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HISTOLOGIA II
(TEÓRICAS E PRÁTICAS)
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1. SISTEMA CIRCULATÓRIO
O sistema circulatório é constituído pelo sistema vascular sanguíneo (coração,
artérias, capilares e veias) e pelo sistema vascular linfático (capilares, vasos e troncos
linfáticos).
Funções:
• Distribuição dos nutrientes, oxigénio e moléculas de sinalização aos tecidos;
• O transporte de CO2 e outros produtos do metabolismo para os órgãos
excretores;
• A termorregulação e a distribuição de células (sistema imune).
A função do coração é bombear o sangue para todo o corpo através dos vasos
sanguíneos.
As artérias são uma série de vasos eferentes que se tornam menores à medida que se
ramificam e que levam o sangue, com nutrientes e oxigénio, para os tecidos.
Os capilares são muito finos e é através deles que as substâncias passam para os
tecidos. As veias resultam da convergência dos capilares e tornam-se mais amplas à
medida que se aproximam do coração.
É comum dividir-se o sistema circulatório em vasos de macrocirculação – grandes
arteríolas, artérias musculares e elásticas e veias musculares; e em vasos de
microcirculação, vasos somente visíveis ao microscópio – arteríolas, capilares e
vénulas pós-capilares.
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musculares lisas organizadas helicoidalmente. Entre as células musculares está uma
matriz extracelular composta por fibras e lamelas elásticas, fibras reticulares
(colagénio tipo III), proteoglicanos e glicoproteínas, produzidas pelas células
musculares.
Em artérias, esta túnica possui uma lâmina elástica externa mais delgada que separa
esta da túnica adventícia.
Túnica Adventícia (A) – constituída por tecido conjuntivo laxo, com colagénio do tipo I
e fibras elásticas.
Sistema Arterial
As artérias são classificadas de acordo com o seu calibre e podem ser: de grande
calibre, onde predominam as fibras elásticas; de médio ou pequeno calibre, onde
predominam elementos musculares; ou arteríolas, que são ramos extremamente finos
do sistema arterial.
O que distingue as artérias elásticas das musculares é a túnica média.
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Artérias Musculares ou Médias
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Arteríolas
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Órgãos sensitivos das artérias
Seios carotídeos são pequenas dilatações das artérias carótidas internas. Estes seios
contêm barorreceptores que detectam variações na pressão sanguínea e transmitem
esta informação ao SNC. A camada média da parede arterial é mais delgada nos seios
carotídeos e as camadas íntima e adventícia são muito ricas em terminações nervosas.
Microcirculação
Segmento do sistema circulatório que inclui os
capilares e as porções terminais das arteríolas e das
vénulas.
Anastomoses artério-venosas
As anastomoses artério-venosas são comunicações directas entre artérias e veias e
têm paredes musculares. Participam na regulação do fluxo sanguíneo em certas
regiões do corpo.
Quando há uma necessidade de perder calor a anastomose fecha e o sangue tem que
passar pela rede capilar que tem uma superfície
de trocas maior e o calor dissipa-se. Se for
preciso conservar a temperatura o sangue
passa pela anastomose e não há tanta
dissipação de calor.
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É muito útil em focas e golfinhos (onde existem nas barbatanas) e também existem em
ovinos.
Capilares Sanguíneos
Os capilares sanguíneos estão geralmente interpostos entre as arteríolas e as vénulas e
são compostos por uma única camada de células endoteliais que se enrolam em forma
de tubo, forrada por uma lâmina basal. Anastomosam-se largamente entre si e
permitem a troca de nutrientes, gases e produtos de degradação do metabolismo
entre o sangue e os tecidos. Numa determinada rede não funcionam todos em
simultâneo e a riqueza da rede é função do metabolismo dos tecidos.
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nervoso. Em alguns lugares, mas não no sistema nervoso, estão presentes nas
superfícies apical e basal das células epiteliais, numerosas vesículas de
pinocitose que permitem o transporte de fluidos e solutos.
Nos capilares pode haver trocas de substâncias de duas maneiras: por difusão (gases,
álcool, esteróides, água,..) e por transcitose (macromoléculas). Na transcitose são
formadas vesículas no endotélio do capilar que movimentam as macromoléculas.
Algumas vesículas podem-se fundir formando canais temporários.
Funções do endotélio:
- Permeabilidade capilar
- Tónus vascular: produção de substâncias vasoactivas:
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Óxido nítrico: vasodilatação
Endotelinas: vasoconstrição
- Hemostase: produção de substâncias trombogénicas e antitrombogénicas.
- Inflamação: regulação da migração transendotelial dos leucócitos.
- Síntese de componentes da matriz extracelular subjacente (e.g. fibronectina,
laminina, colagénio).
- Angiogénese: secreção de factores angiogénicos.
- Inactivação da noradrenalina, sorotonina e bradicinina.
Veias
São os vasos responsáveis pelo retorno do sangue da periferia para o coração. Estes
vasos são classificados segundo o seu calibre e não pela constituição da túnica média
porque esta é sempre uma mistura de tecido muscular com tecido conjuntivo.
São mais numerosas que as artérias e têm a parede mais delgada e o lúmen mais
amplo em comparação com as artérias correspondentes.
A túnica média é relativamente delgada em comparação com a das artérias e não tem
lâmina elástica interna nem predomínio de nenhum dos componentes.
MOC: a veia normalmente tem sangue e a artéria não, porque se contrai e expulsa o
sangue. As veias possuem, normalmente, válvulas no seu interior. As válvulas
consistem em dobras da túnica íntima compostas de tecido conjuntivo revestido por
um endotélio.
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Veias de pequeno ou médio calibre
A maioria das veias é de pequeno ou médio diâmetro.
A íntima possui normalmente uma camada subendotelial fina
composta por tecido conjuntivo que pode estar muitas vezes
ausente.
A túnica média consiste em pacotes de pequenas células musculares
lisas, entremeadas com fibras reticulares e uma rede delicada de
fibras elásticas.
A túnica adventícia é bem desenvolvida em relação à média e rica em
colagéneo.
Vénulas pós-capilares
São vasos que participam nas trocas entre o sangue e os
tecidos. Seguem-se aos capilares e têm uma estrutura idêntica
a estes (endotélio e pericitos) mas maior diâmetro. Não têm
uma verdadeira túnica média.
São o sítio preferencial da emigração leucocitária e
particularmente susceptíveis à acção da histamina e de outras
substâncias promotoras do aumento da permeabilidade
vascular. As células endoteliais das vénulas têm junções laxas,
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que se separam facilmente. Muitas vezes não têm músculo liso e podem ser
confundidas com capilares.
Pericitos
São grupos de células endoteliais, componentes
essenciais da parede dos vasos da
microcirculação. Dos pericitos partem longos
prolongamentos citoplasmáticos que envolvem
parcialmente a parede vascular. Fazem parte do
vaso porque também estão rodeados pela lâmina
basal.
Funções: regulação do perímetro vascular e do
fluxo sanguíneo devido à sua capacidade de
contracção, a angiogénese (formação de vasos
através de vasos pré-existentes) e a
vasculogénese (formação de vasos no embrião).
Vénulas Musculares
• Seguem-se às vénulas pós-capilares;
• Túnica média com uma ou duas camadas de músculo liso
Válvulas
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• Pregas da túnica íntima;
• Côncavas em sentido proximal;
• Características da maioria das veias de médio calibre;
• Localizadas em maior número nas regiões mais ricas em musculatura;
• Móveis no lúmen venoso;
• Opõem-se pelo seu encerramento ao refluxo centrífugo;
• Permitem a progressão do sangue no sentido ascendente ou proximal ao coração.
Coração
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O coração é também constituído por três túnicas: o endocárdio que corresponde à
túnica íntima; o miocárdio correspondente à média e o epicárdio que corresponde à
adventícia.
A parte central do coração é fibrosa e denominada esqueleto fibroso do coração e é
composto por tecido conjuntivo denso, fibrocartilagem no caso do cão e ossos no caso
dos bovinos. Este impede a sobredistenção das válvulas, é o local de origem e inserção
das células musculares cardíacas e dá sustentação.
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O miocárdio é a camada mais espessa de entre as 3 camadas do coração e é
constituída por tecido muscular cardíaco organizado em camadas e com uma
orientação variada.
As válvulas cardíacas têm uma porção central de tecido conjuntivo denso, revestido de
ambos os lados por um endotélio.
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Esqueleto fibroso do coração
• Tecido conjuntivo denso, fibrocartilagem (cão), ossos (bovinos);
• O principal componente envolve a base das válvulas cardíacas;
• Proporciona inserção aos miócitos e sustentação às válvulas atrioventriculares,
ancorando-as à massa ventricular
• Isolante eléctrico.
O coração tem um sistema próprio para gerar e conduzir um impulso eléctrico por
todo o miocárdio. Este sistema é constituído por dois nódulos localizados na aurícula, o
nódulo sinoauricular e o nódulo aurículo-ventricular, e pelo feixe aurículo-ventricular.
Este feixe origina-se no nódulo com o mesmo nome e ramifica-se para ambos os
ventrículos. No início, as células do feixe são idênticas às do nódulo que lhe dá origem,
mas mais distalmente, estas tornam-se maiores e adquirem uma forma característica,
possuem um ou dois núcleos centrais e citoplasma rico em mitocôndrias e glicogénio,
chamam-se fibras de Purkinje.
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SISTEMA VASCULAR LINFÁTICO
Os capilares linfáticos têm origem à periferia, na intimidade dos órgãos e dos tecidos
como fundos de saco fechado, que consistem numa única camada de endotélio e de
uma lâmina basal incompleta, o que lhes confere uma permeabilidade elevada. São
mantidos abertos através de numerosas microfibrilas elásticas, as quais também se
ancoram firmemente ao tecido conjuntivo – filamentos de ancoragem. Os capilares
linfáticos têm uma estrutura semelhante à das veias, a não ser pelas paredes mais
finas e por não apresentarem uma separação clara entre as túnicas. Eles também
possuem um maior número de válvulas no seu interior.
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2. O TRATO DIGESTIVO
A camada mais interna do trato digestivo constitui uma barreira protectora entre o
meio externo e o meio interno do organismo.
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Mucosa
É composta por:
- revestimento epitelial;
- lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo, rico
em vasos sanguíneos e linfáticos e com células
musculares lisas (por vezes também se
encontram glândulas e tecido linfoide);
- muscular da mucosa que separa a mucosa da
submucosa. Geralmente consiste em duas
camadas de células musculares lisas (uma circular
interna e uma longitudinal externa);
- camada mucosa é também denominada por membrana mucosa.
Submucosa
- tecido conjuntivo com muitos vasos sanguíneos e linfáticos;
- plexo nervoso submucoso (também denominado pleo de Mrissner);
- esta camada pode também conter glândulas e tecido linfóide.
Muscular
- células musculares lisas (orientadas em espiral);
- 2 subcamadas → uma mais interna circular (próxima do lúmen) e outra mais externa
orientada longitudinalmente;
- entre as duas subcamadas observa-se o plexo nervoso mientérico (ou plexo de
Auerbach) e tecido conjuntivo contendo vasos sanguíneos e linfáticos.
Serosa / Adventícia
- camada delgada de tecido conjuntivo frouxo, revestida por epitélio pavimentoso
simples denominado mesotélio;
- na cavidade abdominal, a serosa que reveste os órgãos é denominada peritónio
visceral e está em continuidade com o mesentério (membrana delgada revestida pelo
mesotélio em ambos os lados), que suporta os intestinos, e com o peritónio parietal,
uma membrana serosa que reveste a parede da cavidade abdominal;
- em locais onde o órgão digestivo está unido a outros órgãos ou estruturas, a serosa é
substituída por uma adventícia → tecido conjuntivo e tecido adiposo, contendo vasos
e nervos, sem o mesotélio.
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LÂMINA PRÓPRIA
- localizada logo abaixo do epitélio;
- zona rica em macrófagos e células, algumas das quais produzem anticorpos
activamente (principalmente IgA que combate infecções virais e bacterianas). As IgA
ligam-se a uma proteína pelas células epiteliais do revestimento intestinal formando
um complexo que resiste às enzimas proteolíticas;
- também há nódulos linfoides na lâmina própria e na camada submucosa que
protegem o organismo (em associação com o epitélio) de invesão bacteriana;
- esta necessidade de protecção deve-se ao revestimento por epitélio simples, sendo
bastante vulnerável.
MUSCULAR MUCOSA
- promove o movimento da camada da mucosa, independentemente de outros
movimentos do trato digestivo, aumentando o contacto da mucosa com o alimento;
- as contracções da camada muscular impulsionam e misturam o alimento ingerido no
trato digestivo;
- os plexos nervosos que geram as contracções são compostos principalmente por
agregados de células nervosas (neurónios viscerais multipolares) que formam
pequenas glândulas parassimpáticas (mais numerosos em regiões de maior motilidade,
nº variável ao longo do tubo digestivo.
A CAVIDADE ORAL
- revestida por epitélio pavimentoso estratificado queratinizado ou não queratinizado
(dependendo da região);
- Epitélio pavimentoso queratinizado → gengiva e palato duro → protege a mucosa
oral de agressões mecânicas durante a mastigação. A lâmina própria nesta região
possui várias papilas e repousa directamente sobre o periósteo.
- Epitélio pavimentoso não queratinizado → palato mole, lábios, bochechas e
assoalho da boca → lâmina própria com papilas similares às encontradas na derme e é
contínua com a submucosa que contém glândulas salivares menores distribuídas
difusamente.
Nota: Nos lábios observa-se a transição entre o epitélio pavimentoso estratificado não
queratinizado (epitélio oral) para epitélio queratinizado da pele.
No caso especifico do palato mole, possui no seu centro músculo estriado esquelético
e numerosas glândulas mucosas e nódulos linfóides na submucosa.
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O terço posterior da língua é separado dos dois terços anteriores por uma região de
forma de “V”. Posteriormente a esta região, a superfície da língua apresenta saliências
compostas principalmente por dois tipos de agregados linfóides:
• Pequenos grupos de nódulos linfóides
• Tonsilas linguais onde nódulos linfóides segregam ao redor de invaginações da
membrana denominadas criptas.
Face ventral
Face dorsal
• Papilas filiformes:
- são as mais frequentes, encontrando-se em toda a superfície dorsal da língua;
- formato cónico alongado;
- epitélio de revestimento queratinizado;
- não possui botões gustativos.
• Papilas foliadas:
- consistem em 2 ou mais rugas paralelas
separadas por sulcos na superfície dorsolateral
da língua;
- têm muitos botões gustativos.
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• Papilas circunvaladas:
- estruturas circulares grandes, cujas superfícies achatadas se estendem para
cima de outras papilas;
- distribuídas na região do “V” na parte posterior da língua.
- Glândulas de Von Eloner → são glândulas serosas que secretam o seu
conteúdo numa profunda depressão que existe à volta de cada papila
circunvalada. Este arranjo permite o fluxo contínuo de liquido sobre um grande
nº de botões gustativos presentes na porção lateral destas papilas. O fluxo é
importante para que ocorra uma remoção
das partículas e processamento de novos
estímulos. Estas glândulas secretam
também a lipase lingual, que previne a
formação de uma camada hidrofóbica sobre
os botões gustativos (o que afectaria a sua
função).
Nota: existem outras glândulas, mas de tipo mucoso, que exercem a mesma função
que as glândulas de Von Eloner. Situam-se na porção anterior da língua.
Botões gustativos
O botão repousa sobre uma lâmina basal e a sua porção apical; células gustativas
possuem microvilosidades que se projectam por uma abertura denominada por poro
gustativo.
Muitas das células do botão gustativo são as próprias células gustativas, enquanto
outras possuem funções de suporte, segregando um material amorfo que circunda as
microvilosidades do poro gustativo.
Células basais indiferenciadas são responsáveis pela reposição de todos os tipos
celulares. Substâncias dissolvidas na saliva difundem-se pelos poros, interagindo com
receptores gustativos (TR1 ou TR2) na membrana superficial ou basolateral das células.
Estes receptores são acoplados a uma proteína G (gustaducina) e controlam a
actividade de canais iónicos, que levam à despolarização de células gustativas, que
libertam neurotransmissores, que por sua vez estimulam fibras nervosas aferentes.
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ESÓFAGO
- Somente a parte do esófago que está na cavidade peritoneal é recoberta por uma
membrana serosa. O restante é envolvido por uma camada de tecido conjuntivo, a
adventícia, que se mistura com o tecido conjuntivo circundante.
Notas:
- Em algumas espécies como o cão e o gato, a mucosa apresenta epitélio estratificado
pavimentoso não queratinizado, ao contrario do que acontece nas outras espécies de
mamíferos.
- Em determinadas espécies, a muscular pode conter apenas musculo esquelético.
- Existem várias espécies em que se verifica a ausência de serosa abdominal.
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ESTÔMAGO → responsável pela digestão parcial dos alimentos e secreção de enzimas e
hormonas.
Função → transformar o bolo alimentar numa massa viscosa (quimo) por meio de
actividade muscular e química.
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O ácido clorídrico (HCl), a pepsina e as lipases (gástrica e lingual) devem então ser
também considerados como factores endógenos de agressão à mucosa de
revestimento do estômago.
A lâmina própria nas regiões do fundo e corpo está preenchida por glândulas
tubulares (glândulas fundicas), das quais 3 a 7 se abrem em cada cripta gástrica.
Istmo → células
mucosas em Colo → células-
diferenciação que tronco, mucosas do Base → células
substituirão as células colo (diferentes das parietais e células
das criptas gástricas e mucosas do istmo e zimogénicas
as superficiais, da superfície) e (principais).
células-tronco e células parietais
células parietais (oxínticas)
(oxínticas)
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Células-tronco
- Encontradas em pequena quantidade no istmo e tronco;
- Colunares baixas com núcleos mais próximos da base das células;
- Possuem elevada taxa de mitose;
- Repõem as células superficiais da mucosa (incluindo as criptas), mas também as
células mucosas do colo, as parietais, zimogénicas ou enteroendócrinas.
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- A presença de mitocôndrias abundantes indica que os processos metabólicos das
células parietais nomeadamente a bomba H+/ K+, consomem muita energia.
Sob a acção da enzima anidrase carbónica, CO2 e água produzem o ácido carbónico
(H2CO3). Este ácido dissocia-se num ião bicarbonato (HCO32-) e num protão H+, o qual é
bombeado para o lúmen do estômago em troca de potássio (K+), por meio de uma
ATPase H+/ K+ (bomba gástrica).
A célula activada secreta KCl passivamente; o K+ é trocado por H+, enquanto o Cl- é
importante na formação de HCl no exterior da célula. A elevada concentração
intracelular de K+ é mantida pela bomba de Na+ / K+ localizada na membrana basal e
retorna ao sangue, sendo responsável por uma elevação detectável do pH sanguíneo
durante a digestão. Este ião é utilizado pelas células mucosas superficiais para a
síntese de muco protector da parede do estômago.
A actividade secretora das células parietais é estimulada por vários mecanismos, como
o estímulo parassimpático, histamina e gastrina (polipeptido), estes últimos
secretados pela mucosa gástrica.
Células enteroendócrinas
- Encontradas principalmente próximas da base das glândulas gástricas;
- Produzem várias hormonas, com efeitos distintos, que actuam em diversas regiões do
tubo digestivo;
- No corpo do estômago, a serotonina é um dos principais produtos de secreção;
- Outras células enteroendócrinas secretam somatostatina, que inibe a libertação de
algumas hormonas, nomeadamente a gastrina.
Nota: comparada à região da cárdia, a região pilórica possui criptas mais longas e
glândulas mais fundas.
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- Estímulo parassimpático, presença de aminoácidos e amina no lúmen e distensão da
parede do estômago estimulam directamente a actividade das células-G, que libertam
gastrina, que por sua vez estimula a libertação de ácido pelas células parietais.
libertam
Estímulo parassimpático
Presença de aminoácidos
e amina no lúmen estimulam Células-G activas Gastrina
estimula
Distensão da parede
do estômago
Libertação de
ácido pelas
células parietais
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INTESTINO DELGADO
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Camada mucosa Apresenta várias estruturas que aumentam a sua superfície
aumentam a área disponível para absorção de nutrientes
Células absortivas – são células colunares altas, cada uma com um núcleo oval na sua
porção basal. No ápice de cada célula existe uma camada homogénea denominada por
bordadura em escova, que são microvilosidades densamente agrupadas. A função mais
importante destas células é internalizar as moléculas nutrientes produzidas durante a
digestão. Enzimas como dissacaridases e dipeptidases são produzidas pelas células
absortivas e podem fazer parte da membrana plasmática (glicocálice) nas
microvilosidades. Estas enzimas hidroliza os dissacarídeos e dipeptidos,
transformando-os em monossacarídeos e aminoácidos, que são absorvidos por meio
de transporte activo.
Nota: A digestão dos lípidos ocorre principalmente por acção conjunta
da lipase pancreática e da bile.
Células de Paneth – localizam-se na porção basal das glândulas intestinais, são células
exócrinas com grandes granulas de secreção eosinófilos no seu citoplasma apical. Estes
grânulos possuem lisozima e defensina, enzimas que podem permeabilizar e digerir a
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parede das bactérias. Não as vamos identificar, pq nem sequer existem em todos
os animais.
Lâmina própria – tecido conjuntivo laxo com vasos sanguíneos e linfáticos, fibras
nervosas e fibras musculares lisas. A lâmina própria preenche o centro das vilosidades
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intestinais, onde as células musculares lisas (dipostas verticalmente entre a muscular
da mucosa e a ponta das vilosidades) são responsáveis pela movimentação rítmica,
importante para a absorção dos nutrientes.
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INTESTINO GROSSO
Mucosa não tem pregas excepto na sua porção distal (recto), nem vilosidades.
As criptas intestinais são longas e caracterizadas por abundância em células
caliciformes e absortivas e uma pequeno número de células enteroendócrinas
(células encontradas em todo o revestimento do TRATO GASTRINTESTINAL, contendo e
secretando hormonas peptídicas reguladoras e/ou aminas biogénicas).
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Lâmina própria – rica em células linfóides e em nódulos (MALT) que frequentemente
se estendem até à submucosa riqueza de tecido linfóide relacionada com a
população bacteriana abundante no intestino grosso.
Na região anal, a mucosa tem uma série de dobras longitudinais, as colunas rectais
(de Morgagni). Antes da abertura anal, a mucosa intestinal é subtituída por epitélio
pavimentoso estratificado. Nesta região, a lâmina própria contém um plexo de veias
grandes que, quando excessivamente dilatadas e varicosas, produzem as hemorróidas.
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APÊNDICE
- É um divertículo do ceco.
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3. ÓRGÃOS ASSOCIADOS AO TRATO DIGESTIVO
3.1. Glândulas salivares → glândulas exócrinas que produzem saliva.
Composição da saliva:
• Água
• Glicoproteínas
• Imunoglobulinas (Ig A)
• Iões inorgânicos: Ca, K, Na, Cl, Fe
• Amilase salivar (PTIALINA)
• Corpúsculos salivares
Para além de pequenas glândulas que aparecem dispersas pela cavidade oral,
aparecem 3 pares de glândulas maiores:
- Parótida
- Submandibular (submaxilar)
- Sublingual
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esférica – ácino (contém lúmen central);
- Lúmen central, assemelhando-se a uma uva ligada ao seu cabo (este corresponde ao
sistema de ductos, cujos componentes modificam a saliva, à medida que a conduzem
para a cavidade oral).
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Ductos intercalares
- Nos sistemas de ductos, as terminações secretoras continuam-se com os ductos
intercalares, formados por epitélio cúbico;
- Vários desses ductos unem-se e formam um ducto estriado com estriações
transversais que se estendem da base até aos núcleos das células;
- Essas estriações são invaginações da membrana basal.
- Ductos estriados e intercalares também se podem chamar ductos intralobulares
(porque se localizam dentro de lóbulos).
→ Vasos e nervos penetram nas glândulas salivares maiores pelo hilo e gradualmente
ramificam-se até aos lóbulos.
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3.1.2. Glândula sub-mandibular → glândula tubuloacinosa composta
3.1.4. Glândulas salivares menores → glândulas sem cápsula, e estão distribuídas por
toda a mucosa oral e submucosa
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3.2. Pâncreas
Funções:
• Produzir enzimas digestivas que actuam no intestino delgado;
• Secretar hormonas como a insulina e o glucagon.
- Os ductos intercalares são tributários dos ductos interlobulares maiores que são
revestidos por epitélio colunar;
- O pâncreas é revestido por TC que envia septos para o seu interior e o separa em
lóbulos;
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- Os ácinos são revestidos por uma lâmina basal sustentada por uma bainha delicada
de fibras reticulares;
Funções:
1. Produção de proteínas plasmáticas
• Albuminas;
• Lipoproteínas;
• Glicoproteínas (haptoglobina, transferrina e hemopexina);
• Factores de coagulação (protrombina e fibrinogénio);
• Síntese de α e β globulinas.
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• Ferro (armazenamento, metabolismo e homeostasia de: ferrihina e
hemosiderina).
4. Acção no metabolismo
• Glúcidos (glicose – glicogénio)
• Lípidos (β oxidação dos ácidos gordos e formação de corpos cetónicos)
• Colesterol (formação dos sais biliares, síntese de VLDL)
• Síntese da ureia
• Metabolismo dos ácidos aminados
6. Funções endócrinas
• Vitamina D (conversão do colecalciferol em 25-hidroxicolecalciferol. Posterior
conversão em 1,25- hidroxicolecalciferol, no rim);
• Tiroxina (conversão de T4 em T3);
• Síntese da GHRH;
• Degradação da insulina e do glucagon.
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O lóbulo hepático
O lóbulo hepático é formado por uma massa poliagonal e dividido por septos de TC
(isto não ocorre no Homem).
Nota: os vasos sanguíneos têm uma parede muscular revestida por endotélio,
enquanto que os canais musculares não têm parede muscular e são revestidos por
epitélio simples cúbico ou cilíndrico.
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→ No espaço de Disse existem células armazenadoras de lípidos – células de Ito –
quem contêm inclusões ricas em vitamina A:
• Captam, armazenam e libertam retinóides;
• Sintetizam e secretam proteínas da MEC e proteoglicanos;
• Secretam factores de crescimento e citocinas;
• Regulam o diâmetro do lúmen sinusoidal em resposta a factores reguladores.
Hepato-pâncreas
Os peixes possuem um órgão onde coexistem células hepáticas e células serosas
pancreáticas → hepato-pâncreas.
As células serosas pancreáticas formam pequenos grupos disseminados no seio do
fígado.
Suprimento sanguíneo
O fígado recebe sangue de 2 fontes:
• 80% pela veia porta, que transporta sangue pouco oxigenado proveniente do
trato digestivo, pâncreas e baço;
• 20% pela artéria hepática, que transporta sangue rico em oxigénio proveniente
do tronco cardíaco da aorta abdominal.
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Veia centrolobular → possui uma parede delgada constituída por células
endoteliais, suportadas por fibras de colagénio.
5. A veia central vai recebendo mais sinusóides, aumentando de diâmetro. No fim,
deixa o lóbulo, fundindo-se com a veia sublobular (na base do lóbulo) com um
diâmetro maior.
6. As veias sublobulares vão convergindo e fundindo-se, formando uma ou duas veias
hepáticas que vão dar à veia cava inferior e, posteriormente, ao átrio direito.
Sistema arterial
1. A artéria hepática ramifica-se repetidamente e forma as arteríolas
interlobulares, localizadas nos espaços porta.
2. Destas arteríolas, algumas vão irrigar os espaços porta, outras vão formar
arteríolas que desembocam nos sinusóides, havendo uma mistura de sangue
arterial e venoso aqui.
Isto explica que o comportamento das células perilobulares seja diferente das
centrolobulares.
Hepatócitos
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• O RER forma agregados que se dispersam no citoplasma – corpos basofílicos;
• O REL é responsável pelos processos de oxidação, metilação e conjugação
requeridos para a inactivação ou desintoxicação de várias substâncias antes da
sua secreção pelo organismo;
Um dos principais processos a ocorrer no REL é a conjugação da bilirrubina tóxica e
hidrofóbica com o glucuronato pela enzima glucuroniltransferase, para formar
glucuronato de bilirrubina (não tóxico e solúvel em água) – excretado pelos
hepatócitos.
Sempre que dois hepatócitos se encontram, delimitam um espaço tubular entre si, o
canalículo biliar → espaço tubular, delimitado pela membrana plasmática dos
hepatócitos, com um pequeno número de microvilosidades no seu interior.
A bílis anda sempre na direcção contrária à do sangue (do centro do lóbulo para a
periferia). Na periferia, a bílis entra nos dúctulos biliares (canais de Hering)
constituídos por células cúbicas. Após uma curta distância, esses canais cruzam os
hepatócitos mais periféricos, terminando nos ductos biliares, localizados nos espaços
porta.
Ductos biliares → formados por epitélio cúbico ou cilíndrico e por uma bainha de TC.
Gradualmente, os ductos aumentam e fundem-se, formando o ducto hepático que vai
deixar o fígado.
47
Ácidos biliares → desempenham um papel importante na emulsificação dos lípidos no
aparelho digestivo, facilitando a digestão pelas lipases e consequente absorção.
→ 90% derivam da absorção pelo epitélio intestinal no íleo e são transportados pelo
hepatócito do sangue para o canalículo biliar – circulação êntero-hepática)
→ 10% é sintetizado no REL do hepatócito por meio de conjugações do ácido cólico
com os aminoácidos glicina ou taurina, produzindo o ácido glicocólico ou taurocólico,
respectivamente.
- O fígado tem um ritmo lento de renovação celular mas possui uma capacidade de
regeneração extraordinária.
Trato biliar
A bílis produzida pelos hepatócitos flui através dos canalículos biliares, ductúlos
biliares (canais de Hering) e ductos biliares. Estas estruturas fundem-se gradualmente
para formar o ductos hepáticos direito e esquerdo. Estes fundem-se para formar o
ducto hepático que, após receber o ducto cístico proveniente da vesícula biliar,
continua até ao duodeno, transformando-se no ducto colédoco ou ducto biliar comum.
Os ductos hepático, cístico e biliar são revestidos por epitélio simples cilíndrico. A
lâmina própria é delgada e circundada por uma camada de músculo liso. Esta camada
vai-se tornando mais espessa ao pé do duodeno e, finalmente, na porção intramural,
forma um esfíncter que regula o fluxo de bílis – esfíncter de Oddi.
48
3.4. Vesícula biliar → órgão oco, com forma de pêra, aderido à superfície inferior do
fígado (lobo quadrado).
• A parede da vesícula é formada por uma mucosa com epitélio simples cilíndrico
e lâmina própria, músculo liso, uma camada de TC perimuscular e uma
membrana serosa.
• A mucosa tem pregas abundantes, particularmente evidentes quando a bexiga
está vazia.
• O epitélio é rico em mitocôndrias e o núcleo está no terço basal.
• Contém glândulas mucosas tubulo-acinosas próximo do ducto cístico,
responsáveis pela maior parte da secreção da bílis.
49
4. APARELHO RESPIRATÓRIO
Constituído por:
• Pulmões
• Sistema de tubos (que comunicam o parênquima pulmonar com o meio
exterior)
EPITÉLIO RESPIRATÓRIO
50
• Célula colunar ciliada
o A mais abundante
o Cílios na sua superfície apical e, em baixo dos corpúsculos basais dos cílios, há
numerosas mitocôndrias que fornecem ATP para o batimento ciliar
• Células caliciformes
o Secretoras de muco
o Superfície apical com muitos grânulos de muco rico em glicoproteínas
• Células em escova
o Microvilosidades na superfície apical
o Terminações nervosas aferentes na base das células, sendo estas consideradas
receptores sensoriais
• Células basais
o Pequenas e arredondadas
o Não se estendem até à superfície livre do epitélio
o Estão apoiadas na lâmina basal (isto e um epitélio pseudo-estratificado,
portanto todas as células estão apoiadas na lâmina basal)
o Células-tronco que se dividem mitoticamente originando os demais tipo de
células do epitélio respiratório
• Célula granular
o Apresentam numerosos grânulos, os quais têm uma parte central densa aos
electrões
o Pertencem ao sistema neuroendócrino difuso
As áreas da lâmina própria que contêm nódulos linfáticos são recobertas por células
M.
Células M: são células que captam antigénios, tranferindo-os para os
macrófagos e linfócitos dispostos em cavidades amplas no seu
citolplasma. Esses linfócitos migram, levando para outros órgãos linfáticos informações
sobre as macromoléculas antigénicas, que podem fazer parte de um microorganismo.
51
FOSSAS NASAIS
- São revestidas por mucosa com diferentes estruturas, segundo a região considerada:
- vestíbulo
- área respiratória
- área olfactiva
Vestíbulo
- porção mais anterior e dilatada das fossas nasais
- parte rostral
Área respiratória
- compreende a maior parte das fossas nasais
52
- A superfície da parede respiratória de cada cavidade nasal apresenta-se irregular,
devido à existência de três expansões ósseas denominadas por conchas.
- O plexo venoso (V) abundante na parede lateral das fossas nasais tem uma função
importante ao nível do aquecimento do ar.
Área olfactiva
- parte dorso-caudal da cavidade nasal
Células de sustentação
- Prismáticas
- (+) numerosas
- Servem de suporte físico e matebólico às
células olfactivas
- Microvilosidades na superfície que se
projectam para dentro da camada de muco
que cobre o epitélio
Células basais
- Pequenas e arredondadas
- Situam-se na região basal entre as células de sustentação e as células olfactivas
- São as células-tronco do epitelio olfactivo (células de reserva)
Células olfactivas
- Neurónios bipolares(são como os homens!!)
- Distinguem-se das células de sustentação, porque as
olfactivas têm núcleos localizados mais abaixo
53
- as dendrites apresentam dilatações de onde partem cílios, sem mobilidade, que são
quimiorreceptores excitáveis pelas substâncias odoríferas. Cílios aumentam a
superfície receptora
- os axónios que nascem nas porções basais desses neurónios sensoriais reúnem-se
em pequenos feixes, dirigindo-se para o SNC
SEIOS PARANASAIS Espaços que contêm ar situados à volta das cavidades nasais
com as quais comunicam
- O muco produzido nessas cavidades é drenado para as fossas nasais pela actividade
das células epiteliais ciliadas.
54
NASOFARINGE Primeira parte da faringe, continuando
caudalmente com a orofaringe.
Epitélio respiratório
Epitélio respiratório
Epitélio estratificado
pavimentoso
- Parede com peças cartilaginosas irregulares, unidas entre si por tecido conjuntivo
fibroelástico.
55
vocal (tecido elástico); músculo vocal (músculo esquelético)
- Lâmina própria rica em fibras elásticas e com glândulas mistas (mucosas e serosas),
que não são encontradas nas cordas vocais verdadeiras
- Lâmina própria com tecido conjuntivo laxo, rico em fibras elásticas. Contém
glândulas seromucosas.
56
DEPURAÇÃO MUCOCILIAR: Retenção de partículas e microrganismos nas secreções
produzidas pelas células caliciformes e glândulas e posterior expulsão pelo movimento
ciliar em direcção à faringe.
ARVORE BRÔNQUICA
57
Brônquios
Nota: não há nenhuma alteração brusca pelo que a divisão é até certo ponto apenas
didáctica.
• Brônquios intrapulmonares
- Mucosa: epitélio de tipo respiratório e lâmina própria rica
em fibras elásticas
• Diminuição da cartilagem
• Músculo torna-se, proporcionalmente ao calibre brônquico, cada vez mais
desenvolvido
• Diminuição da espessura do epitélio
• Diminuição do número de glândulas
• Diminuição do número de células caliciformes
58
Grande brônquio
Pequeno brônquio
Bronquíolos
• Bronquíolos terminais
- Últimas porções da árvore brônquica
59
- Células de Clara:
• Células não ciliadas
• Ápice em forma de cúpula
• Características ultraestruturais de células secretoras de proteínas grânulos
secretores nas suas superfícies apicais
• Secretam um agente tensioactivo (surfactante) e a proteína CC16 que é um
marcador de lesão pulmonar
• Bronquíolos respiratórios
- Transição entre a porção condutora e a porção
respiratória
- Células de Clara
Ductos alveolares
À medida que a árvores respiratória se prolonga no parênquima
pulmonar, o número de alvéolos abrindo-se no bronquíolo
respiratório vai aumentando até que a parede passa a ser
constituída apenas por alvéolos e o tubo se passa a chamar ducto
alveolar.
60
- Os ductos alveolares mais distais não apresentam músculo liso
Alvéolos
- Na borda dos alvéolos a lâmina própria apresenta feixes de músculo liso
61
Epitélio alveolar
Poros alveolares:
- O septo interalveolar contém poros que permitem a comunicação entre alvéolos
vizinhos.
63
LÓBULO PULMONAR Território pulmonar ventilado por cada bronquíolo
Circulação funcional
- Representada pelas artérias e veias pulmonares
Circulação nutricional
- Os vasos nutridores compreendem as artérias e veias brônquicas, que levam o
sangue com os nutrientes e oxigénio para todo o parênquima pulmonar.
64
- Os ramos da artéria brônquica acompanham a árvore brônquica até aos bronquíolos
respiratórios, onde se anastomosam com pequenos ramos da artéria pulmonar.
- Nas porções terminais da árvore brônquica e nos alvéolos, não existem vasos
linfáticos
65
5. PELE E ANEXOS
Pele recobre toda a superfície do organismo e é o maior órgão do corpo.
Funções:
• protecção, sendo uma barreira química, física;
• função imunológica;
• funções de sensibilidade;
• funções de termorregulação;
• Sintetiza vitamina D
• funções de excreção, absorção e respiração.
66
Queratinócitos constituem 85% das células da epiderme e originam-se por divisão
de células estaminais presentes na camada basal e o seu final objectivo será a
Descamação.
Funções:
• Produzem queratina ao longo da sua vida, queratina essa que irá acabar por
preencher completamente a célula, que na altura da descamação já se
encontra morta. Esta acumulação de queratina protege as células e tecidos
subjacentes de agressões abrasivas
• Secreção de substâncias de natureza lipídica que se vão fixar nos espaços entre
células adjacentes tornando a superfície cutânea impermeável.
67
Células de Langerhans → correspondem a 5% das células da epiderme. São originárias
de células precursoras da medula óssea e predominam na camada espinhosa.
Camadas da epiderme
Nas zonas de pele mais espessa podemos encontrar 5 camadas distintas (da derme
para a supeficie):
68
- Esta camada é a transição entre as camadas mais profundas, metabolicamente
activas e as camadas mais superficiais de células mortas.
- Outra característica das células desta camada são os Grânulos Lamelares, que se
fundem com a membrana expulsando o seu conteúdo para o espaço intercelular,
esse conteúdo lipídico é responsável pela impermeabilização da epiderme.
69
Microcirculação Cutânea – 2 plexos arteriais e 3 plexos venosos (1 venoso extra na
região média da derme)
Uma das funções mais importantes da pele, graças à sua extensão e abundante
inervação sensorial, é receber informações provenientes do exterior.
Além das terminações nervosas livre localizadas na epiderme, folículos pilosos e
glândulas, existem receptores encapsuladosna derme e na hipoderme, sendo mais
frequentes nas papilas dérmicas.
As terminações livres são sensíveis ao toque e à pressão (receptores tácteis). São
também sensíveis as variações de temperatura, dor etc. os
receptores encapsulados são os corpúsculos de ruffini,
vater-pacini, meissner e krause.
Anexos Cutâneos
70
Folículo piloso – estrutura → é uma invaginação da epiderme e possui 5 camadas
concêntricas de células epiteliais.
O pelo em fase de crescimento possui uma dilatação terminal chamada bulbo piloso, e
no seu centro, encontramos uma papila dérmica, que é uma invaginação da derme, e é
essa papila que induz as células da raiz do pelo a proliferar. A raiz do pelo é uma massa
epitelial que circunda a papila dérmica.
71
- Folículos simples – Um pêlo emerge à superfície (cavalos, bovinos e porco).
- Folículo composto - Vários pelos partilham a mesma abertura folicular e é composto
por, como esta explicado acima, um folículo primário rodeado por vários folículos
secundários(cães e gatos).
Pelos Tácteis (Bigodes ou Vibrissas) → São mais espessos e salientes que os pelos de
revestimento adjacentes e são encontrado maioritariamente nas faces.
São folículos bastantes volumosos rodeados por um seio vascular. Possuem também
terminações nervosas com funções sensoriais.
72
• Merócrinas - nas almofadas plantares (carnívoros). Libertam uma secreção
aquosa, hipotónica em relação ao plasma, pobre em proteínas. A secreção
possui funções de termoregulação.
Possuem uma porção secretora (S) na Derme profunda ou hipoderme, e
é constituída por uma camada de células piramidais pálidas (células
secretoras). Existem células mioepiteliais entre a lâmina basal e as células
secretoras
Possuem um ducto (D) que se abrem directamente na superfície da pele
e são forrados por um epitélio cúbico estratificado.
73
Diferentes estádios da glândula mamária:
Porção secretora é constituída por túbulos de epitélio simples, os quais terminam por
porções dilatadas, os alvéolos
Células mioepiteliais (M) → Entre a lâmina basal e a base das células glandulares
Lactação
74
6. APARELHO URINÁRIO
O aparelho urinário é constituído por:
- 2 rins
- 2 ureteres
- bexiga
- uretra
RIM → tem um bordo convexo e um bordo côncavo, no qual se situa o hilo, onde
entram e saem vasos sanguíneos, entram nervos e saem ureteres. O hilo contém
também tecido adiposo e cálices, que se reúnem para formar a pélvis renal ou
bacinete.
- Cada lobo renal é formado por uma pirâmide e pelo tecido cortical que recobre a sua
base e lados.
75
- Um lóbulo é constituído por um raio medular e pelo tecido cortical que lhe fica em
volta, delimitado pelas artérias interlobulares.
Resumindo
Túbulo urinífero
Ansa de Henle
Cada corpúsculo renal tem um pólo vascular pelo qual penetra a arteríola aferente e
sai a arteríola eferente, e um pólo urinário, onde tem inicio o tubo contornado
proximal.
76
- Ao penetrar o corpúsculo renal, a arteríola aferente divide-se em vários capilares.
Além disso, há conexões directas entre o vaso aferente e o vaso eferente.
- Nos capilares glomerulares circula sangue arterial, cuja pressão hidrostática é
regulada principalmente pela arteríola eferente, que possui maior quantidade de
músculo liso que a eferente.
Corpúsculo renal
77
Os capilares sanguíneos são do tipo fenestrado (“capilares fenestrados: quando as
paredes das células do endotélio não estão sempre unidas, aparecendo espaços vazios,
responsáveis pela grande comunicação entre o sangue e os tecidos, nesse tipo de
endotélio”). Há uma membrana basal entre as células endoteliais e os podócitos que
revestem a superfície externa dos capilares glomerulares.
Células mesangiais
Mesângio
- Células mesangiais + matriz extracelular
- Depois prolonga-se para fora do corpúsculo renal e ai chama-se mesângio
extraglomerular.
78
EXAME: complexo ou aparelho justaglomerular
- células justaglomerulares (que se localizam na parede da arteriola aferente e
produzem renina que se relaciona com a pressão renal)
- mesângio justaglomerular
- macula densa
Relaciona-se com o controlo da pressão arterial, através da renina.
Nota: este tubo é maior que o tubo contornado distal e, por isso, as suas
secções são vistas com maior frequência nas proximidades dos corpúsculos.
79
Ansa de Henle (que vai para a medula)
80
- tubo contornado distal não tem prato estriado (tem um lúmen mais amplo);
- tubo contornado distal com células menos acidófilas (com um menor número de
mitocôndrias);
- tubo contornado distal é seccionado menos vezes do que o tubo contornado
proximal, já que é mais pequeno;
- tubo contornado distal passa sempre pelo pólo vascular do corpúsculo renal. Nesta
fase as células mais próximas do corpúsculo ficam mais estreitas, semi-empoleiradas,
com uma mancha mais densa de núcleos – macula densa. São osmorreceptores que
produzem moléculas sinalizadoras que promovem a libertação de renina.
T. C. Distal T. C. Proximal
Quantidade
Tamanho + -
- +
Prato Estriado Não Sim
Secções/tamanho -/+ +/-
- No tubo contornado distal existe uma permuta iónica que influencia a quantidade de
sais e água no organismo e também secreta iões que são essenciais para o equilibrio
ácido-básico do sangue.
A urina passa do tubo contornado distal para os tubulos colectores, que desembocam
em tubos mais calibrosos, os ductos colectores, que se dirigem para as papilas.
81
Em toda a sua extensão, os tubos colectores são
formados por células com citoplasma que cora
fracamente pela eosina e cujos limites intercelulares
são nitídos (o que não acontece em mais lado
nenhum!).
Aparelho justaglomerular
Próximo ao corpúsculo renal, a arteríola aferente (às vezes também a eferente) não
tem membrana elástica interna e as suas células musculares apresentam-se
modificadas. Essas células são chamadas justaglomerulares ou células JG e têm
núcleos esféricos e citoplasma carregado de grânulos de secreção, que participam na
regulação da pressão do sangue.
A mácula densa do tubo contornado distal geralmente localiza-se próximo das células
justaglomerulares, formando com estas o aparelho justaglomerular. Também fazem
parte deste aparelho as células mesangiais extraglomerulares (ou seja, as que estão
fora dos glomerulos!).
Circulação sanguínea
Cada rim recebe sangue por uma artéria renal que, antes de penetrar no órgão divide-
se geralmente em dois ramos, sendo que um vai irrigar a parte dorsal e o outro a parte
ventral. Ainda no hilo, esses ramos dão origem às artérias interlobares que seguem
entre as pirâmides renais.
Na altura da junção cortico-medular (base das pirâmides), as artérias interlobares
formam as arciformes, que seguem um trajecto paralelo à cápsula do órgão,
percorrendo o limite entre o córtex e a medula. Das arciformes partem as artérias
82
interlobulares, de curso perpendicular à cápsula do rim. As artérias interlobulares
situam-se entre os raios medulares que, com a cortical adjacente formam os lóbulos
do rim. Das artérias interlobulares originam-se as arteríolas aferentes dos glomérulos
que levam o sangue para os capilares glomerulares. Destes capilares o sangue passa
para as arteríolas eferentes, que se ramificam novamente para formar a rede capilar
peritubular, responsável pela nutrição e oxigenação da cortical e pela remoção dos
refugos do metabolismo.
Resumindo
Interstício renal
O espaço entre os nefrónios e os vasos sanguíneos e linfáticos denomina-se por
interstício renal. O insterstício é muito escasso na cortical, porém aumenta na
medular.
83
células do interstício da cortical renal produzem eritropoetina que estimula a
produção de eritrócitos (eritopoiese).
- Armazenam por algum tempo e conduzem para o exterior a urina formada pelos rins.
- Cálices, pélvis, ureter e bexiga têm a mesma estrutura, embora a parede se torne
gradualmente mais espessa no sentido da bexiga.
- A mucosa é formada por epitélio de transição e por uma lâmina própria de tecido
conjuntivo que varia entre o frouxo e o denso.
- A túnica muscular é formada por uma camda longitudinal interna e uma circular
externa. A partir da porção inferior do ureter aparece uma camada longitudinal
externa.
84
85
7. GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
O sistema endócrino:
Hormonas – são sinais químicos produzidos por glândulas endócrinas. Estas glândulas
têm esta denominação porque as suas células secretam “para dentro” ao contrario das
células das glândulas exócrinas.
Há células endócrinas que produzem hormonas que agem a uma distância curta, um
tipo de controlo chamado parácrino. Estas hormonas podem chegar ao seu local de
acção por meio de curtos trechos de vasos sanguíneos. (Controlo da gastrina)
Outro modo de controlo é o justácrino, no qual uma molécula é libertada na matriz
extracelular, difunde-se por esta matriz e actua em células situadas a uma distância
86
muito curta de onde foram libertadas. (Ex: A inibição de secreção de insulina em
ilhotas de Langerhans)
No controlo denominado autócrino, as células podem produzir moléculas que
agem nelas próprias ou em células do mesmo tipo. (Ex: factor de crescimento da
insulina (IGF)).
87
existem em cerca de 10%, são basófilas que produzem FSH e LH e por fim, células
tireotrópicas, que existem em cerca de 5%, são basófilas e produzem tireotropina e
TSH.
A pars tuberalis está normalmente ausente das preparações porque é cortada. Faixa
de tecido hipofisário em íntima associação com a eminência mediana e o infundíbulo
hipofisário anterior. É permeada por numerosas veias do plexo vascular porta-
hipofisario. A maioria das células da pars tuberalis secretam gonadotropinas e são
organizadas em cordões em torno de vasos sanguíneos.
88
Hormona Hipotalâmica Acção
TRH Aumenta a libertação de TSH e prolactina
GnRH Aumenta a libertação de LH e FSH
GHRH Aumenta a libertação de somatotropina
CRH Aumenta a libertação de ACTH
Somatostatina (GHH) Inibe a libertação de somatotropina e de
TSH
Dopamina Inibe a libertação de prolactina
89
A neuro-hipófise armazena e liberta duas hormonas
produzidas por neurónios secretores hipotalâmicos:
• A hormona antidiurética (ADH)
• A ocitocina.
EPÍFISE
90
norepinefrina. A serotonina também está presente nos pinealócitos e nos terminais
nervosos simpáticos.
TIRÓIDE
91
apenas na periferia, são formadas por epitélio simples e rodeiam uma cavidade para
onde é lançado o produto de secreção das células epiteliais e aí é armazenado. Este
produto chama-se colóide e tem uma cor rosada.
A glândula é envolvida por uma cápsula que
envia septos de tecido conjuntivo para o interior.
A tiróide é um órgão extremamente
vascularizado e constituído por dois tipos de
células: as epiteliais ou foliculares e as células C
ou parafoliculares.
Células Foliculares:
As células foliculares são organelos típicos de células secretoras e de absorção e
sintetizam as hormonas tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). Estas células têm
complexos juncionais e microvilosidades na extremidade apical, citoplasma basal rico
em RER, complexo de Golgi supranuclear, vesículas de secreção no citoplasma apical e
na região golgiana e numerosos lisossomas e vesículas endocíticas. O colóide
sintetizado pelas células foliculares é composto principalmente por tiroglobulina que é
uma proteína iodada. A principal hormona produzida é a T4 que é transportada no
sangue ligada a proteínas específicas e posteriormente transformada em T3 nas
células-alvo. Estas hormonas afectam virtualmente todas as células do organismo,
aumentam a taxa metabólica basal, têm efeitos no desenvolvimento, crescimento e
metabolismo de tecidos e órgãos e são essenciais ao desenvolvimento do cérebro fetal
e neo-natal.
Biossíntese de hormonas
T3 e T4
92
Hormonas T3 e T4
Células C ou parafoliculares:
Estão localizadas à periferia do epitélio folicular e envolvidas pela
membrana basal que rodeia o folículo, ocorrem em pequenos
grupos ou em células isoladas e não contactam com o lúmen
folicular.
São difíceis de identificar em preparações coradas com HE.
Tem origem embriológica diferente da das células foliculares.
Nos vertebrados inferiores e nas aves formam um órgão
separado: a glândula últimobranquial.
Estas células apresentam vacúolos de secreção numerosos e um
aparelho de Golgi bem desenvolvido. Segregam calcitonina, uma
hormona peptídica, que é regulada directamente pelos níveis de
cálcio sanguíneo e inibe a acção osteoclástica na reabsorção
óssea.
Para-tiróides
Situam-se nas faces posteriores da tiróide e estão geralmente embebidas na cápsula
da mesma, embora também se possam encontrar dentro da tiróide.
Cada paratiróide é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo. O parênquima da
paratiróide é formado por células epiteliais dispostas em cordões separados por
capilares sanguíneos.
93
Há dois tipos de células na paratiróide: as principais e as oxífilas.
Células principais
São as mais numerosas e têm núcleo escuro e
redondo, podendo ser confundidas com linfócitos.
Estas células produzem a hormona paratormona que
tem como funções aumentar a concentração
plasmática de cálcio e a excreção renal de fosfato.
Para aumentar a concentração de cálcio ela estimula a
reabsorção óssea, aumentando a actividade dos
osteoclastos, diminui a excreção renal de cálcio,
aumentando a reabsorção tubular e estimula a
formação de calcitriol, a forma activa da vitamina D,
aumentando a absorção intestinal de cálcio.
Células oxífilas
Possuem citoplasma fortemente acidófilo e estão presentes nos Ruminantes e no
Cavalo, mas são raras nas outras espécies domésticas.
No homem diferenciam-se durante a puberdade, mas a sua função é desconhecida.
94
GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS → situam-se por cima
dos rins. Dividem-se em duas camadas: o córtex,
mais periférico, e a medula, mais central.
95
zona segregam mineralocorticóides que regulam o balanço de Na+ e K+ nos líquidos
extracelulares assim como o volume sanguíneo e de líquido extracelular.
Vascularização
96
97
8. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
O sistema reprodutor masculino é composto por: testículos, ductos genitais, glândulas
anexas e pénis.
Testículos
Funções:
• produção hormonal (testosterona e diidrotestosterona)
• produção de gâmetas masculinos (espermatozóides).
Túnica albugínea → grossa cápsula de tecido conjuntivo denso que envolve cada
testículo. É espessa na superfície dorsal do testículo para formar o mediastino do
testículo do qual partem septos fibrosos. Estes septos penetram o testículo e dividem-
no em cerca de 250 compartimentos chamados lóbulos testiculares, esses septos são
normalmente incompletos existindo contacto interlobular.
Cada lóbulo tem entre 1 e 4 tubos semíniferos que se alojam num tecido conjuntivo
laxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e células intersticiais ou células de
Leydig.
98
Tubos Semíniferos
O que há a saber de tubos semíniferos:
• Os espermatozóides são produzidos nestes tubos
• Iniciam-se em fundo cego e terminam nos chamados tubos rectos
• Estes tubos rectos ligam os tubos seminiferos a uma rede labiríntica de tubos
(revestidos por um epitélio simples pavimentoso ou cúbico) situada no
mediastino do testículo – rede testicular ou rete testis – nota que de seguida
existem os ductos eferentes que ligam esta rede testicular ao epídidimo.
99
Espermatogénese
A espermatogenese começa com uma célula germinativa primitiva, a Espermatogónia.
As espermatogónias encontram-se na zona da parede do tubo mais distante do lúmen
Aquando da puberdade as espermatogónias começam a dividir-sepor mitose e as
células filhas daí resultantes podem seguir dois caminhos
Espermatogónias do tipo B
Espermatogónias do tipo A
Células que se diferenciarão em
Células que se continuam a espermatócitos primários. Os espermatócitos
dividir, mantendo-se como primários possuem 46 cromossomas e 4N de
células tronco de outras DNA. Assim que são formados, os
espermatogónias. espermatócitos primários entram
imediatamente na profase da primeira divisão
meiótica.
Estes espermatócitos são as maiores células de
toda a linha germinativa e podem ser
distinguidos pela presença de cromossomas
nos seus núcleos e pela sua localização
próxima da lâmina basal.
A Divisão meiótica dos espermatocitos primários vai originar duas células chamadas
espermatócitos secundários que têm somente 23 cromossomas (22 + X ou 22 + Y) e
metade da quantidade normal de DNA.
De seguida ocorre a segunda divisão meiótica que transforma os espermatocitos
secundários em espermátides.
Células altamente
especializadas em
transferir o DNA
NOTA: Nenhuma divisão celular ocorre durante esta fase. As masculino ao
espermátides podem ser encontradas perto do lúmen dos tubos ovócito
semíniferos, sendo células pequenas com núcleos com quantidades
variadas de cromatina condensada.
100
Sendo o resultado da Espermiogénese um espermatozóide adulto, sendo este
libertado no lúmen do tubo seminifero.
2. Etapa do Acrossoma
A visicula e o grânulo acrossomico estendem-se sobre a metade interior do núcleo
como um capuz e passama a chamar-se capuz acrossomico e só depois acrosoma.
101
O acrossoma, é portanto, uma estrutura semelhante ao lisossoma.
Papel importante na fecundação
Outras partes desta etapa:
• O Núcleo das erpermátides torna-se mais alongado, condensado e fica voltado
para a base do tubo semínifero
• O flagelo cresce a partir de um centríolo
• As mitocôndrias acumulam-se em redor da porção proximal! Do flagelo. Esta
disposição é um exemplo da concentração de mitocôndrias em locais
relacionados com movimentos celulares de alto consumo de energia
NOTA: o movimento flagelar rresulta da interacção de microtubulos, ATP e dineína e
uma proteica com actividade de ATPase
3. Etapa maturação
Formação de corpos residuais, resultantes da redução citoplasmática das
espermátides.
Espermatozoides libertados no lúmen dos tubos seminiferos
Células de sertoli
• São piramidais e envolvem parcialmente as células da linha espermatogénica.
• A sua base adere à lâmina basal dos tubos e as suas extremidades encontram-se
no lúmen do tubo.
• Possuem um abundante RER, algum REL, complexo de golgi bem desenvolvido,
perfil do núcleo normalmente triangular e possui reentrâncias, este núcleo
apresenta pouca heterocromatina e um nucléolo proeminente.
• Estão conectadas por junções comunicantes (gap), permitindo assim permutas
iónicas que podem ser importantes para o ciclo do epitélio semínifero. As
células de sertoli adjacentes estão unidas por junções de oclusão nas suas
partes baso-laterais, formando uma barreira, chamada de barreira hemato-
testicular.
102
As espermatogónias permanecem num compartimento basal situado abaixo da
barreira. Durante a espermatogénese, algumas das células resultantes das
espermatogonias atravessam essas barreiras e ocupam o compartimento adluminal,
situado sobre a barreira.
As células de sertoli são extremamente resistentes às adversidades da sua vida (a falar
a sério)
Funções:
• Suporte
• Protecção
• Suprimento nutricional de espermatozóides em desenvolvimento
• Fagocitose de citoplasma resultante das reduções citoplasmáticas resultantes da
maturação dos espermatozóides
• Secreção de um fluído transportador de espermatozóides.
Secreção de uma proteína ligante de andrógeno (androgen-binding protein, ABP),
que serve para concentrar a testosterona nos tubos seminiferos – esta produção
é controlada pela testosterona e pela hormona folículo-estimulante
• Produção de inibina, que inibe a libertação de FSH pela hipófise
• Transformação de testosterona em estradiol
• Produção da hormona Antimulleriano – promove a regressão dos ductos de
muller (ductos paramesonéfricos) e induz o desenvolvimento de ductos de wolff
(ductos mesonéfricos)
• Barreira Hemato-Testicular – protecção contra substâncias presentes no sangue
e agentes nocivos
103
Tecido Intersticial → é um importante local de produção de androgénos.
Contém:
• Tecido conjuntivo
• Nervos
• Vasos sanguíneos e linfáticos
Ductos intratesticulares
São tubos que se seguem aos tubos semíniferos e são:
• Tubos rectos
• Rede testicular (rete testis)
• Ductos eferentes
Os tubos semíniferos acabam nos tubos rectos. Nestes, não existem células da
linhagem espermatogénica e existe um segmento inicial formado somente por células
de sertoli seguido por um segmento principalrevestido por um epitélio de células
cubóides apoiado num tecido conjuntivo denso.
No fim dos tubos rectos inicia-se a rede testicular, encontrada no mediastino do
testículo, que é uma rede de canais revestidos por um epitélio de células cubóides.
Da rede testicular saem cerca de 10 a 20 ductos eferentes, formados por grupos de
células epiteliais cubóides não ciliadas que se alternam com grupos de células cujos
cílios batem na direcção do epididimo. Estes ductos acabam por se fundir formando o
epididimo.
104
O ducto forma o corpo e a cauda do epididimo, uma estrutura com cápsula própria.
Este ducto é formado por um epitélio colunar pseudo-estratificado composto por
células basais arredondadas e células colunares. A superfície das células colunares é
revestida por longos e ramificados microvilos, chamados de estereocílios.
Na continuação do epididmo encontramos o ducto deferente que termina na uretra
prostática, onde esvazia o seu conteúdo. Este ducto deferente é caracterizado por um
estreito lúmen e uma espessa camada de músculo liso. A sua mucosa, ao longo de
quse todo o trajecto, e coberta por um epitélio colunar pseudo-estratificado com
estereocilios. A lâmina própria da mucosa é uma camada de tecido conjuntivo rico em
fibras elásticas.
Antes de entrar na próstata o ducto deferente dilata formando a ampola – epitélio
mais espesso e pregueado. Na porção final da ampola desenbocam os as vesículas
seminais.
O segmento que entra na próstata chama-se ducto ejaculatório. Mucosa semelhante
ao ducto deferente mas sem musculo.
Glândulas acessórias
• Vesículas Seminais
• Próstata
• Glândulas bulbouretais
Vesiculas seminais
• Dois tubos tortuosos (aprox. 15cm)
• Mucosa pragueada e forrada com um epitélio cubóide pseudo-
estratificadocolunar rico em grânulos de secreção.
• Não são reservatórios de espermatozóides, elas produzem substâncias
essenciais para os mesmos, tais como, frutose, citrato, inositol, prostaglandinas
e várias proteínas.
• Os monossacarídeos são a fonte de energia para os erpermatozóides, e a
frutose é o monossacarídeo mais abundante. 70% do volume da ejaculação e
produzido pelas glândulas acessáorias.
Próstata
Conjunto de 30 a 50 glândulas túbulo-alveolares ramificadas, e os seus ductos
desenbocam na uretra prostática.
A próstata possui três zonas distintas:
• Zona central – 25 % do tamanho total
• Zona periférica – 70% do tamanho total – local principal do cancro prostático
• Zona de transição – 5% do tamanho total – local onde se origina a maioria das
hiperplasias benignas
105
As glândulas tubulo-alveolares são formadas por um epitélio cuboide ou pseudo-
estratificado colunar. O estroma que circunda as glândulas é fibromuscular.
A próstata possui cápsula fibroelástica, rica em musculo liso, e septos provenientes da
cápsula que dividem a glândula em lóbulos.
A próstata produz e armazena a secreção e expulsa-a aquando da ejaculação.
Glândulas Bulbouretais
Glândulas tubolo-alveolares que libertam a sua secreção na parte membranosa da
uretra. São revestidas por um epitélio cúbico, simples, secretor de muco. Células
musculares lisas são encontradas nos septos que dividem esta glândula em lóbulos. O
muco secretado agr como lubrificante.
PÉNIS
• Uretra e três corpos cilíndricos de tecido eréctil revestidos por pele.
• Dois desses cilindros, os corpos cavernosos do pénis estão localizados na parte
dorsal do pénis. O terceiro, localizado ventralmente, é chamado de corpo
cavernoso da uretra ou corpo esponjoso, e envolve a uretra.
• O pénis possui uma dilatação no topo distal, a glande do pénis.
• A maior parte da uretra peniana é revestida por epitélio pseudo-estratificado
colunar, que na glande passa a ser estratificado pavimentoso. Existem
glândulas secretoras de muco – glândulas de Littré – situadas ao longo da
uretra peniana.
• Glândulas sebáceas presentes na dobra interna do prepúcio.
• Os corpos cavernosos são envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo
denso, a túnica albugínea.
• A erecção do pénis é um processo hemodinâmico controlado por impulsos
nervosos sobre o músculo liso das artérias do pénis, e sobre o músculo liso das
trabéculas que cercam os espaços vasculares dos corpos cavernosos.
106
9. APARELHO REPRODUTOR FEMININO
Funções:
• Produzir gâmetas femininos (oócitos)
• Manter o oócito fertilizado durante o seu desenvolvimento completo através da
fase embrionária e fetal até ao nascimento
• Produzir hormonas sexuais que controlam órgãos do sistema reprodutor
feminino e têm influência noutros órgãos do corpo
107
Ovários
Trompas uterinas
Cornos uterinos
Corpo
Coelha
Cadela, Vaca, Égua
Colo
gata e ovelha e
porca cabra
OVÁRIOS
108
Particularidades:
O ovário da égua contém a fossa de ovulação: uma incisura na margem livre do órgão
onde está confinada a ovulação (nas outras espécies dá-se ao longo de toda a
superfície do órgão).
Folículos ováricos
O folículo ovárico consiste num oócito envolvido por uma ou mais células foliculares
(ou células da granulosa).
109
Folículos primordiais
• Formados durante a vida fetal;
• Consistem num oócito envolvido por uma única camada de células foliculares
achatadas;
• Na sua maioria, localizam-se na região do córtex, ao pé da túnica albugínea;
• O seu oócito é uma célula esférica, com um grande núcleo redondo e um nucléolo
bastante evidente.
- Os cromossomas estão maioritariamente desenrolados e não coram intensamente.
- As organelas aglomeram-se próximo do núcleo.
- Há muitas mitocôndrias, vários complexos de Golgi e cisternas do retículo
endoplasmático.
- Estes oócitos ficam na profase I da meiose.
• Existe uma lâmina basal a envolver as células foliculares, marcando um limite entre
o folículo e o estroma conjuntivo adjacente.
Crescimento folicular
• A partir da puberdade, um pequeno grupo de folículos primordiais inicia o
crescimento folicular – processo que compreende as modificações do oócito, das
células foliculares e dos fibroblastos do estroma que os envolve.
• O crescimento é muito rápido e é estimulado pela FSH, hormona segregada pela
hipófise;
• O núcleo aumenta de volume;
- as mitocôndrias aumentam em número e são distribuídas uniformemente pelo
citoplasma;
- o retículo endoplasmático cresce e os complexos de Golgi migram para perto da
superfície celular;
- as células foliculares dividem-se por mitose formando uma única camada de células
cubóides, surgindo assim o folículo primário unilaminar.
• As células foliculares continuam a proliferar e dão origem a um epitélio estratificado
– camada granulosa – cujas células
comunicam por junções
comunicantes (gap), formando o
folículo primário multilaminar ou
folículo pré-antral.
• A zona pelúcida é segregada
pelo oócito e pelas células
foliculares, indo envolver todo o
oócito. É uma camada espessa de
matéria amorfa, composta por
glicoproteínas.
110
• À medida que os folículos crescem vão ocupar zonas mais profundas do córtex.
• O líquido folicular vai-se acumular entre as células foliculares. Os pequenos espaços
que contêm esse liquido vão se juntar e as células da granulosa vão formar uma
cavidade – antro folicular – dando origem aos folículos secundários ou folículos
antrais.
• O líquido folicular contém componentes do plasma e produtos segregados pelas
células foliculares (glicosaminoglicanos, proteínas e altas concentrações de esteróides,
como a progesterona, o androgénio e os estrogénios).
• Quando se forma o antro, algumas células da granulosa concentram-se num local da
parede do folículo, formando um espessamento, o cumulus oophoros, que serve de
apoio ao oócito.
• Também vai haver um pequeno grupo de células foliculares a envolver o oócito, a
corona radiata, que também o vai acompanhar quando sair devido à ovulação.
Teca interna
• As suas células apresentam
características ultra-estruturais de
células produtoras de esteróides;
• Sintetizam a androstenediona,
transportada para as células da
granulosa que, por influência da
FSH, sintetizam a enzima aromatase
que vai transformar est hormona
em estrogénio.
• Pequenos vasos penetram na teca
interna, vindos do estroma,
111
garantindo a função endócrina do órgão. De qualquer maneira, durante o
crescimento folicular não há vasos na granulosa.
Teca externa
• As suas células são semelhantes às do estroma, mas arranjam-se de forma
organizada, concentricamente, em volta do folículo.
• O limite entre as tecas é pouco preciso e entre a teca externa e o estroma também.
Porém, entre a interna e a granulosa nota-se bem, pois as células que as compõem são
diferentes morfologicamente, havendo uma lâmina basal entre ambas.
112
Atrésia folicular
• Processo pelo qual as células foliculares e os oócitos morrem e são eliminados por
células fagocíticas.
• Resulta do fim das mitoses nas células da
granulosa da lâmina basal e degenerência e autólise
do oócito.
• Após a morte das células, macrófagos e neutrófilos
invadem a granulosa e fagocitam os restos do
folículo.
• Num estádio mais avançado, a granulosa vai ser
invadida por tecido conjuntivo (contendo
fibroblastos e vasos sanguíneos) que vai ocupar a
área do folículo e produzir uma cicatriz de colagénio
que pode persistir durante muito tempo.
• As células da granulosa vão descamar para o antro
folicular.
• As células da teca interna hipertrofiam.
• A atrésia é muito acentuada logo após o nascimento (quando o efeito das hormonas
maternas cessa) e durante a puberdade e a gravidez (alterações hormonais).
Ovulação
• Consiste na ruptura da parede do folículo maduro e consequente libertação do
oócito, que será captado pela extremidade dilatada da trompa uterina.
• Acontece normalmente a meio do ciclo menstrual.
• É um processo estimulado por um pico da secreção de LH (hormona luteínizante),
libertada pela hipófise quando os níveis de estrogénio estão elevados.
- Poucos minutos após um aumento de LH, vai haver um aumento de fluxo de sangue
no ovário e proteínas do plasma vão escoar por capilares e vénulas pós-capilares,
resultando num edema.
- Libertam-se no local prostaglandinas, vasopressina, histamina e colagenase.
- As células da granulosa
produzem ácido hialurónico e
soltam-se da sua camada.
- Dá-se uma situação de isquémia
(insuficiente fluxo de sangue),
morrem algumas células e isto vai
fazer com que haja uma proteólise
enzimática da parede pelo
plasminogénio activado, fazendo
com que uma pequena área da
parede do folículo enfraqueça.
113
- Essa fraqueza localizada + pressão aumentada do fluxo folicular + deposição, por
acção hormonal, de glicosaminoglicanos entre o cumulus e a granulosa + contracção
das fibras musculares lisas da teca externa, induzida por prostaglandinas → ruptura da
parede exterior do folículo e à ovulação.
• O coágulo é depois invadido por tecido conjuntivo que, em conjunto com restos de
sangue que vão sendo parcialmente removidos, forma a parte central do corpo lúteo.
114
• As células da teca interna também contribuem para a formação do corpo lúteo,
originando as células teca-luteínicas.
- estas células são semelhantes às granulosa-luteínicas, mas são mais pequenas e
coram mais.
- tendem a acumular-se nas pregas da parede do corpo lúteo.
• Os vasos sanguíneos e linfáticos (que antes só existiam na teca interna), vão crescer
e dirigir-se para o interior do corpo lúteo, formando uma vasta rede vascular.
Regulação hormonal
115
Fibroblastos invadem a área e produzem uma cicatriz de tecido conjuntivo denso –
corpo albicans (branco devido à sua grande quantidade de colagénio).
Corpo lúteo de gravidez – corpo lúteo que persiste durante 4-5 meses e em seguida
degenera e é substituído por um corpo albicans muito maior que o da menstruação.
116
• Estão presentes desde a infância até a menopausa.
• São semelhantes às células luteínicas.
• Segregam esteróides, devido à estimulação pela LH.
• São normalmente desenvolvidas em espécies com grandes ninhadas
(nomeadamente roedores)
117
A parede da trompa é composta por 3
camadas (de dentro para fora):
1. Mucosa
- É formada por epitélio cilíndrico
simples e por uma lâmina própria de
tecido conjuntivo laxo.
- O epitélio contém dois tipos de
células: células ciliadas (cuja génese é
estimulada pelos estrogénios),
interpostas entre secretoras (cuja
génese é estimulada pela progesterona). Os cílios batem em direcção do útero,
movimentando nesta direcção uma película de muco (produto de células secretoras)
que cobre a sua superfície.
- Tem dobras longitudinais muito numerosas na ampola, que há medida que se vão
aproximando do útero, ficam menores
(no segmento intramural são apenas
pequenas protuberâncias e a superfície
interna da mucosa é quase lisa).
- Em secções transversais o lúmen da
ampola parece um labirinto.
2. Muscular
- Formada por uma espessa camada
muscular de músculo liso disposto
circularmente ou em espiral;
3. Serosa
- Formada por uma lâmina visceral de
peritoneu.
118
• A menos que seja fertilizado, o oócito mantém-se viável por 24h. Se não for, o
oócito sofre autólise na trompa e não completa a meiose II.
• Quando é fertilizado, passa a chamar-se de zigoto e inicia uma série de divisões
celulares. É transportado depois para o útero, devido à contracção do músculo liso e
da actividade das células ciliadas, num processo que dura aproximadamente 5 dias.
• O movimento das células ciliadas impede também a passagem de microrganismos
do útero para a cavidade peritoneal.
ÚTERO
• Órgão em forma de pêra;
• Divide-se em 3 partes:
- Fundo do útero – porção superior, em forma de cúpula;
- Corpo do útero – porção média, mais dilatada;
- Colo do útero ou Cérvix – porção inferior, estreitada, que se abre na vagina;
119
- durante a gravidez também, as células começam a produzir proteínas e
sintetizam activamente colagénio;
- após a gravidez,
algumas células musculares lisas
degeneram, outras reduzem o seu
tamanho e ocorre a degradação
enzimática do colagénio. O útero volta
ao tamanho aproximadamente
normal.
120
Porca:
• Divertículo suburetral - bolsa cega por baixo do óstio uretral externo;
• Cornos uterinos longos e flexuosos (intestiniformes); quando grávidos, apresentam
dilatações separadas por constrições ditas ampolas.
• Cérvix e vagina sem demarcação entre si (sem óstio uterino externo); ambos com
proeminências arredondadas, algumas das quais encaixam entre si e fecham o canal
cervical;
Ruminantes:
• Carúnculas uterinas nos cornos e corpo uterinos;
121
• Divertículo suburetral;
• Pequenos ruminantes têm ainda glândulas vestibulares maiores inconstantes.
Cadela:
• Cornos longos e rectos;
• Ampolas nos cornos uterinos grávidos;
• Tubérculo uretral – tubérculo na parede ventral do vestíbulo, no qual se abre a
uretra;
• Glândulas vestibulares maiores ausentes.
Coelha:
• Não tem bolsa ovárica;
• Útero duplo, continuado por dois colos independentes, cada um com o seu óstio
uterino externo (com pregas radiais).
CICLO MENSTRUAL
122
• Para finalidades práticas, cada ciclo inicia-se no primeiro dia da menstruação.
• É composto por 3 fases:
dilatam o lúmen das glândulas uterinas, que nesta fase se tornam muito tortuosas.
• O endométrio alcança o máximo da sua espessura, como resultado da acumulação
de secreções, do crescimento da mucosa e do edema no estroma. NOTE-SE que não
existem quase mitoses nesta fase.
• A progesterona vai impedir a contracção das células do miométrio, que poderia
interferir com a nidação.
123
Fase menstrual
• Se não houver fecundação, o corpo lúteo deixa de funcionar 10 a 12 dias depois da
ovulação. Como consequência,
diminuem os níveis de progesterona e
estrogénios → contracção das
124
Endométrio grávido
• Se houver nidação, as células do trofoblasto vão produzir HCG que vai estimular o
corpo lúteo a continuar a produção de progesterona. Sendo assim, quando se
estabelece a gravidez, vai deixar de haver menstruação durante toda a gestação.
• A progesterona faz as glândulas uterinas (possíveis meios de nutrição do embrião)
ficarem mais tortuosas, mais dilatadas e a produzir mais secreção que durante a fase
luteal.
CICLO ÉSTRICO
FASES DO
CICLO
(Proestro
- Estro -
Meta-estro - Diestro)
• O estro (cio) da égua pode variar de 2 a 11 dias, sendo normalmente mais longos na
primavera e mais curtos no verão.
• A cadela após uma fase secretora chamada de metaestro ou diestro entra na fase de
Anestro.
125
É o período no qual o vário está "aparentemente" em quiescência (repouso), e que se
situa entre o diestro e o proestro. O anestro pode durar entre 2 a 10 meses, tendo em
média 4 meses.
126
Cérvix Uterino
VAGINA
Mucosa
• O epitélio da mucosa vaginal é pavimentoso estratificado, cujas células podem
conter uma pequena quantidade de queratohialina, porém sem queratinização intensa
resultante da transformação das células em placas de queratina, como nos epitélios
queratinizados típicos;
• Devido ao estímulo dos estrogénios, o epitélio vaginal sintetiza e acumula uma
grande quantidade de glicogénio, que é depositado no lúmen da vagina quando as
células do epitélio descamam.
127
• O pH da vagina é mantido por bactérias que metabolizam o glicogénio em ácido
láctico, mantendo o ambiente ácido e, portanto, protector contra os microrganismos
patogénicos.
• A lâmina própria da mucosa vaginal é composta por tecido conjuntivo laxo, muito
rico em fibras elásticas, e contém uma certa quantidade de neutrófilos e macrófagos;
• A mucosa vaginal não tem terminações nervosas sensoriais e as poucas terminações
nervosas livres são provavelmente fibras de sensibilidade à dor;
Muscular
• É composta principalmente por pacotes longitudinais de fibras musculares lisas.
• Há pacotes circulares, especialmente na parte mais interna (perto da mucosa);
Adventícia
• É constituída por tecido conjuntivo denso e é rica em fibras elásticas (o que permite
a grande elasticidade da vagina).
• Há um plexo venoso extenso, feixes nervosos e grupos de células nervosas.
• Consiste no clítoris, nos pequenos lábios, nos grandes lábios, para além das
glândulas vestibulares (glândulas cujos ductos [juntamente com a uretra] se abrem no
vestíbulo – espaço que corresponde à abertura externa da vagina, incluído pelos
pequenos lábios; segregam muco).
128
• As glândulas vestibulares maiores ou glândulas de Bartholin situam-se dos dois
lados do vestíbulo. São homólogas às bulbouretrais no macho.
• Os lábios menores são dobras da mucosa vaginal compostas por tecido conjuntivo
com fibras elásticas; são cobertos por epitélio pavimentoso estratificado, com uma
delgada camada de células queratinizadas na sua superfície; contêm glândulas
sudoríparas e sebáceas.
• Os lábios maiores são dobras da pele que contêm uma grande quantidade de tecido
adiposo e uma delgada camada de músculo liso; na superfície interna são semelhantes
aos menores; a superfície externa é coberta por pele e pêlos; contêm glândulas
sebáceas e sudoríparas em ambas as superfícies.
GLÂNDULAS MAMÁRIAS
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• Um lóbulo consiste em vários ductos intralobulares que se unem num ducto
interlobular terminal;
• Cada lóbulo assenta em tecido conjuntivo laxo e muito celularizado, sendo que o
tecido conjuntivo que os separa é mais denso e menos celularizado.
• O epitélio do mamilo repousa sobre uma camada de tecido conjuntivo rico em fibras
musculares lisas dispostas em círculos à volta dos ductos galactóforos mais profundos
e paralelas a eles quando estes entram no mamilo.
• A pele ao redor do mamilo é a aréola; a sua cor escurece durante a gravidez e não
volta nunca ao normal, devido à acumulação de melanina.
130
As glândulas mamárias durante a gravidez e a lactação
• As glândulas mamárias crescem muito durante a gravidez devido à acção das
hormonas. Uma das acções é o desenvolvimento dos alvéolos nas extremidades dos
ductos interlobulares terminais.
• O leite produzido vai-se acumular no lúmen dos alvéolos e dentro dos ductos
galactóforos.
131