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Anatomia, Fisiologia e Manejo -

Mamíferos
RENATO ORDONES
MÉDICO VETERINÁRIO - FZEA/USP
ESPECIALISTA EM MEDICINA DE ANIMAIS SELVAGENS - UFMT

RENATO.ORDONES@OUTLOOK.COM
@RENATO.ORDONES
Anatomia, Fisiologia e Manejo -
Mamíferos

 Principais espécies
 Anatomia e Fisiologia
 Coelhos, Caviomorfos, Miomorfos
 Manejo
 Ambiental
 Nutricional
 Neonatos Mamíferos
Lagomorfos
Roedores - Caviomorfos

Porquinho-
da-Índia

Chinchilla
Roedores - Miomorfos

Hamsters Gerbil

Twister
Ferrets
Hedgehogs
Casuística
Espécies
50%

40%

30%

20%

10%

0%
Coelho Porquinho-da-Índia Chinchilla
Hamster Sírio Hamster Anão Twister
Gerbil Ferret Hedgehog
Morfofisiologia
 Presas
 Sinais Clínicos tardios

 Principais causas
 Erros de Manejo:
 Ambiental

 Nutricional
Manejo

 Ambiental

 Temperatura
STRESS
 Umidade

 Higiene

 Substrato

 Área
Manejo

 Nutricional

 Alimentos

 Qualidade

 Quantidade

 Horário
Características Gerais - Coelhos
 Expectativa de Vida
 9-10 anos
 Tempo de gestação
 29-35 dias
 Ninhada
 4-12 filhotes
 Maturidade sexual
 Machos: 5-6 meses
 Fêmeas: 4-5 meses
Anatomia e Fisiologia
 Dentição
 Lagomorfos
 I 2/1; C 0/0; PM 3/2; M 3/3
 Total: 28
 Elodontes
Anatomia e Fisiologia
 Desgaste constante
 Fibras
 Sílica
Anatomia e Fisiologia
 Fragilidade Óssea
 Musculatura 50% PV - Ossos 7-8% PV
Anatomia e Fisiologia - Coelhos

 TGI
 Herbívoros
 Fermentação
Pós Gástrica
Ceco
TGI – Morfofisiologia - Coelhos
 Conteúdo do TGI: 10-20% do PV
 Estômago:
 Paredes finas
 15% da ingesta
 pH: 1-2 quando adultos
 Cárdia e Piloro bem desenvolvidos -> Impossibilita
êmese
 Ângulo agudo na transição estômago-duodeno
 Fácil compressão

 Intestino Delgado:
 Duodeno, Jejuno e Íleo
 Curto: 12% da ingesta
 Lúmen estreito
TGI - Morfofisiologia
 Intestino Delgado
 Íleo
termina no Sacculus rotundus (Junção
íleocecocólica) -> possui válvula que impede
retorno
 Intestino Grosso
 Ceco e Cólon
 Ceco: câmara de fermentação
 Grande, Paredes finas
 18-22 protuberâncias em espiral
 40% da ingesta
 Termina no apêndice vermiforme
 Conteúdo semifluido
TGI - Morfofisiologia
 Intestino Grosso
 Cólon
 Separa e ‘embala’ as excretas
 Cólon Proximal e Cólon Distal
 Proximal: Saculações com faixas/Distal: Sem divisões
 Ampulla coli -> Cólon Proximal -> Fusus coli -> Cólon Distal
 Fusus coli: marca-passo para controle de eliminação de
fezes e cecotrofos
TGI - Morfofisiologia
 Cecotrofos
 Aspecto de amora
 Produto da fermentação no ceco
 Protegido por muco: Cólon Distal
 Liberados uma ou duas vezes/dia: 4h após
alimentação
 Importantes na nutrição
 Proteína microbiana -> Amino-ácidos essenciais
 Ác. Graxos de cadeia curta
 Complexo B (necessitam de apenas 3 pela dieta)
 Na eK
 Reabastecimento da microbiota cecal
TGI - Morfofisiologia
 Tempo de trânsito: 19h (3-6h no estômago)
 Comem até 30 vezes por dia, 2-8g por vez
 1h-1h30min trânsito pelo Intestino delgado

 Cólon proximal seleciona partículas que voltam para o


ceco: Substrato para microbiota e Fermentação (Absorção
no ceco e transformação em cecotrofos)

 Microbiota: Gram + Anaeróbios principalmente


(Bacterioides spp)
 Também: Gram – Anaeróbios facultativos, Protozoários
ciliados, Cyniclomyces guttulatus (fungo)
 E. coli e Clostridium
Trato Urinário
 Urinados coelhos: densa, espessa,
esbranquiçada
 Coloração pode variar:
Pigmento porfírico (alaranjado)
 Coelhose PDIs -> Marcação de território
 Miomorfos -> Glândula de Harder
Dieta
 Betacaroteno
 Betacianina-> Beterraba
 Luteína (amarelo)
Anatomia e Fisiologia
 Coelhos
 Dois cornos
 Cervix dupla
Manejo - Coelhos

 Vacinação
 Não há no Brasil

 Vermifugação
 Apenas com diagnóstico
Manejo
 Nutricional

 Nutrição insuficiente
 Alimentação excessiva
 Ingredientes inadequados
 Fibra
 Açúcar
 Gordura
Manejo
 Nutricional
* Coelhos e Caviomorfos
 Feno
 Folhas de cor verde-escuro
 Ração: 30g/kg/dia
 Frutas e Cenoura Petiscos
 FB: 18 - 24%
 PB: 10 -14%
 EE: <3%
 Água: 50-150ml/kg/dia
 Ca: < 0,4%
Manejo Nutricional
Neonatologia
 Coelhos
 Altriciais
 Peso ao nascer: 40-50g
 Anticorpos -> Cordão umbilical
 Desmame: 6-8 semanas
 Abertura dos olhos: 10-14 dias
 Feno e Cecotrofos -> 15 dias
Coelhos
Coelhos
Coelhos
Alimentação
 Coelhos

 Sucedâneo -> Cães


 Cada 6-8 horas
 Até 15% PV
 Fezes da mãe
 Ração: 1 mês
 Folhas: 2 meses
Alimentação
 Coelho

 Lesões por agressão maternal


Características Gerais –
Porquinhos da Índia
 Expectativa de Vida
 5-7 anos
 Tempo de gestação
 59-72 dias
 Não fazem ninhos
 Ninhada
 2-4 filhotes
 Maturidade sexual
 Machos: 3 meses
 Fêmeas: 2 meses
Características Gerais –
Porquinhos da Índia
 Macho: 900-1200g
 Fêmea: 700-900g
 1 Par de glândulas mamárias
 Reprodução: até 4-5 anos
 Fechamento da sínfise púbica com 7-8 meses -> Distocia
 Cópula confirmada por plug vaginal: Ejaculado coagulado

 4 dígitos em MTs
 3 dígitos em MPs
Características Gerais –
Porquinhos da Índia
 Sociais -> Vivem em grupos
 Não fazem grooming -> Pode ser agressão
 Bebedouro de garrafinha
 Substrato: Soft
 Evita pododermatite, Problemas respiratórios
 Abrigos
 Temperatura ambiental: 18-26º C
 Umidade: 30-60%
Anatomia e Fisiologia - PDI
 Dentes
 Caviomorfos Elodontes
 I 1/1; C 0/0; PM 0/0; M 3/3
TGI – Morfofisiologia –
Porquinhos-da-Índia
 Palato mole é contínuo com base da língua
 Ósteopalatino: Orifício no palato mole ->
comunicação entre faringe e orofaringe
 2,3 metros: Faringe ao Ânus
4 pares de Glândulas salivares
 Parótidas

 Mandibulares

 Sublinguais

 Molares

*Ducto na região dos molares


TGI – Morfofisiologia –
Porquinhos-da-Índia
 Estômago:
 Epitélio glandular
 Esvaziamento: 2h
 pH: 2.9
 Intestino Delgado: Lado direito
 pH: 6.4-7.4
 Ceco: Centro e Esquerdo
 65% do conteúdo
 15-20cm, paredes finas
 Sacular
TGI – Morfofisiologia –
Porquinhos-da-Índia
 Trânsito total: 20h
 Considerando coprofagia: 66h
 Coprofagia -> Não produzem cecotrofos
 Muitas vezes por dia -> direto do ânus
 Obesos e prenhas podem ingerir do chão
 Função pouco conhecida para nutrição
 Otimiza utilização de proteínas
 Sem coprofagia: Perdem peso, digerem menos
fibras, excretam mais minerais nas fezes
 Complexo B: Precisam de 7-10 pela dieta
TGI – Morfofisiologia –
Porquinhos-da-Índia
 Bacterias do ceco ficam presas no muco do
cólon
 Peristaltismo reverso
 Cólon: maior e mais pesado que de coelhos
 Possui sulco com Bactérias e Nitrogênio
 Voltam para o ceco a partir desse sulco
 Microbiota: Gram + e Anaeróbios
 Fígado:
6 lobos
 Vesícula Biliar bem desenvolvida
Trato Genito-Urinário - PDI

 Machos: Glândula vesicular


Dois sacos cegos de cerca de 10cm
 Canais inguinais abertos
 Bolsa escrotal pouco desenvolvida
 Saco Intromitente:
Bolsa com dois cornos -> projetados na ereção
Atenção -> Sonda uretral
Trato Genito-Urinário - PDI
 Fêmeas:
Útero bicórneo
Cérvix simples
Uretra externa
Manejo Nutricional

 Porquinho-da-Índia
 Não sintetizam enzima (L-gulonolactona oxidase):
Glicose -> Ác. Ascórbico
 Sem produção de colágeno
 Formação e integridade de vasos sanguíneos e
ligamentos
 Paresia de membros pélvicos
 Artrite inflamatória
 Dor para abrir a boca/Maloclusão
 Queda de pelos
 Pododermatite
Manejo Nutricional
 Porquinho-da-Índia
 10-25mg/kg/dia de Vitamina C -> 30 para filhotes e
lactantes
 Degradação da Vit. C da ração em 9-12 semanas
 Fotossensível

 Alimentos ricos:
 Pimentão

 Salsinha

 Couve

 Brócolis

 Kiwi

 Tomate
Neonatologia
 Porquinho-da-Índia

 Peso ao nascer: 60-100g


 Anticorpos -> Cordão umbilical
 Desmame: 3-4 semanas -> 180g
 Precisam mamar: mínimo 5 dias
 12-24h sem comer pós nascimento
 Estímulo para micção e evacuação:
 Até 15 dias
 Feno -> 1 – 14 dias
Neonatologia
 Porquinho-da-Índia
Alimentação
 Porquinho-da-Índia

 Sucedâneo -> Gatos


 4% EE, 8% PB, 3% Lactose
 Por 5-7 dias -> Cada 2-3 horas
 Vitamina C -> Diluída em água
 1-2 ml por vez
 Alimentação sozinho -> frequência
Neonatologia
 Porquinho-da-Índia

 Lesões por agressão parentais


Chinchillas

 Espécies:
 Lanígera
-> Corpo pequeno, orelha grande, cauda
longa (Chile)
 Brevicaudata-> Corpo grande, orelha pequena,
cauda curta (Terras altas do Peru, Argentina, Bolívia,
Chile)

 Híbridos -> Machos inférteis, Fêmeas férteis


Chinchillas

 Proximo da extinção em vida livre -> Caça


 Regiões Semi-áridas -> Andes (3-5mil metros)
 Alta afinidade da hemoglobina com O2
 Vivem em grupos, em tocas
 Não hibernam
 Podem soltar pelos -> Situações de stress

 Ambiente -> Banho com pó


Características Gerais –
Chinchillas
 Expectativa de Vida
 15-20 anos
 Tempo de gestação
 105-118 dias
 Peso ao nascer: 30-50g
 Ninhada
 1-4 filhotes
 Maturidade sexual
 Machos: 8-9 meses
 Fêmeas: 4-6 meses
Anatomia e Fisiologia - Chinchillas
 Dentes
 Caviomorfos Elodontes
 Esmalte amarelo
 Bula timpânica
TGI – Morfofisiologia –
Chinchilla
 Estômago:
 Epitélioglandular
 Esvaziamento: 2h
 pH: 2.9
 Intestinos longos: 3,5 metros
 Intestino Delgado: 117cm
 Intestino Grosso sem o ceco: 145cm
 Jejuno e Cólon mais longos que de PDI
 Ceco: grande e enrolado -> 23% da MS do Intestino
Grosso (Coelho: 57%, PDI: 44%)
 Menos conteúdo do que PDI e Coelhos
 Colon Saculado
TGI – Morfofisiologia –
Chinchilla
 Trânsito total: 12-15h
 Ingerem 70% da dieta de noite
 Produção de fezes durante a noite
 Produz dois tipos de fezes:
 Rico em nitrogênio -> Coprofagia
 Pobre em nitrogênio
Trato Genito-Urinário -
Chinchilla
 Uretra externa na fêmea
 Dois úteros, duas cervix
 Uma vagina
 Fica fechada com membrana, abre no estro e parto
3 pares de glândulas mamárias
1 Inguinal e 2 pares laterais torácicos
 Saco intromitente (Bolsa peniana)
 Prostata, Glândulas vesiculares (Grande fina e comprida),
Gl bulbouretrais
 Machos sem bolsa escrotal
 Testículos no canal inguinal ou abdomen
Manejo - Chinchilla
 Abrigo
 Banho de pó 3x/semana
 Ter mais de uma
 Sensível ao calor
10-20ºC
Umidade <50%
 Tolerante ao frio
Manejo - Chinchilla
 Alimentar
 16-20% PB
 2-4% EE
 15-20% FB

 Ingestão de água: 45-90mL/Kg


Neonatologia
 Chinchillas

 Precociais

 Desmame: 6-8 semanas


 Desmame (Mamadeira): 2-3 semanas
 Poliéstricos sazonais: Maio-Novembro
 Não fazem ninho
 Estro dura 3-4 dias
 Feno -> 7 dias
Alimentação

 Chinchillas

 Sucedâneo -> Cães


 Por 7 dias -> Cada 2-3 horas
 1-2 ml por vez
 Alimentação sozinho -> frequência
Miomorfos - Twister

 Glândula de Harder
 Atrás do bulbo ocular
 Produz porfirina
 Stress ou doenças -> Aumenta produção
TGI – Morfofisiologia – Twister

 Odonto

I 1/1; C 0/0; PM 0/0; M 3/3


 Incisivos Elodontes
 Molares Anelodontes
 Esmalte Amarelo
TGI – Morfofisiologia – Twister

 Zona cranial aglandular no estômago, separada


por linha
 Ausência de centro do Vômito
 Cárdia espesso
 Ceco desenvolvido
 Cólon alongado
 Roedores: Algum grau de coprofagia
 Ausência de vesícula biliar
Trato Genito-Urinário -
Twister

6 pares de mamilos -> Apenas fêmeas


Aparecem com 10 dias de vida
 Tecido mamário
 Canal inguinal aberto
 Fazem ninho
 Mínimocontato por 2 dias pós parto ->
Canibalismo
Anatomia e Fisiologia

 Roedores
 Sexagem
 Distância anogenital
Macho > Fêmea
Hamster

 19-45g -> Anão Russo


 Temperatura Ambiental: 16,5-25º C
 Podem hibernar abaixo de 10ºC -> Sírio
 Umidade 30-40%
Manejo - Hamster

 Bolsa Jugal
Evaginação da mucosa oral
Gerbil

 Deserto
 Rins eficientes -> Conservar água
 Banho de areia igual Chinchilla
Manejo

 Nutricional
* Miomorfos
 Ração extrusada -> Onívoros
 Ovo cozido 2x/semana
 Frutas, legumes, sementes Petiscos

 PB:
 Twister: 14-16%
 Hamster: 14-17%
 Gerbil: 22%
Alimentação
 Pequenos Roedores
 Altriciais
 Leite: 43-46% EE – 31-36% PB – 10-11% Carb
 Sucedâneo -> Gatos (Hamsters)/Cães (Outros)
 Por 7 dias -> Cada 2-3 horas
 8-15 dias -> Cada 4 horas
 5% PV
 Comem sozinhos: 12-16 dias / 7 dias (Hamsters)
Alimentação
Neonatos - Mamíferos

 2-4 semanas de vida


 Diferentes graus de desenvolvimento
 Altriciais
 Precociais
 Intervenção -> órfão ou falta de cuidados maternos
 Tríade neonatal
 Hipotermia
 Hipoglicemia
 Desidratação
Neonatos - Mamíferos

 Altriciais

 Precociais
Neonatos - Mamíferos

 Hipotermia
 Ausência termorregulação
 Metabolismo
 Capacidade de sucção
 Função intestinal
 Aquecimento deve ser lento
 Vasodilatação
 Alterações hemodinâmicas
Neonatos - Mamíferos

 Hipoglicemia
 Pouca reserva de glicogênio -> Imaturidade hepática
 Ausência de gliconeogênese
 Tempo prolongado sem alimentação
 Desnutrição da mãe
 Alimentação inadequada
 Metabolismo
Neonatos - Mamíferos
 Desidratação
 80-85% do PV de água
 Em até 12h de vida -> Perda de 5-10% PV
 Necessidade de ingestão -> 2-4x maior que adultos
 Ausência de controle de manutenção hídrica
 Tempo maior sem alimentação
Alimentação
Carnívoros
Herbívoros

Mamíferos
Frugívoros
Insetívoros

Onívoros
Alimentação
 Sucedâneo
 Variedade
 Frequência: 2-3h Até 12h
 Quantidade: 4-5 Até 20% PV
 Excesso -> Regurgitação/Aspiração
 Período: 7 dias até 1-2 Anos
Alimentação

 Controle de peso

 Diário

 Curva de crescimento
Alimentação
 Como oferecer
Alimentação
 Como oferecer
Alimentação
 Transição -> Alimento Sólido
Alimentação
 Quando intervir
Principais Afecções
 Tríade neonatal
 Sempre emergência
 Causa???
 Tempo -> Determinante
 Vias de acesso: Jugular ou Intraóssea
 Sinais Clínicos
 Letargia
 Ausência de reflexo de deglutição
 Perda de peso
 Ressecamento de mucosas
 Choque
Principais Afecções

 Coelhos/Roedores
 Microbiota inadequada
 Açúcar - Fibra
 Deficiências por má nutrição
 PT, Ca, Vit. A, Vit. D, Vit. E, Vit. C (PDI)
 Diarréia
 Doenças ósteo-metabólicas
Principais Afecções

 Coelhos/Roedores
 Escorbuto (PDI)
 Descarga nasal e ocular
 Imunidade
 Mal-oclusão
 Dores articulares
 Vit. E -> Síndrome da distrofia muscular
 Membros pélvicos
 Claudicação/Paralisia
Principais Afecções
 Neonatos
 Mais susceptíveis ao açúcar
 Disbiose -> Enterotoxemia
 Clostridium spiroforme
 Estase GI
 Causa??

 Dieta
 Obstrução
 Gastroenterite
 Anorexia
 Tríade neonatal
Principais Afecções
 Neonatos
 Choque -> Hipoglicemia/Convulsão

 Reestabelecimento -> Suporte


 Glicemia
 Temperatura
 Convulsões
 Causa ??? -> tratamento
 Manejo
Semiologia, Locais de Coleta e
Aplicação - Mamíferos
RENATO ORDONES
MÉDICO VETERINÁRIO - FZEA/USP
ESPECIALISTA EM MEDICINA DE ANIMAIS SELVAGENS - UFMT

RENATO.ORDONES@OUTLOOK.COM
@RENATO.ORDONES
Atendimento
 Anamnese/Histórico
 Inspeção do Recinto (Sujo)
 Inspeção do Animal (Distância)
 Contenção
 Exame Físico
 Exames Complementares
Atendimento
 Anamnese/Histórico
 Inspeção do Recinto (Sujo)
 Inspeção do Animal (Distância)
 Contenção
 Exame Físico
 Exames Complementares
Definições

 Emergência Urgência

Ameaça Imediata Ameaça próxima


Risco Iminente Risco próximo
Solução imediata Solução em curto prazo
Emergência
 Como saber que é uma emergência?

 Dispnéia
 Cianose
 Hemorragia
 Inconsciência
 Pouca responsividade
 Prostração Severa ou Duradoura
 Contenção Física
 Contenção Física
Atendimento
 Exame físico completo
 Independente da queixa
 Pele
 Pelos
 Membros
 Cav Oral
 Orelhas
 Olhos
 Narina
 Palpação abdominal
 Ausculta
 Genitais
Atendimento
 Minimizar Stress
Vias de Administração
 SC
 IM
 IV
 IO
 VO
Exames complementares
 Hg/FR/FH
 Hemogasometria
 Lactato
 Glicemia
 Coproparasitológico
 RX
 Ultrassom
 Tomografia
 Citologia
 Histopatológico
 Cultura e Antibiograma
Tomografia
Tomografia
Emergência
 Equipamentos
 Oxigênio
 Bomba de Infusão
 Oxímetro
 Doppler e Esfigmomanômetro
 Colchão térmico/Aquecedor
 Sonda Traqueal e Ambú
 Hemogasometria
Emergência
 Fármacos
 Atropina
 Adrenalina
 Doxapram
 Diazepam *Glicose 50%
 Manitol
 Dexametasona
 Prometazina
 Furosemida
Fármacos
 Cuidados

 Corticosteróides
 Motilidade
 Hiperglicêmico -> Dano cerebral
 Ulceração gástrica
 Imunidade
MV Esp. Daniela Alves

Emergência
 Parâmetros
 FC
 FR
 Temperatura
 Glicemia
 Pressão/Pulso
 Saturação O2
 Reflexos
 Lactato
 Hemogasometria
Parada CCP e RCCP

 Dez segundos para identificar


 Parada respiratória – respiração agônica
 Auscultação e palpação do pulso
 Perda da consciência – pupilas dilatadas
 Pode ocorrer parada respiratória sem parada
cardíaca – intubação endotraqueal e ventilação
assistida (2 a 4mrpm)
 Capnografia
Vias Aérea

 Intubação o mais rápido possível


 Não interromper compressões torácicas por > 5 a
10 segundos para intubação.
 Tubos endotraqueais adequados
 Traqueostomia
Monitoração
Ventilação

 Hiperventilação = ↓retorno venoso →débito


cardíaco e pressão de perfusão cerebral ↓
 2/3 da frequência respiratória normal em repouso
 Não exceder 20 cmH2O
 O2 100%
 Retorno da ventilação espontânea – Metas PaO2
≥ 70 mmHg e SaO2 ≥ 93%.
Circulação

 Massagem cardíaca - Promover fluxo sanguíneo


para a circulação coronária do coração e
circulação cerebral
 Externa – Precoce e eficaz
 Ventilação com pressão positiva – f apropriada
 Tempo inspiratório 1 segundo e volume suficiente
para produzir expansão torácica.
Circulação

 ≤ 1 kg
 Decúbito lateral direito
 Um ou dois dedos
 150 a 200 compressões/min
 Ventilação: 20 a 30 mrpm
Circulação

 1 a 10 kg
 Decúbito lateral direito
 Palma da mão no externo com o 5 a 6 EIC entre
o indicador e polegar

 10 a 100 kg
 Decúbito lateral direito
Durante anestesia

 Descontinuação anestesia inalatória


 Antagonistas se possível
 Observar sistemas
 Ventilação 100% O2
 RCCP
Lagomorfos
 Colheita de Sangue
 Safena Lateral ***
 Femoral
 Arterial -> Auricular

Artéria

Veia
Veia
Lagomorfos
 Acesso Venoso
 Marginal da Orelha ***
 Cefálica
 Safena lateral
Roedores
 EDTA

 Locais de Coleta
 Cava Cranial ***
 Jugular
 Cauda (Chinchilla)
Quanto coletar?

 Porquinhos-da-Índia
 70mL/Kg -> Volume total
 Pode coletar -> 7-10% do volume total (5-7ml/Kg)
 Coelhos
 Até 1% PV
 Miomorfos
 Até 0,8% PV
Roedores
 Acessos venosos
 Cefálica (Porquinho da Índia)
 Safena lateral
 Cauda (Twisters)

MV Msc. Maria Augusta Adami


Acessos Venosos - Roedores
Coleta de sangue - Outros

MV Renata Fiedler
Acessos Venosos - Outros
Acessos
 Intraósseo
 Fêmur
 Filhotes
 Espécies pequenas
 Gerbil
 Hamster Sírio
 Hamster Anão Russo
 Sagüí
Monitoração
 Intubação/Máscara
 Eletro
 Oximetria
 Temperatura
 Doppler
Monitoração
 Intubação/Máscara
 Eletro
 Oximetria
 Temperatura
 Doppler
Monitoração
Avaliação Neurológica

 Neuroanatomia -> Cães e Gatos

 Presas
 Sinais Clínicos
 Stress

 Tranquilizantes ou Sedativos -> Nunca!!


Introdução
 Neuroanatomia
 Medula óssea até S2

Sehk, J.W. Atlas of the Rabbit Brain and Spinal Cord, 1986.

Osofsky A. et al. Functional Neuroanatomy of the Domestic Rabbit (Oryctolagus cuniculus), 2007.
Causas

 Desordens Sistêmicas (Secundário)

 Sistema Nervoso (Primário)


Causas
Neoplásica
Inflamatória
Infecciosa Nutricional
Traumática

Sinais Neurológicos Metabólica

Congênita Idiopática
Tóxica
Iatrogênica Degenerativa
Equipamentos

Martelo de
Cotonetes
Taylor

Caneta-
Pinça Halstead tocha
mosquito 12cm
Exames

 Introdução

 Histórico clínico completo

 Exame físico completo


Exames

 Introdução

 Seguir a ordem
Dor
 Realizar por etapas
Stress
Exames

 Principais Sinais Clínicos (Coelhos)

 Head tilt
 Andar em círculos
 Ataxia
 Paresia
 Paralisia
 Nistagmo
 Convulsões
Exames
 Diagnósticos diferenciais

Meredith, A.L. et al. Update on Neurological Disease in the Rabbit, 2008


Exames

 Exames complementares

 Hemograma
 Bioquímico
 Urinálise
 PCR
 Toxicológico
Exames

 Exames complementares

 RX
 US
 Análise de LCR
 Tomografia
 Ressonância Magnética
Exames

 Passo-a-passo
 1 -> Observação geral
 2 -> Palpação
 3 -> Reação postural
 4 -> Reflexos espinhais
 5 -> Nervos cranianos
 6 -> Sensações
 7 -> Outros locais de dor
Exame

 Passo-a-passo
 1- Observação Geral
 Solto no ambiente
 Simetria
 Postura
 Marcha
Exame

 Passo-a-passo
 2- Palpação
 Ossos
 Articulações
 Músculos -> Tônus, simetria
* Não relaxam
Exame

 Passo-a-passo
 2- Palpação
 Cabeça
 Coluna vertebral
 Membros
Exame

 Passo-a-passo
 3- Reação postural
 Superfície não-escorregadia
 Apoio ao corpo
 Stress -> Alteração dos resultados
Exame
 Passo-a-passo
 3- Reação postural
 A) Propiocepção/Consciente:
 Flexionar cada pata -> deve voltar
imediatamente
 Carta sob as patas -> puxar lateralmente
Exame

 Passo-a-passo
 3- Reação postural
 B) Carrinho-de-mão
 Peso nos MTs
 Andar de forma coordenada
Exame

 Passo-a-passo
 3- Reação postural
 C) Saltitar
 Carrinho-de-mão com um membro apenas
 Mover lateralmente
 Avaliar Reação
 Repetir nos 4 membros
Exame

 Passo-a-passo
 3- Reação postural
 D) Hemistanding/Caminhando
 Apoio de MT e MP do mesmo lado
 Movimento lateral
Exame

 Passo-a-passo
 3- Reação postural
 E) Não-Visual (Tátil)
 No colo
 Cobrir os olhos
 Aproximar MTs de superfície
 Apromixar MPs de superfície (mais difícil)
Exame

 Passo-a-passo
 3- Reação postural
 E) Visual
 No colo
 Aproximar MTs de superfície
 Aproximar MPs de superfície (mais difícil)
Exame

 Passo-a-passo
 3- Reação postural
 F) Endireitar
 Decúbito lateral
 Soltar
 Avaliar habilidade de levantar
Exame

 Passo-a-passo
 4- Reflexos espinhais
 Decúbito lateral
 Suporte à coluna -> evitar traumas
 Martelo ou Cabo da pinça
Exame

 Passo-a-passo
 4- Reflexos espinhais
 Avaliar lesão de NMS ou NMI
 Graduada em:
 0 -> Ausente
 +1 -> Deprimida
 +2 -> Normal
 +3 -> Exagerada
 +4 -> Exagerada com clonus
Exame

 Passo-a-passo
 4- Reflexos espinhais
 A) Reflexo patelar:
 Suportar MP pelo Fêmur
 Joelho flexionado
 Tocar ligamento patelar (Martelo ou Pinça)
 Ideal: Rápida extensão
Exame

 Passo-a-passo
 4- Reflexos espinhais
 B) Reflexo do biceps:
 Difícil de ser gerado e avaliado
 Suporte da porção cranial e proximal do
cotovelo
 Dedo indicador -> inserção do biceps
 Tocar com o martelo ou pinça no dedo
Exame

 Passo-a-passo
 4- Reflexos espinhais
 C) Reflexo do triceps:
 Difícil de ser gerado e avaliado
 Suportar pelo úmero
 Cotovelo flexionado
 Martelo ou pinça -> ponto de inserção do
triceps braquial
 Extensão do cotovelo
Exame

 Passo-a-passo
 4- Reflexos espinhais
 D) Reflexo de retirada:
 Pinçar a pele de um dos dedos do MP
 Ideal: flexão da perna toda
 Repetir nos MTs
Exame

 Passo-a-passo
 4- Reflexos espinhais
 E) Reflexo perineal:
 Agulha, cotonete ou ponta da pinça
 Tocar períneo
 Ideal: Contração do esfíncter anal
Exame

 Passo-a-passo
 5- Nervos cranianos

 Suspeita de lesão cerebral -> Essencial


 Semelhante a cães e gatos
Exame

 Passo-a-passo
 5- Nervos cranianos
 A) Gesto de ameaça
 Olho contra-lateral tapado
 Evitar vento
 Evitar tocar nos pelos
 Stress -> Não piscar
Exame

 Passo-a-passo
 5- Nervos cranianos
 B) Reflexo pupilar
 Luz clara
 Resposta consensual
Exame

 Passo-a-passo
 5- Nervos cranianos
 C) Posicionamento dos olhos
 Cabeça levantada
 Mudar de posição -> avaliar movimentos

 Nistagmo fisiológico -> movimento rápido


Exame

 Passo-a-passo
 5- Nervos cranianos
 D) Tônus da mandíbula
 Difícil de avaliar em coelhos
Exame

 Passo-a-passo
 5- Nervos cranianos
 E) Reflexo palpebral
 Tocar canto medial
 Dedo ou cotonete umidecido
Exame

 Passo-a-passo
 5- Nervos cranianos
 F) Reflexo de córnea, nasal e sensibilidade da
face
 Dedo ou cotonete umidecido
Exame

 Passo-a-passo
 5- Nervos cranianos
 G) Audição
 Barulho alto
 Difícil gerar resposta clara
Exame

 Passo-a-passo
 6- Sensações
 Dor difícil de ser avaliada
 Retirada do membro -> pode ser reflexo
espinhal
 Resposta -> Olhar local do estímulo
Exame

 Passo-a-passo
 6- Sensações
 Panículo -> Dor cutânea superficial
 Sentido crânio-caudal
 Dor profunda -> dígitos
 Apertar: Pinça ou dedo
 Ausência -> Prognóstico desfavorável (Dano medular
severo)
Exame
Exame

 Roedores
 Difícil avaliação -> Pequenos e Presas
 Não se movem ou se desesperam
 Melhor forma -> Observar movimentos
Exame
 Exames Complementares

 Endoscopia
 Anestesia
 Canal proximal da orelha e membrana timpânica
 Amostras: Histologia ou Microbiologia
 Colocar solução morna -> canal
 Endoscópio rígido:
 2.7mm -> > 2Kg
 1.9mm -> < 2Kg
Exame

 Exames Complementares

 Microbiologia
 Coleta: Aspirado por agulha fina
 Endoscopia

 US

 Tomografia
Exame

 Exames Complementares

 Análise e Cultura de LCR:


 Anestesia Geral
 Caudal à lesão -> Cisterna magna ou Espaço
lombar sub-aracnóide
 Antes de constrastes
Exame

 Exames Complementares

 Ultrassonografia
 Bula timpânica
 Estruturas oculares
Exame

 Exames Complementares

 Radiografias:
 Crânio e Coluna Vertebral
 Traumas -> Luxações/Fraturas
 Lesões líticas ou proliferativas
 Anormalidades congênitas
 Neoplasias
Exame

 Exames Complementares

 Mielografia
 Contraste -> iohexol (0.25-0.5 ml/kg)
 Espaço sub-aracnóide
 Lesões compressivas ou expansões
Exame

 Exames Complementares

 Tomografia
 Orelha interna
 Anormalidades ósseas
Exame

 Exames Complementares

 Ressonância Magnética:
 Anormalidades de tecidos moles
 Principalmente coelhos com doença em SNC
Exame

 Exames Complementares

 Necropsia:
 Coleta pra histopatologia
Obrigado!
renato.ordones@outlook.com

@renato.ordones
Referências

 Arquivo pessoal, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021 e 2022;

 Cubas, Z. S.; Silva, J. C. R.; Catão-Dias, J. L.; Tratado de Animais Selvagens, 2nd edição,
2014;

 Guillen, F. Manual de Manejo para Fauna Silvestres en Cautiverio, 2004;

 Miller, E. and Fowler, M. Zoo and Wild Animal Medicine Vol.8, 2015;

 Mullineaux, E. and Keeble, E. BSAVA Manual of Wildlife casualties 2nd edition, 2016;

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