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Daniela Felipe Soares Camargo Lobão

Farmacologia, fisiologia e nutrição na assistência ao paciente


Neonatal, Pediátrico, Adulto na U.T.I

SÃO PAULO

2020
UNIEDUCACIONAL ZR

Daniela Felipe Soares Camargo Lobão

Realizar um trabalho em relação aos protocolos de Despertar Diário


e introdução da Dieta Enteral.

Trabalho mensal da disciplina Farmacologia, fisiologia e nutrição


na assistência ao paciente Neonatal, Pediátrico, Adulto na U.T.I,
prof. Rogério R. Cordeiro como exigência para o curso de Pós
Graduação Unidade de Terapia Intensiva e Urgência e
Emergência, pela UNIEDUCACIONAL ZR.

SÃO PAULO

2020
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................04
2. DESENVOLVIMENTO...........................................................................................05
3. CONCLUSÃO........................................................................................................08
6. REFERÊNCIAS.....................................................................................................09
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1. INTRODUÇÃO

Despertar diário
Observa-se certa disparidade entre a necessidade de sedação e a forma como
ela é feita. Se for inadequada, pode resultar em dor, ansiedade, agitação, extubação
traqueal não planejada e retirada de cateteres. Por outro lado, o uso da sedação de
forma excessiva ou prolongada favorece, além da ventilação mecânica (VM)
prolongada, delirium, pneumonia, coma, lesões por pressão e maior tempo de
permanência na unidade de terapia intensiva. O conceito de interrupção diária da
sedação (IDS), ou “despertar diário”, tem como finalidade avaliar a necessidade do
sedativo e diminuir o acúmulo sistêmico do fármaco.

Dieta Enteral
A terapia nutricional enteral (TNE) surge como uma possibilidade terapêutica de
manutenção ou recuperação do estado nutricional, naqueles indivíduos que
apresentarem o trato gastrintestinal íntegro para o processo digestório, mas com a
ingestão oral parcial ou totalmente comprometida. A TNE precoce pode ser um
importante fator na promoção da saúde, diminuição do estresse fisiológico e
manutenção da imunidade. Ela contém tudo que você necessita diariamente,
incluindo carboidratos, proteínas, gordura, vitaminas, minerais e água.
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2. DESENVOLVIMENTO

Despertar Diário
A interrupção diária da administração de sedativos é uma abordagem
prática e segura para o tratamento dos pacientes que estão em ventilação
mecânica. Esta prática diminui a duração da ventilação mecânica, o tempo de
permanência na UTI e as doses de benzodiazepínicos utilizados. O despertar
diário como é conhecido, melhora as avaliações neurológicas e reduz as
alterações no estado mental (delirium).
Através da visita multidisciplinar será definido sobre a interrupção diária
da sedação. Paciente elegível (definidos no critério de exclusão) deverá ser
desligada a sedação após discussão em visita multidisciplinar. O paciente
deverá manter uma escala de Rass entre 0 e -2. Se Rass entre:+1/+2/+3/+4
retornar a sedação. Se Rass entre: -3/-4/-5 manter janela de sedação. Avaliar
critérios de analgesia: fácies de dor (visual); movimentos incoordenados dos
membros; assincronia na ventilação mecânica ou SATO2 menor do que 90%;
FC: ≥90 bpm e FR≥ 20 irpm. Se presença de dois ou mais critérios retornar a
sedação. Se analgesia inadequada ajustar dose e manter esquema
terapêutico.

TABELA 1 TABELA 2
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Dieta Enteral

É utilizada em casos nos quais o paciente é incapaz de suprir suas


necessidades nutricionais por meio de uma alimentação convencional, seja por
impossibilidade de ingestão oral, redução no apetite, distúrbios no aparelho digestivo
ou outras restrições. A nutrição enteral pode ser realizada ainda de forma precoce
em pacientes com propensão à desnutrição, para promover um melhor resultado do
tratamento. Entre as situações comuns em que a dieta enteral é a opção mais viável
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estão: pacientes em coma, acidente vascular cerebral, doença de Alzheimer, risco


de broncoaspiração, pacientes com anorexia persistente causada por neoplasias,
doenças infecciosas crônicas, entre outras.
O paciente também deve estar sentado ou deitado (acima de 45º), com a
cabeceira da cama elevada, usando almofadas ou travesseiros durante a
administração da dieta e mantendo essa posição por até 30-60 minutos após o
término da dieta enteral. Não é seguro se alimentar enquanto deitado, pois pode
ocorrer retorno da dieta, risco de broncoaspiração e outras questões de saúde.
A terapia pode ser administrada de duas formas: contínua ou intermitente. A
forma intermitente é mais parecida com a alimentação habitual, cerca de quatro a
seis vezes ao dia, de acordo com orientação médica ou nutricional. Já a forma
contínua, é realizada por gotejamento com bomba de infusão, normalmente em
períodos de 12 a 24 horas de acordo com a rotina e tolerância do paciente.
Através da utilização da bomba de infusão, é possível determinar o volume
exato que deverá ser administrado por hora e programar o volume necessário para
ser infundido durante o dia todo, evitando possíveis complicações que podem
ocorrer devido a falhas na administração.
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3. CONCLUSÃO

Despertar Diário

O instrumento foi considerado válido para o gerenciamento do despertar diário,


além de ser adequado para ser utilizado por profissionais que atuam em unidade de
terapia intensiva. Possibilita sua aplicação no contexto dos cuidados , mesmo sem a
validação de dois itens, por considerá-los não prejudiciais à sua aplicabilidade.

Dieta Enteral

Adultos em estado crítico recebem menos dieta enteral do que o prescrito, ao


longo dos dias de internação em UTI. Interrupções da dieta, relacionadas ao cuidado
e a complicações do trato gastrintestinal, podem contribuir para que não se
administre a totalidade da dieta prescrita
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- Benseñor FL, Cicarelli DD. Sedação e analgesia em terapia intensiva. Rev


Bras Anestesiol. 2003;

2- Sakata RK. Analgesia e sedação em unidade de terapia intensiva. Rev Bras


Anestesiol. 2010;

3- Nassar Junior AP, Park M. Protocolos de sedação versus interrupção diária


de sedação: uma revisão sistemática e metanálise. Rev Bras Ter Intensiva.
2016;

4- Campanella LCA, Silveira BM, Rosário Neto O, Silva AA. Terapia nutricional
enteral: a dieta prescrita é realmente infundida? Rev Bras de Nutr Clín = Braz
J Clin Nutr. 2008;

5- Vasconcelos MIL. Nutrição enteral. In: Cuppari Lilian. Nutrição: nutrição clínica
do adulto. 2a ed. São Paulo: Manole; 2005. p. 369-90.

6- Teixeira ACC, Caruso L, Soriano FG. Terapia nutricional enteral em unidade


de terapia intensiva: infusão versus necessidades. Rev Bras Ter Intensiva.
2006;18

7- BAXTER, Y. C.; WAITZBER, D. L.; RODRIGUES, J. J. G.; PINOTTI, H. W.


Critérios de decisão na seleção de dietas enterais. In: WAITZBERG, D. L
(Ed). Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3ª ed. São Paulo:
Atheneu, 2000. Cap. 41, p. 659-676.

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