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ATLAS DE UROANÁLISE

Sedimentoscopia

Ana Victória Mota Lima


Biomedicina 315.6
Elementos celulares

Discos bicôncavos lisos não


 Hemácias nucleados analisados no aumento
de 400X.

Em casos de dúvida entre


hemácias ou leveduras utilizar
ácido acético a 2%;

Hemácias dismórficas – passam


pela membrana do glomérulo, mas
sofrem injúria (geralmente
associadas a doenças
glomerulares).
 Leucócitos

Maiores que as hemácias, também


são vistos no aumento de 400X, se
diferenciam das hemácias
principalmente pelo seu
preenchimento interno (grânulos);

Piúria – aumento de leucócitos na


urina.

Piúria Macrófago

 Células epiteliais

Célula epitelial escamosa – Células grandes,


achatadas e de morfologia irregular.
Apresentam pequenos núcleos centrais e
citoplasma abundante.
Célula epitelial de transição - Podem ser
esféricas, piriformes ou apresentar
projeções; Podem conter dois núcleos, em
grande quantidade essas células demonstram
descamação excessiva.

Célula epitelial tubular renal - Grandes


Cristais urinários
núcleos esféricos, essas células podem ser
cuboides ou colunares.

Cristais
Cristais normais de urina alcalina:
 Fosfato triplo

Podem ser encontrados em urinas


neutras e alcalinas. Comumente
encontrado na urina normal, mas
pode forma cálculo.

 Fosfato amorfo

Não exibem formato definido, são vários


“grânulos” espalhados sobre a lâmina.

Não exibem importância clínica.

 Carbonato de cálcio
São pequenos e incolores, apresentam
morfologia esférica. Podem ser
encontrados isolados ou agrupados,
quando agrupados podem exibir
coloração escura. Possuem bordas
definidas.
 Fosfato de cálcio
São prismas longos, delgados e
incolores, possuem extremidade afilada,
arranjando-se em rosetas ou estrela e
sobre a forma de agulha.

Podem estar presentes na urina normal


ou formar cálculo.

 Biuratos de amônio

Também chamados de uratos de amônio.

São encontrados em urina neutra,


alcalina e ocasionalmente em levemente
ácidas.

Cristais normais de urina ácida:

 Ácido úrico
Possui diferentes
morfologias, são corados
por pigmentos urinários
podendo exibir a
coloração amarelada ou
castanho-avermelhada.

 Oxalato de cálcio

Presentes em urina ácida, neutra e


ocasionalmente em urinas
alcalinas. São encontrados
Forma monohidratada principalmente depois da ingestão
de alimentos ricos em oxalato.

Grande quantidade em urina


recém emitida sugere
Forma dihidratada possibilidade de cálculos de
oxalato.
 Urato amorfo

Visualmente são indistinguíveis


do fosfato amorfo, o pH da urina
auxilia na distinção.

Não apresentam importância


clínica.

Cristais anormais de urina ácida:


 Cistina

Podem surgir isolados,


sobrepostos ou agrupados;

Sempre tem importância clínica,


ocorrem em pacientes com cistose
congênita ou cistinúria;

Formam cálculos renais.

 Leucina

Podem ser amarelados ou


castanhos com estrias radiais ou
concêntricas.

Apresentam grande importância


clínica.

 Tirosina

Agulhas muito delgadas e


altamente refringentes, são
observadas em feixes ou
agrupamentos.

Comum em indivíduos com


problemas hepáticos graves.
 Sulfonamida

Pode ser transparente ou de cor


castanha, formam uma roseta.

São provenientes da precipitação


de fármacos, principalmente
antibióticos.

 Contraste radiológico

São feixes de pontas irregulares (isolados ou aglomerados);

A presença desses cristais associada com o aumento da gravidade


específica é indicativo de contraste radiológico, podendo ser
encontrados na urina por até 3 dias após injeção.

Cilindros
 Hialino

Compostos basicamente por proteína


gelificada de tamm-horsfall. Devem ser
visualizados sobre baixa intensidade
luminosa.

 Hemático

Indica hematúria renal, sendo sempre


patológico;

Podem ocorrer somente poucas hemácias em


uma matriz proteica ou várias células
agregadas sem matriz visível.
 Leucocitário

São encontrados em casos de infecção e


inflamação renal;

Podem ocorrer somente poucos leucócitos em


uma matriz proteica ou várias células
agregadas sem matriz visível.

 De células epiteliais

Formados como resultado de estase ou


descamação de células epiteliais tubulares
renais.

Raramente são observadas na urina devido a


rara ocorrência de doenças renais que afetam
os túbulos.

 Granulosos

São resultados da degeneração de cilindros


celulares;

Inicialmente os grânulos são grandes e


grosseiros, porém quando a estase urinária é
prolongada, os grânulos são fragmentados.

 Céreo

São cilindros curtos e largos com


extremidades retas ou quebradas com bordas
fissuradas ou serrilhadas;

Resultam da degeneração de cilindros


granulosos.
 Graxo

Incorporam gotículas de gordura livre;

Podem ser encontrados na degeneração


adiposa do epitélio tubular, como por
exemplo, na doença tubular
degenerativa.

Estruturas variadas
 Leveduras

Lisas, incolores e geralmente ovoides;

Frequentemente apresentam
brotamentos, são encontradas em
infecções do trato urinário, em especial
em pacientes com diabetes.

Hifas

 Filamentos de muco

Longos, delgados e ondulantes de estrutura


semelhantes à hifa;

Quando em abundância significa presença


de inflamação ou irritação do trato
urinário.
Parasitas
 Trichomonas vaginalis

Parasita mais encontrado na urina, pode


não ser detectado, a não ser que exiba
motilidade.

 Enterobius vermiculares

Fêmea adulta pode ser encontrada na urina.

 Schistossoma haematobium

Habita as veias da parede da bexiga,


podendo ser encontrado na urina com
hemácias e leucócitos.

Artefatos e contaminantes
 Cristais de amido

O tipo mais comum é o amido de mihlo,


presente na maioria dos talcos.
 Fibras de tecido

Encontrado com maior frequência;

São oriundos de roupas, fraldas, papel


higiênico ou consistir em fragmentos de
algodão suspenso.

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