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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL EM


SITUAÇÕES ESPECIAIS
159 minutos

 Aula 1 - Cuidados em processos na Terapia Nutricional Enteral

 Aula 2 - Terapia nutricional domiciliar

 Aula 3 - Terapia Nutricional Enteral e Parenteral em pediatria e


adolescência
 Aula 4 - Nutrição enteral e parenteral em situações especiais

 Aula 5 - Revisão da unidade

 Referências

Aula 1

CUIDADOS EM PROCESSOS NA TERAPIA NUTRICIONAL


ENTERAL
Nesta aula, abordaremos a importância da terapia nutricional para promover e recuperar a saúde do
paciente.
27 minutos

INTRODUÇÃO

Olá, estudante!

Nesta aula, abordaremos a importância da terapia nutricional para promover e recuperar a saúde do
paciente. Entenderemos como realizar a reintrodução alimentar, seja ela via oral ou sonda enteral, no pós-
operatório sem o risco de o paciente sofrer síndrome de realimentação. Compreenderemos também o que
causa e como evitar essa síndrome, assim como quais são as orientações das principais diretrizes mundiais
em nutrição enteral.

Ao final desta aula, você terá capacidade de compreender como o desmame da dieta enteral e a reintrodução
alimentar devem ser realizados de maneira progressiva e respeitando a individualidade do paciente.

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Boa aula!

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REINTRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO

Os primeiros relatos da Síndrome da Realimentação (SR) aconteceram após a Segunda Guerra Mundial,
quando os prisioneiros de guerra sobreviventes dos campos de concentração reintroduziram a alimentação
no pós-guerra e tiveram um índice de morbimortalidade alto, o que gerou uma indagação na área médica. A
partir disso, iniciaram-se os estudos do que poderia ter acontecido. O Minnesota Starvation Experiment,
desenvolvido em 1950, foi o primeiro estudo a avaliar diretamente os sintomas durante a realimentação de
pacientes desnutridos, contribuindo para que houvesse mais pesquisas sobre o tema (Brozek; Erickson, 1948).
Apesar das pesquisas desenvolvidas ao longo dos anos, não havia informações que trouxessem
recomendações precisas sobre a SR. Somente em 2017, a Sociedade Americana de Nutrição Enteral e
Parenteral (ESPEN) iniciou o desenvolvimento de um consenso de recomendação, que foi publicado em 2020.

Estudos demonstram que o estado nutricional é um dos fatores independentes que mais influenciam nos
resultados pós-operatórios em cirurgias eletivas. Segundo a Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e
Enteral (BRASPEN), a desnutrição em pacientes hospitalizados tem aumentado progressivamente em
pacientes submetidos a cirurgias. A condição nutricional é ainda mais comprometida, devido à resposta
inflamatória desencadeada pelo procedimento cirúrgico e pelas doenças de base, o que promove uma
descompensação entre mediadores inflamatórios e hormônios reguladores, induzindo ao estresse catabólico
com consequente perda de massa muscular e desnutrição.

Portanto, o estado nutricional adequado é determinante na recuperação. Após o trauma cirúrgico, entretanto,
a desnutrição é um fator de risco independente para complicações pós-operatórias e para o aumento do risco
de morte, devido ao retardo na cicatrização, ao maior comprometimento imunológico, ao risco de sepse e ao
maior tempo de hospitalização (Toledo et al., 2018).

Sendo assim, sabemos que a alimentação do paciente é de extrema importância para garantir o seu aporte de
nutrientes e preservar ou recuperar seu estado nutricional, por ter um papel terapêutico em doenças crônicas
e agudas. Logo, as dietas são elaboradas considerando-se o estado nutricional e fisiológico das pessoas e, em
situações hospitalares, devem estar adequadas ao estado clínico do paciente, além de proporcionar melhoria
na sua qualidade de vida.

As dietas hospitalares podem ser padronizadas segundo as modificações qualitativas e quantitativas da


alimentação normal, assim como da consistência, da temperatura, do volume, do valor calórico total, das
alterações de macronutrientes e restrições de nutrientes. Com isso, podem ser classificadas a partir das suas
principais características, indicações e alimentos ou preparações que serão servidos.

No ambiente hospitalar, é comum o paciente ficar inapetente devido às alterações de paladar causadas por
medicamentos. Em alguns casos, devido à patologia, à cirurgia ou até mesmo à inapetência, o paciente não
consome suas necessidades diárias com alimentação via oral, então se faz necessário o uso da nutrição
enteral. Porém, se não houver nenhuma patologia que possa impedir a alimentação oral, deve-se reintroduzi-
la aos poucos, levando em consideração a consistência, o volume, as calorias, entre outros fatores.

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Para garantir que o paciente atinja suas necessidades diárias, mesmo que inapetente, é orientado fazer uso
de suplementos, proteicos e hipercalóricos, a depender da necessidade, para garantir que o aporte energético
diário seja alcançado. Os suplementos utilizados como complementação ou fonte de alimentação com o
paciente inapetente têm grande potencial de utilização, a fim de auxiliar no tratamento do paciente,
diminuindo o risco de desnutrição em pacientes hospitalizados ou em cuidado domiciliar.

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EFEITOS DA REINTRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO POR DIFERENTES VIAS

A Síndrome da Realimentação (SR) é descrita como um conjunto de fatores metabólicos e alterações


eletrolíticas que ocorrem como resultado da reintrodução ou do aumento da oferta de calorias após um
período de ingestão calórica diminuída ou ausente. Nesse contexto, as calorias podem ser de qualquer fonte:
dieta oral, enteral, parenteral, ou a infusão de soro glicosado (Braspen, 2020).

A SR ocorre, geralmente, entre dois e cinco dias após a reintrodução da nutrição, principalmente em pacientes
gravemente desnutridos ou em jejum. Um importante marcador para a Síndrome da Realimentação é a
redução de, no mínimo, 10% de fósforo, potássio ou magnésio, ou uma disfunção orgânica resultante da
redução desses eletrólitos (Espen, 2017; Braspen, 2020).

A incidência da SR não é definida porque os estudos não trazem embasamento definido para a definição da
incidência, devido à dificuldade na diferenciação dos sintomas apresentados pelo paciente no ambiente
clínico, não sendo possível definir o que é causado pela síndrome da realimentação ou pela patologia que o
paciente já apresenta (Espen, 2017).

Nos casos de pós-operatório, a função da cavidade abdominal, sendo ela a atividade propulsiva do trato
gastrintestinal, fica temporariamente reduzida, devido ao manuseio das alças intestinais e ao aumento da
atividade simpática. Essa redução da propulsão temporária pode ser mais ou menos intensa a depender do
grau de manipulação operatória e da doença de base, sendo mínimo nas intervenções laparoscópicas eletivas
e prolongado nas laparotomias por peritonite ou ressecção de grandes tumores do tubo digestivo, por
exemplo.

Na realimentação oral no pós-operatório, é recomendado considerar o tipo de procedimento cirúrgico


realizado e a presença de ruídos hidroaéreos. Na maioria dos pacientes, o peristaltismo do intestino delgado
se reinicia dentro das primeiras 24 horas, a peristalse gástrica entre 24 e 48 horas e, finalmente, o cólon após
48 horas. Em cirurgias de grande porte, com suturas digestivas, é conveniente aguardar o retorno completo
dos movimentos intestinais, com eliminação de flatos, para só então iniciar a alimentação. Nesses casos, a
nutrição enteral preferencialmente ou parenteral na impossibilidade de enteral deve ser considerada, se as
perspectivas são de jejum prolongado.

Para realizar a reintrodução da alimentação oral no paciente que está fazendo o uso de sonda enteral, não é
necessário interromper a administração da dieta enteral. Os alimentos e as bebidas serão introduzidos aos
poucos, respeitando as necessidades. Conforme a tolerância do paciente com a dieta via oral aumentar, é
possível aumentar também as quantidades da alimentação oral, e a enteral vai sendo reduzida até a dieta oral
suprir todas as necessidades diárias do paciente. De maneira geral, se o paciente atinge 75% das suas
necessidades calóricas diárias por alguns dias consecutivos, é possível retirar a sonda enteral e utilizar
somente a via oral.

Para poder realizar a reintrodução e progressão da dieta, é necessária a avaliação do fonoaudiólogo da Equipe
Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) para definir a consistência do alimento que o paciente ingerirá,
proporcionando uma alimentação segura e prevenindo o quadro de broncoaspiração. A depender das

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alterações na deglutição apresentadas, o fonoaudiólogo pode indicar o uso de espessantes, para líquidos e
preparações que necessitem adequar a consistência para o consumo. Vale considerar que o espessante
também deve ser utilizado em todos os líquidos ingeridos pelo paciente, incluindo a água que será ingerida
com o medicamente.

Orientações das diretrizes

Os estudos recentes sobre a Síndrome da Realimentação (SR) trouxeram protocolos para o manejo, sendo
eles o de progressão lenta de aporte calórico e de progressão rápida de aporte calórico, os quais
demonstraram que ofertar mais calorias não potencializou os distúrbios eletrolíticos e que o IMC da admissão
foi um marcador com maior predição de risco da SR do que a oferta calórica e o reganho de peso.

A estimativa do paciente em risco da SR é importante para que se possa ter um controle mais adequado,
sendo assim, a Espen definiu seis parâmetros para estimar o risco. O 1º parâmetro é avaliar o IMC do
paciente: menor que 18,5kg/m² é considerado risco moderado, e 16 kg/m², risco grave. O 2º parâmetro é a
perda de peso: mais que 5% em um mês é considerado risco moderado, e 7,5% no mesmo período, risco
grave. O 3º parâmetro é a ausência da ingesta calórica nos últimos cinco dias. O 4º parâmetro é o paciente
apresentar níveis de eletrólitos baixos. O 5º parâmetro é a perda de tecido subcutâneo e muscular. O 6º
parâmetro é o paciente apresentar comorbidades (Espen, 2017).

A recomendação da Espen (2017) é o monitoramento e a reposição de eletrólitos a cada 12 horas e a


realização da suplementação de tiamina em 100 mg de cinco a sete dias antes de introduzir a alimentação,
seja oral, enteral, parenteral ou soro glicosado. A recomendação de aporte calórico é iniciar com 10 a 20
kcal/kg nas primeiras 24 horas e realizar a progressão de 33% do objetivo a cada um ou dois dias até chegar à
meta calórica; não fazer restrição de sódio, proteína e água.

A recomendação na reintrodução da alimentação no pós-operatório é iniciar precocemente a terapia


nutricional, sendo a nutrição enteral o mais precoce possível, e a parenteral, quando se prevê um jejum maior
que sete dias. Os guidelines da Espen e Braspen orientam a utilização de dieta imunomoduladora em
pacientes com cirurgia eletiva, trauma, queimados, câncer de cabeça e pescoço, sob ventilação mecânica,
precaução para pacientes com sepse severa e em pacientes cirúrgicos.

No pós-operatório precoce, recomenda-se uso de arginina, ácidos graxos w3 e nucleotídeos, com ou sem
glutamina, que indicam a redução da incidência e diminuição de complicações infecciosas e tempo de
internação em pacientes. Deve-se também realizar uma suplementação pré-operatória por cinco a sete dias
que antecedem a cirurgia, com isso teremos a diminuição da morbidade e do tempo de internação pós-
operatório.

Um alerta para o paciente que inicia uma reintrodução via oral após a utilização da sonda enteral é observar a
presença de engasgo ou até mesmo tosse. Caso não apresente, é um sinal de que pode continuar a transição
alimentar de forma gradativa. Para que seja possível acompanhar todo o processo de evolução do paciente,
ele deve passar sob avaliação do fonoaudiólogo da EMTN. A recomendação é de que o paciente inicie a
alimentação oral pelos alimentos pastosos, que facilita todo o processo de deglutição, evoluindo para a dieta

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branda. É necessário o uso de espessantes nessa fase de reintrodução, a fim de garantir que todos os líquidos
estejam na consistência adequada, conforme orientação do fonoaudiólogo, garantindo, assim, que a evolução
da dieta seja realizada de forma segura e sem risco de involução dela ou de broncoaspiração.

VIDEO RESUMO

Prezado aluno! Neste vídeo, abordaremos a importância da evolução da alimentação, seja ela a reintrodução
pós-jejum ou desmame da dieta enteral, de maneira gradual e no momento mais adequado para melhorar o
quadro clínico do paciente. Falaremos também sobre as recomendações dos guidelines mundiais para o
retorno da alimentação pós-jejum, seja ela via oral ou enteral.

 Saiba mais
Para saber mais, acesse o artigo Manejo nutricional em pacientes com risco de síndrome de
realimentação, de Matheus Horla Sad et al., publicado em 2019, no Jornal BRASPEN.

Aula 2

TERAPIA NUTRICIONAL DOMICILIAR


Nesta aula, abordaremos como conduzir o paciente que faz uso de nutrição enteral após a alta
hospitalar e a importância da equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) no cuidado domiciliar,
que deverá ser redobrado para garantir uma boa nutrição.
32 minutos

INTRODUÇÃO

Olá, estudante!

Nesta aula, abordaremos como conduzir o paciente que faz uso de nutrição enteral após a alta hospitalar e a
importância da equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) no cuidado domiciliar, que deverá ser
redobrado para garantir uma boa nutrição.

Compreenderemos as diferenças entre a dieta enteral artesanal e a dieta enteral semiartesanal e os


benefícios da inclusão da suplementação para suprir as necessidades nutricionais do paciente.

Ao final desta aula, você terá capacidade de compreender como orientar o paciente e seu cuidador com o
manejo e os cuidados necessários para manter a dieta enteral segura no ambiente domiciliar

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NUTRIÇÃO ENTERAL DOMICILIAR

A Terapia Nutricional Domiciliar é uma opção para pacientes que possuem uma situação clínica estável e que
precisam de cuidados prolongados. A mudança no local do tratamento é uma decisão médica que precisa ser
aprovada pelo paciente e sua família. A nutrição domiciliar é segura e tem várias vantagens para o paciente,
pois diminui o estresse causado pela rotina do hospital, dando a ele maior estabilidade emocional. Por ser
preparada com alimentos convencionais, a dieta enteral artesanal possibilita uma sensação de normalidade e
prazer nas refeições, além da maior proximidade com os membros da família e cuidadores. Também,
minimiza o risco de infecção hospitalar. A Terapia Nutricional Domiciliar exige uma organização do ambiente e
adaptações necessárias, que são indicadas por uma equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN), a
qual realiza visitas periódicas ao paciente.

No entanto, nem todos os pacientes em Terapia Nutricional Enteral Domiciliar possuem condições financeiras
para fazer o uso exclusivo das dietas industrializadas em sistema fechado. Além disso, nem todos os pacientes
conseguem receber gratuitamente de órgãos públicos, sendo assim, o uso de dietas enterais artesanais e
semiartesanais é uma alternativa bastante utilizada. No entanto, o preparo dessas dietas artesanais deve ser
bem orientado, pois, caso não seja, pode contribuir para dietas desequilibradas nutricionalmente e com maior
risco de contaminação, ocasionando perda de peso, desnutrição e infecção. Diante disso, o profissional
nutricionista deve estar atento ao tipo, à quantidade e à qualidade dos alimentos usados, assim como à forma
de preparo na elaboração das dietas enterais artesanais, visando garantir uma adequada segurança alimentar
e nutricional aos pacientes em uso desse tipo de dieta.

As dietas semiartesanais ou artesanais são preparadas de forma caseira com alimentos in natura, frescos e/ou
em conjunto de complementos. A vantagem é o valor mais acessível muitas vezes, em comparação com a
dieta industrializada, e é possível realizar a individualização nutricional quanto à composição da dieta a ser
ofertada; já a desvantagem desse tipo de dieta é o maior risco de contaminação devido à manipulação. O
profissional nutricionista deve ter conhecimento dos diferentes tipos de dietas, para poder orientar a melhor
conduta ao paciente.

A diferença da dieta semiartesanal para a dieta artesanal é em relação aos alimentos utilizados. A dieta
artesanal consiste no preparo à base de alimentos in natura, enquanto a dieta semiartesanal adiciona
suplementos/complementos, a fim de garantir a oferta adequada de nutrientes. Devido à necessidade de
manipulação, a nutrição enteral artesanal ou semiartesanal é utilizada no sistema aberto. Os módulos que são
adicionados na dieta semiartesanal são suplementos ou complementos que apresentam concentração de um
determinado nutriente em grande proporção em comparação aos outros. Como exemplo, podemos ter um
módulo que apresenta uma grande quantidade de lipídeos servindo para complementar o aporte calórico da
dieta administrada.

Na nutrição enteral domiciliar, a EMTN realizará a escolha da dieta a ser fornecida para o paciente a depender
de diversos fatores, sempre buscando garantir a melhor forma de garantir o aporte calórico-proteico do
paciente. No âmbito domiciliar, além da dieta enteral artesanal, podem ser utilizadas as dietas
industrializadas, sendo a melhor escolha na maioria dos casos. As dietas enterais industrializadas de sistema

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aberto possuem o aporte nutricional completo, assim como a dieta em sistema fechado, sem a necessidade
de utilizar complementos. Elas se apresentam na versão em pó, sendo necessária a diluição, e a versão
líquida, que exige uma manipulação menor para administração, sendo necessária apenas a transferência para
o recipiente de administração.

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SUPLEMENTOS E DIETA ENTERAL CASEIRA

O paciente que faz uso de dieta enteral no cuidado domiciliar precisa de um acompanhamento adequado da
EMTN para garantir que a escolha da dieta, o preparo, se for o caso, e a administração estão sendo realizados
de maneira adequada, orientando sempre a família e os cuidadores sobre a dieta que melhor se enquadra na
realidade do paciente.

Para melhor suprir a dieta enteral caseira, pode-se fazer uso de suplementos, complementos ou módulos
alimentares, que não são medicamentos, mas, sim, produtos compostos por determinados nutrientes,
específicos para cada caso, que terão como objetivo suprir alguma deficiência do indivíduo, sendo assim, não
tem a função de tratar doenças; são destinados para complementar a dieta para que o indivíduo que não
consegue atingir suas necessidades nutricionais através da alimentação, ou para o gerenciamento de
necessidades específicas associadas a certas doenças, além de auxiliarem na prevenção e no tratamento da
desnutrição.

Para conseguir deixar a dieta enteral artesanal na consistência necessária para ser infundida na sonda, é
necessário bater no liquidificador ou processador, coar e peneirar de forma que se obtenha um líquido
suficientemente ralo e homogêneo (Figura 1). Nesse processo, temos perdas de nutrientes e dificuldade de
alcançar as metas nutricionais do paciente. Nesses casos, os suplementos e complementos vitamínicos,
calóricos ou proteicos podem complementar o aporte nutricional dessa dieta e auxiliar a suprir as
necessidades nutricionais do paciente.

Figura 1 | Consistência da dieta enteral caseira

Fonte: Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba (2021).

Os suplementos ou complementos nutricionais podem ser em pó ou líquidos, podendo ser adicionados à


dieta enteral caseira ou utilizados em um horário de infusão, substituindo a dieta enteral artesanal naquele
momento, a depender da conduta escolhida pelo nutricionista da EMTN. Esses suplementos podem
complementar a dieta caseira, garantir os nutrientes necessários para o paciente e trazer liberdade para ele,
tendo em vista que é possível transportar o suplemento com menos riscos de contaminação.

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Os suplementos ou complementos disponíveis podem ser complexos onde tem mais de um nutriente fonte
na composição ou específico de um único nutriente, como proteínas, lipídeos, carboidratos, fibras, vitaminas e
minerais. Com o uso desses módulos, a dieta enteral do paciente ficará individualizada, tendo em vista que as
dietas enterais industrializadas são padronizadas.

Considerando que a dieta enteral artesanal ou “caseira” é constituída por alimentos naturais geralmente
consumidos pela família, como arroz, batatas, feijão, fontes de proteína, como frango, legumes, entre outros
alimentos, podendo ser difícil garantir a oferta adequada de nutrientes, o acréscimo de complementos ou
suplementos alimentares se faz necessário. Para que esta dieta seja adequada, é necessário que a receita e o
modo de preparo sejam rigorosamente seguidos conforme a orientação do nutricionista da EMTN.

CUIDADOS NA TERAPIA NUTRICIONAL DOMICILIAR

O nutricionista é o profissional responsável pelo equilíbrio nutricional do paciente, por isso, indicará o tipo de
dieta adequada para melhorar as condições de resposta a cada tratamento. Também, ele realizará o cálculo
das necessidades do paciente conforme os dados antropométricos obtidos. Após esse cálculo, definirá a
quantidade de alimentos que será necessária na preparação da dieta artesanal. É importante orientar o
cuidador a respeito da validade da dieta artesanal. Esta só poderá ser utilizada no dia que foi preparada, não
podendo ser reaproveitada posteriormente.

O modo de preparo da dieta artesanal ou semiartesanal é de extrema importância para garantir a segurança.
Primeiro, deve-se ter, no local, todos os utensílios que serão utilizados devidamente higienizados, bem como
os alimentos que serão utilizados, e o manipulador deve realizar a higiene pessoal adequadamente. Após,
serão colocados em cocção os alimentos ou as substituições determinadas pelo nutricionista; eles devem ficar
bem cozidos. Em seguida, deverá bater no liquidificador até ficar com uma consistência bem homogênea e
passar pela peneira fina de metal por três vezes, a fim de não ficar resíduo. Depois desse procedimento, deve-
se observar se o volume total é o mesmo que foi prescrito pelo nutricionista. Manter o recipiente no qual a
dieta está armazenada devidamente fechado e em geladeira, no fundo das primeiras prateleiras, até o
momento da administração.

Os suplementos ou complementos que podem ser utilizados devem seguir a recomendação do fabricante
com relação ao armazenamento. Eles são essenciais para acrescentar nutrientes (proteína, carboidrato,
lipídeo, vitaminas ou minerais) na dieta enteral semiartesanal.

No momento da administração (Figura 2), deve-se retirar da geladeira somente o volume que será ofertado
naquele horário, lembrando que, no momento da administração da dieta, ela deve estar em temperatura
ambiente, então, em dias de calor, retirar a dieta da geladeira de 15 a 30 minutos antes e, em dias de frio,
cerca de 60 minutos antes. Após a administração da dieta, é importante injetar água mineral filtrada ou
fervida (Figura 3), em temperatura ambiente, pela sonda para retirar o resíduo da dieta, limpar e evitar a
obstrução da sonda.

Figura 2 | Posição para administração da dieta enteral

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Fonte: Guia prático do cuidador. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

Figura 3 | Lavagem da sonda após a administração da dieta

Fonte: Menezes e Fortes (2018, s.p.).

Os cuidados gerais que se deve ter com a nutrição enteral domiciliar é sempre acompanhar e observar o
calibre da sonda com a composição e consistência da dieta, por exemplo, se o paciente tem uma ostomia que
permite um calibre maior da sonda, pode-se utilizar uma dieta mais concentrada com uma consistência mais
próxima da pastosa; já na sonda nasoentérica, é necessária a utilização de uma dieta mais líquida, evitando o
entupimento da via de administração. É necessário também acompanhar o trânsito intestinal do paciente, a
fim de saber se a concentração da dieta e a capacidade dele de absorver o que está sendo ofertado estão de
acordo; observar se o paciente apresenta diarreia, constipação, se o abdome está flácido ou rígido; atentar-se
às necessidades hídricas do paciente.

VIDEO RESUMO

Prezado aluno! Neste vídeo, abordaremos o que são dietas enterais artesanais e semiartesanais e o que difere
uma da outra. Também, falaremos sobre a utilização de suplementos, complementos e/ou módulos
alimentares para compor a alimentação do paciente, e os cuidados necessários para o paciente em Terapia
Nutricional Domiciliar.

 Saiba mais
Para saber mais, acesse a Portaria nº 825, de 25 de abril de 2016, que redefine a atenção domiciliar no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas.

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Aula 3

TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL EM


PEDIATRIA E ADOLESCÊNCIA
Nesta aula, abordaremos como a Terapia Nutricional Enteral e Parenteral pode auxiliar nos cuidados dos
pacientes pediátricos e adolescentes.
25 minutos

INTRODUÇÃO

Olá, estudante!

Nesta aula, abordaremos como a Terapia Nutricional Enteral e Parenteral pode auxiliar nos cuidados dos
pacientes pediátricos e adolescentes. Compreenderemos as diferenças entre as vias de terapia nutricional,
suas particularidades, como indicação para cada faixa etária e patologia, e as vias de acesso mais utilizadas
em crianças e adolescentes. Além disso, conheceremos o que são os erros inatos do metabolismo e os efeitos
adversos da terapia nutricional nessas patologias.

Ao final desta aula, você terá capacidade de compreender qual via de terapia nutricional é mais adequada
para cada faixa etária e quadro clínico, bem como as orientações nutricionais que devem ser atingidas em
cada caso.

Boa aula!

TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL

A desnutrição hospitalar em pediatria piora a resposta imunológica e a cicatrização e aumenta o risco de


infecção e complicações da patologia, resultando em maior tempo de internação e maiores custos
hospitalares. Ela pode ser gerada por diversos motivos, sendo eles, jejum prolongado para realização de
exames e/ou procedimentos, baixa ingestão oral, doença de base, visto que muitas doenças cursam com
hipermetabolismo, e retardo na indicação de uma via alternativa para realizar a terapia nutricional.

Devido a isso, é necessário que a EMTN dê uma atenção maior aos pacientes que possuem risco de
desnutrição, mas, para isso, é necessário utilizar ferramentas, como a triagem nutricional, para identificar
esses riscos em crianças e adolescentes. Sendo assim, otimizam-se os recursos definindo os pacientes
prioritários, garantindo a intervenção nutricional precoce.

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A nutrição enteral consiste na administração de alimentos liquidificados ou de nutrientes através de soluções


nutritivas com fórmulas quimicamente definidas, por infusão direta no estômago ou no intestino delgado,
através de sondas, sendo utilizada em pacientes com necessidade nutricional aumentada e/ou consumo oral
insuficiente. Os objetivos da nutrição enteral em pediatria e adolescência são melhorar a ingestão de
nutrientes em pacientes com subnutrição, manter o trofismo intestinal e evitar os riscos de complicações
metabólicas e nutricionais.

A nutrição parenteral visa fornecer, por via parenteral, todos os elementos necessários à demanda nutricional
de pacientes com necessidade normal ou aumentada, cuja via digestiva não pode ser utilizada ou é ineficaz. A
nutrição parenteral pode ser total, isto é, quando o paciente é nutrido exclusivamente por via parenteral, ou
complementar, sendo utilizada em conjunto com a alimentação via oral ou enteral. A nutrição parenteral tem
como objetivo aliviar ou corrigir os sinais, os sintomas e as sequelas da desnutrição. Uma fórmula parenteral
possui todos os macronutrientes (aminoácidos, glicose e lipídeos), vitaminas e minerais.

Os estudos relacionados sobre os erros inatos do metabolismo começaram na primeira década do século XX,
assim que Archibald Garrod descreveu defeitos das vias metabólicas. Em seus artigos, expunha as mutações
no genoma nuclear (herança mendeliana/genética).

Os erros inatos do metabolismo são doenças raras genéticas que alteram o funcionamento de uma enzima, a
qual interromperá uma via metabólica, podendo ser de proteína, carboidrato, lipídeo. Essa via interrompida
pode trazer consequências para o paciente desde os primeiros dias de vida, logo é importante realizar
diagnóstico e manejo precoces, fazendo diferença no prognóstico do paciente. As terapêuticas envolvem
mudança na dieta do paciente e introdução de vitaminas em altas doses, porém existem erros inatos do
metabolismo que não são tratáveis diretamente através da alimentação, sendo necessária a reposição de
enzimas e coezimas, transplante e terapias genéticas.

Normalmente, a doença se apresenta na infância, no entanto também podem existir casos que ocorram na
fase adulta, então, por este e outros fatores que, quando for realizado um exame clínico, precisa ser
considerado o histórico familiar do paciente, o que facilita a identificação da patologia. Os exames podem
englobar, inicialmente, teste do pezinho, exame de urina, hemograma completo, além de outros mais
específicos.

TERAPIA NUTRICIONAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Na nutrição enteral em pediatria e adolescência, a via de administração da dieta será definida a depender da
condição clínica e da estimativa de tempo a ser utilizada. Pacientes com esvaziamento gástrico adequado e
baixo risco de aspiração podem utilizar sondas oro ou nasogástrica, quando a estimativa para o uso da sonda
não for maior que quatro semanas; quando o uso ou a estimativa do uso da sonda ultrapassar seis a oito
semanas, deve-se considerar a realização de uma gastrostomia ou jejunostomia.

A nutrição enteral é indicada quando a ingestão oral for menor ou igual a 60% a 80% das necessidades
nutricionais por um período superior a 10 dias, sendo causada por aversão alimentar, anorexia nervosa ou
anorexia causada pela patologia e/ou pelo tratamento; na existência de disfagia, que pode ter causa em
prematuridade, doença neuromuscular e encefalopatias; na presença de alterações do trato gastrointestinal,
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como malformações congênitas, estenose, fístulas; em paciente gravemente enfermo; em aumento de perdas
gastrointestinais devido à insuficiência pancreática, à síndrome do intestino curto, a síndromes disabsortivas,
entre outras, a indicação é pela via parenteral.

Em pacientes que não atingem suas necessidades nutricionais através da nutrição enteral, o uso da via
parenteral se faz necessário, principalmente quando se apresenta a desnutrição. Em crianças, a prescrição da
nutrição parenteral é individualizada, respeitando as características fisiológicas de cada faixa etária. Diferente
do adolescente, a terapia nutricional deve fornecer nutrientes que possibilitem o crescimento.

A nutrição parenteral possui duas vias de acesso, sendo elas a via periférica, na qual o acesso venoso será
colocado em veias dos membros superiores e inferiores, e a via central, na qual o cateter será colocado em
veias de alto fluxo sanguíneo como subclávias e jugulares, ficando na luz da veia cava superior ou inferior. O
tipo de cateter utilizado também dependerá do período de utilização e da idade do paciente. Se a utilização
for superior a um mês, a recomendação é o uso de cateter semi-implantáveis com cuff subcutâneo, sendo o
cateter Broviac para crianças e o cateter Hickman para adolescentes.

Em alguns casos específicos, a nutrição parenteral pode ser utilizada como primeira opção, por exemplo, em
recém-nascidos pré-termo, em que o início da dieta precocemente é importante. De modo geral, a veia
periférica deve ser a primeira escolha em recém-nascidos ou quando a perspectiva de duração for superior a
duas semanas. Em casos em que houver necessidade de NP por tempo mais prolongado, com maior
fornecimento calórico-proteico, a veia central deve ser a primeira escolha.

Os erros inatos do metabolismo podem se manifestar desde a fase embrionária até a fase adulta, podem ser
causa de abortos de repetição em alguns casos, má-formação cerebral e convulsões intraútero ou na sala de
parto. No período neonatal, podem existir distúrbios metabólicos, como hipoglicemia, acidose metabólica e
icterícia sem causa determinada.

Os erros inatos do metabolismo estão divididos em duas categorias:

Categoria 1: alterações que afetam um único sistema orgânico ou um órgão, como o sistema
imunológico, fatores de coagulação, túbulos renais e eritrócitos.

Categoria 2: abrange um grupo de doenças cujo defeito bioquímico compromete uma via metabólica
comum a diversos órgãos, como as doenças lisossomais, ou restrito a um órgão apenas, porém com
manifestações humorais e sistêmicas, como a hiperamonemia nos defeitos do ciclo da ureia.

DIRETRIZES DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL EM CONDIÇÕES ESPECIAIS

Para uma terapia nutricional eficaz, é necessário o conhecimento das condições nutricionais e clínicas do
paciente, bem como das formulações, dos métodos terapêuticos e das indicações. Devido a isso, a Equipe
Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) se faz necessária no tratamento do paciente, a fim de garantir
melhores condições. Ao profissional nutricionista cabe a intervenção nutricional adequada, com metas
nutricionais, periodicidade e boas práticas, desde a prescrição até o controle de infusão, a fim de garantir um
prognóstico positivo ao paciente pediátrico.

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A prescrição adequada de nutrientes, seja ela realizada na terapia enteral ou parenteral, deve ser realizada
com os cuidados específicos, atendendo às necessidades do paciente por faixa etária e patologia, reduzindo,
assim, as complicações nutricionais. Devido ao estado de estresse agudo causado pela patologia, o paciente
sofre alterações metabólicas, o que não significa que se deve realizar uma oferta de energia e/ou substratos
energéticos em excesso, pois essa hiperalimentação pode resultar em um aumento do gasto energético,
comprometimento respiratório, disfunção hepática, supressão imunológica e aumento da morbimortalidade.

A estimativa da necessidade energética de crianças e adolescentes nem sempre tem a precisão exata devido
ao estado metabólico em diferentes situações clínicas, portanto a American Society for Parenteral and Enteral
(Aspen) indica a realização de calorimetria indireta para estimativa da necessidade calórica, porém o uso do
método nem sempre é possível, sendo assim, as fórmulas (Quadro 1) têm sido sugeridas para a estimativa,
sem acrescentar o fator de estresse em crianças gravemente doentes.

O paciente gravemente enfermo possui uma necessidade proteica aumentada, sendo assim, a oferta do
nutriente deve estar adequada à patologia e à faixa etária do paciente. O uso de aminoácidos de cadeia
ramificada (leucina, isoleucina e valina) é indicado em pacientes em estresse. A intolerância à glicose ou a
hiperglicemia pode ocorrer devido à produção hepática elevada. Mesmo com diminuição da lipogênese e
aumento da lipólise, a cetose é suprimida, resultando na mobilização e na oxidação de ácidos graxos. Os
quadros 3 e 5 resumem as recomendações parenterais e enterais de macronutrientes para recém-
nascidos/lactentes, crianças e adolescentes.

A oferta de micronutrientes é essencial para a manutenção das respostas metabólicas. Em muitas situações
clínicas, as necessidades de vitaminas são aumentadas. Os quadros 4 e 6 mostram as quantidades
recomendadas de vitaminas por via parenteral para lactentes e crianças, e o Quadro 6 ilustra a recomendação
por faixa etária, para ingestão diária por via enteral.

Quadro 1 | Necessidades de energia de crianças em TN

Equação Cálculo

Meninos:

0-3 anos: (0,167 x P [Kg]) + (15,174 x E [cm]) – 617,6

3-10 anos: (19,59 x P [Kg]) + (1,303 x E [cm]) + 414,9

10-18 anos: (16,25 x P [Kg]) + (1,372 x E [cm]) + 515,5


Schofield (1985)
Meninas:

0-3 anos: (16,252 x P [Kg]) + (10,232 x E [cm]) – 413,5

3-10 anos: (16,969 x P [Kg]) + (1,618 x P [cm]) + 371,2

10-18 anos: (8,365 x P [Kg]) + (4,65 x E [cm]) + 200

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Meninos:

0-3 anos: (60,9 x P [Kg]) - 54

3-10 anos: (22,7 x P [Kg]) + 495

10-18 anos: (17,5 x P [Kg]) + 651


FAO/WHO (WHO, 1985)
Meninas:

0-3 anos: (61 x P [Kg]) - 51

3-10 anos: (22,5 x P [Kg]) + 499

10-18y: (12,2 x P [Kg]) + 746

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (2020, p. 31).

Quadro 2 | Necessidades hídricas diárias

Peso corporal Necessidade calórica

Até 10 Kg 100 mL/Kg/dia

De 11 a 20 Kg 1.000 mL + 50 mL/Kg acima de 10 Kg

Acima de 20 Kg 1.500 mL +20mL/Kg Acima de 20 Kg

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (2020, p. 31).

Quadro 3 | Recomendações diárias enterais de macronutrientes para recém-nascidos/ lactentes, crianças e adolescentes

Grupo Faixa etária Carboidratos (g/d) Lipídeos (g/d) Proteínas (g/d)

Lactentes

0-6 meses 60 31 9,1

7-12 meses 95 30 13,5

Crianças

1 - 3 anos 130 ND 13

4 – 8 anos 130 ND 19

Masculino

9 – 13 anos 130 ND 34

14 – 18 anos 130 ND 52

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Feminino

9 – 13 anos 130 ND 34

14 – 18 anos 130 ND 46

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (2020, p. 32-33).

Quadro 4 | Quantidades recomendadas de vitaminas por via enteral para lactentes, crianças e adolescentes

Lactentes 0 - 6m 7- Masculino 9 - 13 a Feminino 9 – 13 a 14


Crianças 1 - 3 a 4 - 8
12m 14 - 18 – 18 a

400 300 600 600


Vit A (µg/d)
500 400 900 700

40 15 45 45
Vit C (mg/d)
50 25 75 65

5 5 5 5
Vit D (µg/d)
5 5 5 5

4 6 11 60
Vit E (mg/d)
5 7 15 75

2,0 30 60 60
Vit K (µg/d)
2,5 55 75 75

0,2 0,5 0,9 0,9


Tiamina (mg/d)
0,3 0,6 1,2 1,0

0,3 0,5 0,9 0,9


Riboflavina (mg/d)
0,4 0,6 1,3 1,0

2 6 12 12
Niacina (mg/d)
4 8 16 14

0,1 0,5 1,0 1,0


Vit B6 (mg/d)
0,3 0,6 1,3 1,2

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65 150 300 300


Folato (mg/d)
80 200 400 400

0,4 0,9 1,8 1,8


Vit B12 (µg/d)
0,5 1,2 2,4 2,4

Ac pantotênico 1,7 2 4 4

(mg/dl) 1,8 3 5 5

5 8 20 20
Biotina (µg/d)
6 12 25 25

125 200 375 375


Colina (µg/d)
150 250 550 400

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (2020, p. 34).

Quadro 5 | Recomendações diárias parenterais de macronutrientes para recém-nascidos/lactentes, crianças e adolescentes

Macronutrientes Lactentes (< 1 ano) Crianças (1 – 10 anos) Adolescentes

Proteínas (g/Kg) 1,5 - 4 1-3 0,8 - 2,5

Carboidratos (mg/Kg/min) 5 - 12 5 - 10 3,5 - 6

Lipídeos (g/Kg) 1 - 3,5 1-3 3 1 - 2,5

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (2020, p. 34).

Quadro 6 | Quantidades recomendadas de vitaminas por via parenteral para lactentes e crianças

Vitamina Lactentes (dose/Kg/dia) Crianças (dose/Kg/dia)

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Ácido ascórbico (mg) 15 - 25 80

Tiamina (mg) 0,35 - 0,5 1,2

Riboflavina (mg) 0,15 - 0,2 1,4

Piridoxina (mg) 0,15 - 0,2 1

Niacina (mg) 4-6 17

Vitamina B12 0,30 1

Ácido pantotênico (mg) 1-2 5

Biotina (mg) 5-8 20

Ácido fólico (mg) 56 140

Vitamina A (mcg) 150 - 300 150

Vitamina D (mcg) 0,8 (32 UI) 10 (400 UI)

Vitamina E (mg) 2,8 - 3,5 7

Vitamina K (mcg) 10 200

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (2020, p. 33).

Em crianças com erro inato do metabolismo, requer-se tratamento rápido, a fim de evitar a deterioração
aguda e sequelas a longo prazo. A terapia nutricional na emergência é fundamental, visto que deve ser
considerada a composição que pode ser a dieta normal, pobre em proteínas, com restrição em carboidratos,
rica em glicose, com ou sem restrição de lipídeos, e a forma de administração dependerá do distúrbio e do
estado clínico. O que se tem observado é que nos primeiros dias a alimentação via sonda enteral pode ser útil
em pacientes moderadamente graves, mas, em pacientes graves, a nutrição parenteral total é a melhor via de
escolha.

VÍDEO RESUMO

Neste vídeo, abordaremos a Terapia Nutricional Enteral e Parenteral em pediatria e adolescência,


compreendendo quais as indicações para cada uma, as vias de acesso e as recomendações nutricionais para
cada faixa etária. Falaremos também sobre as indicações da terapia nutricional nos erros inatos do
metabolismo.

 Saiba mais

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Para saber mais, acesse o Manual de Suporte Nutricional, da Sociedade Brasileira de Pediatria (2020).
Nele, você encontrará todas as recomendações para a terapia nutricional em crianças e adolescentes.

Aula 4

NUTRIÇÃO ENTERAL E PARENTERAL EM SITUAÇÕES


ESPECIAIS
Nesta aula, exploraremos os temas essenciais da nutrição enteral e parenteral em doenças inflamatórias
intestinais, a nutrição parenteral pré-cirúrgica com ação imunomoduladora e a importância do
planejamento de alta e da terapia nutricional no período pós-alta.
28 minutos

INTRODUÇÃO

Olá, estudante!

Nesta aula, exploraremos os temas essenciais da nutrição enteral e parenteral em doenças inflamatórias
intestinais, a nutrição parenteral pré-cirúrgica com ação imunomoduladora e a importância do planejamento
de alta e da terapia nutricional no período pós-alta.

Durante esta aula, abordaremos também os erros inatos do metabolismo e os possíveis efeitos adversos da
terapia nutricional nessas patologias, ampliando o seu conhecimento sobre possíveis complicações e
estratégias para evitá-las.

Ao final desta aula, você será capaz de identificar a via de terapia nutricional mais adequada para cada caso e
aplicar as orientações nutricionais específicas que devem ser seguidas.

Boa aula!

O QUE SÃO DII, DIETA IMUNOMODULADORA E IMPORTÂNCIA DOS CUIDADOS PÓS-ALTA

Doenças inflamatórias crônicas de causa desconhecida envolvendo o aparelho digestório, o intestino se torna
vermelho, edematoso e com feridas espalhadas. As doenças inflamatórias intestinais podem ser divididas em
dois grupos principais: Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn.

A Doença de Crohn é uma doença crônica inflamatória que pode ocorrer em qualquer parte do sistema
digestivo, porém as partes mais atingidas, normalmente, são cólon e íleo. É desencadeada por fatores
autoimunes, que ocasionam a inflamação na região determinada. Os principais sintomas são: dores
abdominais, perda de peso, febre, fraqueza e diarreia; em casos extremos da doença, podem ser observados
outros sintomas, como: dores articulares, aftas, lesões na pele, pedras nos rins e na vesícula, entre outros.
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A Retocolite Ulcerativa é uma inflamação crônica do cólon e reto, causando sangramento retal, diarreia,
tenesmo (necessidade intensa de evacuar, com a sensação de não ocorrer esvaziamento completo ou não
ocorrer a evacuação), dor abdominal, secreção de muco; em casos graves, o paciente pode apresentar perda
de peso, febre e/ou perfuração intestinal. Apesar de não se ter uma causa específica, estudos demonstram
que a doença é o resultado de uma resposta imune intestinal desregulada.

Com relação ao diagnóstico de ambas as doenças, é de extrema importância que ele seja feito o quanto antes,
pois assim será evitado o avanço da doença para toda a área digestiva e o desenvolvimento de outras
complicações. O tratamento ocorre de acordo com o estágio da doença (leve, moderado ou grave), é realizado
de forma medicamentosa (corticosteroides) e alimentar e possui relação com as correções de deficiência
nutricional.

As cirurgias de grande porte estão intimamente ligadas a doenças graves e à desnutrição, tanto no período
pré-operatório quanto no pós-operatório. A desnutrição está associada à imunodeficiência e às alterações
metabólicas, resultando em um maior risco de complicações e morbimortalidade. A nutrição parenteral pré-
operatória com ação imunomoduladora desempenha um papel importante na preparação e recuperação dos
pacientes submetidos a cirurgias. Essa abordagem nutricional visa otimizar a resposta imunológica do
organismo, reduzir a resposta inflamatória e promover uma cicatrização adequada após o procedimento
cirúrgico.

A terapia nutricional desempenha um papel crucial no processo de recuperação de pacientes após a alta
hospitalar. Quando um paciente deixa o ambiente hospitalar e retorna ao seu domicílio, é essencial garantir
que suas necessidades nutricionais sejam atendidas, para promover uma recuperação adequada e prevenir
complicações. Durante a hospitalização, vários fatores podem afetar a ingestão alimentar do paciente, como
cirurgias, doenças crônicas, tratamentos agressivos e uso de medicamentos. Esses fatores podem resultar em
desnutrição ou desequilíbrios nutricionais, que podem comprometer a saúde e o bem-estar do paciente. A
terapia nutricional no pós-alta visa restabelecer o estado nutricional adequado, fornecendo os nutrientes
necessários para a reparação tecidual, a cicatrização de feridas e o fortalecimento do sistema imunológico.

TERAPIA NUTRICIONAL NAS DII E NO PRÉ-OPERATÓRIO

A inflamação do trato gastrointestinal (TGI) tem um impacto significativo na qualidade de vida e no estado
nutricional das pessoas com doenças inflamatórias intestinais (DII). Em condições como a Doença de Crohn
(DC) e Retocolite Ulcerativa (RCU), intervenções dietéticas têm sido reconhecidas como opções eficazes de
tratamento. Terapias nutricionais, como nutrição enteral (NE), modificação de carboidratos e fibras
alimentares, têm sido discutidas e prescritas para tratar crises de atividade inflamatória.

Durante a fase aguda da doença, a nutrição enteral exclusiva é recomendada, enquanto a nutrição enteral
suplementar é utilizada para manter a doença em remissão e promover ganho de peso. Em casos em que a
nutrição enteral não é viável ou bem tolerada, a nutrição parenteral é uma opção alternativa para fornecer
nutrientes aos pacientes com doenças inflamatórias intestinais, especialmente em situações de desnutrição
grave. A nutrição parenteral total é utilizada durante a fase inflamatória aguda, no período pré-operatório e
em pacientes com síndrome do intestino curto devido a ressecções intestinais extensas.

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A nutrição parenteral pré-operatória com ação imunomoduladora refere-se à administração de uma solução
nutricional especial por via intravenosa antes de uma cirurgia, com o objetivo de modular o sistema
imunológico do paciente. Essa abordagem visa reduzir a inflamação sistêmica, prevenir complicações pós-
operatórias e promover uma recuperação mais rápida e eficaz.

Essa estratégia nutricional visa otimizar o estado nutricional do paciente antes da cirurgia, fortalecer o sistema
imunológico, reduzir o risco de complicações relacionadas à imunossupressão e acelerar a recuperação pós-
operatória. No entanto, é importante ressaltar que a decisão de utilizar a nutrição parenteral pré-operatória
com ação imunomoduladora deve ser feita em conjunto com a equipe médica, considerando a condição
clínica do paciente, o tipo de cirurgia a ser realizada e outros fatores individuais. O acompanhamento médico
especializado é essencial para determinar a composição adequada da solução nutricional e monitorar a
resposta do paciente ao tratamento.

A importância do atendimento pós-hospitalar é amplamente reconhecida. As diretrizes da European Society


for Clinical Nutrition and Metabolism (Espen) e da Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional Domiciliar
enfatizam a necessidade de uma equipe multiprofissional para acompanhar e orientar os pacientes após a
alta hospitalar. Essa transição segura do ambiente hospitalar para o domiciliar é fundamental e requer um
bom planejamento de alta e uma comunicação eficiente entre as equipes envolvidas.

Um plano de alta sistematizado é essencial para pacientes que necessitam de terapia nutricional domiciliar,
garantindo a continuidade do cuidado no ambiente domiciliar. Seguindo as orientações, todas as modalidades
de terapia nutricional domiciliar, como enteral, parenteral e suplemento oral, devem ser contempladas nesse
plano.

Sendo assim pacientes e cuidadores devem receber treinamento adequado sobre como administrar a Terapia
Nutricional Enteral ou Parenteral de forma segura e higiênica. Isso inclui aprender a realizar a higiene
adequada, administrar a nutrição por via enteral ou parenteral, monitorar sinais de complicações e saber
como lidar com possíveis problemas.

Parte inferior do formulário

DIRETRIZES NA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL EM CONDIÇÕES ESPECIAIS

A terapia nutricional para doenças inflamatórias intestinais tem utilizado a nutrição enteral. Estudos
demonstraram que o efeito terapêutico varia dependendo do tipo de doença inflamatória intestinal, da idade
do paciente, da apresentação clínica e do tratamento concomitante. A nutrição enteral pode suprir até 100%
das necessidades nutricionais de um paciente, seja por meio de fórmulas nutricionais líquidas administradas
oralmente ou por meio de tubos de alimentação. Geralmente, essa dieta é fornecida por um período de seis a
oito semanas, seguida pela reintrodução da dieta normal.

As composições das fórmulas enterais e as vias de administração podem variar, resultando em protocolos
distintos de nutrição enteral. Os tipos de fórmulas utilizadas na nutrição enteral dependem do grau de
hidrólise da proteína. As fórmulas poliméricas imitam a dieta convencional, contendo proteínas não

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hidrolisadas, carboidratos e gordura, enquanto as fórmulas semielementares e elementares são destinadas a


pacientes com má absorção, com nutrientes parcialmente (fórmulas semielementares) ou totalmente
hidrolisados (fórmulas elementares).

Em casos de contraindicação ou intolerância à nutrição enteral, especialmente em situações de desnutrição


grave, a dieta parenteral é utilizada como alternativa para fornecer proteínas, gorduras, vitaminas e minerais.
Também, é utilizada durante a fase inflamatória aguda, como em casos de obstrução, megacólon tóxico e
fístulas ativas.

A nutrição parenteral é empregada no período pré-operatório em pacientes com desnutrição grave, visando
melhorar seu estado metabólico, promover a cicatrização de feridas e prevenir complicações pós-operatórias
e perda de peso. No entanto, o uso prolongado da nutrição parenteral aumenta os riscos de complicações
metabólicas e insuficiência hepática, afetando a qualidade de vida do paciente. Quando possível, a nutrição
enteral é a forma de alimentação mais recomendada durante as fases de indução e remissão do tratamento,
desde que o intestino possa ser utilizado.

Para receber a classificação de imunomoduladora, uma dieta deve conter um ou mais nutrientes específicos
em quantidades superiores às encontradas na dieta padrão. Entre os nutrientes utilizados nessas dietas para
modular o sistema imunológico, destacam-se a arginina, os ácidos graxos ômega-3, a glutamina, os
nucleotídeos, os micronutrientes e os antioxidantes.

As diretrizes internacionais, como Sociedade Americana de Nutrição Parenteral e Enteral (Aspen) e Sociedade
Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral (Espen), recomendam que a imunonutrição seja oferecida durante
cinco a sete dias no período pré-operatório de pacientes desnutridos ou não, que serão submetidos a
cirurgias por câncer gastrointestinal. Além disso, essas diretrizes sugerem que a imunonutrição seja
continuada por mais cinco a sete dias no pós-operatório.

A importância do atendimento pós-hospitalar é amplamente reconhecida. As diretrizes da European Society


for Clinical Nutrition and Metabolism (ESPEN) e a Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional Domiciliar enfatizam
a necessidade de uma equipe multiprofissional para acompanhar e orientar os pacientes após a alta
hospitalar. Essa transição segura do ambiente hospitalar para o domiciliar é fundamental e requer um bom
planejamento de alta e uma comunicação eficiente entre as equipes envolvidas.

Um plano de alta sistematizado é essencial para pacientes que necessitam de terapia nutricional domiciliar,
seguindo as orientações, todas as modalidades de terapia nutricional domiciliar, como enteral, parenteral e
suplemento oral, devem ser contempladas nesse plano.

No Brasil, a legislação vigente (Resolução nº 63/2000) recomenda o uso exclusivo de dietas enterais
industrializadas para pacientes hospitalizados, visando garantir a qualidade nutricional e microbiológica,
portanto é fundamental seguir as diretrizes e legislações pertinentes, garantindo uma transição segura para o
cuidado domiciliar e proporcionando aos pacientes a terapia nutricional adequada.

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VIDEO RESUMO

Neste vídeo, abordaremos temas fundamentais da terapia nutricional. Compreenderemos a nutrição enteral e
parenteral em doenças inflamatórias intestinais, nutrição parenteral pré-operatória com ação
imunomoduladora e a importância da terapia nutricional nos pós-alta. Esses tópicos são essenciais para
compreender como a terapia nutricional desempenha um papel crucial na saúde e recuperação dos
pacientes.

 Saiba mais
Para saber mais, acesse o Manual de Nutrição Dieta, Nutrição E Doença Inflamatória Intestinal (2020).
Nele, você encontrará todas as recomendações de manejo das DII.

Aula 5

REVISÃO DA UNIDADE
32 minutos

ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA TERAPIA ENTERAL E PARENTERAL EM SITUAÇÕES ESPECIAIS

A Terapia Nutricional Enteral e Parenteral desempenha um papel fundamental no cuidado de pacientes que
não conseguem obter nutrientes adequados por via oral. A Terapia Nutricional Enteral envolve a
administração de nutrientes por meio de uma sonda nasogástrica, nasoenteral ou gastrostomia. Durante esse
processo, é essencial garantir a correta posição da sonda, verificar a compatibilidade dos medicamentos
administrados, realizar a higienização adequada das mãos e dos equipamentos, além de monitorar sinais de
complicações, como obstruções e infecções.

A Síndrome de Realimentação é uma complicação grave que pode ocorrer quando há reintrodução de
nutrientes em pacientes desnutridos. Nesse caso, ocorre um desequilíbrio eletrolítico, com risco de
complicações cardíacas, neurológicas e respiratórias. A realimentação pós-cirúrgica é um processo gradual de
reintrodução da alimentação oral após um procedimento cirúrgico, evitando complicações, como vômitos e
distensão abdominal.

A alimentação transicional é uma estratégia que visa promover uma transição segura e eficaz entre a nutrição
parenteral e a enteral. É importante realizar uma avaliação nutricional adequada e ajustar as necessidades
calóricas e proteicas de acordo com o estado clínico do paciente, além de garantir uma progressão gradual na
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administração da dieta enteral.

A Terapia Nutricional em Domicílio é uma alternativa para pacientes que necessitam de nutrição enteral a
longo prazo. A nutrição enteral semiartesanal e artesanal consiste na preparação da dieta por meio de
alimentos convencionais após processamento adequado. É fundamental seguir as boas práticas de higiene na
manipulação e no armazenamento dos alimentos, além de garantir a adequada composição nutricional da
dieta.

A Terapia Nutricional Enteral e Parenteral também desempenha um papel crucial no cuidado de crianças e
adolescentes. A indicação e as vias de acesso devem ser avaliadas de acordo com a idade, a condição clínica e
as necessidades nutricionais específicas. Efeitos adversos, como complicações infecciosas e distúrbios do
metabolismo, devem ser monitorados de perto. Erros congênitos do metabolismo também devem ser
considerados ao formular a terapia nutricional em pacientes pediátricos e adolescentes.

Em casos de doenças inflamatórias intestinais, a nutrição enteral e parenteral desempenha um papel


importante no controle da inflamação e no suporte nutricional adequado. A nutrição parenteral pré-cirúrgica
com ação imunomoduladora visa melhorar o estado imunológico do paciente antes do procedimento. Além
disso, o planejamento de alta é fundamental para garantir a continuidade da terapia nutricional após a saída
do ambiente hospitalar e a transição para a alimentação oral.

A Terapia Nutricional Enteral e Parenteral abrange uma variedade de conceitos e cuidados essenciais em
diferentes situações clínicas. Ao compreender os principais aspectos relacionados a esses temas, a EMTN
pode garantir uma abordagem adequada e eficaz na nutrição de pacientes que dependem dessa forma de
terapia.

REVISÃO DA UNIDADE

Neste vídeo, abordaremos os cuidados essenciais nos processos da terapia enteral, a importância vital desses
cuidados e os aspectos fundamentais da terapia domiciliar. Abordaremos, ainda, as particularidades do
suporte nutricional em pediatria e adolescência, pois sabemos que cada faixa etária requer atenção especial.
Além disso, exploraremos situações especiais que demandam uma abordagem diferenciada, garantindo o
melhor suporte nutricional possível.

ESTUDO DE CASO

Para contextualizar sua aprendizagem, imagine que você é nutricionista de um hospital pediátrico e recebeu
um paciente na emergência. O paciente P.D. tem 8 anos de idade, do sexo masculino, peso 25 kg, altura 1,30
m. Ele vive com seus pais em uma área urbana, pertencente a uma classe socioeconômica média e tem uma
dieta predominantemente composta por alimentos caseiros.

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A família do paciente relata que, há cerca de seis meses, ele foi diagnosticado com doença inflamatória
intestinal (DII), especificamente colite ulcerativa, uma doença crônica que afeta o revestimento interno do
cólon e reto, causando inflamação e ulcerações. Ele apresenta episódios recorrentes de diarreia com sangue,
cólicas abdominais intensas e perda de peso progressiva.

Ao longo dos últimos meses, P.D. passou por diferentes tentativas de tratamento para controlar sua doença
inflamatória intestinal. Ele foi submetido à terapia com medicamentos imunossupressores, como
corticosteroides e imunomoduladores, mas ainda não havia alcançado uma remissão completa dos sintomas.

Devido à sua piora recente, ele foi admitido no hospital para uma avaliação mais aprofundada. Durante a
avaliação física do menino, além dos sinais de desnutrição mencionados anteriormente, foram observadas
outras manifestações da doença inflamatória intestinal, como mucosas oral e ocular pálidas, presença de
aftas na cavidade oral e baixa produção de lágrimas. Esses sintomas podem ser decorrentes da inflamação
crônica e da má absorção de nutrientes.

Além disso, exames laboratoriais revelaram um quadro de anemia ferropriva devido às perdas sanguíneas
decorrentes das ulcerações no cólon. Os níveis de proteína C-reativa (PCR), um marcador de inflamação,
estavam elevados, confirmando a atividade inflamatória em curso.

O histórico alimentar revelou uma dieta restrita devido aos sintomas gastrointestinais, evitando-se alimentos
ricos em fibras e gorduras. O paciente relatou uma redução significativa na ingestão de alimentos e perda de
apetite nos últimos meses. Além disso, mencionou sentir-se constantemente cansado e sem energia para
realizar suas atividades diárias.

O diagnóstico nutricional para o paciente seria desnutrição associada à doença inflamatória intestinal. A
inflamação crônica e a má absorção de nutrientes resultantes da colite ulcerativa podem levar a deficiências
de vitaminas e minerais, comprometendo o crescimento e o desenvolvimento adequados da criança.

Com base nos conhecimentos adquiridos ao longo desta unidade, qual seria a terapia nutricional a ser
utilizada com esse paciente?

 Reflita
Refletiremos sobre as principais características da doença apresentada pelo paciente pediátrico com
doença inflamatória intestinal.

Com base nas informações, você precisa selecionar a fórmula de nutrição enteral adequada para o
paciente, levando em consideração sua necessidade de controlar a inflamação, promover o crescimento
e o desenvolvimento adequados e corrigir as deficiências nutricionais identificadas.

É importante considerar que P.D. está enfrentando dificuldades em aceitar uma dieta restrita devido à
dor e ao desconforto abdominal. Portanto, é necessário escolher uma fórmula de nutrição enteral que
seja bem tolerada por ele e que forneça os nutrientes necessários para sua recuperação.

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Além disso, é fundamental envolver a família no processo de terapia nutricional, fornecendo orientações
sobre a administração correta da nutrição enteral em casa e oferecendo suporte emocional para lidar
com os desafios associados à doença.

Sua equipe espera que você aplique seus conhecimentos em nutrição enteral em crianças com doenças
inflamatórias intestinais para desenvolver um plano de terapia nutricional personalizado. É importante
considerar suas necessidades nutricionais específicas e garantir que a terapia nutricional seja bem
tolerada e eficaz em seu processo de recuperação.

RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO

A doença inflamatória intestinal é uma condição crônica que afeta o trato gastrointestinal, causando
inflamação e ulcerações no revestimento do cólon e reto. Nesse caso específico, o paciente foi diagnosticado
com colite ulcerativa, que é uma das formas mais comuns de doença inflamatória intestinal em crianças. Um
sintoma clínico comum nas doenças inflamatórias intestinais (DII) é a desnutrição proteico-energética, tanto
durante a fase ativa da doença quanto durante a fase sem sintomas.

A nutrição enteral desempenha um papel importante no tratamento das DII, pois atua na modulação dos
mecanismos de defesa imunológica. Além disso, pode melhorar o perfil de citocinas da mucosa intestinal,
reduzindo a estimulação antigênica, fornecendo nutrientes essenciais para a reparação tecidual e mantendo o
estado nutricional adequado.

A fórmula enteral indicada para pacientes com DII é livre de glúten, glicose e resíduos. Sua composição inclui
maltodextrina, caseinato de potássio, sacarose, gordura de leite, triglicerídeos de cadeia média, minerais
(ferro, cobre, zinco, cromo, molibdênio), vitaminas (vitamina A, vitamina D, vitamina E, vitamina K, vitamina C,
vitamina B1, vitamina B2, niacina, vitamina B6, ácido fólico, ácido pantotênico, vitamina B12 e biotina). As
proteínas representam 14% da ingestão calórica total; os lipídios, 42%; os carboidratos, 44%.

É fundamental que ocorra administração correta da dieta enteral domiciliar, portanto a família receberá as
seguintes orientações:

• Certifique-se de ter todos os equipamentos e materiais necessários, como seringas, sondas de alimentação,
frascos ou bolsas de alimentação, e sistema de administração adequado.

• Mantenha os equipamentos e materiais limpos e higienizados antes de cada uso.

• Lave bem as mãos antes de manusear a dieta enteral e utilize luvas descartáveis, se necessário.

• Verifique a temperatura da dieta enteral antes de administrar e certifique-se de que esteja adequada para
consumo.

• Administre a dieta enteral lentamente e de forma contínua ou conforme as orientações médicas.

• Mantenha uma boa higiene bucal, escovando os dentes e enxaguando a boca após a administração da dieta
enteral.

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pa ee tete ae au
pac podease autsuaada.
ecupe ação.

• Certifique-se de higienizar as sondas de alimentação antes e após o uso.

• Mantenha o local de administração da dieta enteral limpo e livre de contaminação.

• Agende consultas regulares com a equipe de saúde para monitorar sua resposta à dieta enteral e fazer
ajustes, se necessário

• Esteja atento a quaisquer sintomas ou efeitos colaterais adversos e comunique imediatamente a equipe de
saúde.

• Não hesite em entrar em contato com a equipe de saúde se tiver dúvidas ou preocupações em relação à
dieta enteral.

RESUMO VISUAL

TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL

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dos
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custos
a e aosp
quatadade
a es,de
u adaedos
quepac
osepac
tes.e tes pode e ta te ações p o o gadas.

REFERÊNCIAS
15 minutos

Aula 1

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DE-AGUILAR-NASCIMENTO, J. E.; SALOMÃO, A. B.; WAITZBERG, D. L.; DOCK-NASCIMENTO, D. B.; CORREA, M. I.


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SILVA, R. S. M.; FORTES, R. C. Protocolo clínico: terapia nutricional enteral domiciliar. Portal de Livros Abertos
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Domiciliar. BRASPEN Journal, v. 33, n. 1), p. 37-46, 2018.

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WAITZBERG, D. L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.

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