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INSTITUTO POLETECNICO DE TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO

DELEGACAO DE QUELIMANE
= IPET =
Curso Médio de Técnico de Nutrição

Trabalho de Defesa para Obtenção de Grau de Técnico Médio de Nutrição

TEMA:
Terapia Nutricional de Pacientes com Insuficiência Renal: No
Centro de Saúde de Nicoadala no Período compreendido entre Maio a
Agosto de 2022

Candidato Supervisor
Vinélia Xavier Vatonte dr: Inácio Xavier

Quelimane, Agosto de 2022


Introdução

Inúmeras pesquisas são desenvolvidas com o objectivo de


compreender os factores envolvidos na avaliação do estado
nutricional dos pacientes com Insuficiência Renal Crónica (IRC),
caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível das
funções renais, cada vez mais prevalentes actualmente com grande
impacto económico e social, (Romão Jr., 2004).
Pacientes com IRC em tratamento de hemodiálise (HD),
apresentam alto risco de mortalidade por inúmeros factores, entre
eles os nutricionais, em que a desnutrição energética-proteica tem
maior destaque, pois é uma das causas mais comuns de morte.
Nessa ordem de ideias, desenvolveu o presente estudo que visa
acima de tudo, destacar a importância que a terapia nutricional tem
para pacientes com problema de insuficiência renal
Delimitação

Este Trabalho tem como tema, Terapia Nutricional em Paciente


com Insuficiência Renal, no Centro de Saúde de Nicoadala no
período compreendido entre 8 de Maio a 8 de Agosto de 2022.
Problematização
A doença renal crónica é a alteração progressiva e irreversível da
capacidade funcional dos rins, mediada inicialmente por lesão e
que posteriormente dificulta o processo normal de filtração (Santos
et al., 2013). O indivíduo que apresenta taxa de filtração
glomerular “<60 ml/min/1,73m2 associada ou não a alguma
patologia é diagnosticada com a Doença Renal Crônica (DRC)”
(Bastos & Kirsztajn, 2011 Sousa, 2021).
Assim pacientes acometidos por essa moléstia podem sofrer a
perda gradual da função dos rins, entretanto, a identificação
precoce do problema facilita o tratamento com propostas mais
conservadoras.
Entretanto, o presente estudo pretende responder a seguintes
pergunta:
Que importância tem a terapia nutricional para pacientes com
problema de insuficiência renal?
Objectivos
Objectivo Geral
 Analisar a importância da terapia nutricional para pacientes
portadores da Insuficiência Renal.
Objectivos específicos
 Descrever a importância da terapia nutricional para pacientes
portadores da Insuficiência Renal;
 Identificar os tipos de alimento adequados a pacientes com
insuficiência renal.
 Apresentar critérios para o processo de assistência da terapia
nutricional a pacientes com insuficiência renal.
Hipóteses

H0: A terapia nutricional é um método eficaz para o controle da


insuficiência renal, proporcionando vários benefícios, uma vez
que através do controle e redução de algumas substâncias e
alimentos esses pacientes podem melhorar sua qualidade de
vida e evitar várias complicações clínicas.
H2: A terapia nutricional não constitui um método para o controle
da insuficiência renal pelo facto deste não interferir no controle
e na redução de substâncias e alimentos aos pacientes para
melhorar sua qualidade de vida e evitar várias complicações
clínicas.
Justificativa
A relevância do estudo reside na compreensão de que o estado
nutricional dos pacientes portadores da Insuficiência Renal,
submetidos à hemodiálise, tem causado grande preocupação para
as equipes multidisciplinares, e essas são responsáveis por
realizar o acompanhamento dos mesmos. Com o tratamento da
hemodiálise, a saúde nutricional dos indivíduos acaba se
comprometendo, o que os torna propícios a desenvolver a
desnutrição. Sendo de extrema importância a obtenção,
acompanhamento e análise dos dados desses pacientes, tanto os
dados antropométricos como bioquímicos para assim, saber o
estado nutricional do indivíduo e deste modo, intervir com
alternativas para melhorar a saúde do mesmo e definir a melhor
conduta terapêutica.
Metodologia

Metodologia da Pesquisa é um conjunto de procedimentos


aplicados, para que se tenha uma investigação disciplinada das
relações entre as variáveis de um problema (Serra, 2014, p.26).
Para a realização deste trabalho, a autora usou o método
bibliográfico que achou como conveniente para o presente
estudo.
De acordo com Silva (2004, p. 14) pesquisa Bibliográfica é
elaborada a partir de material já publicado, constituído
principalmente de livros, artigos de periódicos e actualmente
com material disponibilizado na Internet.
Revisão da literatura
Doença Renal
Apesar dos avanços do tratamento nos últimos anos, a terapia
dialítica continua sendo associada a complicações agudas e
crônicas e a elevadas taxas de hospitalização (Fidele, 2011).
Esses pacientes também estão propensos a desenvolverem
desnutrição energética protéica (DEP) devida à anorexia,
decorrente do acumulo de metabólicos tóxicos, (Stefanelli et al.,
2010).
Dessa forma, a caracterização do estado nutricional e do consumo
alimentar desses pacientes tornou-se imprescindíveis à associação
direta entre a dieta e a morbimortalidade dos mesmos (Koehnlein
et al., 2008).
Cont.
Intervenção Nutricional Na Doença Renal Crónica
A abordagem nutricional é a terapia adequada para garantir um bom
estado nutricional do paciente. A este respeito tem sido
recomendado que o paciente passe por um processo de educação
nutricional que leve em consideração as particularidades de cada
um e busque sempre alternativas para nutrir adequadamente os
pacientes (Morante et al., 2014).
Uma vez que muitos pacientes obtêm recomendação nutricional em
uma única sessão com um médico, eles acabam buscando mais
informações em folhetos impressos de nutrição, brochuras, ou
diretrizes o que leva a muitas dúvidas (Mayne et al., 2012).
Os efeitos dessas práticas refletem na alta incidência de desnutrição
neste grupo.
Cont.

Avaliação Nutricional na Doença Renal


A avaliação nutricional do paciente com DRC em tratamento
dialítico requer uma análise criteriosa, uma vez que o estado
nutricional pode estar comprometido por fatores não nutricionais.
Para prevenção da desnutrição é importante avaliar o paciente no
início da diálise e acompanhá-lo periodicamente a cada 3 meses
(Rezzede, 2007).
Os pacientes com Insuficiência Renal (IR) devem lidar não apenas
com os sentimentos conflitantes sobre depender de meios artificiais
de eliminação, mas também com as alterações na qualidade de suas
vidas e a necessidade de se adaptar para a enfermidade crônica
progressiva.
Cont.
Nutrição para pacientes com doença renal
Nas fases iniciais da IRC, uma alimentação saudável inclui diversos
cereais, sobretudo cereais integrais, frutas e legumes frescos.
Lembre-se: seu organismo precisa de energia suficiente para
funcionar corretamente, (Sihra, et al, 2018).
A principal parte do seu fornecimento de energia deve originar-se
dos carboidratos e das gorduras, mas certifique-se de reduzir a
proporção de gordura saturada e colesterol, escolhendo as gorduras
mono e poli-insaturadas, que são as gorduras boas encontradas em
alimentos como azeite de oliva e peixes.
Uma mudança fundamental para a sua alimentação pode ser a
limitação da ingestão de proteínas, que vai lhe ajudar a preservar a
função renal e a reduzir a quantidade de substâncias indesejáveis no
sangue.
Conclusão e Recomendações
Conclusão o

Através das análises dos dados disponíveis na literatura, foi possível


observar que a caracterização do perfil nutricional dos pacientes
com IRC submetidos à hemodiálise é imprescindível e torna-se
fundamental em decorrência da associação directa que existe entre o
padrão alimentar, risco nutricional e mortalidade.
Conclui-se que, atraves do perfil nutricional dos indivíduos com
IRC encontrado nos estudos, nota-se que é essencial o
acompanhamento e orientação nutricional adequada e contínua, o
que demonstra a importância do profissional de nutrição na
abordagem das doenças renais.
Nessa perspectiva, considerando a importância da obtenção do
estado nutricional, acredita-se que este estudo sirva de suporte
auxiliar para que profissionais da área, possam se orientar na prática
de acompanhamento da saúde dos pacientes renais crônicos, visando
assim que estes obtenham melhor qualidade de vida e sucesso no
tratamento paliativo. prevaleceu.
Cont.

Recomendações
Recomenda-se que haja:
 Envolvimento multiprofissional com o estabelecimento de
vínculos de confiança entre profissionais/ pacientes, que foi
estendida a família dos mesmos;
 Evolução positiva dos parâmetros bioquímicos, repercutindo de
forma efetiva na qualidade de vida deles;
 Influência da alimentação adequada sobre a melhora dos
participantes, favorecendo sua adesão.
Referencias bibliográficas
Chamin, S. M; Mura, J. D. P. (2007). Tratado de Alimentação,
Nutrição & Dietoterapia. São Paulo: Roca. p.764.
Gerhardt, T. E; & Silveira, D. T. (2009) Métodos de pesquisa.
1aEdição.Porto Alegre. Editora da UFRGS. 120p.:il.;17,5 25 cm.
Morante, J. J. H. et al. (2014). Effectiveness of a Nutrition
Education Programfor the Prevention and Treatment of
Malnutritionin End-Stage Renal Disease. Journal of Renal
Nutrition, v. 24, n. 1, p. 42-49.
Mayne, T. J.; BenneR, D.; Ricketts, K. (2012). Results of a pilot
program to improve phosphorus outcomes in hemodialysis
patients. J Ren Nutr. v. 22, p. 472-79.
Sihra, Néha et al. (2018). Nonantibiotic prevention and
management of recurrent urinary tract infection. Nature Reviews
Urology. Vol.15. 750–776.
Muito obrigado pela Atenção

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