
g) Orientar o cliente que repouso e alimentação saudável são de suma
importância para reduzir as demandas metabólicas imposta pelo fígado.
25

13. CONCLUSÃO

A sistematização da assistência de enfermagem qualifica o enfermeiro no


âmbito da prática visando a implementação de cuidados que melhorem o estado do
paciente.
O objetivo deste trabalho foi observar os resultados obtidos após a assistência
de enfermagem que foi responsável pela melhoria do quadro do paciente e posterior
alta. É importante citar toda a equipe multidisciplinar do Hospital como médicos,
técnicos em enfermagem, nutricionistas, etc, pois todos contribuíram da mesma
maneira para obtenção do mesmo resultado.
26

REFERÊNCIAS

BASILIO, ILD et al. Perfil de pacientes hepatopatas com ascite. RSC online, 2016.

BITTENCOURT, PL, et.al, MANUAL DE CUIDADOS INTENSIVOS EM


HEPATOLOGIA, 2° edição, 2017.

BRUNNER, L. S. & SUDDARTH, D. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgico: 16.ed.


Editora Guanabara Koogan,2008

FISHBACH, F. Exames laboratoriais e diagnósticos; Rio de Janeiro: Editora


Guanabara Koogan S.A, 2002.

JHONSON, Marion, et al, LIGAÇÕES NANDA NIC – NOC; 3° edição, Elsevier, 2015.

Manual de dieta hospitalares. Disponível em: www.espacomedicovivalle.com.br.


Acesso em: 05/06/2019

MANUAL DE PERÍCIA MÉDICA, 2° edição, Brasília, 2005

MASCARENHAS, Sidnei Augusto; METODOLOGIA CIENTÍFICA; São Paulo: Person


Education do Brasil, 2012.

NUNES, PP, et.al, FISIOLOGIA DO FÍGADO, Porto,2007


27

Portal Ministério da saúde. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br. Acesso em:


21/05/2019.

Você também pode gostar