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pré e pós-operatório
Apresentação
A terapia nutricional em cirurgia é fator essencial no pré e no pós-operatório, uma vez que permite
maximizar o tratamento e a recuperação do paciente. Apesar das técnicas cirúrgicas terem evoluído
acentuadamente nas últimas décadas, o estado nutricional do paciente permanece sendo primordial
na conduta do nutricionista.
Nutrir o paciente cirúrgico que se encontra em situação complicada representa um grande desafio
que inclui lidar com inúmeras afecções cirúrgicas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar a abordagem nutricional e os tipos de condutas
nutricionais no pré e no pós-operatório, assim como em situações cirúrgicas específicas.
Bons estudos.
Na obra Nutrição clínica, leia o capítulo Patologia da nurição e dietoterapia: pré e pós-operatório,
base teórica desta Unidade de Aprendizagem, para entender melhor sobre algumas condutas
relacionadas ao tratamento dietoterápico nos períodos pré e pós-operatório.
Boa leitura.
NUTRIÇÃO
CLÍNICA
Bianca Duarte Beck
Patologia da nutrição
e dietoterapia: pré
e pós-operatório
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
A terapia nutricional em cirurgia é fator essencial no pré e no pós-opera-
tório, pois permite maximizar o tratamento e a recuperação do paciente.
Apesar da evolução das técnicas cirúrgicas nas últimas décadas, o estado
nutricional do paciente permanece sendo primordial na conduta do nu-
tricionista. Nutrir o paciente cirúrgico representa um grande desafio, que
inclui lidar com inúmeras afecções cirúrgicas. A complexidade do tema
requer a atuação de equipe multiprofissional em terapia nutricional para
prover aos pacientes o que há de mais adequado para cada um deles.
Neste capítulo, você vai estudar a abordagem nutricional e os tipos de
condutas nutricionais no pré e pós-operatório, assim como em situações
cirúrgicas específicas.
Recomenda-se dieta sem resíduos de consistência líquida nos três dias que
antecedem o procedimento. Além disso, é importante incluir imunonutrientes
na forma de suplementos orais por sete a 10 dias, principalmente em pacientes
desnutridos.
Recomendações da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral
e Associação Brasileira de Nutrologia (2011).
Ileostomias e Colostomias
Realimentação precoce
Tradicionalmente, a prescrição de dieta no pós-operatório (PO) só é reali-
zada após a volta do peristaltismo e eliminação de gases. Assim, o jejum PO
se prolonga por um período de dois a cinco dias e, durante esse período, o
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Cirurgias bucomaxilofaciais
Cirurgia retal
Ressecções intestinais
Gastrostomia
vezes ao dia, a cada três horas. A temperatura da dieta deve ser ambiente,
pois temperaturas muito frias ou quentes podem causar diarreia ou cólicas.
Saiba que existem dois tipos de dietas:
Jejunostomia
Ileostomias
Colostomias
Leituras recomendadas
AMERICAN CANCER SOCIETY. Ileostomy guide. Atlanta: ACS, c2018. Disponível em:
<https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/physical-side-
-effects/ostomies/ileostomy.html>. Acesso em: 06 fev. 2018.
BLOCK, A. S.; MUELLER, C. Suporte nutricional enteral e parenteral. In: MAHAN, L. K.;
ESCOTT-STUMP, S. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 10. ed. São Paulo: Roca,
2002. p. 448-466.
BORGES, V. C.; CORREIA, M. I. T.; ALVAREZ-LEITE, J. Terapia nutricional no diabetes mellitus.
Brasília, DF: Conselho Federal de Medicina, 2011. (Projeto Diretrizes, v. IX).
CAMPOS, A. C. L. Tratado de nutrição e metabolismo em cirurgia. Rio de Janeiro: Rubio,
2013.
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: alimentos, nutrição e dieto-
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enfoque na prevenção de seroma e fibrose. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, São
Paulo, v. 29, n. 4, p. 609-624, 2014. Disponível em: <www.rbcp.org.br/export-pdf/1590/
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SILVA, S. M. C. S.; MURA, J. D. P. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. 2. ed.
São Paulo: Roca, 2010.
WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parental na prática clínica. 5. ed. Atheneu,
2017. v. 1.
Dica do professor
A avaliação subjetiva global (ASG) é um dos métodos de avaliação do risco nutricional mais
utilizado no ambiente hospitalar e mais recomendado pelo Ministério da Saúde. A ASG deve ser
feita no momento da admissão do paciente e repetida periodicamente durante sua internação.
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Na prática
Os suplementos nutricionais orais são classificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) como alimentos para fins especiais. Eles são formulados ou processados por meio da
introdução de nutrientes adequados à utilização em dietas diferenciadas e/ou opcionais que
tenham por objetivo atender às necessidades de pacientes com condições metabólicas e
fisiológicas específicas.
Sendo assim, deve-se garantir que o suplemento esteja adequado à condição nutricional do
paciente e que inclua todos os nutrientes necessários à complementação alimentar em termos de
energia, proteína, fibras, eletrólitos, vitaminas e minerais.
Alguns fatores devem ser considerados para se determinar o tipo e a quantidade do suplemento
nutricional oral a ser orientado:
De modo geral, alguns produtos são apresentados prontos para consumo e podem ser utilizados
como apresentados ou incluindo-se em preparações mais elaboradas, afim de melhorar a aceitação
e oferecer variedade de utilização.
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