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Daniela V. Monaco
Nutricionista formada pela PUC-Campinas em 1994
Atua como Nutricionista Clínica na ONCOCAMP e CLÍNICA LANE desde 1998
Mestre em Ciências da Saúde pela PUC-Campinas
Doutoranda em Ciências da Cirurgia pela UNICAMP
Docente do curso de Medicina da UNIMAX
Membro efetivo da SBCBM/IFSO e GEDIIB
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nutricionais especificas, permitindo uma assistência planejada, segura, integral e individualizada,
incluindo o gerenciamento da assistência nutricional de forma à considerar os indicadores
nutricionais para avaliação dos resultados da assistência.
Quanto mais precoce for à intervenção nutricional, mais benefícios o paciente terá em
relação à manutenção do estado nutricional, à tolerância ao tratamento oncológico proposto e a
qualidade de vida, sendo imprescindível que todos os pacientes com diagnóstico de câncer sejam
submetidos à avaliação e monitorização do estado nutricional.
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3. Como é realizado o atendimento nutricional na clínica x hospitalar. Existe diferença?
O Serviço de Oncologia pode utilizar os protocolos definidos pelas diretrizes BRASPEN de Terapia
Nutricional do Paciente com Câncer e/ou Consenso de Nutrição Oncológica e/ou Diretrizes da Sociedade
Europeia de Nutrição Clínica e Metabolismo (ESPEN). Também pode ser considerado à utilização de
protocolos definidos para cada serviço, à considerar a realidade de cada instituição, e com respaldo das
diretrizes e /ou consenso.
Os protocolos mais comumente utilizados incluem:
• Triagem Nutricional (NRS/2002, MST, MAN-VR, MUST)
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• Protocolo de avaliação nutricional (antropometria e composição corporal)
• Protocolo de seguimento nutricional
• Protocolos das Linhas de Cuidado
• Manual de Orientações Nutricionais ao Paciente Oncológico em início de quimioterapia
• Protocolo de Manejo dos Sintomas: diarreia, constipação
• Protocolo de início e manejo da terapia nutricional oral
• Protocolo de início da terapia nutricional enteral
• Protocolo pré-operatório para cirurgias de cabeça e pescoço e cirurgias abdominais
• Protocolos de indicadores nutricionais
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6. Qual é a importância da Nutricionista na equipe Multimodal/interdisciplinar?
A Terapia Nutricional Enteral está indicada na impossibilidade de utilização da via oral e ingestão
alimentar oral insuficiente (ingestão inferior à 60% das necessidades nutricionais por mais de 2 semanas).
A Terapia Nutricional Enteral está indicada na impossibilidade de utilização da via oral e ingestão alimentar
oral insuficiente (alimentação e suplementação oral), apesar das intervenções nutricionais.
A terapia enteral deve ser considerada em pacientes oncológicos que apresentem diagnóstico de
desnutrição e/ou risco nutricional, com trato gastrointestinal íntegro e que não atendam às
recomendações nutricionais de energia e proteínas definidas no planejamento individualizado.
Pacientes com câncer de cabeça e pescoço devem ser monitorados precocemente, para
intervenção nutricional enteral, em função do tratamento oncológico que compromete muito o estado
nutricional do paciente.
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Os pacientes precisam estar com bom estado nutricional para desenvolverem suas rotinas de
trabalho, exercícios e sentirem-se bem e com qualidade de vida para enfrentarem melhor o tratamento.
Precisamos formar profissionais que estejam preparados para esse perfil de competência,
considerando-se as necessidades desses pacientes e as crescentes estatísticas do câncer no Brasil e no
Mundo.
Em um artigo publicado no JCO Precision Oncology, 2020 sobre “Prevenção de Precisão: O Estado
Atual e o Futuro da Prevenção do Câncer Guiada pelo Genoma”, o autor conclui seu artigo com as
considerações que “o campo de estudos da oncologia atual gravita em direção da identificação de
indivíduos que tem predisposição ao câncer, na esperança de otimizar seus tratamentos. E que clínicas
especializadas multidisciplinares podem melhorar o controle do câncer oferecendo equipe especializada
em redução de risco, aconselhamento genético e orientação para mudanças no estilo de vida, incluindo
hábitos como combate ao cigarro, inclusão de exercícios físicos e mudanças dietéticas “
9. Pacientes em preparo cirúrgico. O que deve ser feito do ponto de vista nutricional?
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10. Como diminuir o gap entre o paciente que vai de alta para a clínica? Existe um trabalho em
conjunto (hospital e clínica)?
O tratamento do paciente oncológico está cada vez mais voltado para a assistência ambulatorial.
Quando há necessidade de internação hospitalar, seja em função do tratamento, e/ou procedimento
cirúrgico, ou outras necessidades especificas; o paciente deve dar continuidade a terapia nutricional
proposta e ser avaliado pela equipe multiprofissional de terapia nutricional do hospital, para identificar
outras necessidades no momento da internação e seguimento no hospital.
No momento da alta deve receber orientação nutricional de alta e retornar para reavaliação com
a equipe multidisciplinar do atendimento ambulatorial, para seguimento e manejo do plano terapêutico
de assistência nutricional proposto.
12. Como dever ser realizado o diagnóstico e tratamento de caquexia e sarcopenia no paciente
oncológico?
A intervenção nutricional em pacientes oncológicos com diagnóstico de sarcopenia contempla:
• Avaliação nutricional com avaliação da composição corporal, hand grip, circunferência da
panturrilha, bioimpedância;
• Avaliação do fisioterapeuta para intervenção juntamente com a nutrição,
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• Plano terapêutico nutricional individualizado hiperproteico com suplementação de proteínas por
refeição, de 1,2-1,5 g/kg/dia, dependendo do grau de sarcopenia e da tolerância do paciente.
Bibliografia consultada:
Arends J, et al. ESPEN expert group recommendations for action against cancer-related malnutrition.
Clin Nutr. 2017 Oct;36(5):1187-1196.
Arends J, et al. ESPEN guidelines on nutrition in cancer patients. Clin Nutr. 2017 Feb;36(1):11-48.
Horie LM, et al. Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no paciente com câncer. BRASPEN J. 2019; 34
(Supl 1):2-32.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação Geral de Gestão Assistencial.
Hospital do Câncer I. Serviço de Nutrição e Dietética. Consenso nacional de nutrição oncológica. /
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva; Nivaldo Barroso de Pinho (organizador) – 2.
ed. rev. ampl. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016. 112p. : Il. ; v. 2.
Kassem N, Stout LA, Hunter C, Schneider B, Radovich M. Precision Prevention: The Current State and
Future of Genomically Guided Cancer Prevention. JCO Precision Oncology 2020;4: 96-108
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