Você está na página 1de 38

CUIDADOS DE

ENFERMAGEM NA Professora:
NUTRIÇÃO ENTERAL E
Maira
PARENTERAL Rubia Beck
A NUTRIÇÃO ENTERAL É DEFINIDA COMO:

“Alimento para fins especiais, com ingestão


controlada de nutrientes, na forma isolada ou
combinada, de composição definida ou estimada,
especialmente formulada e elaborada para uso
por sonda ou via oral, industrializada ou não,
usada para substituir ou complementar a
alimentação oral em pacientes desnutridos ou
não, conforme suas necessidades nutricionais, em
regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar,
visando à síntese ou manutenção dos tecidos,
órgãos ou sistemas.”
“O enfermeiro é responsável pela administração da NE
e prescrição dos cuidados de enfermagem em nível
hospitalar, ambulatorial e domiciliar”
NUTRIÇÃO ENTERAL

São usados quando o paciente por alguma


doença ou coma, não consegue alimentar-se
pela boca, não sendo capazes de ingerir pelo
menos 60% de suas necessidades calóricas
por V.O.

A nutrição enteral é a primeira opção para


nutrir o paciente com trato gastrointestinal
funcionante.
SITUAÇÕES QUE É EMPREGADA

Sepse
Politrauma
Queimaduras extensas
Coma Prolongado
Obstrução do esôfago
Cirurgia da cabeça e pescoço
Desnutrição grave
Doença inflamatória intestinal
Fístula êntero-cutânea de baixo débito
A SONDA É COLOCADA NOS SEGUINTES
CASOS

Presença de tumor na boca ou na garganta;


Efeitos da radioterapia;
Cirurgias na boca e na garganta;
Engasgos frequentes ou crises de tosse durante as
refeições;
Sensação de bolo ou aperto na garganta;
Retorno do alimento pelo nariz por dificuldade de
engolir ou saída pelo traquestoma.
TIPOS DE VIAS

Nasogastrica: a sonda é introduzida via fossa nasal


até o estômago. Neste tipo de sonda o alimento
sofre todo o processo de digestão.

Nasoduodenal: a sonda é introduzida via fossa nasal


localizando-se no final do estômago e início do
intestino Duodeno).

Nasojejunal: a sonda é introduzida via fossa nasal


localiza-se no intestino (jejuno).
TIPOS DE VIAS

Gastrostomia: sonda localizada no estômago, neste


tipo de sonda não é utilizado o acesso pela fossa
nasal a sonda é posicionada diretamente o
estômago por meio de processo cirúrgico.

Jejunostomia: sonda localizada no jejuno, neste tipo


de sonda não é utilizado o acesso pela fossa nasal a
sonda é posicionada diretamente o jejuno por meio
de processo cirúrgico.
F2: Nasogastrica

F3: Nasoduodenal ou Nasojejunal


COMPLICAÇÕES

Cerca de 10 a 15% dos doentes em terapia


nutricional enteral desenvolvem complicações
relacionadas ao método;

Mais frequentes:

Aspiração bronco-pulmonar

Diarreia
GATROINTESTINAIS MECÂNICAS INFECCIOSAS METABÓLICAS

Distensão abdominal Obstrução de sonda Pneumonia aspirativa Sobrecarga hídrica

Vômito Perfuração de órgãos Sinusite Superalimentação

Diarreia Posição incorreta da Otite média Desequilíbrios hidro-


sonda NE eletrolíticos
Esofagite Infusões nervosas
PRESCRIÇÃO MÉDICA

Compreende a determinação das diretrizes,


prescrição e conduta necessária para a prática da
NE, baseada no estado clínico nutricional do
paciente.

O médico deverá especificar a posição da sonda


(gástrica, jejunal ou jejunostomia), a maneira de
administrar (contínua ou intermitente), o teor
calórico-proteico, o volume total diário, as
necessidades suplementares de líquidos e
recomendações específicas pertinentes às doenças.
PRESCRIÇÃO NUTRICIONAL

A prescrição dietética deve especificar o tipo de


formulação utilizada (polimérica padrão, polimérica
especializada ou oligomérica), o volume e o valor
calórico a serem administrados em 24 horas, a
densidade calórica, o teor de proteína/dia, a
velocidade de infusão, além de especificar
alterações na composição química ou acréscimo de
nutrientes.

A prescrição dietética será elaborada com base na


avaliação do estado nutricional do paciente e na
prescrição médica.
COMO É COLOCADA A SONDA

 É introduzida suavemente pelo nariz, descendo até o


estômago. O procedimento é simples, realizado no
ambulatório e que não requer anestesia pois não é doloroso.
Depende apenas da colocação do paciente para “engolir” a
sonda, o que não é difícil.
DIETA ENTERAL, DIETA PARENTERAL
A SONDA INCOMODA OU DIFICULTA A
ATIVIDADE?
Qualquer tarefa ou atividade poderá ser realizada
sem nenhuma dificuldade.

A sonda não atrapalha porque é mito fina e macia.

Há um pequeno incômodo no nariz no dia em que ela


é colocada, entretanto, essa sensação logo
desaparecerá.

Estando bem alimentado o paciente ficará bem


disposto.
O PACIENTE FICARÁ DEPENDENTE DE
ALGUÉM?

A sonda não impede as tarefas do dia a dia.


O paciente poderá fazer sua própria comida assim
como alimentar-se sozinho.
É importante, sempre que possível, que a
alimentação seja colocada pelo próprio paciente,
pois ele aprenderá, com o tempo, o jeito certo de
fazê-lo.
Os pacientes que possuem algum tipo de limitações
precisarão de ajuda.
A SONDA É NECESSÁRIA PARA SEMPRE?

Ela é um recurso utilizado apenas enquanto o


paciente estiver impossibilitado de se alimentar pela
boca. A sonda poderá ser retirada assim que o
problema for corrigido.

Quando a sonda for colocada, o paciente e seus


familiares receberão instruções sobre como usá-la. A
Nutricionista indicará a dieta mais adequada e
fornecerá instruções sobre os acessórios para a
introdução dos alimentos de limpeza da sonda.
DICAS IMPORTANTES

A solução da dieta deve ser dada com o paciente sentado ou


com a cabeceira elevada, caso o paciente esteja acamado.
O frasco com a preparação da dieta deve ser colocada em
uma altura acima da cabeça.
O gotejamento deve ser no máximo de 60 gotas por minuto.
O fluxo muito rápido pode causar diarreia, vômito ou entupir
a sonda.
Antes de preparar a dieta, lave as mãos com água e sabão e
seque. Lavar as mãos antes e após qualquer procedimento.
Use água filtrada e fervida na preparação da dieta.
DICAS IMPORTANTES

Use água filtrada e fervida na preparação da dieta.


Fazer a limpeza da boca três vezes por dia,
observando alterações.
Fazer a limpeza das narinas diariamente.
Em caso da sonda entupir, o paciente arrancar ou
estiver enrolada na boca, não administrar a dieta,
puxar lentamente a sonda até retira-la
completamente, procurar um atendimento para que
seja colocada novamente.
COMO ADMINISTRAR A DIETA ENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL

 O suporte nutricional via parenteral está indicado sempre que


o paciente está impossibilitado de usar a via enteral por um
tempo predefinido. Um outro fator a ser considerado é se o
isso vai beneficiar o paciente.
CONCEITO

A Nutrição Parenteral (NP) é uma solução ou


emulsão, destinada à administração
intravenosa em pacientes desnutridos ou não,
em regime hospitalar, ambulatorial ou
domiciliar, visando a síntese ou manutenção
dos tecidos, órgãos ou sistema.
INDICAÇÃO DA NP TOTAL

Impossibilidade do uso das vias oral/parenteral;


Interferência de doença de base em ingestão,
digestão ou a absorção dos alimentos;
Desnutrição com perda de massa corporal >20%;
Estados hipermetabólicos:
Grandes queimados; Pacientes sépticos;
Politraumatismo extenso; Pancreatite aguda;
Fístulas intestinais de alto débito; Cirurgias no pré-
operatório e no pós-operatório.
NUTRIÇÃO PARENTERAL
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Você também pode gostar