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TERESINA
JUNHO 2019
FACULDADE ESTÁCIO DE TERESINA
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
TERESINA
JUNHO 2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 4
2 METODOLOGIA ...................................................................................................... 5
2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................... 5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 5
3 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE .......................................................................... 6
4 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM ........................................................................... 6
5 EXAME FÍSICO ....................................................................................................... 6
6 EXAMES .................................................................................................................. 7
7 PRESCRIÇÃO MÉDICA ....................................................................................... 11
8 DIETOTERAPIA .................................................................................................... 12
9 FARMACOLOGIA ................................................................................................. 12
10 EVOLUÇÃO ....................................................................................................... 22
10.1 ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM.......................................................................22
10.2 SSVV..................................................................................................................22
10.3 PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM.................................................................22
11 PLANO DE CUIDADOS........................................................................................23
12 PLANO DE ALTA.................................................................................................24
13 CONCLUSÃO.......................................................................................................25
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1. INTRODUÇÃO
A hepatopatia crônica pode ser definida como um grupo de desordens que são
caracterizadas por inflamação crônica e pode apresentar-se classificadas em duas
categorias: colestática obstrutiva e hepatocelular. Nas doenças hepatocelulares
(hepatites virais ou doenças hepáticas alcoólicas) ocorre predominantemente
inflamação e necrose hepática. Já nas doenças colestáticas (cirrose biliar, obstrução
maligna e patologias ocasionadas por fármacos) o que se sobressai é a inibição da
excreção biliar. (BASÍLIO, 2016)
2. METODOLOGIA
Um estudo de caso tem por finalidade refletir sobre vários dados para descrever
com profundidade o objeto a ser estudado – seja ele pessoa, família, empresa ou
coletividades. (MASCARENHAS, 2012)
O estudo de caso do tipo descritivo foi realizado em um hospital público
municipal localizado na região norte de Teresina PI, no período de 12 de março de
2019. O hospital possui um total de 73 leitos divididos em clínica médica feminina e
masculina, obstetrícia cirúrgica, neonatologia e pediatria clínica. O mesmo é um
hospital de médio porte e atende Teresina e região.
3. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
4. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
5. EXAME FÍSICO
• Cabeça e Pescoço:
Couro cabeludo sem alterações, face assimétrica sem presença de hematomas e/ou
ferimentos, nariz assimétricos sem lesões ou secreções. Pupilas isocóricas, acuidade
visual diminuída. Faz uso de dentadura.
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• Sistema Respiratório:
Expansão torácica normal, ausculta pulmonar com presença de roncos, ausculta
cardíaca em 2 tempos e bulhas normofonéticas (2TBNF);
• Sistema Gastrointestinal:
Abdômen assimétrico e globoso, ausculta abdominal com ruídos hidroaéreos
presentes e normais, dieta zero e constipação.
• Sistema Músculo Esquelético:
Membros superiores sem alterações; acesso venoso em MSD e edema em membros
inferiores.
• Pele e Anexos:
Hipocorado, sem lesões aparentes.
• Aparelho Geniturinário:
Diurese espontânea sem queixas.
• Padrão de sono:
Regular.
• Queixas:
Paciente relata dor a palpação em região epigástrica.
6. EXAMES
em tamanhos variados
devido a anemia.
Leucócitos 3.849 4.000 - 10000 Leucopenia
relacionada tanto ao uso
de drogas
cardiovasculares
quanto à anemia
aplásica.
Neutrófilos 50,0 40 - 75 Trombocitopenia se
Pró mielócitos 0 0 correlaciona com a
Mielócitos 0 0 anemia aplásica.
Metamielócitos 0 0-1
Bastões 1,0 1-3
Segmentados 49,0 40,0 – 75,0
Eosinófilos 6,0 1,0 – 6,0
Basófilos 1,0 0 – 1,0
Linfócitos 38,0 20,0 – 45,0
Monócitos 5,0 2,0 – 10,0
Plaquetas 118.000 142.000 -
424.000
7. PRESCRIÇÃO MÉDICA
ADMISSÃO (12/03/2019)
1. Dieta zero;
2. SF 0,9 1000 ml EV;
3. Bromoprida – 1mg, IM – 8/8h;
4. Ranitidina EV ;
5. Omeprazol ;
6. SSVV + CCGG.
ALTA (18/03/2019)
1. Dieta oral branda;
2. Jelco salinizado;
3. Furosemida 40 mg – 1 cp, VO 12/12h;
4. Aldactone 25 mg – 1cp, VO 12/12h;
5. Propanolol 40 mg – 1cp, VO 12/12h
6. Omeprazol – 1 FA, EV 12/12h;
7. Ranitidina 50mg – 1 AMP + AD EV 12/12h;
8. Bromoprida 1 AMP + AD EV 8/8h
9. Lactulona 667mg/ml – 15 ml VO 12/12h
10. Glicemia capilar de 6/6h
11. Glicose 50% - 4 AMP EV se glicemia <70
12. SSVV + CCGG
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8. DIETOTERAPIA
A dietoterapia visa adequação do paciente em determinado momento e
situação, para alimentação mais adequada.
Para elaborar uma dieta hospitalar deve-se levar em consideração o estado fisiológico
e nutricional do paciente e deve estar relacionada com o quadro clínico do mesmo.
A dieta hospitalar deve garantir ao paciente todos os nutrientes necessários
bem como preservação do estado nutricional.
9. FARMACOLOGIA
BROMOPRIDA
• INDICAÇÕES:
Este medicamento é indicado para pacientes que apresentam náuseas e vômitos de
origem central e periférica; refluxo gastroesofágico; distúrbios da motilidade
gastrintestinal. Pode ser utilizado para facilitar procedimentos radiológicos do trato
gastrointestinal.
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CLORIDRATO DE RANITIDINA
• INDICAÇÕES:
É indicada no tratamento de úlceras duodenais e úlcera gástrica benigna, também é
usado na prevenção de úlceras duodenais e ainda nas situações em que é desejável
a redução da produção de ácido, profilaxia da úlcera de estresse em pacientes
gravemente enfermos, profilaxia da hemorragia recorrente em pacientes com úlcera
péptica e prevenção da síndrome de aspiração ácida (síndrome de Mendelson).
• REAÇÕES ADVERSAS/EFEITOS COLATERAIS:
Pode ocorrer mudanças transitórias e reversíveis nos exames de função hepática;
erupções cutânea; respiração ofegante, dores no peito; inchaço de pálpebras, face,
lábios e boca; febre.
• CONTRAINDICAÇÕES:
Não é aconselhado o uso deste medicamento em casos de hipersensibilidade aos
componentes presente na fórmula; em casos de gravidez o Cloridrato de Ranitidina
não deve ser utilizado sem orientação médica.
• MECANISMO DE AÇÃO:
FARMACODINÂMICA – O Princípio ativo do Cloridrato de Ranitidina é um antagonista
ao receptor histamínico H2 dotado de alta seletividade e rápido início de ação. Atua
inibindo a secreção nasal e estimulando a secreção de ácido gástrico reduzindo tanto
o volume quanto o conteúdo de ácido e pepsina da secreção.
FARMACOCINÉTICA – Após administração oral de 150 mg de Ranitidina as
concentrações plasmáticas máximas (300 a 550 mg/mL) ocorrem após 1 a 3 horas; A
Ranitidina não é extensivamente metabolizada. Seu metabolismo após administração
oral é similar ao observado após uso intravenoso; A principal via de eliminação é a
renal.
Cuidados de Enfermagem:
✓ Atentar-se para reações de hipersensibilidade, edema periorbital, dores
no peito;
✓ Saber realizar a técnica de administração de medicamentos seguindo as
regras de biossegurança e utilizando os 13 certos a fim de evitar possíveis
acidentes ao paciente ou profissional;
✓ Realizar a administração sempre no horário estabelecido pelo médico;
✓ Após a administração sempre anotar no prontuário.
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OMEPRAZOL
Cuidados de Enfermagem:
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FUROSEMIDA
ALDACTONE
FARMACODINÂMICA:
A espirolactona é um antagonista farmacológico específico da aldosterona e atua no
local de troca de íons sódio – potássio dependente de aldosterona. Este fármaco atua
como diurético e anti-hipertensivo por atuar aumentando as quantidades de sódio e
água a serem excretados.
FARMACOCINÉTICA:
Este fármaco é rápido e extensamente metabolizado. Produtos contendo enxofre
constituem os metabólitos que acredita-se serem os principais responsáveis pelo
efeito terapêutico do fármaco. Os metabólitos são excretados primariamente na urina
e por fim na bile.
Cuidados de Enfermagem:
✓ Ao realizar a administração de todo medicamento é imprescindível saber a
técnica correta bem como implementar os 13 certos;
✓ Avaliar os exames de sangue pois pode ocorrer alterações devido o uso deste
fármaco;
✓ Observar casos de hipersensibilidade aos componentes do fármaco bem como
presença de efeitos colaterais e explicar ao paciente o porquê de sua ocorrência;
✓ Utilizar regras higiênicas de biossegurança ao administrar o medicamento;
✓ Após a administração sempre anotar no prontuário.
PROPRANOLOL
LACTULONA
CARVEDILOL
• INDICAÇÕES:
Utilizado para tratamento de Hipertensão Arterial, angina do peito e Insuficiência
Cardíaca Congestiva.
• REAÇÕES ADVERSAS/EFEITOS COLATERAIS:
O uso desse fármaco pode causar anemia, leucopenia, trombocitopenia, insuficiência
cardíaca, alterações visuais, redução do lacrejamento, náusea, diarréia, vômitos,
dores abdominais, edemas e até pneumonia, bronquite e infecções do trato
respiratório.
• CONTRAINDICAÇÕES:
Não deve ser utilizado por pessoas que apresentam intolerância a lactose e sacarose
ou hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula; Menores de 18 anos não
devem utilizar esse medicamento; portadores de insuficiência hepática; asma; doença
pulmonar obstrutiva; e em casos de gravidez sem orientação do médico.
• MECANISMO DE AÇÃO:
O carvedilol diminui a resistência vascular periférica por vasodilatação mediada pelo
bloqueio alfa 1 e suprime o sistema renina – angiotensina – aldosterona devido ao
bloqueio beta. É rapidamente absorvido após administração oral, extensamente
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LEVANLODIPINO
• INDICAÇÕES:
Indicado para tratamento de Hipertensão Arterial.
• REAÇÕES ADVERSAS/EFEITOS COLATERAIS:
Dentre os efeitos colaterais podemos destacar a presença de cefaléia, edema,
vertigem, taquicardia, tosse, dificuldade de respiração e indisposição.
• CONTRAINDICAÇÕES:
É contraindicado o seu uso em casos de hipersensibilidade aos componentes da
fórmula.
• MECANISMO DE AÇÃO:
Reduz a pressão arterial, após administração de doses terapêuticas e atinge sua
concentração sanguínea máxima em cerca de 8 horas.
Cuidados de Enfermagem:
✓ Ensinar o paciente como utilizar o medicamento;
✓ Orientar quanto aos efeitos colaterais e casos de hipersensibilidade;
✓ Explicar os horários corretos de acordo com prescrição médica;
✓ Orientar o uso de alimentos que ajudam a absorver melhor o medicamento;
✓ Em casos de reações adversas orientar paciente ou familiares a procurar ajuda
médica.
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10. EVOLUÇÃO
12/03/2019, 10h57, paciente admitido na Enfermaria 07, Leito 31 com queixa principal
de hematêmese e dores abdominais, ao exame físico: consciente, desorientado em
tempo e espaço, taquipneico, deambulando com auxílio, níveis pressóricos alterados
no momento da aferição, ausculta cardíaca 2TBNF, ausculta pulmonar com presença
de roncos, ausculta abdominal com ruídos hidroaéreos presentes e normais, abdômen
ascítico, presença de hérnia epigástrica e inguinal, acesso venoso periférico (AVP)
em membro superior direito (MSD), edemas em MMII (cacifo 2+), dieta zero até
segunda ordem, diurese presente e normal e constipação intestinal, sono e repouso
regulares.
10.2 SSVV
Pulso: 84 bpm
Temperatura: 36°C
Respiração: 32 rpm
Pressão Arterial: 130x80
O plano de alta visa a estimulação de cuidados fora do ambiente hospitalar seja pelo
paciente, cuidador ou acompanhante. Para o paciente idoso, portador de doença
hepática crônica com anemia associada, são necessários a prescrição dos seguintes
cuidados pós-hospitares:
a) Orientar a melhora da alimentação dando preferência a alimentos ricos em
fibras, ferro, potássio, vitaminas, ácido fólico e restringindo da dieta o sódio;
b) Incentivar o cuidador a realizar a higiene corporal necessária ao paciente;
c) Educar o cliente quanto a automedicação explicando as consequências que a
mesma pode ocasionar, evitando assim sangramentos;
d) Explicar ao paciente a importância de evitar atividades que aumente a pressão
intra-abdominal como por exemplo fazer esforço excessivo;
e) Incentivar quanto a higiene oral;
f) Ensinar o paciente como ele pode poupar energia ao realizar atividades de vida
diária, como por exemplo ao vestir-se orientar que seja sentado;
g) Orientar o cliente que repouso e alimentação saudável são de suma
importância para reduzir as demandas metabólicas imposta pelo fígado.
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13. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BASILIO, ILD et al. Perfil de pacientes hepatopatas com ascite. RSC online, 2016.
JHONSON, Marion, et al, LIGAÇÕES NANDA NIC – NOC; 3° edição, Elsevier, 2015.