DEUS, EU E O MEU RELACIONAMENTO

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Autora: Larissa Saldanha

ISBN: 978-65-00-91420-7
 Em fevereiro de 2022, o Espírito Santo falou ao meu
coração para escrever um livro, e Ele me deu o nome deste
livro: “Deus, eu e o meu relacionamento”. No momento
aceitei àquele chamado, porém demorei para de fato
começar a escrevê-lo. E confesso que, cheguei a perguntar a
Deus: “porque escrever um livro sobre relacionamento?”. E
o Senhor me respondeu: “Porque foi nessa área que eu
trabalhei na sua vida”. E ao ouvir isso, percebi o quanto era
verdade, o quanto Deus trabalhou no meu relacionamento, o
quanto Deus me moldou e moldou ao meu marido para hoje
sermos quem somos e termos um relacionamento feliz de
verdade.
Te digo com sinceridade que, este livro não nasceu do
meu coração, mas do coração de Deus. E eu tenho certeza
que ao lê-lo, cada palavra tocará o seu coração e te levará a
ter um relacionamento segundo a vontade dEle, um
relacionamento feliz e abençoado.

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 Hoje, podemos perceber que os relacionamentos não
são mais como antes. Lembro-me de por vezes ouvir
diversos testemunhos de pessoas que lutaram pelos seus
relacionamentos, principalmente pelos seus casamentos.
Pessoas que suportaram os vários dias difíceis de seus
parceiros e venceram. Pessoas que são a prova de que um
relacionamento entre duas pessoas completamente
diferentes pode sim dar certo.
Mas, infelizmente, isso não é mais visto nos dias de
hoje. Vemos que, na primeira dificuldade do casal, a
separação já está batendo às portas. Vemos pessoas se
esquecendo do que verdadeiramente significa estar em um
relacionamento e, principalmente, se esquecendo dos votos
que fizeram no altar.
Acredito que o fracasso dos relacionamentos tem
acontecido muito no século XXI porque lhes está faltando
algo, na verdade, alguém. Erramos, e muito, ao pensar que

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um relacionamento deve ser composto por apenas duas
pessoas. Na verdade, ele pode até ser composto por duas
pessoas, porém, não será um relacionamento saudável, não
será um relacionamento onde as duas partes se sentem
felizes de verdade. Para ser bem sincera, se o relacionamento
for composto por apenas homem e mulher, haverá sempre a
sensação de que algo está faltando. E muitas vezes, é
sentindo essa sensação, de que está faltando algo, que muitos
casais tem filhos, com o intuito de preencher um vazio que
falta no relacionamento, colocando a esperança do seu
casamento nas mãos de seus filhos. Mas, para a surpresa de
muitos, quando os filhos nascem, esse vazio permanece, e
muitas vezes ele até aumenta, levando então o casal à
separação. Já deixo bem claro que de forma alguma sou
contra o casal ter filhos, pelo contrário, acho sim que todos
os casais deveriam ter filhos, porém não para preencher um
vazio, não como uma tentativa de melhorar o
relacionamento.
Como eu disse, nos enganamos ao pensar que o
relacionamento deve ser composto por apenas duas pessoas.

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Na verdade, ele precisa ser composto por três: Deus, homem
e mulher. Vou te falar com toda a sinceridade, não existe um
relacionamento feliz e abençoado sem a presença do Espírito
Santo (que é o próprio Deus), Ele é fundamental.
O Espírito Santo é o único que pode mudar nossa
maneira de pensar e de agir. Apenas Ele pode curar nossas
feridas e traumas do passado, e nos convencer daquilo que
estamos fazendo de errado dentro do nosso relacionamento.
Apenas Ele pode nos guiar para a sabedoria. E apenas Ele
pode preencher todo e qualquer vazio. E eu digo isso não da
boca para fora, mas como alguém que experimentou, que
viveu, que viu seu relacionamento ser transformado, que viu
a si mesma ser transformada pelo Espírito Santo.
No decorrer deste livro eu vou te mostrar como ter
um relacionamento saudável, feliz e abençoado e mais, vou
te mostrar como a presença do Espírito Santo é fundamental
em nossa vida e, principalmente em nosso relacionamento.
Fique aqui comigo e mergulhe nessa leitura. Sendo casada
ou não, este livro vai te ajudar a ter um relacionamento muito
melhor.

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 Diferente do que muitas pessoas pensam, e diferente
até mesmo do que você pode pensar, nós, seres humanos,
não fomos criados por Deus para adorá-lo, caso contrário,
ele nos teria feito anjos e não seres humanos. Mas nós fomos
criados por Deus para ter um relacionamento com Ele. E já
quebrando qualquer objeção, sim, devemos adorar à Deus,
mas a adoração é apenas consequência do nosso
relacionamento com Ele. Naturalmente, quando nos
relacionamos com Deus, o amamos e passamos a adorá-lo.
Quando Deus criou Adão e Eva, a bíblia relata que
todas as tardes Deus ia até o jardim para conversar com eles
(Gênesis 3:8). Eu, por vezes, fico imaginando Deus no
jardim do Éden perguntando como Adão e Eva estavam,
como eles estavam se sentindo, quais eram as novidades que

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eles tinham para contar (embora Deus soubesse de
absolutamente tudo que acontecia com eles).
Deus tinha prazer em estar com Adão e Eva, em ter
um relacionamento com eles. E acredito que, com os dois
também não era diferente, eles tinham prazer em estar com
Deus e ter um relacionamento com Ele.
Porém, quando Adão e Eva foram enganados pela
serpente e comeram do fruto proibido, eles foram separados
de Deus e, consequentemente, o relacionamento que antes
tinham com Deus, deixou de existir. Como você já deve
conhecer a história, foi por causa da desobediência de Adão
e Eva que o pecado entrou no mundo, transformando, assim,
toda a criação, principalmente a humanidade.
Ao imaginar Adão e Eva no jardim, se relacionando
com Deus, conseguimos imaginar também como o
relacionamento entre os dois era saudável e feliz. Pare e
pense comigo; quando eles estavam no jardim e se
relacionando com Deus, ali não havia ciúmes, não havia
brigas, não havia julgamentos... Porém, quando saíram do
jardim, quando saíram da presença de Deus, quando o

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relacionamento com Ele foi rompido, as coisas começaram
a mudar, pois o pecado chegou, e com ele a destruição
daquilo que antes era perfeito.
A bíblia não relata, mas eu, como mulher, consigo
imaginar Adão e Eva depois da queda. E na minha cabeça
parece até cena de filme, ou mesmo da vida real. Imagino
Adão apontando o dedo para Eva e dizendo: “a culpa é sua
de sermos expulsos do Jardim”, e Eva replicando: “você
comeu por que quis, ninguém te obrigou”. Com toda certeza,
aquele relacionamento que antes era perfeito, passou a não
ser mais. Agora, Adão e Eva teriam que lidar com as dores,
com os traumas, com as emoções ruins, e o pior de tudo, sem
a maravilhosa presença de Deus, sem Deus para auxiliá-los,
pois a conexão com Ele se rompeu.
No decorrer da história vemos o quanto a humanidade
foi corrompida, o quanto o pecado tomou conta e o quanto a
falta de relacionamento com Deus fez das pessoas egoístas,
pensando somente em si próprias, em suas vontades, em seus
prazeres, em suas dores. E isso, consequentemente, fez com
que o relacionamento entre homem e mulher não fosse como

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de fato deveria ser. Pois com a presença do pecado e sem a
presença de Deus, homem e mulher, além de deixarem de
exercer seus respectivos papéis, passaram a dar lugar aos
mais diversos sentimentos, destruindo assim, a si mesmos e
a toda uma geração.
Mas, por amor a nós, Deus enviou Jesus, seu único
filho, que veio e reestabeleceu a conexão entre Deus e os
homens. E hoje, temos a chance de viver não só um
relacionamento com Deus, mas também viver um
relacionamento, entre homem e mulher, segundo a vontade
de Deus.
É muito importante que a gente entenda que não tem
como viver um relacionamento feliz e abençoado, sem antes
viver um relacionamento com Deus.

“Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus, que andava pelo
jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor
Deus entre as árvores do jardim.” Gênesis 3:8

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 Como eu disse, fomos criadas para ter um
relacionamento com Deus. Esse é o primeiro relacionamento
que precisamos ter na vida, e é o único que durará para
sempre.
Você pode achar que não, mas a forma como você se
relaciona com o seu parceiro diz muito sobre como é o seu
relacionamento com Deus. Talvez neste momento você
esteja meio confusa e tentando entender ao certo o que estou
querendo dizer. Fique tranquila, vou explicar isso para você.
Olha só, é natural que, quando temos um
relacionamento com Deus, muitas coisas mudem em nossa
vida, principalmente nossas atitudes. Não existe alguém
dizer que se relaciona com Deus, mas continua sendo uma
pessoa que não se parece nem um pouco com Ele. Afinal,
quanto mais nos relacionamos com Deus, mais nos tornamos

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semelhantes à Ele e o fruto do Espírito Santo é cada vez mais
perceptível em nossa vida.
Se dentro do seu relacionamento você é aquela pessoa
que não tem paciência com o seu parceiro, isso demonstra a
falta de um fruto do Espírito em sua vida; a paciência. Se
você não consegue conversar sem gritar ou ferir seu parceiro
com palavras, te falta um fruto; a mansidão. Se você não
consegue controlar suas ações diante de uma situação difícil
ou desafiadora, te falta um fruto; o domínio próprio.
A falta dos frutos do Espírito Santo na sua vida
demonstra o quanto seu relacionamento com Deus não vai
bem. Acredite fielmente nisto que vou te dizer agora: o
sucesso do seu relacionamento, amoroso ou não, depende do
seu relacionamento com Deus. Afinal, alguém que tem um
relacionamento com Deus não dá lugar à ciúmes, inveja,
egoísmo, ódio, discórdia, entre outras coisas.
Quando me casei com o Nicolas, eu não tinha
praticamente nada dos frutos do Espírito, afinal, meu
relacionamento com Deus era raso demais, na verdade,
quase não existia relacionamento. Inclusive, minha mãe

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conta que antes de eu me casar, ela teve uma conversa com
o Nicolas e disse: “você está vendo bem com quem está se
casando? A Larissa não é uma pessoa fácil de lidar e eu não
quero que você judie dela.” Acredite, eu nem sabia dessa
conversa, descobri anos depois que me casei, depois que fui
transformada.
Alguns anos do meu casamento foram extremamente
difíceis, afinal, sem os frutos do Espírito eu era uma péssima
pessoa, uma péssima esposa para o meu marido. Eu era
aquele tipo de pessoa que não sabia conversar
tranquilamente e me irava facilmente (ao ponto de avançar
em meu marido). Eu também não tinha a visão de que
éramos uma só carne, na verdade, para mim, vivíamos em
uma competição onde eu precisava ser melhor do que ele.
Não é atoa que meu casamento quase chegou ao fim. Mas,
depois de me relacionar com Deus, tudo mudou. Seus frutos
foram sendo aperfeiçoados em mim e eu passei a ser alguém
transformada. Passei a ser alguém que de fato demonstra ser
filha de Deus e que vive aquilo que aprendeu com seu Pai. E

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espero continuar sendo esta pessoa até que Senhor venha.
Amém!
Hoje posso com certeza afirmar que a velha Larissa
não existe mais. Hoje consigo ter conversas tranquilas com
meu marido (mesmo as conversas difíceis), consigo
controlar meus sentimentos (mesmo em momentos
desafiadores), e o melhor de tudo, hoje eu entendo
perfeitamente o que é ser uma só carne. Hoje eu sei que o
sucesso do meu marido é o meu e vice-versa.
Como eu disse anteriormente, não tem como uma
pessoa que se relaciona com Deus não demonstrar os frutos
desse relacionamento com outras pessoas. Jesus mesmo
disse: “conhecereis a árvore pelos frutos” (Mateus 7:16-20).
Inclusive, esse é um alerta que Jesus nos dá para sabermos
se a pessoa é mesmo quem ela aparenta ser. Conhecemos
alguém através dos frutos que essa pessoa gera, e da mesma
forma somos conhecidas. E lembre-se sempre: os frutos não
geram sozinhos, eles precisam de uma raiz, e essa raiz é
Jesus. O próprio Jesus disse: “eu sou a videira e vocês são
os ramos, se vocês estiverem em mim, darão muitos frutos.

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Pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (João
15:5). Ou seja, não tem como haver transformação sem
relacionamento com Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito
Santo.
Que nosso relacionamento com nosso parceiro possa
demonstrar como é o nosso relacionamento com Deus, e que
Ele seja glorificado através de nós. Amém!

“Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e

libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo,
dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os
advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não
herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz,
paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.
Contra essas coisas não há lei. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram
a carne, com as suas paixões e os seus desejos.” Gálatas 5:19-25

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 Quando nos relacionamos com Deus, aprendemos o
verdadeiro sentido da palavra amor. Diferente do que muitas
pessoas pensam, amor não é um sentimento, mas é uma
atitude. E posso afirmar isso que estou dizendo com base na
afirmação de Jesus mais conhecida por todos:

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que
todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16

O grande amor de Deus pela humanidade é

demonstrado através de uma atitude: dar seu filho unigênito
para morrer por mim e por você. Como eu disse, o amor é
uma atitude, atitude que só aprendemos quando nos
relacionamos com Deus.
O relacionamento com Deus nos leva a entender que
o amor nem sempre está relacionado ao prazer. Porque sim,

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diversas vezes teremos que fazer coisas que não nos dão
prazer, mas que revelam o nosso amor. Por exemplo, a bíblia
diz que “aquele que ama a Deus obedece aos seus
mandamentos” (João 14:21). E nem sempre é fácil obedecer
aos mandamentos de Deus, pois eles implicam deixar de
lado nossas próprias vontades e desejos, renunciando, assim,
a nós mesmas. Mas, quando fazemos isso – renunciamos a
nós mesmas – demonstramos o nosso amor por Deus. E em
nosso relacionamento não deve ser diferente.
Muitas vezes, por amor, é necessário deixar de lado
as nossas vontades para agradar a pessoa que está ao nosso
lado. Porém, esse tem sido um grande problema para a
geração presente, que entra num relacionamento
simplesmente para ser feliz. E isto está completamente
errado! Infelizmente, essa é uma cultura diabólica que vem
ganhando cada vez mais espaço na vida das pessoas, a
cultura da autovalorização. Todos dizem por aí: “você tem
que ser feliz”, “faça por você”, “pense em você”, etc...
Fazendo com que cada vez mais, as pessoas tragam à tona

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suas piores versões, inclusive a versão que não agrada nem
um pouco a Deus.
Certa vez, em uma palestra para casais na igreja onde
eu sirvo, foi pedido para que cada pessoa escrevesse em um
papel o motivo pelo qual se casou. E, infelizmente, a maioria
respondeu “me casei para ser feliz”. Talvez você possa estar
se perguntando: “mas o que tem de mau nisso?”. Na verdade,
isso não é um problema, desde que não seja o motivo
principal para entrar em um relacionamento. A mentalidade
correta acerca, principalmente, do casamento, é a de que
“nos casamos para fazer feliz”. Precisamos entender que a
consequência de fazer o outro feliz é, justamente, ser feita
feliz também. E quando as duas partes entendem isso,
acredite, não tem como o relacionamento não dar certo.
Porém, quando a nossa mentalidade é simplesmente de “ser
feliz”, nos tornamos pessoas frustradas (pois o
relacionamento não está sendo como idealizamos) e
egoístas, que só pensam em si próprias e na sua felicidade,
sem se importar se o nosso parceiro está feliz ou não. E por
esses motivos, muitos relacionamentos estão se acabando.

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 Relacionamento tem a ver com servir. Amar tem a ver
com servir. Jesus nos ensinou que, se queremos ser grandes,
precisamos assumir o lugar de servos. E porquê? Se você
parar para analisar, um servo é alguém que além de servir
naquilo que é necessário e que faz parte do seu trabalho,
também é alguém que tem respeito e humildade diante dos
que estão sendo servidos.
Servir ao nosso parceiro não é, como dizem por aí, ser
escrava. Mas é demonstrar o nosso amor através das nossas
atitudes. Atitudes de pessoas que vivem um relacionamento
com Deus e entendem o que verdadeiramente significa amar
alguém.

“Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente

considerem os outros superiores a vocês mesmos. Cada um cuide, não
somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a
atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não
considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas
esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos
homens.” Filipenses 2:3-7

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 Se tem algo que faremos, ou que deveríamos fazer,
com frequência dentro do nosso relacionamento é perdoar.
Afinal, assim como nós, nosso parceiro não é perfeito e
algumas vezes ele irá nos decepcionar, seja com palavras,
atitudes, gestos. O fato é que, jamais devemos nos fechar
para o perdão, caso contrário, nosso relacionamento estará
fadado ao fracasso.
Sei que algumas pessoas tem mais dificuldades que
outras quando o assunto é liberar perdão. Afinal, algumas
pessoas enxergam a si mesmas como sendo uma ótima
pessoa, que só faz coisas boas e que, de alguma forma, é
superior a quem está ao seu lado. E como consequência
disso, acabam achando que seu parceiro não é digno de
perdão.

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 Eu quero contar uma história para você, ou talvez,
relembrar essa história a você. Há mais de dois mil anos
atrás, por amor, Deus enviou seu único filho para morrer por
mim e por você, para que por meio dEle recebêssemos o
perdão dos nossos pecados e a salvação eterna. O que é
interessante nessa bela história verídica, é que em nenhum
momento nós fomos merecedores desse ato de amor, em
nenhum momento nós nos mostramos dignos de perdão e
salvação. Mas mesmo assim, mesmo não sendo merecedores
e dignos, fomos perdoados.
Acredite, o nosso relacionamento com Deus nos faz
entender que o perdão não é para quem merece, mas
principalmente para quem, em nossa limitada visão, não
merece. Você pode se achar a melhor pessoa do mundo, que
ajuda o próximo, que ama ao próximo, que vive uma vida
correta e justa. Mas mesmo assim, continua não sendo
merecedora do amor, do perdão e da salvação de Deus. O
que recebemos de Deus foi um favor imerecido, isso é a
graça.

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“Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com
seus servos. Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe
devia uma enorme quantidade de prata. Como não tinha condições de pagar,
o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía
fossem vendidos para pagar a dívida. “O servo prostrou-se diante dele e lhe
implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. O senhor daquele
servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir. “Mas, quando
aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem
denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague-me o que me
deve!’ “Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: ‘Tenha paciência
comigo, e eu pagarei a você’. “Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-
lo na prisão, até que pagasse a dívida. Quando os outros servos,
companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e
foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. “Então o senhor
chamou o servo e disse: ‘Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você
me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu
tive de você?’ Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse
tudo o que devia. “Assim também fará meu Pai celestial a vocês se cada um
de vocês não perdoar de coração a seu irmão”. Mateus 18:23-35

Jesus contou esta parábola para ensinar sobre o

perdão. Sempre que pensarmos que alguém não merece
perdão, devemos nos questionar se nós merecíamos. E,

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como eu já disse, não, nós não merecíamos ser perdoadas, e
mesmo assim Deus nos perdoou através de Jesus.
Um outro ponto muito importante sobre essa parábola
é que, quando não perdoamos, somos atormentadas. Preste
bem a atenção no que eu vou te dizer agora: sempre quando
você não libera perdão, o próprio Deus permite que você seja
atormentada por espíritos torturadores. Sabe aquela pessoa
que não consegue viver em paz, que vive lembrando do
passado, sofrendo por algo que lhe aconteceu (mesmo
depois de muito tempo), que não consegue ser feliz, que a
vida não vai para frente, e que até mesmo vive doente?
Acredite em mim, isso é típico de alguém que está sendo
torturada porque não liberou perdão.
Quanto mais nos relacionamos com Deus, mais
entendemos o quão importante é perdoarmos. Devemos
perdoar porque fomos perdoadas. Devemos perdoar para que
os nossos pecados, erros e injustiças também sejam
perdoados. É isso mesmo! Se você não perdoa as ofensas das
pessoas, Deus também deixa de perdoar as suas. E às vezes
somos tão hipócritas que oramos o Pai Nosso e dizemos:

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“perdoa as nossas ofensas assim como nós perdoamos a
quem nos tem ofendido”. Sendo que não perdoamos coisa
nenhuma. Mas, mesmo assim achamos que estamos
enganando a Deus, quando não estamos.

“Mas, se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está nos céus não
perdoará os seus pecados.” Marcos 11:26

Com Deus aprendemos que o perdão faz parte da vida

de quem tem um relacionamento com Ele. Como eu disse,
nosso relacionamento com o nosso parceiro revela o nosso
relacionamento com Deus. Se você não consegue perdoar
seu parceiro e vive entupida de mágoas e rancores, isso
apenas demonstra que você não tem um relacionamento,
pelo menos não verdadeiro, com Deus. E mais uma coisa, a
mágoa e o rancor te fazem adoecer. Mágoa nada mais é do
que uma “má água”, um esgoto dentro de você, que só vai te
trazer doenças e atrair moscas e vermes. Cuidado!
Jesus disse que “o filho faz o que vê o pai fazendo”
(João 5:19). Ou seja, se dizemos que somos filhas de Deus,

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precisamos agir como tais, demonstrando, assim, a nossa
semelhança com o Pai, perdoando como Ele nos perdoou e
nos ensinou.

“Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes

deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?”
Jesus respondeu: “Eu digo a você: Não até sete, mas até setenta vezes sete.”
Mateus 18:21-22

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 Não é nenhuma novidade que o relacionamento com
Deus exige renúncia. Deus nos chamou para viver na contra
mão do mundo, nos chamou para sermos novas criaturas.
Mas algo importante que precisamos ter em mente é que, não
é porque somos nova criatura que a velha versão de nós não
vai existir mais. Mas pelo contrário, ela se apresentará todos
os dias, e temos como função renunciá-la.
Jesus disse que, se quiséssemos segui-lo deveríamos
renunciar a nós mesmas (Mateus 16:24). E o que isso
significa? Significa que, se queremos andar com e como
Jesus, precisamos deixar de lado nossas vontades e desejos
carnais. Falando parece ser fácil, mas na prática é muito mais
difícil. E algumas pessoas até enxergam como sendo algo
impossível de se alcançar.

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 A nossa carne sempre vai desejar o que é melhor para
nós segundo a sua vontade, e faz isso sem sequer pensar no
resultado que as nossas ações vão gerar na vida das pessoas
a nossa volta. Se damos lugar a carne passamos a ser pessoas
egoístas, que pensam apenas em si mesmas e em seu bem
estar. Porém, quando renunciamos a nós mesmas, fazemos o
que é necessário para o bem coletivo.
A renúncia faz parte da vida de quem tem um
relacionamento com Deus, pois se nos relacionamos com
Ele, desejamos agradá-lo, e para agradá-lo precisamos agir
de acordo com a sua palavra e andar segundo sua vontade.
E, na maioria das vezes, para não dizer todas as vezes, é
necessário renunciarmos a nós mesmas, mesmo não
querendo. E aqui está uma grande chave; precisamos
entender que nem sempre na vida, principalmente na vida
com Deus vamos fazer o que nós queremos, mas sempre
vamos fazer o que é necessário e correto fazer. Me diz, você
quer acordar tão cedo para ir trabalhar? Aposto que não. Mas
é necessário e correto caso queira manter seu emprego.

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 Se você tem um relacionamento com Deus, com
certeza você entende que precisa fazer renúncias para manter
esse relacionamento. E em nosso relacionamento amoroso
não é diferente. Diversas vezes teremos que renunciar pelo
bem coletivo, mesmo a gente não querendo. Eu percebo que
muitos relacionamentos estão se acabando pelo simples fato
das pessoas que o compõem não quererem renunciar. Cada
um quer fazer a sua vontade, nunca conseguem abrir mão
pelo outro ou até mesmo pelo bem do relacionamento.
Lembro que, quando me casei, tínhamos de decidir
onde iríamos morar. Como ainda éramos bem jovens e com
pouca condição financeira, teríamos que decidir entre morar
com os meus pais ou com os pais dele. Claro que eu como
mulher, tinha o desejo de morar na casa dos meus pais, afinal
eu já conhecia o ritmo da casa e, principalmente, eles me
conheciam. Foi um tanto quanto difícil tomar essa decisão,
pois meu marido não queria de jeito algum morar com meus
pais, principalmente porque minha família era muito
diferente da dele, e diferente eu quero dizer agitada. Na casa
dos meus pais sempre tinha muita gente, todo dia parecia um

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dia de festa. E ele não estava acostumado com nada disso.
Depois de muito conversarmos, eu decidi ceder, pois percebi
que aquilo seria o melhor para o nosso relacionamento,
mesmo não sendo o que de fato eu queria. No fim, deu tudo
certo.
Renúncias são extremamente necessárias tanto no
relacionamento com Deus quanto no relacionamento
amoroso. Acredite, diversas vezes você terá que renunciar
algumas coisas, suas vontades e desejos pelo bem do seu
relacionamento, isso se você quiser ter um relacionamento
de sucesso, caso contrário, você viverá num campo de
batalha onde ambos serão feridos. E eu sei, renunciar não é
fácil, mas também não é algo impossível de se fazer,
principalmente para alguém que vive um relacionamento
com Deus.

“Então Jesus disse aos seus discípulos: “Se alguém quiser acompanhar-me,
negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a
sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a
encontrará.” Mateus 16:24-25

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 Para algumas pessoas, humildade é sinônimo de
humilhação. Mas é completamente errado pensar dessa
forma. Humildade é a habilidade de olhar para si mesma e
reconhecer seus erros e falhas. Humildade é saber pedir
perdão, é deixar de lado o seu orgulho para fazer o que é
certo.
O oposto da humildade é o orgulho. O orgulho é
completamente desaprovado por Deus. É o orgulho que leva
as pessoas para longe dEle, pois ele faz com que elas pensem
ser autossuficientes e não necessitadas de graça e
misericórdia. Foi assim que aconteceu com Lúcifer, o
orgulho fez com que ele pensasse que era melhor do que
Deus e o fez cogitar ocupar o lugar de Deus (Isaías 14:13-
14). Quando damos lugar ao orgulho, uma semente maligna

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é plantada em nosso coração, e essa semente pode vir a
crescer e causar grande destruição.
Quando permitimos deixar o orgulho entrar em nossa
vida, basicamente estamos dizendo para Deus: “saia que eu
não preciso mais de você”. Eu sei que é forte ler isso, mas
essa é a mais pura verdade. O orgulho nos afasta de Deus,
nos fazendo pensar que não precisamos mais dEle pois
conseguimos dar conta de tudo sozinhas. E naturalmente, se
estamos nos afastando de Deus, isso significa que nosso
relacionamento amoroso começará a ter grandes problemas.
O orgulho, além de nos afastar de Deus – porque
Deus odeia o orgulhoso (Provérbios 6:16-17) – nos afasta
também das pessoas que amamos, nesse caso em questão, do
nosso parceiro. Pense comigo, não é horrível você ter que
conviver com alguém que nunca admite estar errado? Que
não sabe pedir perdão e que sempre se acha o dono da razão?
Tenho certeza que nesse momento você está pensando no
seu parceiro e concordando comigo. Mas e você? Será que
você não tem dado lugar ao orgulho utilizando como
desculpa o orgulho do seu companheiro?

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 Quando me casei eu não tinha um bom
relacionamento com Deus, e obviamente isso refletiu no
meu casamento. Eu posso afirmar, com toda certeza, que
naquele tempo eu não tinha humildade. Na verdade, a única
coisa que eu tinha era orgulho. Naturalmente, como eu não
tinha um relacionamento com Deus, dificilmente eu chegava
diante dEle e pedia perdão pelos meus erros. Tudo o que eu
sabia fazer era chegar diante dEle para pedir algo. Inclusive,
hoje eu consigo entender porque meus pedidos não eram
atendidos. Eu tinha uma dificuldade enorme de reconhecer
os meus erros, na verdade, eu nunca os reconhecia. E claro
que isso estava acabando com o meu casamento. Todas às
vezes que eu e Nicolas brigávamos, eu nunca pedia perdão,
sempre esperava ele vir pedir. E se ele não pedisse, eu
também não pedia e ficava por isso mesmo. E quando,
raramente, eu pedia perdão, não era de coração. Eu fazia isso
apenas para que aquela discussão acabasse logo.
Com o passar do tempo, o orgulho foi ficando cada
vez mais forte, e dentro de mim, toda vez que eu e Nicolas
nos desentendíamos, eu sentia meu coração ficar como

33
pedra. Sabe quando você machuca o outro de tal forma, mas
mesmo assim não sente absolutamente nada e age como se
nada tivesse acontecido? Eu estava desse jeito. Eu fazia e
dizia coisas terríveis para ele sem sentir um pingo de culpa,
nem sequer remorso. Meu coração estava se endurecendo,
tudo por causa do orgulho. E pior de tudo, eu dizia pra mim
mesma que o orgulhoso era o Nicolas.
Mas quando me encontrei de verdade com Jesus e
passei a me relacionar com Ele, tudo mudou. Todo orgulho
que existia em mim se tornou em humildade. Pois quando
nos relacionamos verdadeiramente com Deus, percebemos
que no fim não somos nada, somos apenas pó. E quando meu
orgulho foi colocado por terra, Deus me fez enxergar que a
única forma de ter um relacionamento com Ele e ter meu
casamento restaurado era através da humildade. Era
reconhecendo que eu errava, e muito, e principalmente, era
pedindo perdão pelos meus erros.
É importante eu deixar algo bem claro aqui para você;
é impossível sermos pessoas humildes sem termos um
relacionamento com Deus. Por isso, é importante,

34
novamente, eu dizer que o nosso relacionamento com Deus
determina como será o nosso relacionamento amoroso.

“Quando vem o orgulho, chega a desgraça, mas a sabedoria está com os

humildes.” Provérbios 11:2

35
 Muitas mulheres acreditam que submissão só entra
em cena quando estamos casadas. Mas a verdade é que não.
A submissão entra em cena a partir do momento que
dizemos conhecer e servir a Deus. A submissão só é um
desafio quando não temos um relacionamento com Ele. E
acredite, quando esse relacionamento não existe, você pode
encontrar o melhor homem para se casar que você não
conseguirá ser submissa a ele.
Uma coisa que você precisa entender é que ser
submissa não é ser escrava. Na verdade, a palavra
submissão, do grego “hupotasso”, significa “atitude
voluntária de ceder; de assumir a responsabilidade de levar
a carga de alguém”. Submissão significa estar numa mesma
missão que alguém, ajudando-o. Uma mulher submissa a
Deus é aquela que está colaborando com Ele, ou seja, é

36
aquela que através da sua vida está levando outras pessoas a
O conhecerem. Uma mulher submissa ao seu marido é
aquela que o ajuda em sua missão de ser o cabeça do lar,
aquele que provê, aquele que protege. Uma mulher submissa
é aquela que respeita e dá auxílio ao seu marido.
Já recebi inúmeras mensagens de mulheres
reclamando de seus parceiros, dizendo que não conseguiam
ser submissas por que eles não eram “homens de verdade”.
E a pergunta que eu sempre fazia a elas era: “e o que você
tem feito para ajudar seu marido a ser homem de verdade?”.
E todas tinham a mesma resposta: “nada”. Precisamos
entender que a submissão começa no desejo de ajudar seu
parceiro a assumir o seu verdadeiro papel; o de cabeça do
lar.
Como eu disse, é impossível ser submissa ao marido
sem primeiro ser submissa a Deus. A submissão tem a ver
com enxergar e aceitar a autoridade, tanto de Deus como de
seu parceiro (a quem Deus deu autoridade sobre você). E se,
de alguma forma, pensamos ser submissas a Deus, mas ao
nosso marido não, então algo está errado. A bíblia diz que as

37
“esposas devem se submeter ao seu marido como ao Senhor”
(Efésios 5:22). Se você diz ser submissa a Deus, mas não é
ao seu marido, isso mostra que, na verdade, você não é
submissa a Deus.
O conceito de submissão vem sendo distorcido pela
nova geração. Para essa geração, submissão é ser escrava e
é motivo de vergonha. Mas, como eu expliquei
anteriormente, não é isso que significa. Para falar bem a
verdade, quando temos um relacionamento verdadeiro com
Deus, é fácil ser submissa a Ele e também cumprir o nosso
papel como esposas. Lembre-se que ser submissa é ser
alguém que respeita e auxilia seu marido em sua missão.

“Sujeitem-se uns aos outros no temor de Cristo. Esposas, que cada uma de
vocês se sujeite a seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o
cabeça da esposa, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo ele
próprio o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim
também a esposa se sujeite em tudo ao seu próprio marido.” Efésios 5:21-24

38
“Seja o meu coração irrepreensível nos teus decretos, para que eu não seja
envergonhado.” Salmos 119:80

No dicionário, irrepreensível significa “alguém que

não dá margem a repreensão ou censura; sem nenhuma
falha; perfeito”. Sabemos que Jesus, o Cristo, foi
irrepreensível em absolutamente tudo quando esteve nesta
terra. Nenhuma pessoa sequer poderia apontar-lhe o dedo e
dizer: “você não tem moral para dizer isso”. As pessoas,
como fariseus por exemplo, viviam buscando ter algo contra
Jesus, buscando um motivo para lhe apontar o dedo. Porém,
falharam miseravelmente.
A bíblia nos ensina a sermos como Jesus. Inclusive,
quando abrimos nossa boca para dizer “sou cristã”, estamos
dizendo ao mundo que somos “pequenos cristos” nesta terra.

39
Porém, muitas vezes, dizemos que somos cristãs, mas nossas
atitudes não confirmam nossas palavras. E isso é
terrivelmente triste, pois além de sermos envergonhadas
estamos envergonhando o nosso Deus.
Acredite quando eu digo que, se todas as mulheres
que se dizem cristãs, de fato fossem, ou pelo menos
buscassem ser mais parecidas com Cristo, elas não teriam
problemas em seus relacionamentos. Pode ser que nesse
momento você esteja rindo e dizendo em tom sarcástico “há,
está bom então, Larissa”, mas o que eu digo é a mais pura
verdade, eu sou a prova viva de que uma mulher que se
parece com Jesus tem sim um relacionamento pleno.
Quando eu vivia longe de Deus – mas pensando que
estava perto – meu relacionamento era um completo caos.
Eu tinha muitas acusações contra o meu marido, mas ele
tinha muito mais contra mim. O pior é que eu sempre
pensava que quem deveria mudar era ele e eu mentia para
mim mesma dizendo que eu estava me esforçando para ser
alguém melhor. Mas a questão não é ser alguém melhor, e
sim alguém como Jesus. Lembro que o que mais me irritava

40
e deixava extremamente nervosa era o fato de pessoas de
fora ficarem sempre ao lado do meu marido. Eu achava até
que aquilo era um complô contra mim, pois não era possível,
será que as pessoas não conseguiam perceber quem meu
marido era de verdade? E sim, as pessoas sabiam quem ele
realmente era, mas sabiam ainda mais quem eu era. Eu não
era alguém irrepreensível, as pessoas tinham muitas coisas
ruins para dizer ao meu respeito, e hoje eu reconheço isso. E
por não ser alguém irrepreensível, eu era por diversas vezes
envergonhada.
Mas depois que tive um encontro real com Jesus, eu
decidi que eu não queria mais ser como eu era, que eu não
queria mais viver como eu vivia. Então pedi para que o
Espírito Santo me ensinasse a ser como Jesus, irrepreensível.
E nesta fase, eu não queria mais mudar por causa do meu
marido, do meu casamento ou por causa das pessoas. O
único motivo pelo qual eu queria mudar era porque eu não
queria mais ser envergonhada e, principalmente, eu não
queria mais envergonhar a Deus através da minha vida.

41
 A bíblia diz que devemos viver para a glória de Deus
(1 Coríntios 10:31). A nossa vida, o nosso testemunho diante
dos homens deve ser de pessoas que realmente conhecem a
Deus e são filhas dEle. Como eu já mencionei, “o filho faz
o que vê o pai fazendo” (João 5:19). Se de fato somos filhas
de Deus, precisamos ser a imagem e semelhança do nosso
Pai.
A partir do momento que decidimos ser como Cristo,
irrepreensíveis, tudo começa a mudar, inclusive nosso
relacionamento. Acredite, seu parceiro vai perceber a
mudança em você. E não somente ele, mas todas as pessoas
a sua volta. E sabe o melhor de tudo isso? É que ninguém
terá justificativas por agirem de forma errada com você, pois
você é alguém irrepreensível, alguém a qual as pessoas não
tem do que te acusar.
Antes de partir para o próximo capítulo, eu preciso
dizer a você que ser alguém irrepreensível não é fácil. Por
isso, precisamos ser irrepreensíveis pelo motivo certo: Jesus
e a vida eterna. Sempre que pensar que não está valendo a
pena fazer tudo certo e ser a melhor mulher que você pode

42
ser, lembre-se que não está fazendo isso por causa das
pessoas ou até mesmo por causa de você, mas está fazendo
isso para que Deus seja glorificado através da sua vida e para
que naquele dia, no fim, você O ouça te chamar pelo nome
para viver eternamente com Ele.

“Façam tudo sem murmurações nem discussões, para que sejam

irrepreensíveis e puros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração
pervertida e corrupta, na qual vocês brilham como luzeiros no mundo.”
Filipenses 2:14-15

43
44
 Todas as pessoas têm dentro delas uma criança
interior. E essa criança pode ter sido uma criança saudável,
feliz, que foi amada, cuidada, que vivenciou boas
experiências... Mas também pode ter sido totalmente o
oposto disso. Pode ter sido uma criança que foi abandonada,
que não teve amor, afeto, que foi desprezada, enfim, que foi
marcada pela dor e sofrimento.
Muitas vezes pensamos que por sermos mulheres
adultas e maduras, conseguimos deixar o passado para trás,
mas a verdade é que não, nem sempre isso acontece. Você
pode não perceber, mas muitas das suas atitudes são apenas
o reflexo da sua criança interior. A forma como você trata a
si mesma, como você se relaciona com as pessoas,
principalmente com seu parceiro, revela muito sobre o seu
passado.
Certa vez, ao ler um livro, me deparei com a seguinte
frase: “a infância é o reino onde ninguém morre”. Lembro-

45
me que na época eu fiquei pensando naquilo que acabara de
ler, porém eu não conseguia de forma alguma imaginar o que
significava. Mas hoje, mais do que nunca, entendo
perfeitamente esta frase. A verdade é que a infância está
sempre muito vívida em nós, ela não termina quando
passamos de uma idade para outra, quando mudamos do
“status” criança para adolescente, jovem, adulto... Não! A
verdade é que a nossa criança interior, aquilo que
vivenciamos e aprendemos na infância nos acompanham
pelo resto da vida e, dependendo como foram as
experiências, se não houver restauração, estaremos
destinadas a sofrer e repetir padrões.
Muitas mulheres, quando estão em um
relacionamento, querem controlar a vida de seus parceiros,
morrem de medo de serem abandonadas, trocadas por outra
mulher. Tudo porque a infância delas foi marcada pelo
abandono. Outras não conseguem ter voz dentro de seus
relacionamentos, porque a todo tempo querem agradar os
seus parceiros, vivendo assim oprimidas. Tudo porque
houve rejeição na infância e hoje elas tentam fazer de tudo

46
para agradar, para serem queridas, amadas. Algumas
presenciaram traições na infância, pessoas que deveriam as
amar e fazer tudo para vê-las bem as traíram de alguma
forma. E por causa disso, hoje não conseguem confiar em
seu parceiros.
São vários os exemplos que eu poderia dar de
mulheres que tiveram suas infâncias roubadas e carregam
esse peso até hoje. Inclusive muitas mulheres insistem em
repetir os padrões, pois “acostumaram-se” com o sofrimento
inconscientemente. E se elas não são as que sofrem, são as
que causam sofrimento. Tudo isso por conta de uma alma
ferida. Mas eu tenho uma boa notícia, não há ferida que
Jesus não possa curar!
Eu não sei como foi a sua infância, os traumas e dores
que foram gerados em você. Mas de uma coisa eu sei: o
único que pode te ajudar é Jesus. E eu digo isso com
convicção porque Ele me ajudou, ele curou as feridas da
minha alma, meus complexos. Ele preencheu o vazio que eu
tentava preencher com outras coisas e pessoas. Ele me

47
restaurou e trouxe à tona a minha verdadeira identidade: a
de FILHA AMADA.

“Porque, se o meu pai e a minha mãe me abandonarem, o Senhor me

acolherá.” Salmos 27:10

Jesus, além de curar minhas feridas, mostrou seu

grande amor por mim e continua demonstrando dia após dia.
Ele me fez entender que por mais que as pessoas me
abandonassem, Ele jamais me abandonaria. Que por mais
que as pessoas me rejeitassem, Ele jamais me rejeitaria. Que
por mais que elas me traíssem, Ele jamais me trairia. Ele me
fez entender que ser filha de Deus não era como ser filha de
um pai ou mãe terrenos, mas que era muito, muitíssimo
melhor, e até mesmo sem comparação. Acredite, eu nunca
me senti tão amada e cuidada!
Deus tem coisas extraordinárias preparadas para
você. Ele quer ver seu relacionamento bem construído,
reconstruído, pleno. Ele quer que a glória dEle seja revelada
através da sua vida e do seu relacionamento. Mas para isso

48
você precisa dar lugar ao Espírito Santo, para que ele penetre
na sua alma e a restaure. Para que Ele retire toda raiz de
amargura, toda mágoa, tristeza, dor, sofrimento, e te faça ser
quem realmente Deus te criou para ser.
Pode ser que você neste momento esteja pensando
consigo mesma: “é, mas você não sabe o quanto eu sofri”,
“você não sabe o que eu tive que passar”, “você não tem
ideia da dor que me causaram”... De fato, eu não sei
absolutamente nada sobre você, mas eu sei sobre o Deus que
eu sirvo. Eu Sei que TUDO é possível para Ele, e que Ele é
o único capaz de transformar tristeza em alegria, choro em
riso. A única coisa que você precisa fazer é abrir a porta para
Ele entrar e transformar o seu ser. E para abrir essa porta,
você deve liberar o perdão. O perdão é a chave que abrirá a
porta para o Espírito Santo entrar em sua alma e retirar tudo
o que não presta dentro de você e te trazer à verdadeira
essência, a de FILHA DE DEUS.
Pode ser que você diga: “Larissa, quero perdoar, mas
não consigo”. Ótimo! Você só precisa querer mesmo. O
querer é seu, o efetuar do Espírito Santo. Acredite, não vale

49
a pena viver aprisionada pelas coisas do passado. Não vale a
pena deixar que as pessoas que te feriram continuem a te
ferir (porque é isso que acontece quando você não libera o
perdão). Seja livre em nome de Jesus!

“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já

passaram; eis que surgiram coisas novas!” 2 Coríntios 5:17

50
“Então Davi disse a Abigail: — Bendito o Senhor, Deus de Israel, que hoje
mandou você ao meu encontro. Bendita seja a sua prudência, e bendita seja
você mesma, que hoje me impediu de derramar sangue e de me vingar com
as minhas próprias mãos. Porque, tão certo como vive o Senhor, Deus de
Israel, que me impediu de fazer mal a você, se você não tivesse se apressado
e não tivesse vindo ao meu encontro, não teria ficado a Nabal, até o
amanhecer, nem um sequer do sexo masculino.”
1 Samuel 25:32-34

Não sei se você conhece a história de Abgail, mas vou

resumi-la para você. Abgail era mulher de um homem
chamado Nabal, homem que, segundo a bíblia era grosseiro
e mau em tudo o que fazia, porém ela, era inteligente e
bonita. Certa vez, enquanto Nabal estava tosquiando suas
ovelhas no Carmelo, Davi lhe enviou homens para pedir-lhe
mantimento, porém Nabal se negou a dar (mesmo os homens
dizendo que no passado haviam protegido os pastores de
Nabal quando os mesmos estavam com suas ovelhas no
Carmelo). Isso deixou Davi extremamente furioso, e o

51
mesmo decidiu acabar com a vida de Nabal e sua
descendência. Um dos servos de Nabal foi até Abgail para
contar-lhe o que havia acontecido e pediu para que ela
pensasse em como poderia resolver aquela situação. Abgail
então, sem dizer uma palavra a Nabal, juntou mantimentos e
foi ao encontro de Davi para interceder por seu marido e sua
casa. E graças a Abgail, Davi não fez nada a Nabal e a sua
descendência.
Existem algumas coisas que me chamam muito a
atenção na história de Abgail. A primeira delas é que,
mesmo seu marido sendo um homem mau e grosseiro, ela
não desejava o seu mal. Ela verdadeiramente foi uma
intercessora e salvou a sua vida. A segunda coisa que me
chama a atenção é que ela agiu como uma verdadeira mulher
sábia. Ela não escondeu de Nabal o que fez para salvar a sua
vida, mas contou-lhe no momento oportuno.
Nós, mulheres, precisamos aprender com o exemplo
de Abgail. Precisamos entender que Deus nos chamou para
sermos intercessoras do nosso lar. Muitas mulheres, ao
verem que seus maridos estão caminhando para a ruína, ao

52
invés de interceder pela vida deles e pedir para que tenham
um encontro com Jesus, os jogam cada vez mais na lama
através de suas palavras de maldição. Pois sim, as nossas
palavra têm poder, e muito poder. E acredite, a vida e a morte
estão sobre o poder da nossa língua (Provérbios 18:21).
Precisamos aprender também com Abgail, que existe
o momento certo para falar. Abgail poderia ter falado antes
com Nabal sobre o que iria fazer, mas com certeza ela
conhecia o marido que tinha e sabia que ele não mudaria sua
atitude, mesmo que isso significasse morrer. Ela também
não chegou de seu encontro com Davi dizendo: “me
agradeça porque salvei a sua vida hoje”. Pelo contrário, ela
esperou o momento certo para falar com Nabal.
Deus nos chamou para sermos mulheres sábias, que
edificam o lar, e não que destroem. Mas parece que as vezes
nós temos prazer em ser a “mulher goteira”.

“A goteira contínua num dia chuvoso e a esposa briguenta são semelhantes;

contê-la seria conter o vento, seria pegar o óleo com a mão.”
Provérbios 27:15-16

53
 Salomão compara a mulher briguenta a uma goteira
contínua num dia chuvoso. Vamos ser sinceras, goteiras são
insuportáveis. E assim, muitas vezes, somos nós;
insuportáveis.
Precisamos aprender que nem sempre vamos
conseguir aquilo que esperamos do nosso parceiro falando o
tempo todo, gritando, brigando ou jogando seus defeitos em
“suas caras”. Uma mulher sábia é aquela que sabe a hora de
se calar e também a hora de falar. É aquela que trabalha para
o bem da sua família e não para o seu próprio bem. É aquela
que intercede por sua casa e busca manter a harmonia e a paz
em seu lar. E acredite, quando somos mulheres sábias,
quando decidimos seguir bons exemplos como Abgail,
somos recompensadas por Deus.

“E não nos cansemos de fazer o bem, porque no tempo certo faremos a

colheita, se não desanimarmos.” Gálatas 6:9

54
“Nunca houve ninguém igual a Acabe, que se vendeu para fazer o que era
mau aos olhos do Senhor, porque Jezabel, sua esposa, o instigava.”
1 Reis 21:25

Anteriormente falei sobre Abgail e seu exemplo a ser

seguido. Porém agora, falarei sobre Jezabel, uma mulher que
também deve servir de exemplo para nós, porém, exemplo
da mulher que não devemos ser de forma alguma. Ela foi
uma mulher extremamente controladora que levou toda a sua
casa à ruina. Como eu disse anteriormente, nós mulheres
temos este poder; de edificar o nosso lar e também de
destruir. A escolha é exclusivamente nossa.
Toda mulher carrega dentro de si o que é chamado de
“potencial demoníaco”. Eu sei, você pode ter levado um
choque ao ler essas palavras, mas essa é uma verdade dura
que nós mulheres precisamos ouvir. Deus nos deu
habilidades extraordinárias, e uma delas é a de persuadir as
pessoas, principalmente nosso parceiro. Nós, mulheres,

55
somos experts em conseguir aquilo que queremos, o
problema é que nem sempre usamos essa habilidade somente
para o bem.
Jezabel levou Acabe, seu marido, a ordenar que os
profetas do Senhor fossem mortos e a perseguir o profeta
Elias, tudo isso porque eles não se venderam aos seus deuses
e se mantiveram firmes em sua fé em Deus. Eu quero te fazer
uma pergunta: quantas coisas você fez seu parceiro fazer por
puro capricho seu? Quantos pecados você o levou a
cometer? Pode ser que você esteja pensando: “credo Larissa,
nunca levei meu marido a pecar, não!”. Será mesmo? Você
já fez seu marido mentir por você? Já fez ele fazer algo que
não agradava a Deus por sua causa? Ou, o pior de tudo, você
assumiu o papel do seu marido dentro do relacionamento?
Se a sua resposta foi sim para alguma dessas perguntas, você
está levando seu marido a pecar, você o está influenciando
negativamente, exatamente como Jezabel.
Acabe era o rei de Israel, mas na verdade quem
governava e dava as ordens era Jezabel. O pior de tudo nessa
história, é que veremos que a masculinidade de Acabe

56
começa a desaparecer. E ao invés dele ser um homem, ele
começou a se portar como um menino mimado.

“Depois disto, aconteceu o seguinte: Nabote, o jezreelita, possuía uma vinha

ao lado do palácio que Acabe, rei de Samaria, tinha em Jezreel. 2Acabe disse
a Nabote: — Dê-me a sua vinha, para que me sirva de horta, pois está perto,
ao lado do meu palácio. Em troca eu lhe darei outra, melhor. Ou, se for do seu
agrado, darei em dinheiro o que ela vale. Porém Nabote disse a Acabe: — Que
o Senhor Deus me livre de lhe dar a herança de meus pais. Então Acabe voltou
para casa aborrecido e indignado com o que Nabote, o jezreelita, lhe havia
falado, quando disse: “Não lhe darei a herança de meus pais.” E se deitou na
cama, voltou o rosto para a parede e não quis comer. Porém Jezabel, a esposa,
foi falar com ele e perguntou: — Que é isso que você tem? Por que está assim
aborrecido e não quer comer nada? Acabe respondeu: — É porque falei com
Nabote, o jezreelita, e lhe disse: “Dê-me a sua vinha por dinheiro; ou, se
preferir, lhe darei outra em troca.” Porém ele disse: “Não lhe darei a minha
vinha.” Então Jezabel, sua esposa, lhe disse: — Você está governando Israel
ou não? Levante-se, venha comer e alegre o seu coração; eu lhe darei a vinha
de Nabote, o jezreelita.” 1 Reis 21:1-7

Sempre quando assumimos o papel que não é nosso

dentro do relacionamento ou quando instigamos nosso
parceiro a fazer sempre aquilo que queremos, corremos o

57
sério risco de deixarmos de ser esposas para sermos as mães
deles. Precisamos entender que todas as pessoas precisam de
limites, inclusive nós. Nem sempre ter nossos caprichos
atendidos será bom para o nosso relacionamento,
principalmente à longo prazo.
Como eu disse, nós temos uma incrível habilidade de
persuasão, mas precisamos usá-la com sabedoria, lembrando
sempre que somos as ajudadoras, temos como missão ajudar
nossos parceiros a cumprirem a missão deles; de serem
homens. Acredite, se seu parceiro for um homem de verdade
segundo a vontade de Deus, você não precisará o persuadir
a nada, pois ele saberá exatamente o que fazer para que você
fique bem.
Como dito anteriormente, Jezabel foi uma mulher
controladora que levou toda a sua casa à ruina. Acredite, eu
como mulher sei o quanto desejamos controlar tudo e todos,
e o quanto isso é prazeroso. Porém, não é nem um pouco
agradável a Deus e pode trazer consequências muito sérias
tanto a nós quanto as nossas gerações. Esses dias, pensando
sobre o que está acontecendo em Israel por conta do ataque

58
do Grupo Terrorista Hamas por conquista de território, me
deparei com o seguinte pensamento: “se Sara não tivesse
instigado Abraão a fazer a sua vontade, nada disso estaria
acontecendo”. Você já parou para pensar nisso? A guerra
que hoje acontece entre a Palestina e Israel é simplesmente
a descendência de Ismael guerreando contra a descendência
de seu irmão, Isaque.
Deus já havia dito que daria um filho a Abraão, e até
aquele momento Abraão só tinha uma mulher, Sara. Ou seja,
se Deus não disse que Abraão precisaria de outra mulher
para ter um filho, isso significava que ele faria um milagre e
Sara geraria. Porém Sara, no impulso de querer que as coisas
fossem conforme a sua vontade, decide entregar sua serva a
Abraão, pensando estar “ajudando” Deus a cumprir a
promessa feita ao seu marido. Porém, sabemos qual foi o fim
dessa história e as consequências que perduram até os dias
de hoje.
Sara usou da sua habilidade de persuasão para
conseguir aquilo que queria, um filho, mesmo que fosse de
sua serva. E isso trouxe e ainda traz grandes consequências.

59
 Muitas mulheres manipulam seus parceiros a fazer o
que elas querem e utilizam como desculpa a preocupação
que elas têm com as suas famílias, quando na verdade estão
apenas pensando em si próprias e em seus desejos. Cuidado!
Não seja este tipo de mulher, manipuladora e egoísta. Mas
seja uma mulher sábia, guiada pelo Espírito Santo e que leva
seu parceiro a ser um verdadeiro homem de Deus.

“A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata a derruba com as próprias
mãos.” Provérbios 14:1

60
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam. Se
o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.”
Salmos 127:1

Certa vez, em um aconselhamento a um casal, percebi

que havia falta de confiança da esposa no marido, pois no
passado, ela havia sido traída pelo mesmo (que se
arrependeu e nunca mais cometeu o mesmo pecado). Mesmo
perdoando-o pelo ocorrido, ao ouvir suas palavras senti que
ela vivia a espera de ser decepcionada novamente, ou seja,
ela vivia esperando ser traída. Ao conversar com ela, lhe
expliquei como funcionava a verdadeira confiança e como
era possível viver em paz. E é sobre isso que falarei com
você.
O Salmo 127:1 fala sobre confiança e segurança em
Deus. O salmista nos ensina que, sem depositar a nossa

61
confiança em Deus, nosso trabalho e vigilância são em vão.
Se tem uma coisa que precisamos entender é que, se dizemos
que confiamos em Deus, devemos então descansar
completamente nEle, com a certeza de que Ele está cuidando
de tudo e que todas as coisas cooperam para o nosso bem.
Acredite, não adianta você ficar fuçando nas redes sociais do
seu parceiro, colocar localizador de celular ou fazer qualquer
outra coisa para monitorá-lo. Se você não confiar em Deus e
no cuidado dEle pela sua vida, tudo isso é em vão.
Sempre quando você diz que confia em Deus e que
deixa a sua vida nas mãos dEle, mas vive desconfiada, com
medo, esperando o pior acontecer, você acaba se
contradizendo. Confiar em Deus é realmente entender que
Ele está no controle de tudo e principalmente, entender que
Ele te ama e quer te ver bem, afinal ele é o seu Pai.

“Entregue o seu caminho ao Senhor, confie nele, e o mais ele fará.”

Salmos 37:5

Quando colocamos Deus em primeiro lugar na nossa

vida e obedecemos a Sua palavra, acredite, podemos

62
descansar com confiança, pois ele zela por nós. Me lembro
quando em uma viagem em família, por descuido nosso,
minha sobrinha caiu na piscina e ninguém percebeu. Toda
minha família confia em Deus e no cuidado dEle, e naquele
dia, todos nós provamos desse cuidado. Minha sobrinha
poderia facilmente ter morrido afogada naquela piscina, mas
o Espírito Santo me alertou e me levou a salvá-la. E eu tenho
certeza dentro do meu coração que ela não morreu porque
Deus estava cuidando.
Acredite, todo cuidado, vigilância, prevenção são em
vão quando nossa confiança não está em Deus. Se você quer
viver um relacionamento pleno e leve, você precisa confiar
em Deus. Claro, a confiança no seu parceiro é fundamental
para o sucesso do relacionamento, mas primeiro de tudo,
deposite a sua confiança no Pai, que te ama e zela pela sua
vida.

“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do

Onipotente diz ao Senhor: “Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu
Deus, em quem confio.” Pois ele livrará você do laço do passarinheiro e da
peste perniciosa. Ele o cobrirá com as suas penas, e, sob as suas asas, você

63
estará seguro; a sua verdade é proteção e escudo. Você não terá medo do
terror noturno, nem da flecha que voa de dia, nem da peste que se propaga
nas trevas, nem da mortandade que assola ao meio-dia. Caiam mil ao seu
lado, e dez mil, à sua direita; você não será atingido. Somente com os seus
olhos você contemplará e verá o castigo dos ímpios. Você disse: “O Senhor é
o meu refúgio.” Você fez do Altíssimo a sua morada. Nenhum mal lhe
sucederá, praga nenhuma chegará à sua tenda. Porque aos seus anjos ele
dará ordens a seu respeito, para que guardem você em todos os seus
caminhos. Eles o sustentarão nas suas mãos, para que você não tropece em
alguma pedra. Você pisará o leão e a cobra; com os pés esmagará o leãozinho
e a serpente. Deus diz: “Porque a mim se apegou com amor, eu o livrarei; eu
o protegerei, porque conhece o meu nome. Ele me invocará, e eu lhe
responderei; na sua angústia eu estarei com ele; eu o livrarei e o glorificarei.
Vou saciá-lo com longevidade e lhe mostrarei a minha salvação.” Salmos 91

64
65
“Será que dois andarão juntos, se não estiverem de acordo?”
Amós 3:3

A resposta para esse versículo é “não”. Não tem como

duas pessoas que não concordam caminharem juntas, pois
viverão em atrito, cada uma defendendo sua posição.
Quando, dentro de um relacionamento há discordância,
todas as áreas da vida são afetadas, principalmente quando
essas pessoas são casadas.
Sabemos que no casamento duas pessoas se tornam
uma só carne. Ou seja, não são mais duas pessoas, mas uma
só. Quando as duas pessoas não concordam naquilo que
estão fazendo como casal ou até mesmo com o que cada um
está fazendo individualmente, a vida do casal praticamente
entra em modo de “pausa”, nada vai para frente. E isso

66
acontece porque está havendo uma divergência de
pensamentos, pois se cada um pensa e quer algo de uma
forma, então não é possível saber o que o casal quer, afinal,
agora não são mais dois, mas apenas um. É como se uma
pessoa estivesse dividida e ficasse parada pensando para que
lado iria. Assim acontece com o casal que não concorda,
ficam estacionados no mesmo lugar.
Acredite, não tem como ter um casamento bem
sucedido sem que ambos caminhem em concordância e,
principalmente, não tem como o casal conquistar as coisas
que almejam, pois, sendo uma só carne, precisam ter o
mesmo pensamento e o mesmo desejo. Aqui em casa eu e
Nicolas temos um acordo; só fazemos aquilo que nós dois
concordamos, e esse acordo vale para qualquer coisa que
formos fazer. Aprendemos juntos que, quando não há
concordância, as coisas não dão certo e se dão, trazem
prejuízo a nossa vida como casal.
Deus quer abençoar nossa união e quer conceder
aquilo que desejamos, porém, precisamos andar em acordo.
Jesus disse que “o que ligássemos na terra seria ligado nos

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céus e o que desligássemos na terra seria desligado nos céus”
(Mateus 18:18). Quando duas pessoas concordam na terra,
isso é concordado no céu e todas as coisas se movem para
que esse acordo venha a se concretizar. Acredite, isto é
muito sério. O casal precisa caminhar em concordância.
Jesus também disse que “o que duas pessoas
concordassem a respeito de qualquer coisa na terra e
pedissem à Deus, o Pai concederia” (Mateus 18:19). Lembro
que eu e Nicolas queríamos trocar de carro. Ele pensava em
um modelo e eu em outro. Porém, nós já sabíamos que
precisávamos concordar, principalmente para que a gente
viesse a conseguir trocar de carro. Então conversamos e
estabelecemos o carro que gostaríamos de comprar. Sempre
que orávamos pedíamos por esse carro e sempre que víamos
o mesmo na rua dizíamos um ao outro: “olha nosso carro aí”.
Acreditem, não levou muito tempo para estarmos com a
chave daquele carro em nossas mãos. Deus nos concedeu
aquilo que concordamos que queríamos. Se o casal tem
sonhos e ambições, precisam concordam em cada detalhe,
para que eles venham a ser realidade em suas vidas.

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“— Em verdade lhes digo que tudo o que ligarem na terra terá sido ligado nos
céus, e tudo o que desligarem na terra terá sido desligado nos céus. Em
verdade também lhes digo que, se dois de vocês, sobre a terra, concordarem
a respeito de qualquer coisa que vierem a pedir, isso lhes será concedido por
meu Pai, que está nos céus.” Mateus 18:18-19

69
“Se alguém quiser dominar um deles, os dois poderão resistir; o cordão de três
dobras não se rompe com facilidade.” Eclesiastes 4:12

O cordão de três dobras é, como o nome já diz, um

cordão feito com três fios. Antigamente, para que os cordões
fossem resistentes e aguentassem as amarrações e fixações,
eles eram feitos com três fios trançados, pois somente um fio
usado individualmente não era tão forte e resistente como se
precisava.
O autor de Eclesiastes nos diz que um cordão de três
dobras não se rompe com facilidade. O cordão de duas
dobras é resistente, mas o de três dobras é ainda mais.
Acredite, se há benefício em ser dois, há muito mais em ser
três. Como eu já disse, Deus nos criou para um
relacionamento com Ele, mas Ele também quer fazer parte

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do nosso relacionamento, marido e mulher. O cordão de três
dobras é formado por marido, sua mulher e Deus. Sim,
homem e mulher juntos e unidos são fortes, porém
inabalável é um relacionamento onde estes incluem Deus e
fazem dEle o centro de suas vidas.
Nos dias de hoje, o que mais vemos são
relacionamentos indo ladeira à baixo. E a maior causa disso
estar acontecendo é porque as pessoas deixaram de colocar
Deus dentro de suas relações. Esqueceram-se de que é Deus
quem abençoa a união e não o pastor, padre ou juiz que
realizou a cerimônia. A benção só é recebida quando Deus
se faz presente, quando caminhamos junto à Ele e conforme
os seus desígnios.
É extremamente natural que, quando Deus não faz
parte da aliança entre homem e mulher, coisas ruins
aconteçam, afinal, se não estamos sendo guiados pelo
Espírito Santo então estamos sendo guiados por nossa carne.
E segundo o que o apóstolo Paulo escreveu aos gálatas, a
nossa carne não produz nada de bom (Gálatas 5:19 ao 21).

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 Quando Deus não está presente, coisas como traição,
ciúmes e discussões tendem a fazer parte da vida do casal.
Pois onde há o domínio da carne não há vida, e se não há
vida, não há alegria completa.
Outro ponto importante é que, quando o casal não
inclui Deus em sua aliança, qualquer vento balança o barco.
É impressionante! Eu canso de ver mulheres querendo
deixar seus maridos por motivos absurdos e fúteis, e vice-
versa. As duas dobras até conseguem resistir as dificuldades
por um tempo, mas nada se compara ao cordão de três
dobras. Nada se compara a um homem e uma mulher que
estão unidos com Deus. Preste bem atenção no que vou te
dizer: se você deseja ter sucesso no seu relacionamento,
Deus precisa fazer parte dele. Ele precisa ser um com vocês.

“Por estarem unidos com Cristo, vocês são fortes, o amor dele os anima, e
vocês participam do Espírito de Deus. E também são bondosos e
misericordiosos uns com os outros.” Filipenses 2:1

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 Você pode achar estranho o que vou dizer agora,
porém, por experiência própria, posso afirmar a veracidade
disto: A mulher é o reflexo do homem, e o homem o reflexo
da mulher.
Muitos relacionamentos fracassam porque ambas as
partes não conseguem entender que um apenas reage ao
comportamento do outro. Se a mulher não é sábia e não
consegue controlar seus impulsos, o que ela pode esperar do
seu parceiro? Se a mulher não sabe ser carinhosa e falar com
mansidão, como ela espera que seu parceiro a trate como
uma princesa? Não faz sentido querer algo que você sequer
sabe dar.
Com certeza você já deve ter visto em algum lugar a
seguinte frase: “cada um colhe o que planta”. Essa frase é a
mais pura verdade, e inclusive a bíblia nos alerta sobre essa
verdade: “tudo o que o homem semear, isso também ceifará”
(Gálatas 6:7). Quando diz “TUDO”, está abrangendo todas

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as áreas da nossa vida. Vamos colher de absolutamente tudo
o que estamos plantando. Agora eu te faço uma pergunta: o
que você tem plantado no seu relacionamento? Será que tem
sido amor, cuidado, carinho, mansidão, paciência,
admiração...? Agora acredito que uma justificativa surgiu
em sua mente: “Mas Larissa, meu parceiro não tem plantado
isso, estou apenas reagindo ao comportamento dele”. Olha
só, o que eu vou te falar agora é muito sério e tem o poder
de transformar seu relacionamento: Deus nos chamou para a
ação e não para a reação!
A ação é racional, a reação não. Quando agimos,
temos uma intenção por trás daquela ação, que na maioria
das vezes é benéfica para todos. Porém, quando reagimos,
não temos ideia do que estamos fazendo e, principalmente,
reagimos pensando apenas em nós mesmas e em como nos
sentimos. E acredite, nossos sentimentos nos enganam e nos
fazem andar por caminhos que não queremos.
Deus nos chamou para viver intencionalmente,
manifestando a glória dEle através das nossas vidas,
famílias, empregos, negócios. E eu quero te convidar a ser

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uma mulher intencional, que não reage as circunstâncias,
mas que age racionalmente e intencionalmente. E sim, eu sei
o quanto é difícil não reagir, mas se o que você quer é um
relacionamento transformado, um parceiro verdadeiramente
mudado, fazer isso é imprescindível.
O apóstolo Pedro nos alerta que, “se a esposa quiser
ganhar o seu marido, que não seja com palavras, mas com
atitudes, pela sua boa conduta” (1Pedro 3:1). Ou seja, ele
está nos dizendo que se quisermos ver mudança em nosso
parceiro, ela precisa começar em nós. Você já deve ter
ouvido isto, mas eu preciso dizer: “ninguém muda ninguém,
nós só conseguimos mudar a nós mesmas”. Sei que você
pode ter dúvidas com relação a isso e até mesmo pode dizer
que já tentou mudar, mas que nada mudou em seu parceiro.
Por isso eu tenho duas coisas para te dizer:
1ª O amor constrange;
Existe algo chamado “reciprocidade”. Reciprocidade,
explicada de uma maneira genérica e de fácil
entendimento, é quando alguém responde a uma ação
com outra ação igual. Naturalmente, quando começamos

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a tratar alguém bem (mesmo que essa pessoa não
“mereça”), ativamos na pessoa a reciprocidade. Ela se
sente na obrigação de agir como nós agimos com ela,
pois naturalmente, ela se sente constrangida em saber
que não merece ser tratada daquela forma, mas mesmo
assim está sendo (pois acredite, as pessoas têm plena
consciência daquilo que merecem ou não).
2ª A semente não cresce de uma hora para outra;
Quando plantamos uma semente, temos plena
consciência de que levará tempo até que ela cresça e
produza frutos. E assim acontece no relacionamento.
Você não pode plantar hoje e querer colher amanhã. Seu
parceiro não vai mudar do dia para noite. Lembre-se que
a semente além de ser plantada, precisa ser regada. Por
isso, não pense que o que você está fazendo, que todo o
seu esforço está sendo em vão, pois acredite, não está.
No momento certo você vai começar a ver os frutos
daquilo que você plantou.

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 Falando em plantação, enquanto estou escrevendo,
me lembrei de um salmo, que eu gosto muito e que sempre
me anima em momentos difíceis:

“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e
chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.”
Salmos 126:5-6

A semeadura é difícil, muitas vezes dolorosa e

carregada de lágrimas, mas acredite, quando chega o tempo
da colheita, toda tristeza é convertida em alegria.

“Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor e não
para as pessoas, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança.
É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.” Colossenses 3:23-24

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 Não é novidade pra ninguém que estamos vivendo na
era do fast food, onde as pessoas querem tudo rápido e sem
esforço algum. O pior de tudo é que isso não está somente
relacionado à alimentação, mas a absolutamente tudo. As
pessoas não querem mais se empenhar, se dedicar a coisas
que, de momento são ruins, mas que a longo prazo trazem
inúmeros benefícios. E nos relacionamentos não é diferente,
as pessoas de hoje não querem mais lutar por seus
relacionamentos, não querem se esforçar para mantê-los.
Pelo contrário, elas buscam por um par perfeito, que seja
exatamente como elas sonharam e idealizaram. E quando
isso não acontece, no primeiro sinal de falha, desistem.
Precisamos entender que a pessoa perfeita não existe,
mas pode vir a existir se não desistirmos. Lembro-me de
quando eu me casei, perdi as contas de quantas vezes eu
chorei e disse para Deus que me arrependia de ter feito
aquilo. Eu havia idealizado algo, sonhado com uma vida

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perfeita ao lado de uma pessoa “perfeita”, e nada do que eu
sonhei estava acontecendo. Nicolas, meu marido, na minha
visão era cheio de defeitos, cheio de manias que faziam meu
sangue ferver. Por vezes eu pensava em justificativas para
me separar, porém, um dia, ao refletir sobre mim mesma,
percebi que eu também não era perfeita e que eu ainda era
muito pior do que ele.
Sabe, Jesus nos ensinou que, antes de tirar o cisco do
olho do nosso irmão, deveríamos tirar a trave do nosso. Pois
depois de tirar a trave do nosso olho, veremos claramente
para tirar o cisco do olho do outro (Lucas 6:41-42). Antes de
olhar para os defeitos do nosso parceiro, devemos olhar para
os nossos. E ainda depois de olhar os nossos, devemos
corrigi-los e somente depois buscar ajudar nos defeitos dele.
Quando eu paro para pensar na pessoa que eu já fui,
sinceramente, eu digo para mim mesma: “minha filha, sorte
tua ele não ter te largado em... Foi guerreiro!”. Pode parecer
engraçado, mas é realmente isso que eu penso. E eu acredito
muito que meu marido só não me abandonou porque ele
enxergou com os olhos da fé quem eu me tornaria, afinal, “fé

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é a certeza daquilo que se espera e a convicção de fatos que
não se veem” (Hebreus 11:1). Acredite, eu não era a pessoa
perfeita para ele e eu tenho convicção disso, mas eu me
tornei alguém perfeita para ele, e disso eu também tenho
convicção.
Depois que eu corrigi os meus defeitos, eu comecei a
enxergar um Nicolas que eu jamais pensei conhecer. Quando
eu mudei, naturalmente ele mudou também. Hoje as pessoas
olham para nós e se surpreendem com o nosso
relacionamento, algumas até duvidam quando falamos como
nos tratamos e como resolvemos as coisas. Mas sempre
deixamos muito claro que não foi de um dia para o outro, foi
um processo difícil para nós dois, mas que podemos com
certeza dizer: valeu a pena!
Acredite, um bom relacionamento não se cria, mas se
constrói, todos os dias. Vale a pena lutar pelo seu
relacionamento, vale a pena lutar pela pessoa que você
escolheu para estar ao lado pelo resto da vida. Não fique
olhando para os defeitos do seu parceiro, mas faça como
meu marido, passe a olhar com os olhos da fé, passe a

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enxergar quem ele pode vir a ser, pois um dia isso será
realidade.

“Porque andamos por fé e não pelo que vemos.” 2 Coríntios 5:7

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