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INTERVENÇÃO NUTRICIONAL NA DOENÇA RENAL CRÔNICA NO

PACIENTE EM HEMODIÁLISE
Gonçalo Mateus Monte de Araújo
INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) consiste na lesão renal aliada à perda progressiva e
irreversível das funções glomerulares, tubulares e endócrinas dos rins, tendo se configurado
atualmente como um importante problema de saúde pública. OBJETIVO: Descrever a intervenção
nutricional prestada a um paciente com DRC em hemodiálise. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo descritivo do tipo relato de experiência, de abordagem qualitativa, que emergiu durante o
estágio supervisionado em nutrição clínica II, do curso de bacharelado em nutrição. Este foi
delineado na unidade de cuidados intermediário adulto do Hospital Regional Norte, localizado em
Sobral – CE, no período de outubro de 2017. Participou do estudo um paciente idoso, selecionado
pela preceptora do estágio. RESULTADOS: A conduta nutricional aplicada foi uma dieta
hipercalórica, hiperprotéica, normoglicídica, normolipídica e hipossódica. Optou-se pela dieta
hipercalórica para manutenção da oferta calórica do paciente em processo de hemodiálise. Essa
condição de manutenção justifica também a dieta ser hiperprotéica. Considerou-se ainda as
comorbidades que o paciente tinha como a hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, dessa
forma, adotou-se a conduta de dieta normoglicídica, normolipídica e hipossódica seguindo as
recomendações das Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. Espera-se que a conduta
contribua para minimizar a depleção nutricional, estabilizar a pressão arterial sistêmica e os níveis
glicêmicos. A intervenção contribuirá ainda na reversão do quadro de desidratação e anemia
concomitante com a administração da Eritropoetina, promovendo assim o controle dos níveis
séricos de creatinina, sódio, potássio e ureia. Para isso fez-se algumas restrições alimentares como
de potássio, fósforo, sódio e restrições hídricas. ANÁLISE CRÍTICA: A intervenção nutricional
tem como objetivo a melhora do estado nutricional, por meio do aporte adequado de calorias,
proteínas, vitaminas e minerais, fez-se o controle da ingestão de sódio, potássio e líquidos
prevenindo o desequilíbrio eletrolítico e o edema, teve-se o cuidado na ingestão de vitamina D,
cálcio e fósforo na prevenção da osteodistrofia renal. Portanto, a conduta nutricional adotada para o
paciente com DRC em hemodiálise, visa obter um melhor prognóstico do caso.
CONCLUSÃO: Constatou-se nesse estudo a relevância da inter-relação entre a terapia nutricional e
o processo de hemodiálise na melhora do prognóstico de vida do paciente. Sendo a melhora do
estado nutricional e a eficácia da diálise como fatores determinantes acerca da mortalidade e
morbidade. Assim, pacientes bem dialisados e com adequado aporte alimentar apresentam melhoras
significativas na qualidade de vida.

Palavras-chave: Dietoterapia; Insuficiência Renal Crônica; Diálise Renal.

REFERÊNCIAS:

Graduando em Nutrição pelo Centro Universitário UNINTA;


DITEN. Diretrizes Brasileiras de Terapia Nutricional. Terapia nutricional para pacientes em
hemodiálise crônica. São Paulo, Brasília: AMB/CFM, 2011.

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016). Adolfo Milech.et. al.; organização


José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio - São Paulo: A.C., 2016.
RIELLA; M. C; MARTINS, C. Nutrição e o Rim. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
ZAMBRA, B; HUTH, A. Terapia Nutricional em Pacientes Portadores de Insuficiência Renal
Crônica em Hemodiálise. Revista Contexto Saúde, v.10, n.19 jul./dez, p: 67-72, 2010.

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