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UM OLHAR ALÉM DO ÓBIVIO

RELACIONAMENTO
A VIAGEM COMPARTILHADA
1ª CLASSE - ENFERMARIA - UTI
COMO ESTÁ FAZENDO ESSA VIAGEM?

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Seja esse um momento de alegria ou de conflito...

Independento de qual o relacionamento que você trouxe para


dentro de sua vida, pense comigo:

Um sorriso, um olhar, uma curiosidade e até o desencontro, esses


foram passos da estrada.

Agora em quantos desses passos em pontos específicos, este


relacionamento foi tudo aquilo de que você precisou?

Questionar as ideias, fases e as limitações do presente, é o


movimento que nega a repetição e derruba muros invisíveis entre
você e esse que compartilha essa viagem contigo.

As vezes em pontos notáveis, outras nas ações mais triviais...

Nosso convite a você nesta leitura é viva uma experiência... além


das palavras, que seja a oportunidade para você, lapidar essa joia
que dia após dia pede nosso cuidado.

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


CAPÍTULO I
A VIAGEM
COMPARTILHADA
O amor é uma viagem que não fazemos sós, ela é uma viagem,
uma experiência que na partilha e na troca, estamos sempre
acompanhados.

NÃO É A ALEGRIA, O VALOR, NEM O COMPANHEIRISMO ONDE SUA RELAÇÃO É


DEFINIDA. O SEGREDO NÃO ESTÁ NO QUE DESEJA PARA ELA...
ELE HABITA NA DECISÃO DE COMO VAI CONSTRUÍ-LA... A CADA DIA

Nessa viagem dividimos o acento, o café, as risadas... essa


cumplicidade faz da vida uma experiência mais rica e intima...

Mas nessa mesma viagem, as vezes pisamos no pé, tomamos


alguns desses também... e é parte desta escolha em partilhar um
espaço tão nosso com alguém.

Para isso, o mesmo amor do embarque nos coloca a esses pés


pisados do outro fazendo o curativo e crescendo na intimidade.
O que não faz parte essa viagem é o esquecimento do motivo que
aquele sim foi um motivo de celebração.

Nunca foi apenas sobre o dia que ele foi dito, mas sobre como
essa palavrinha de 3 letras mudaria a viagem do curso de nossas
vidas... e como ela nos desafiaria, dia-a-dia, a sermos mais
atentos com nossas faltas..

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Muitas pessoas mantêm a fé em sua versão particular da teoria
de uma tampa para sua panela. Bacana se olharmos o romance
dessa ideia... mas, o que poucas pessoas percebem no amor, é
que ele é uma jornada e não uma tampa que encaixa em algo e...
pronto.

“Felizes para sempre”, digo enquanto sempre você for fiel ao


“felizes”, acredite a tentação de projetar sua dor, a falta e suas
carências no outro vai ser tentador e parecer até o caminho
certo! De repente o costume de viver na projeção se torna uma
bactéria e o modos do casal.

Agora para começarmos aqui... se lembra de quando entrou


nessa viagem intensa que é o relacionamento?

Acho que não pensou em uma viagem com menos do que um


esforço em fazer desta algo saboreado, amadurecido e resolvido
dia-a-dia.
.

AFINAL, SE ESTÁ VIAGEM FOR UM CONFLITO OU UM DESAFIO ETERNO... PARA,


REBOBINA ESSA CENA, VOLTE LÁ PARA O DIA DO EMBARQUE, O SIM ERA UMA
AFIRMAÇÃO DAS IDEIAS E INSPIRAÇÕES...

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


“Olhe para você nem que em pensamento e fala assim...

DESISTE DESSA IDEIA E ABENÇOA A VIDA PARA A PESSOA SER FELIZ.


VOCÊ VAI DESISTIR DE DECIDIR SER FELIZ NESSA VIAGEM.
O MAIS TRISTE É QUE COISAS VAZIAS DO DIA COTIDIANO, AS
DIFERENÇAS, PEQUENAS CHATICES, SERÃO MAIORES QUE A VONTADE
DE DAR CERTO.

Na dor pode parecer ter algum sentido, mas pense comigo...


quantos momentos, se não fosse esse outro, em silêncio, poderia
ter sido insuportável não ter o carinho desta cumplicidade que só
essa viagem pode oferece?

Bom, vamos mergulhar nessa estrada do amor, do


relacionamento, dos desafios para chegarmos ao destino
amadurecimento? Esse em que mesmo nos dias de chuva e frio,
ainda que sem o sorriso dos melhores dias, existe uma força em
guardar o orgulho, a carência, o apego e o controle... abrir o
guarda-chuvas e passar juntos trabalhando por mais dias com
sol.

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Nos juntamos com um objetivo, Angela Sirino e César Bueno, na
missão de colocar neste pequeno livro digital, ideias e
inspirações, com a genuína intensão que sirvam, de alguma
forma, como um despertar em seu relacionamento.

Dois terapeutas, uma mãe, esposa e há muitos anos em sua


viagem neste mesmo curso. Um pai, marido e também
passageiro desse experiência.

Entre visões em comum, uma será a estrutura e o fundamento


desse livro... Deus e seu reino de amor e abundância.

Aproveite esse mergulho e não faça desse livro apenas mais um


conjunto de palavras em um documento interessante, mas
deposite aqui a sua intensão e fé por uma reforma e por renovo
em sua relação.

VAMOS ENTÃO EMBARCAR NESSA ESTAÇÃO?

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


CAPÍTULO II
O SIM - O EU
VIROU NÓS
Aquele amor que se transformou na unidade perfeita, na “minha
outra metade”, soa muito bem... No entanto, parece que os casais
que carregam esse ideal de relacionamento, diria de um
romantismo adolescente sem a maturidade e a ternura de um
adulto, acabam tendo relações desafiadoras e conflituosas.

Quando o objetivo não é ser a metade de uma outra


laranja, nos fazemos inteiros, responsáveis e construímos
essa experiência a cada dia.

Esta jornada não se refere a almas gêmeas criadas uma


para a outra, mas a uma aventura de vida onde decide
dividir essa estrada intimamente com esse alguém mais.

É uma jornada onde obstáculos são superados, objetivos


e propósitos são alcançados e vocês dois, como casal,
trabalham em equipe enfrentando as dificuldades e
carências, mesmo que em alguns momentos sejam vocês
os causadores desses desafios.

É nessa maturidade, nessa responsabilidade que se fazem


os casais que aprendem a valorizar até onde foram
capazes de ir e todas as coisas que passaram juntos.

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


É fato que estabelecer e manter uma conexão emocional não é
uma tarefa fácil, por mais que algumas pessoas o façam com
naturalidade.

DE FATO, É UM VERDADEIRO DESAFIO QUE CONSTANTEMENTE COLOCA À PROVA


NOSSA CAPACIDADE PARA DISCRIMINAR E INTERPRETAR SINAIS DENTRO DO
MUNDO PROFUNDO DO OUTRO.

Mas pense no diferencial que muda o resultado... no dia do


embarque sua intensão, paciência, interesse e força interna para
lidar com as diferenças era a mesma que depois de algumas
voltas na estrada?

A relação que deu errado ou a força individual dos dois que


escolheram viajar em companhia se mudou?
Vamos seguir viagem então...

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


CAPÍTULO III
A VIAGEM DOS
MEUS SONHOS
O amor idealizado para uma vida a dois, quando vem de uma
visão dos contos infantil, vem desconectada de uma realidade
mais genuína. Essa visão traz o esquecimento de que na vida a
dois, aquele outro que escolhemos, também traz suas histórias,
suas ideais e seus pontos a serem lapidados.

Esse perfil, em poucos km de viagem costumam ficar


decepcionadas com eles.

Já na maturidade, as pessoas que concebem seus


relacionamentos românticos como uma construção de
responsabilidade e respeito pessoal, vivem na companhia de seu
parceiro muitos momentos mais satisfeitas.

Enxergam seus relacionamentos amorosos a longo prazo.


Diferentes maneiras de entender o amor também levam a
diferentes maneiras de vive-lo.

Agora responda as seguintes perguntas:

1. Como era sua paciência e visão de longo prazo no início dessa


viagem, relevava por olhar a estrada ou buscava algo imediato?

2. Essa relação está diferente?

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


3. É comum enxergarmos o que pode ser melhorado no outro e
isso tem seu espaço e valor... mas com honestidade, liste aqui 5
faltas que tem tido com o parceiro(a). Seja na atenção, apoio,
cumplicidade, gentileza e até valorização da presença.

4. Se uma única ação, desafiadora, mas apenas uma fosse feita


por você, por 30 dias, mesmo que antes desse tempo algo não
mude... você dormiria mais preenchia(o)? E não por pensar que
fez sua parte o que faz tudo... mas por honrar de maneira
madura suas escolhas evoluindo as resposta ao lidar com isso?

5. Se hoje, por alguma razão, essa pessoa que vive essa viagem
com você desembarcasse por razões que se tornam inviáveis a
retomada da relação... liste aqui:
3 valores importantes que ele(a) tem que sentirá muita falta
(independente de como estejam hoje)
3 momentos que viveram em cumplicidade, felizes ou em
desafio e marcou o que o outro significou naquele instante
para você. Veja as resposta e encontre um momento
adequado, chame o parceiro(a) e diga:

SEI QUE ESTAMOS NUMA FASE MAIS COMPLICADA, MAS ANOTEI ALGUMAS
COISAS QUE GOSTARIA QUE SOUBESSE E QUE NÃO FALO COM A FREQUÊNCIA
QUE FALAVA ANTES...

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Depois pergunte: Me responderia as mesmas perguntas?
Gostaria de saber o que posso fazer para te fazer mais feliz e
virarmos essa página cheia de rabisco juntos!

Essa é a viagem dos sonhos acontecendo enquanto sonha por


caminhos mais satisfatórios sempre.
Preparado para mais um trecho dessa viagem?

ENTÃO PASSE A MARCHA E VAMOS EM FRENTE!

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


CAPÍTULO IV
A EXPERIÊNCIA
NOSSA DE CADA DIA
Enquanto organizávamos os temas aqui olhamos algumas
pesquisas que bateram com os atendimentos e casos que ambos
atendemos.

Angela - O foco em resolver o problema quase sempre coloca as


pessoas a pensarem em uma vida fora da relação.
César - Infelizmente a imaginação cabe tudo, inclusive acreditar
que sair do lugar que a solução acontece, trará uma vida
satisfatória.

A maior parte dos casais que atendi que chegaram ao consultório


pensando no fim, repetiam essa decisão pela terceira, quinta e
até mais vezes.

A cada solução tomada com um “aqui ta ruim” ou “o outro é o


problema”, levaram na verdade o problema junto com eles... A
incapacidade de resolver conflitos, respeitar as diferenças,
contratar com leveza os limites e orientar suas ações para o
resultado.

COMO É PARA VOCÊ?

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Angela - É exatamente isso, as pessoas pensam que existe
alguém perfeito e não pensam em construir isso com o seu
parceiro.

Tenho um caso muito especial, depois de muita resistência o


casal começo a mudar coisas muito simples e em menos de um
mês viram o quanto eles estavam considerando coisas pequenas
como um caos.

Quase perderam a chance de um crescimento e de um passo


ainda mais próximo.

Hoje eles ajudam com aconselhamento e o mesmo que


passaram, ajudaram dezenas de casais a passar.

César - O que vejo que a maioria não enxerga que são esses
problemas resolvidos que fazem a relação ficar cada vez mais
próxima e mais feliz.

E falo tanto pelos casais que atendi e como foi cada passo
nesses anos todos com a Aline.

Angela - É o que mais levo nas palestras quando falo sobre o


tema. Tanto a experiência no consultório como com o Sirino, cada
coisa que passamos na nossa história foi um presente.

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Ele é um marido maravilhoso e o respeito que temos é por tantas
conversas e sempre para fazer ser melhor

Por mais distante que seja ou até que faça sentido, mas um
receio da reação do outro ainda limite a sua ação, vamos olhar
para o experimento que falamos no começo do capítulo e pensar
as ideias que eles confirmam sobre a conversa que tivemos ao
pensarmos esse capítulo.

No grupo de casais que passaram pela pesquisa e pela analise,


os relacionamentos românticos de longo prazo, fizeram um teste
de conhecimento no qual deveriam incluir expressões
relacionadas à ideia de amor como unidade ou amor como
jornada.

Também tiveram de relembrar as situações vividas com o


parceiro que envolveram conflitos e comemorações e, por fim,
fazer uma avaliação do relacionamento.

Relembrar os momentos de comemoração deixou as pessoas


mais satisfeitas com o relacionamento, independentemente de
como conceberam o amor: seguindo a ideia de almas gêmeas ou
como uma jornada acompanhada e construída.

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Porém, os casais que pensam na primeira ideia, a hora que
tiveram de relembrar conflitos ocorridos durante o
relacionamento trouxe insatisfação e sinais presentes do
reflexo no momento atual.

Isso não aconteceu com nenhum casal que tem a segunda ideia.
Agora vamos a um exercício então:

1. QUAIS FORAM A 10 REALIZAÇÕES MAIS INTENSAS QUE


TIVERAM JUNTOS?
2. OS 5 MOMENTOS MAIS PRAZEROSOS E DIVERTIDOS QUE VIVEU
COM O PARCEIRO?
3. QUAIS FORAM OS 5 MAIORES CONFLITOS DA RELAÇÃO ATÉ
AQUI?
4. O QUE SENTIU NA ÉPOCA?
5. QUAL RECURSO USOU PARA PASSAR POR AQUILO?
6. O QUE SENTIU QUANDO ABRAÇOU SEM RESSALVAS
NOVAMENTE O SEU PARCEIRO?
7. OLHANDO AS IDEIAS ACIMA, COM A CAPACIDADE QUE TEVE DE
VENCER DESAFIOS, A GRAÇA DE RECEBER A COMPREENSÃO
QUANDO PRECISOU E PELAS COISAS VALIOSAS QUE VIVERAM, EM
5 LINHAS AVALIE O QUE É PARA VOCÊ ESSA RELAÇÃO?
8. COM UM BISNETO NO COLO, SE O MOMENTO FOSSE AGORA,
VIVENDO SÓ POR UM ATÉ LOGO... DESCREVA EM 5 LINHAS
CONTANDO AO BAIXINHO, QUEM FOI SEU PARCEIRO(A)?

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


CAPÍTULO V
A ESTRADA DO NÓS
PASSOU A BIFURCAÇÃO
A ENFERMARIA DOS CONFLITOS VIROU
UMA UTI EMOCIONAL
Até aqui, pensamos em relacionamentos amadurecendo e
passando pela enfermaria ou até, tirando um tempo mais longo
por lá.

Mas se a situação chegou na UTI emocional, o que fazer?


O amor não é a cura para a solidão, mas às vezes não há pior
sofrimento do que ter encontrado para essa partilha em nossa
vida e, de repente, sentir a solidão da indiferença, do
afastamento e da frieza emocional.

A pessoa esta está aqui, mas eu não o sinto presente.


Essa UTI, refletida em um afastamento da intimidade e do senso
de valor é um vazio confuso e intenso.

Quando falamos sobre essa ideia, as mesmas ideias vieram


acompanhadas de muitos casos...
Quantos casais vivem isso ao mesmo tempo, desejando a mesma
coisa, falando sobre a mesma dor e completamente paralisados
na mesma situação.
“minha dor é maior que a sua, você não me enxerga, não me
valoriza...”
A solidão no amor pode ser devastadora.
É QUASE COMO PERCEBER QUE HÁ UMA JANELA ABERTA POR
ONDE ENTRA O FRIO E MUDA O CLIMA TOTAL NO AMBIENTE.

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Voltando para a mesma casa, dormindo no mesmo colchão, ou
não, com a presença física, mas um vale profundo separando de
maneira invisível o casal.

Uma distancia emocional onde, desaparecem a paixão, o


interesse, as cumplicidades que antes acendiam carícias e
sorrisos.

Quase sem saber como, essa indiferença vem em forma de


hostilidades, censuras e aqueles olhares que, longe de serem
buscados... aquele adeus diário em um ato de evitação e
invisibilidade para o outro e do outro.

A GRANDE BUSCA OU PEDIDO POR OXIGÊNIO NESSA FASE DE UTI


É SER VALORIZADO E O MAIS COMPLEXO... CONSEGUIR
VALORIZAR E DESEJAR ESTAR COM O PARCEIRO NOVAMENTE.

Angela - Sempre que vejo as lutas na relações, nessa fase da UTI


principalmente, como os casais repetem ciclo triste e narcisista.
A ideia de “eu sempre faço mais”, com você também acontece
algo assim?

César - O grande desafio, até nas fases saudáveis, é que


concebemos a ideia de que existem um equilíbrio perfeito na
ideia de amar e ser amado.

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Na verdade nas relações maduras vejo o quanto isso vai muito
para além disso...

Cada um de nós vivi isso com o parceiro(a), do seu jeito, com


habilidades melhores possíveis no momento e também com as
característica a serem desenvolvidas.

Vejo que essa ideia é superada na maturidade e que o fato de


saber que amou com tudo que se tem e respeitou sem crítica,
mas com aporte o outro nas fazes de menor ação saudável do
outro, faz esse desejo ser até obsoleto. Como você vê isso?

(Angela) É exatamente o que falo nos atendimentos e nas


palestras. A escolha de ter um parceiro e a escolha de servir
quando tiver a oportunidade e saber que o outro faz o mesmo,
cada um com a sua maneira de ser e o momento que está
vivendo.

Mas é bonito ver quando um casal que está na UTI chega nesse
ponto não é? Agora onde a UTI se torna infeliz, duradoura e
insuportável emocionalmente?

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Poucas experiências costumam trazer tanto sofrimento quanto
sentir a progressiva indiferença do parceiro e/ou a incapacidade
de estar ou desejar estar com ele.

Por mais surpreendente que possa parecer, a razão para isso


nem sempre é a falta de amor.

Por vezes, esta realidade está intensamente presente em um


isolamento e uma falta de força desta pessoa em lidar com as
suas próprias emoções.

A ponta final vem de uma desconexão da relação sutil, quando a


pessoa não compreende mais que o amor é mais do que a
presença física.

Por que UTI?


Porque ele só sobrevive com auxílio de “aparelhos”.
Emaranhamento financeiro, filhos, dividas, falta de força ou a
capacidade de gerar recursos por uma mudança.

E em casos opostos, a alienação e uma aceitação prostrada de


uma vida sem expressão, hipnotizada por internet, filmes ou
entretenimentos superficiais que minam, pouco a pouco, o
sentido da vida.

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Por fim, quando os princípios, valores e sentido da jornada se
perdem completamente... traições, ausências e até, em casos
mais complicados, pessoas que vivem um relacionamento sem
vínculo no jargão de “relacionamento aberto ou sem
compromisso”.

A UTI É UM PASSO ONDE A INTERVENÇÃO COM TERAPIA, ACOMPANHAMENTO,


ACONSELHAMENTO SÃO NECESSÁRIAS.
SEM UM CHOQUE, SEJA POR UM DESAFIO REAL QUE DESPERTE O CASAL, OS
“APARELHOS” ANESTESIAM DIA APÓS DIA A PONTO DE SER ISSO, NADA ALÉM
DISSO, O POSSÍVEL CONCEBIDO PARA A VIDA...

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


CAPÍTULO V
A MATURIDADE –
MOMENTO DA DECISÃO
“Desejamos, buscamos e admiramos a solidão quando
ela não nos causa sofrimento. Quando se torna
inevitável percebemos que o sentido da vida vem da
partilha, com e para alguém... aí, nem que no intimo mais
protegido, desejamos, buscamos e admiramos relação,
afinal... a ideia nunca causa algum tipo de sofrimento”.
César Bueno

Quando a solidão aparece no amor refletindo a distância


emocional, uma série de realidades psicológicas muito comuns
acontecem.

O estresse surge diante da incerteza, da angústia, do medo de


não ser amado e, muitas vezes, também da hostilidade.
O fato de não ter explicações ficando suspenso no vazio onde
não é o fim e nem uma tentativa orientada para solução, logo, um
verdadeiro limbo, uma UTI emocional no casamento.

Nessa UTI, entre reprovações, brigas e grandes distanciamentos,


o desafio se desloca em problemas no trabalho e em outros
relacionamentos. Agora, nesta UTI, o que fazer para pedir a alta e
retomar a vida para além desse vazio?

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Um trecho do Pequeno Príncipe vai ilustrar a ideia que pensamos
para essa parte:

“O pequeno príncipe se foi para ver as rosas novamente:


“Vocês não são nem um pouco parecidas com a minha rosa”, ele
disse a elas. “No momento vocês ainda são como nada. Ninguém
as cativou, e vocês ainda não cativaram ninguém. Vocês são
como a minha raposa quando a vi pela primeira vez. Ela era
somente uma raposa como cem mil outras raposas. Mas hoje
nós somos amigos, e ela é para mim uma raposa única em todo
o mundo.”

E as rosas ficaram muito desapontadas…


“Vocês são belas, mas são vazias”, ele prosseguiu. “Ninguém iria
morrer por vocês. De fato, um transeunte qualquer poderia
pensar que a minha rosa se parece muito com vocês… Mas ela,
apenas ela, é mais importante do que todas vocês, pois foi
somente ela a rosa que eu reguei; foi somente ela a rosa que eu
coloquei sob a redoma de vidro; foi somente ela que eu protegi;
foi somente por ela que eu matei as larvas (exceto as duas ou
três que salvei para que se tornassem borboletas). E foi
somente ela que eu tive paciência de escutar, enquanto se
queixava ou se gabava, ou mesmo quando não dizia
absolutamente nada. Pois ela é a minha rosa.”

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Em primeiro lugar, lembre-se da importância das pequenas
coisas, aquelas que passam despercebidas. Temos que dar a
elas o lugar que elas merecem, porque um dia vamos perceber
que elas foram os nossos maiores feitos.

As coisas simples como dar bom dia, um olhar trocado na hora de


uma decisão ou desafio importante, um beijo ou algum outro
gesto de carinho.

Se o seu parceiro, ou mesmo você, reclama da ausência desses


pequenos prazeres, comece a despertar eles são as amarras de
toda a estrutura, quando solta torna o relacionamento instável.
Na realização é previso a felicidade entre vocês, assim como na
dor vivida junto a força, ou quando em conflito um
ressentimento. Na proatividade, no interesse e na atenção ao
perfume e ao tempero que faz a ação escolhida de amar e
construir essa jornada.

“O maior paradoxo humano é a fixação e desejo por fazer algo


grande, dedicando quase toda a vida para isso... para ao final
respirar fundo, olhar para história e perece, essa vida dedicada
para o grande projeto, foi feita e vivida da pequenas, delicadas e
sutis experiências nossas de cada dia”
César Bueno

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


O amor autêntico requer ação, emoção, conexão e reciprocidade.
O simples fato de ter um parceiro não oferece proteção contra a
solidão. É mais fácil pensar no fim quando enxergamos no outro
pontos que poderia não ter recebio meu sim. Mas acredite, é mais
fácil resolver esses conflitos, determinar os limites, as
conversas, e escolhas com orientações equilibradas e
direcionadas para a resolução.

Uma carência exagerada, um apego descabível, um conflito


carregado... leva da saúde a enfermaria a sua relação.
Pensamentos de fuga, projeção de culpa, dor e falta de interesse
100% no outro, cessão a responsabilidade individual. Da
enfermaria a separação emocional e a chegada a UTI das
emoções.

A aceitação sem precedentes a anestesia da rotina, perda ou


rompimento com princípios e escolhas que diminuem a
intimidade e a cumplicidade do casal, deixam o casamento em
uma espécie de “coma”, um congelamento intencional da chance
de algo mudar.
E agora Angela, César... essa é a última parada nessa viagem?
Na verdade não é a última e nem uma opção a ser considerada,
mas já que estamos aqui, vamos para o ultimo trecho dessa
viagem.

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


CAPÍTULO VI
O DESTINO A VIAGEM
ACOMPANHADO EM
PRIMEIRA CLASSE DA VIDA
A concepção do casal no terreno escorregadio que abriga a
ideia de “não existe problemas no casamento perfeito”
costuma gerar um alicerce frágil e inflexível diante do erro.

Pelo contrário, considerar a relação amorosa momentos plenos


de satisfação, fases da vida cheia de tribulações, que se percorre
em companhia, aumenta o valor da jornada e do que foi
conquistado.

A maturidade vem ao olhar com graça a história e o crescimento


até aqui, a cada desafio passados juntos e até os que colocaram
ideias em cheque, superar as duras provas o que a vida às vezes
trouxe é a grande obra celebrada da relação.

Provavelmente, não estamos destinados a ficar com ninguém em


particular. Provavelmente, o que temos que fazer é nos
prepararmos para percorrer esse caminho, fazer essa viagem na
companhia do nosso parceiro(a) e encará-la como o que ela é,
uma longa aventura em equipe.

Viver o dia a dia, olhando para as pequenas e tão intimas


experiências. Cultivar a curiosidade pelo mundo do outro, fluir
em sonhos, planos e objetivos... tanto para o nós, para o outro e
do eu.

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO


Além de andarem juntos em ideias “nossas”, damos a
oportunidade do outro contribuir em uma importante e
intima ideia do “eu” e por fim, nos fazermos úteis,
contribuindo nas ideias do “outro” enquanto admiramos um
sorriso justificado, intimo de vocês... o polimento final nessa
joia que escolheram lapidar

A primeira classe não é um lugar ou condição de chegada. Ela


é uma decisão de partida, diária e sutil.

É nessa atenção que você viaja com conforto, cuidado,


espaço e em um lugar de destaque... pois escolheram
destacar essa decisão de sim... eu quero você para essa
viagem ao meu lado todos os dias. Uma alegria compartilhar
pontos objetivos mas especiais tão para a jornada de vida
com nossa família, como casos e experiências com um único
fim.

Alimentar com alguma clareza a força para honrar o sim,


primeiro dado ao outro, a si e sobre as bençãos do Criador.
Esperamos você para saber como foi essa viagem e como
aplicou em sua vida.

ANGELA SIRINO & CÉSAR BUENO

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