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Tabela 12.2
Vias Metabólicas Não-protéicas dos Aminoácidos
Tabela 12.3
Aminoácidos Condicionalmente Indispensáveis Segundo o Efeito Atribuído
Citrulina
Poliaminas
Leucotrienos
Ornitina
Prolina
Glutation
Glutamato Alanina
Artéria
Lúmen
Fig. 12.1 – Vias metabólicas dos aminoácidos não-essenciais na mucosa intestinal. Modificado de Reeds et al. In: Nestlé
Nutrition Workshop Series Clinical & Performance Program, Vol. 3, p. 25-46. Nestec Ltd.; Vevey/S. Karger AG, Basel, 20007.
Proteína dieta
4
1
5
Proteína 2 Aminoácido Alfa-cetoácido Carboidratos
endógena
6
3 Aminotransferase
7
Proteína
Lipídios
Glutamato
desidrogenase
Glicose
Alfa-cetoglutarato Glutamato +
H2O
Fig. 12.2 – Reações de transaminação e desaminação: 1) Digestão e absorção; 2) Degradação protéica tissular; 3) Síntese
protéica; 4) Oxidação; 5) Gliconeogênese; 6)Síntese lipídica (via acetil-CoA); 7) Glicólise. Modificado de Newsholme & Leech.
Biochemistry for the Medical Sciences, Chichester, UK, 1983, John Wiley & Sons10.
Músculo
Fígado
Fig. 12.3 – Metabolismo de proteínas e aminoácidos na doença crítica. AACR, aminoácidos de cadeia ramificada. Modificado
de Biolo G et al. Nutrition 13(suppl): 52S-57S21, 1997.
1.400 3.500
45 3.400
1.300 3.300
40 3.200
3.100
1.200 35 45 3.000
2.900
30 40 2.800
1.100 2.700
35 2.600
1.000 25 2.500
30 2.400
900 2.300
20 25 2.200
2.100
800 20 2.000
15
1.900
9 13 1.500
600 12
8 1.400
11
7 10 1.300
500
6 9 1.200
5 8 1.100
400 4 7
1.000
6 900
3
5 800
300
2 700
4
600
200 1 500
Fig. 12.4 – Nomograma para a estimativa das perdas nitrogenadas totais. Adaptado de Wilmore DW. The Metabolic
Management of the Critically Ill. New York: Plenun Publishing Corporation, 1980, 262p.
rina, bem como retenção de nitrogênio31. Embo- metionina e glicina. Algumas diferenças no
ra haja reduzida biodisponibilidade de nitrogênio metabolismo dos aminoácidos essenciais já es-
em formulações com hidrolisados protéicos, es- tão bem estabelecidas34,35:
tudos em recém-nascidos prematuros sugerem 1. As necessidades básicas de aminoácidos es-
haver benefício com o uso destas, demonstran- senciais são maiores no período neonatal (43%) e
do adequado perfil plasmático de aminoáci- declinam progressivamente até a fase adulta (19%).
dos32. A necessidade protéica estimada de pre- 2. A enzima cistationase possui atividade
maturos extremos é 4 g/kg/dia, dificilmente sa- reduzida no período neonatal, portanto a for-
tisfeita com as formulações habituais. No entan- mação de cisteína a partir da metionina é com-
to, mesmo no caso de a oferta protéica ser ade- prometida.
quada, há fatores que podem limitar a utilização 3. A taurina, cujo precursor metabólico na
de aminoácidos. Há uma diferença qualitativa via de transulfuração é a cisteína, como conse-
em relação à necessidade de aminoácidos do re- qüência também tem sua síntese reduzida, tor-
cém-nascido, sendo histidina, taurina, cisteína e nando-se, portanto, um aminoácido condicio-
tirosina consideradas condicionalmente indispen- nalmente essencial para os recém-nascidos.
sáveis ou semi-essenciais (Tabela 12.6). 4. A enzima fenilalanina hidroxilase possui
Crianças têm perfil plasmático de aminoá- atividade reduzida em neonatos, o que pode
cidos diferente dos adultos. Observou-se que os determinar a deficiência de tirosina e o acúmu-
recém-nascidos que recebem soluções de lo de fenilalanina.
aminoácidos do tipo padrão podem apresentar 5. Outros aminoácidos considerados condi-
deficiências de alguns deles, como cisteína, cionalmente essenciais em neonatos são:
taurina ou tirosina, e acúmulo de fenilalanina, histidina, glicina, lisina e arginina.
Tabela 12.6
Necessidades de Aminoácidos Indispensáveis ou Essenciais
Ciclo da Uréia
(extra-hepático) Ornitina exógena
Proteína Citrulina
Arginina
Dieta
Citrulina exógena
Ornitina
Ciclo da Uréia
(intra-hepático)
Arginina
Nitrogênio + CO2
Citrulina
Fig. 12.5 – Síntese da arginina e seus precursores. Modificado de Ruffier CMP et al. Rev Bras Nutr Clin 16:125 -13444, 2001.
RIM
Glicose
H+
Glutamina
NH 3
Alanina Glutamina
Glutamina
NH4+
Alanina
Uréia Glutamina
Glicose
Linfócitos e outras células
FÍGADO INTESTINO
Fig. 12.6 – Metabolismo da glutamina e a inter-relação entre os órgãos. Modificado de Skeie B et al. Crit Care Med 18:549-
71, 199053.
NH 3
Alanina Prolina
Glutamato Ornitina
Gama-
aminobutirato Glutamina
semialdeído Citrulina
Glutation
Óxido
Arginina nítrico
Aminoácidos
de cadeia
ramificada
Ciclo da
uréia
Alfa-
cetoglutarato
Ciclo do ácido
tricarboxílico
Fig. 12.7 – Vias metabólicas da glutamina. Modificado de Hall JC e cols. British Journal of Surgery 83:305-312, 199655.
Young e cols. (1993) demonstraram que a tilidade. A força motora não foi diferente nos
glutamina pode melhorar o humor e a disposi- dois grupos. Este foi um dos primeiros estudos
ção dos pacientes após o transplante de medula a mostrar melhora psicológica com intervenção
óssea56. Vinte e três pacientes receptores de trans- nutricional. Os autores especulam o mecanismo
plante de medula óssea foram distribuídos ao pelo qual a glutamina promoveria o sentimento
acaso para receber nutrição parenteral padroni- de bem-estar, se afetando neurotransmissores do
zada (controle) ou glutamina. As soluções, sistema nervoso central ou o estado protéico dos
isocalóricas e isoprotéicas, eram administradas pacientes. Em estudo clínico recente, Dickson e
até que os pacientes estivessem recebendo 50% cols. (2000) avaliaram os efeitos da suple-
das necessidades por via oral. Os escores de vi- mentação de glutamina oral em 58 pacientes
gor no grupo-controle caíram no curso da que receberam transplante de medula óssea57.
hospitalização, enquanto não se alteraram sig- Nesse estudo, os autores não observaram bene-
nificativamente no grupo que recebeu gluta- fícios clínicos na suplementação de glutamina
mina e os deltas percentuais dos escores diferi- oral, traduzidos como tempo de permanência
ram significativamente. Houve melhora do esco- hospitalar, evolução clínica, tempo de uso de
re total para humor no grupo da glutamina, que nutrição parenteral, grau de mucosite e quanti-
teve o tempo de hospitalização e a colonização dade e número de dias de diarréia. Os autores su-
bacteriana inferiores aos do grupo-controle. O gerem novas investigações clínicas para determi-
sentimento de raiva também foi inferior, prova- nar a eficácia do uso de glutamina oral.
velmente porque este grupo teve menor morbi- Em estudo feito em 44 recém-nascidos pre-
dade — um motivo a menos para mostrar hos- maturos agrupados aleatoriamente para receber
Transaminase
Cetoácidos
Músculo
Fígado, Rim,
Intestino,
CO 2 Desidrogenase Sistema Imune
Acetil-CoA
Fig. 12.8 – Catabolismo dos aminoácidos de cadeia ramificada. Modificado de Madsen DC. In: Johnson IDA (ed.). Advances
in Clinical Nutrition. Hague, Netherlands: MTP Press, 198265.
corporal e pelo estado de hidratação do orga- incluídos no que diz respeito às indicações de
nismo. A síntese é estimulada pelos hormônios uso, aos regimes de hidratação e tipos de paci-
tireoidianos, diminuição da pressão coloidos- entes, à dose de albumina infundida e qualida-
mótica e uso de corticosteróides. Em situações de metodológica dos estudos. Portanto, não po-
de estresse como sepse, trauma, cirurgias, do- dem ser consideradas para a tomada de decisão
ença hepática e excesso da produção endógena clínica. Uma revisão sistemática mais criteriosa
de globulina, há diminuição da síntese desta e recente80 não evidenciou efeito do uso de
proteína, porém a queda de suas concentrações albumina sobre a mortalidade, considerando-
séricas durante o estresse está mais relaciona- se segura a sua utilização clínica.
da ao aumento da taxa de degradação do que à As indicações clínicas habituais para a uti-
redução da síntese. Situações de desidratação lização de albumina são as situações em que há
determinam uma elevação da concentração necessidade do restabelecimento das pressões
plasmática de albumina, enquanto na sobrecar- oncótica e hidrostática plasmáticas, como em
ga hídrica observa-se hipoalbuminemia dilucio- grandes queimados, síndrome nefrótica, hepa-
nal. A hipoalbuminemia também pode ocorrer topatias, hipoalbuminemia grave sintomática,
em pacientes com perdas renais e/ou intestinais. ressuscitação fluídica no choque séptico e na
A hipoalbuminemia tem sido associada a prevenção de instabilidade hemodinâmica em
elevadas morbidade e mortalidade, principal- pacientes submetidos à paracenteses de grandes
mente em pacientes adultos cirúrgicos e em volumes.
gravemente doentes72-74. Apesar de ser conside- Na prática clínica a administração endove-
rada um bom marcador de prognóstico, não é nosa de albumina tem-se mostrado segura, po-
um bom parâmetro de avaliação nutricional. Sua rém alguns efeitos adversos têm sido relatados.
meia-vida prolongada e a mobilização do pool Distúrbios da coagulação secundários à inibi-
extravascular para o intravascular em situações ção da agregação plaquetária, hemodiluição de
de privação protéica determinam o aparecimen- fatores da coagulação e elevação dos tempos de
to tardio da hipoalbuminemia em organismos tromboplastina parcial e protrombina podem
desnutridos. Portanto, seu valor nutricional é ocorrer. A albumina tem efeito depressor
bem determinado para a avaliação da gravida- miocárdico devido à sua ligação ao cálcio
de de quadros de desnutrição crônica. sérico e conseqüente redução do cálcio ioni-
A utilização endovenosa de albumina, ou- zado, o que favorece a disfunção muscular car-
tros colóides e cristalóides tem sido objeto de díaca. Em pacientes com aumento da permea-
vários estudos randômicos e metanálises75-80 bilidade vascular, o uso endovenoso pode pre-
que procuram dirimir as constantes controvér- cipitar edema pulmonar, elevação do shunt
sias acerca de seu uso. Essas revisões têm sido pulmonar e falência cardíaca congestiva. Em
criticadas77,79 pela heterogeneidade dos estudos pacientes com disfunção renal, pode compro-
Tabela 12.9
Efeitos dos Expansores Plasmáticos na Pressão Oncótica