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Orientação Nutricional
Enteral em Domicílio
Informação e orientação
para o paciente domiciliar
102935765. Mar/2013
en.
N O U R I S H I N G P E R S O N A L H E A LT H
A LT H
3
Índice
1 Introdução 4
5 Tipos de administração 8
8 Preparação do paciente 13
11 Ficha de acompanhamento 18
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1 Introdução
O objetivo deste manual é ajudar você e sua família a compreender o que é nutrição enteral,
como se administra, quais os cuidados e como atuar diante de algumas situações especiais.
Durante sua estada no hospital, tanto você quanto sua família devem ter tido a oportunidade de
aprender como se administra e quais são os cuidados necessários com a nutrição enteral.
Mas sempre podem surgir dúvidas, e esperamos que este manual os ajude
a esclarecê-las.
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2 Alimentação enteral: o que é?
Quando a alimentação pela boca é insuficiente ou impossível de ser realizada, suas necessidades
nutricionais podem ser satisfeitas através da nutrição enteral.
A nutrição enteral é uma alternativa para a ingestão de alimentos e pode ser feita através de
uma sonda posicionada ou implantada no estômago, no duodeno ou no jejuno. Os produtos
de nutrição enteral se apresentam na forma líquida ou em pó e contêm o mesmo valor
nutricional (proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e minerais) que uma alimentação
normal e equilibrada.
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3 Tipos de nutrição enteral
A nutrição enteral pode apresentar-se das seguintes formas:
Seu nutricionista
ou médico indicará É importante que as embalagens das
qual a melhor dietas sejam mantidas
alimentação enteral em lugar fresco e seco.
para o seu caso.
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4 Vias de administração da
alimentação enteral
Sonda no estômago
a sonda é passada
Sonda no intestino
pelo nariz ou pela boca
e se direciona até o a sonda é passada
estômago. pelo nariz ou pela
boca e se direciona
até o intestino
delgado.
Gastrostomia
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5 Tipos de administração
As dietas enterais podem ser administradas de forma intermitente ou contínua, de acordo com a
tolerância digestiva do paciente e dos meios que se encontram disponíveis no domicílio. A forma in-
termitente é mais parecida com a alimentação habitual. Consiste em administrar cerca de 250 mL de
dieta enteral de 5 a 8 vezes ao dia. O volume de cada etapa deverá ser proposto em função do volume
total no dia e da tolerância digestiva do paciente.
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2- Gravitacional
Administração da dieta em frasco por gotejamento, suspenso
em suporte. Permite uma utilização mais lenta que o bolus
e muitas vezes é melhor tolerada.
A administração contínua
A forma contínua consiste numa administração por gotejamento contínuo com
bomba de infusão. A dieta pode ser administrada em períodos de 12 a 24 horas, em função da ne-
cessidade do paciente.
Procedimento: conectar o equipo da bomba com a pinça fechada ao frasco da dieta enteral. Sus-
pender o frasco pelo menos 60 cm acima da cabeça do paciente. Abrir a pinça para permitir que a
dieta corra até o outro extremo do equipo.
Fechar a pinça. Colocar o equipo na bomba de infusão e seguir as instruções corretas de cada bomba.
Conectar o extremo do equipo à sonda e regular a velocidade de administração da dieta enteral. Abrir a
pinça do equipo e iniciar a infusão.
Observação geral: as dietas enterais devem ser armazenadas em local seco, fresco, à
temperatura ambiente e longe do calor. Mantenha fora do alcance de crianças. Uma vez
envasadas no frasco plástico, devem ser imediatamente utilizadas. Caso contrário, devem ir para
a geladeira, preferencialmente em prateleira exclusiva, por um prazo máximo de até 24h após sair
da embalagem original. Depois deste período, a dieta enteral já preparada deve ser desprezada.
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6 Equipamentos, materiais
e utensílios necessários
Sonda
Tubo fino ou mais calibroso e flexível, de material como poliuretano ou silicone, que permite o alimento
chegar ao estômago ou intestino.
Equipo
Tubo de PVC que permite o transporte da dieta enteral do frasco à sonda
do paciente.
Seringa de 50 mL
Para higienização da sonda.
Esparadrapo hipoalergênico
Para fixação da sonda.
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7 Preparação para
administração das dietas
É muito importante que alguns cuidados com a higiene sejam tomados
para que não haja contaminação da sua dieta. Essa contaminação pode
ser proveniente dos equipamentos, utensílios e superfícies higienizadas
inadequadamente, de ingredientes mal armazenados e utilizados na
preparação da dieta, do armazenamento inadequado da dieta enteral
e das condições higiênicas dos manipuladores.
A higiene
manusear qualquer utensílio.
Depois seque-as bem com papel-toalha descar-
tável. O local do preparo da dieta deverá ser limpo
é fundamental
para o preparo
com álcool 70%.
da dieta enteral.
A) No caso de dieta em pó
Separe os utensílios necessários (funil, liquidificador, colher,
copo graduado). Higienize todo o material com álcool 70%
antes de usá-lo e espere secar. Prepare apenas a quantidade
de dieta prescrita pelo seu nutricionista. Utilize água filtrada
e/ou fervida na quantidade recomendada, em temperatura ambiente. Não se esqueça de
verificar a data de validade do produto.
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7 Preparação para
administração das dietas
B) No caso de uma dieta líquida pronta para uso:
e mbalagens de sistema aberto (necessitam de envase no frasco descartável):
verifique a data de validade do produto, higienize a embalagem da dieta com água, sabão e álcool
70% e agite o produto antes do envase;
Dieta em
sistema aberto
Dieta em
sistema fechado
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8 Preparação do paciente
Se houver orientação da equipe, deve-se aspirar o resíduo gástrico antes de cada etapa
de administração da dieta enteral. Esta manobra não precisa ser realizada em pacientes
com alimentação através de sonda colocada no intestino.
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9 Como administrar medicamentos?
A administração de medicamentos triturados ou na forma líquida através da sonda,
em conjunto com a dieta enteral, poderá causar algumas alterações nas características e na estabilidade
da dieta enteral ou nas propriedades químicas dos medicamentos. Além disso, pode causar obstrução
da sonda e desconforto digestivo no paciente. Para evitar que isto ocorra, alguns cuidados deverão ser
tomados:
recomenda-se administração
1 hora antes ou 2 horas depois
da dieta enteral.
Existem medicamentos
que não devem ser
administrados pela sonda
ou junto com a dieta.
Verifiique sempre com
seu médico.
15
10 O que fazer nas intercorrências?
Causa Recomendação
intestinais, etc.), no
quantidade, três vezes ou mais por Entre em contato
entanto, o não cumprimento das
dia, gerando desconforto, perda de com seu médico ou
recomendações para higiene,
nutrientes e estado de má nutrição. nutricionista.
administração e conservação
da dieta enteral também pode
propiciar a diarreia.
Deve-se tomar cuidado para que o Posição do paciente incor- posição de 45 graus
paciente não aspire as secreções reta, posição da sonda durante a administração
eliminadas e tenha complicações incorreta, da nutrição enteral,
respiratórias. administração rápida administre a dieta
da dieta enteral. lentamente e certifique-se
quanto ao esvaziamento
gástrico através da aferição
do resíduo gástrico.
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10 O que fazer nas intercorrências?
Causa Recomendação
Mantenha os cuidados
de limpeza e de higiene
Obstrução da sonda
da sonda injetando
Limpeza inadequada
Interfere no fluxo 50 mL de água
da sonda
adequado da à temperatura
e administração
alimentação enteral. ambiente após cada
incorreta de
administração da dieta
medicamentos.
enteral e dos
medicamentos.
contactar o médico/enfermeiro
dieta enteral proposta. e saída acidental.
responsável.
Nunca tente fazer este
procedimento sem a ajuda
de um profissional da saúde.
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Chame seu médico,
nutricionista ou enfermeiro caso:
a s náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal não cessem
em 24 horas;
Hospital:
Telefone:
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Prescrição
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Dieta prescrita:
Volume a ser administrado: ______ mL de dieta enteral _____ vezes ao dia.
Hidratação: ______ mL de água _____ vezes ao dia.
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Dieta líquida pronta para uso
102935765. Mar/2013
Valor energético 123/517 kcal/kJ ** Valor energético 124/521 kcal/kJ **
Carboidratos 17 g ** Carboidratos 17 g **
Proteínas 4,4 g ** Proteínas 4,4 g **
Gorduras totais 4,1 g ** Gorduras totais 4,3 g **
Gorduras saturadas 2,3 g ** Gorduras saturadas 2,0 g **
Gorduras trans 0 g ** Gorduras trans 0 g **
Fibra alimentar 0 g ** Fibra alimentar 1,7 g **
Sódio 100 mg 4% Sódio 95 mg 4%
Cálcio 120 mg 12% Cálcio 120 mg 12%
Ferro 2,0 mg 14% Ferro 1,8 mg 13%
Potássio 170 mg ** Potássio 185 mg **
Cloreto 75 mg ** Cloreto 70 mg **
Fósforo 75 mg 11% Fósforo 86 mg 12%
Magnésio 24 mg 9% Magnésio 24 mg 9%
Zinco 0,86 mg 12% Zinco 0,86 mg 10%
Manganês 0,28 mg 12% Manganês 0,24 mg 10%
Cobre 160 µg 18% Cobre 110 µg 12%
Molibdênio 10 µg 22% Molibdênio 14 µg 31%
Iodo 13 µg 10% Iodo 14 µg 11%
Cromo 5,7 µg 16% Cromo 4,7 µg 13% Não contém glúten.
Selênio 3,3 µg 10% Selênio 3,0 µg 9%
Vitamina A 58 µg RE 10% Vitamina A 58 µg RE 10%
Indicações:
Vitamina D 1,3 µg 26% Vitamina D 1,5 µg 30%
Vitamina E 2,2 mg TE 22% Vitamina E 1,6 mg TE 16%
Vitamina C 5,3 mg 12% Vitamina C 5,3 mg 12%
Terapia Nutricional,
Niacina 1,6 mg 10% Niacina 1,4 mg 9%
Ácido Pantotênico 0,50 mg 10% Ácido Pantotênico 0,50 mg 10%
Enteral ou Oral
Vitamina B6 0,17 mg 13% Vitamina B6 0,16 mg 12%
Riboflavina (Vit. B2) 0,13 mg 10% Riboflavina (Vit. B2) 0,12 mg 9%
N O U R I S H I N G P E R S O N A L H E A LT H