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Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: NUTRIÇÃO CLÍNICA

31: 7-12, jan./mar. 1998 Introdução

NUTRIÇÃO CLÍNICA NA FACULDADE DE


MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP

CLINICAL NUTRITION IN THE FACULTY OF MEDICINE OF


RIBEIRÃO PRETO - UNIVERSITY OF SÃO PAULO

Helio Vannucchi1; José Ernesto dos Santos2; Júlio Sérgio Marchini2 & José Eduardo Dutra de Oliveira1

1
Professor Titular, 2Professor Associado da Divisão de Nutrologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
CORRESPONDÊNCIA: Helio Vannucchi – Divisão de Nutrologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
da Universidade de São Paulo; CEP: 14048-900 - Ribeirão Preto - SP; Telefone (016) 602-3250; Email:hvannucc@fmrp.usp.br

VANNUCCHI H et al. Nutrição clínica na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP. Medicina, Ribeirão
Preto, 31: 7-12, jan./mar. 1998.

RESUMO: Os autores apresentam uma revisão a cerca do ensino de Nutrição, em Escolas


Médicas, discutem questões filosóficas desse empreendimento médico, sua importância na for-
mação do médico geral e suas perpectivas para o futuro, no Brasil e em todo o mundo. Apresentam
as principais características do Curso de Nutrologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
- USP, enfatizam os objetivos, descrevem as atividades das quais participam os alunos do quarto
ano médico, as aulas teóricas, práticas de enfermaria e ambulatório, específicas da Divisão de
Nutrologia do Departamento de Clínica Médica. Discutem a demanda dos serviços de atendimen-
to no Hospital das Clínicas da FMRP-USP, relacionando-os aos da divisão da Nutrologia.

UNITERMOS: Educação de Pré-Graduação em Medicina. Nutrição. Escolas Médicas. Hospi-


tais Universitários.

1. INTRODUÇÃO mia, queimaduras sérias e traumatismo e, portanto, deve


ser prioritariamente atendido, ao se tratarem pacien-
Os cuidados dispensados a pacientes hospitali- tes em estado crítico. A resposta hipercatabólica à
zados tornaram-se extremamente complexos com o doença rapidamente leva o organismo à depleção em
advento de modernas unidades de cuidados intensivos, suas reservas energéticas e tecido muscular, especial-
melhorias no controle hemodinâmico e mecanismos de mente se não for tratada, conduzindo a um risco am-
suporte de funções vitais. Não se deve, entretanto, fi- pliado de situações mórbidas. Um exemplo é o risco de
car fascinado com o avanço da tecnologia e ignorar infecção, o qual pode ser atenuado em certos pacien-
um dos itens mais importantes e elementares no cui- tes por meio do suporte nutricional, como tem sido de-
dado desses pacientes – o suporte nutricional. monstrado de forma significativa(1,2).
A desnutrição neutraliza as melhores intenções, Os conhecimentos recentes fazem com que a
mesmo aquelas consideradas exemplares. O estado desnutrição, observada em pacientes hospitalizados ou
nutricional do paciente influi decisivamente no resulta- mesmo em portadores de doenças crônicas, seja ina-
do do tratamento da insuficiência respiratória, septice- ceitável como um componente inexorável da situação.

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H Vannucchi et al.

Em muitas ocasiões, a desnutrição ocorre porque a tância, enteral ou parenteral, e, hoje, o fornecimento
equipe médica, que atende o paciente, preocupa-se de nutrição adequada é considerado uma obrigação mé-
fundamentalmente com o tratamento de base, não dan- dica, constituindo-se num direito básico do paciente.
do qualquer importância à avaliação do estado nutrici- Evolutivamente, pode-se constatar que só re-
onal ou à dietoterapia clínica. A alteração do estado centemente se encontram estudos e observações in-
nutricional é, sem dúvida, um dos graves problemas teressantes quanto ao uso de novas fórmulas, no tra-
médicos. A grande incidência de desnutrição, obser- tamento dirigido às alterações de órgãos específicos
vada em pacientes, na maioria dos hospitais, é consi- (tratamento de pacientes com doenças renais crôni-
derada uma importante causa de maior morbidade e cas – hepatopatas – insuficiência pulmonar ou situações
mortalidade intra-hospitalar(3). Sabe-se que, muitas ve- de hipermetabolismo). “É possível que, no ano 2020,
zes, um paciente evolui para a morte devido não várias gerações de nutrientes específicos a cada do-
propriamente à doença de base, mas à desnutrição ença tenham sido desenvolvidos, de tal forma que os
(que, muitas vezes, não aparece no diagnóstico médico) pacientes poderão receber, diariamente, os nutrientes
e à hospitalização prolongada, com o séquito indesejá- realmente necessários para sua situação específica”(9).
vel de infecções adquiridas no hospital, alteração do Uma rápida consulta à 110 revistas médicas, no
nível de consciência, embolia pulmonar, arritmias car- período de julho a dezembro (1994) mostra o seguinte
díacas, etc. A desnutrição proteicocalórica, além de panorama: foi possível encontrar 330 artigos relaciona-
aumentar a taxa de morbidade e de mortalidade dos dos à Nutrição, excluindo-se os periódicos específicos
pacientes, está associada à diminuição da resposta ao dessa subárea. Considerando-se as revistas clínicas,
tratamento clínico e/ou cirúrgico dispensados (4,5,6). esse número foi de 259, (cerca de 43 artigos/mês). Ao
A desnutrição é uma das condições mórbidas considerar-se os periódicos eminentemente cirúrgicos,
mais freqüentes, atingindo de 25 a 70% dos pacientes têm-se 71 artigos relativos à Nutrição, ou seja, 11,8
hospitalizados, tanto em países desenvolvidos como artigos/mês.
naqueles em desenvolvimento. Cerca de 30% dos pa-
cientes tornam-se desnutridos após a internação, e, 2. ENSINO DE NUTROLOGIA NA FMRP
além disso, a grande maioria dos pacientes desnutri-
dos ao serem internados, piora no seu estado nutricio- O treinamento médico voltado para os proble-
nal, após a hospitalização(7,8). Em nosso meio, não exis- mas de ordem nutricional se tornam, então, imperati-
tem dados objetivos sobre a prevalência de desnutrição vos na estrutura de ensino das Faculdades de Medici-
intra-hospitalar, há mais de dez anos; no entanto, há na. Entretanto, os dados disponíveis mostram que o
sugestões de que, em alguns hospitais universitários, ensino de Nutrição é inadequado ou inexistente na
esteja ocorrendo uma queda discreta desta prevalência, maioria das Escolas Médicas, no Brasil ou mesmo no
fato que seria devido à criação de setores clínicos es- exterior(10/15). Provavelmente, este problema está li-
pecialmente preocupados com a avaliação e suporte gado ao pequeno número de profissionais ligados à área
nutricional de pacientes hospitalizados. A desnutrição ou à inexistência de estrutura que possibilite ao médi-
decorre dos efeitos catabólicos da doença subjacente co privado subsistir profissionalmente longe dos hospi-
e das restrições dietéticas impostas em função dos tais universitários.
procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Em nosso meio, o curso de Nutrologia é minis-
Historicamente, existe um atraso sócio-cultural trado para todos os alunos de Medicina, tendo por ob-
quanto aos avanços da tecnologia. Em Medicina, não jetivo capacitá-los a diagnosticar diferencialmente as
é incomum que tal demora atinja cinqüenta anos. Além moléstias nutricionais, bem como conhecer o seu tra-
disso, não é incomum que descobertas modificadoras tamento. Ensina e discute a fisiopatologia, o diagnósti-
iniciais levem décadas para se converterem em pro- co e o tratamento das moléstias nutricionais. O curso
gressos aplicáveis. Os conhecimentos a respeito da inclui a revisão de aspectos básicos de nutrição, dis-
necessidade de anti-sepsia estavam disponíveis cin- cussões sobre dietoterapia e práticas de suporte nutri-
qüenta anos antes que os médicos efetivamente ini- cional enteral e parenteral. O ensino é centralizado no
ciassem sua prática regular. Após o sucesso da anes- estudo de pacientes internados na enfermaria sob a
tesia geral, decorreram vinte e cinco anos para seu responsabilidade da Divisão, no HC-FMRP, e dos pa-
estabelecimento definitivo nos hospitais(9). Em termos cientes atendidos no ambulatório. Inclui aulas teóricas,
de suporte nutricional, são decorridos, agora, cerca de seminários, discussão de casos clínicos e visita médica
vinte cinco anos, desde a demonstração de sua impor- aos leitos.

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Nutrição clínica na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP

Nos anos iniciais, o curso era destinado a alunos reconhecimento da especialidade médica, se refere
do sexto ano médico, incluindo discussões de casos ao treinamento de médicos residentes. Dessa forma,
clínicos e seminários sobre doenças nutricionais. No têm-se desenvolvido atividades de ensino de residen-
ano de 1975, o curso passou a ser ministrado aos alu- tes de primeiro, segundo e terceiro anos, orientan-
nos do quinto ano médico. A partir de 1978, o curso foi do-os em problemas de enfermaria e ambulatório, re-
ministrado a grupos de dez a doze alunos do quarto lacionados à Nutrologia, desde 1979.
ano médico, em rodízio pelo Departamento de Clínica Os principais fatores de sustentação para o em-
Médica, com duração de cinco semanas, de fevereiro preendimento – Nutrição Clínica – têm sido, até ago-
a dezembro, repetindo-se por oito vezes, durante o ano. ra, entre nós, a proximidade de um centro universitário
Carga horária: atividades práticas – 45 horas; ativida- de excelência na área, laboratórios especializados e o
des teóricas – 30 horas. Atualmente, desde 1996, o bom aproveitamento dos contatos, no exterior, com gru-
curso foi subdividido em dois módulos. No primeiro, pos equivalentes(21/26).
que dura uma semana, todos os alunos do terceiro ano Cabe, então, aos grupos de Nutrição Clínica
recebem informações teóricas e práticas sobre a ava- desenvolver condições de trabalho no sentido de per-
liação nutricional dos pacientes, o que inclui : anamnese, mitir o tratamento global de pacientes, diminuindo, as-
exame físico, exame antropométrico, bioimpedância e sim, a morbidade observada atualmente.
dados laboratoriais. No segundo módulo, 45 horas/tur- Nos próximos anos, resolvidos os problemas téc-
ma, os alunos do quarto ano médico são divididos em nicos e éticos, o direcionamento da pesquisa para o
turmas de dez a doze alunos, para efeito de discussão melhor conhecimento da biologia molecular, poderá
dos casos atendidos pela Divisão, tanto nas enfermari- eventualmente oferecer alternativas clínicas valiosas,
as quanto nos ambulatórios. Assistem a aulas teóricas, especialmente quanto a certas doenças degenerativas,
em grupos maiores, de trinta a trinta e cinco alunos, a decorrentes de erros alimentares crônicos.
respeito dos temas mais importantes de Nutrição Clí- O médico especialista em nutrição – nutrólo-
nica, em nosso meio: desnutrição proteicocalórica, su- go – deve ter treinamento específico, com conheci-
porte nutricional via oral, enteral ou parenteral, alcoolis- mentos aprofundados da fisiopatologia, diagnóstico e tra-
mo e nutrição, obesidade, anorexia nervosa e bulimia, tamento (medicamentoso e dietético) dos pacientes com
dislipidemias, deficiência de vitaminas, radicais livres, problemas relacionados aos nutrientes e energia (27,28).
síndrome de má absorção, refratária a dietoterapia, via Em relação ao atendimento dos pacientes aten-
oral, síndrome do intestino curto. didos pela Divisão de Nutrologia, no HCFMRP-USP, é
De modo geral, tem-se conseguido transmitir a possível distinguir três subáreas de interesse. Uma delas
importância dos benefícios reais que são oferecidos se refere ao tratamento de pacientes com deficiências
aos pacientes, ao se promover a melhoria do estado nutricionais, alcoolismo, problemas nutricionais relacio-
nutricional. A Nutrologia é um novo campo de aplica- nados às doenças hepáticas e pancreáticas. Outra, se
ção médica e deve contar, para seu pleno desempe- aplica ao atendimento de pacientes com doenças rela-
nho, com a participação de outros profissionais com cionadas à ingestão anormal de alimentos, como ano-
atividades correlatas (nutricionista, farmacêutico bio- rexia nervosa, bulimia e obesidade, assim como as al-
químico e enfermeira). Dentro de uma Faculdade de terações do metabolismo de lípides. A terceira área se
Medicina, em uma estrutura de ensino médico, a Nu- refere ao tratamento nutricional de pacientes com
trologia só terá futuro e boas perspectivas, se estiver síndromes de má absorção intestinal.
integrada junto aos Departamentos de Clínica Médi- Como mostrado na Figura 1, durante os últimos
ca, a despeito de sua inegável importância em Saúde anos, foram atendidos, nos ambulatórios da Divisão,
Pública. A Nutrologia está se consolidando, rapidamen- cerca de um mil pacientes/ano, com problemas nutri-
te, como especialidade clínica, respondendo à neces- cionais, número comparável ao de outras divisões do
sidade de melhor compreender e utilizar conhecimentos Departamento de Clínica Médica. Quando se con-
de alimentação e nutrição nos processos metabólicos sidera o número de pacientes internados nas enferma-
normais e patológicos, modificados por falta ou exces- rias de Nutrologia do HC-FMRP, este se compara ao
so de nutrientes ou por alterações metabólicas, desen- de outros departamentos ou outras especialidades do
cadeadas por doenças não nutricionais (16/20). HC – Figura 2.
Outra atividade, considerada importante para Ressalta-se que a Nutrologia utiliza técnicas
a concretização da atividade de Clínica Nutricional e próprias e equipamentos para o estabelecimento do

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H Vannucchi et al.

Figura 1 - Número de pacientes ambulatoriais, seguidos por diferentes divisões clínicas do Departamento de Clínica Médica da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

Figura 2 - Número proporcional, por leito, de pacientes internados em diferentes clínicas do Hospital das Clínicas de
Ribeirão Preto.

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Nutrição clínica na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP

diagnóstico ou avaliação da ingestão alimentar ou ain- Havendo disponibilidade para o treinamento clí-
da para conhecer a composição corporal dos pacien- nico em Nutrição, uma infra-estrutura adequada deve
tes. Além disso, conta com técnicas específicas de existir no ambiente hospitalar, para o estudo dos pro-
laboratório clínico, como determinação dos níveis orgâ- blemas nutricionais e, se essa infra-estrutura (incluin-
nicos de vitaminas e minerais e ainda novas técnicas do a equipe médica e paramédica, programas de en-
de isótopos estáveis e biologia molecular para o me- sino, projetos de pesquisa e técnicas peculiares de
lhor entendimento de vias metabólicas e o estado nu- avaliação do estado nutricional de pacientes) é pos-
tricional em situações de doença (Tabela I). sível, a identidade da nutrição clínica estará garantida.

Tabela I - Procedimentos utilizados no acompanhamento nutricional de pacientes em geral


Procedimento Objetivo
Primeira visita História e exame físico feito pelo médico Diagnóstico clínico e detecção
Avaliação da ingestão Método recordatório Correlação entre doença e nutrien-
de nutrientes tes específicos
Antropometria Peso, altura, prega tricipital Alterações da massa corporal
Índice de massa corporal*
Reserva gorda do braço**
Composição corporal Bioimpedância, tomografia computadorizada Diagnóstico e seguimento
Dados bioquímicos Nutrientes no plasma e urina, testes de es- Diagnóstico e seguimento
tímulo e sobrecarga.
Outras técnicas Ressonância nuclear magnética, isótopos Estudo do metabolismo intermediário
estáveis, biologia molecular e celular
* Peso/ altura (kg/m²)
** Prega tricipital/ comprimento do braço (mm/dm²)

VANNUCCHI H et al. Clinical nutrition in the Faculty of Medicine of Ribeirão Preto - University of São Paulo.
Medicina, Ribeirão Preto, 31: 7-12, jan./march 1998.

ABSTRACT: The efficiency of nutrition support division in patient care is linked to the status of
clinical nutrition in teaching hospitals. There should be opportunities for physicians interested in
Clinical Nutrition to be trained and have a profile to other clinical specialists. The Clinical Nutrition
Group in the Department of Internal Medicine at the teaching hospital of the Medical School of
Ribeirão Preto, Brazil, is an example of a functioning clinical unit. Statistics are presented comparing
patients number for the Clinical Nutrition Group at Ribeirão Preto with other clinical services
(Cardiology, Nephrology and Geriatrics). Clinical Nutrition has its own clinical methodology and
technology. When Clinical Nutrition will extend beyond hospital boundaries and become useful in
the primary care of patients at the community level.

UNITERMS: Education, Medical, Undergraduate. Nutrition. Schools, Medical. Hospitals, University

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