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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CARREGAL DO

SAL

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE PROTEÇÃO


CIVIL

Biologia e Geologia 11º ano


Modulo M5 – Unidade e Diversidade Celular

Mecanismo da Síntese Proteica

Jéssica Abrantes nº11 & João Silva nº13

29 de março DE 2022
Síntese Proteica
Síntese proteica é o processo pelo qual são produzidas as
proteínas. Esse processo ocorre nos ribossomos tanto de
células procarióticas quanto eucarióticas.

A síntese de uma proteína é um mecanismo complexo, que


se inicia no núcleo com o ADN e termina no citoplasma, ao
nível dos ribossomas com a formação de proteínas.

Esta passagem da linguagem dos ácidos nucleicos para a


linguagem das proteínas ocorre em três etapas:
1. Transcrição - ocorre no núcleo;
2. Migração -ocorre na passagem da informação do
núcleo para o citoplasma;
3. Tradução -ocorre no citoplasma, mais proprimente
nos ribossomas.
3.1- Iniciação,
3.2- Alongamento,
3.3- Finalização.

ADN → Transcrição → ARNm → Tradução → cadeia polipeptídica


(proteína)

1. A transcrição é a etapa em que ocorre a cópia da


sequência de bases do ADN para uma cadeia complementar
de RNAm.
Esta etapa decorre no núcleo, onde apenas uma cadeia de
ADN é usada como molde para síntese de RNAm, segundo a
regra do emparelhamento de bases. Esta síntese é
comandada pela enzima RNA-polimerase, que desliga um
troço de ADN, abrindo a cadeia e iniciando a síntese,
sempre no sentido 5’ -> 3’. Após a passagem da RNA-

polimerase a cadeia de ADN volta fechar, formando-se


novamente pontes de hidrogénio entre as bases azotadas
das 2 cadeias.

Nos seres eucariontes o RNA sintetizado sofre um


processamento ou maturação, antes de abandonar o
núcleo. Durante este processo, diversas porções do RNA
inicialmente transcritas, são removidas - os intrões. Estes
são sequências não codificadoras, que são eliminadas
através de enzimas. Entretanto as sequências codificadoras
restantes - os exões – são unidos entre si, formando o
RNAm funcional ou maturado. Pelo facto do RNA
inicialmente transcrito ser um precursor do mRNA é
frequentemente chamado de RNA pré-mensageiro (pré -
mRNA).
O processo de transcrição permite não só a síntese de
mRNA, mas também de outros tipos de RNA,
nomeadamente, RNA ribossómico (rRNA) e RNA
transferência (tRNA), como está esquematizado na figura.

A seguinte tabela mostra os intervenientes da transcrição:


2. A migração ocorre no final do processo de transcrição,
pois dá-se quando o mRNA migra do núcleo para o
citoplasma, no qual vai ocorrer a tradução da mensagem. O
mRNA passa para o citoplasma através dos poros nucleares
do núcleo.

3. Na tradução dá-se a produção das proteínas, segundo a


sequência de codões do mRNA, com a ajuda dos RNAt,
RNAr (referidos no post ESTRUTURA DO RNA) e dos
ribossomas.
Os ribossomas são organelos membranares constituídos
por RNA ribossómico e porções proteicas. Cada ribossoma
apresenta uma subunidade maior e uma menor.
Apesar de já ter refiro o tRNA, nunca é de mais mostrar um
esquema deste.

Referem-te a esta etapa que decorre no citoplasma,


podem-se distinguir a forma como ocorre nos dois tipos de
seres:
Nos eucariontes a etapa dá-se quase sempre nas
membranas do retículo endoplasmático rugoso, onde os
ribossomas estão inseridos. Neste caso, as proteínas
sintetizadas são enviadas para o interior das cisternas do
RER, sendo depois distribuídas por toda a célula.
Em procariontes, que não apresentam sistemas
membranares, os ribossomas estão dispersos no

citoplasma.

Apesar de a tradução ser efectuada pelos ribossomas que


actuam de forma independente, em determinadas
situações, podem associar-se em polirribossomas
descodificando a mesma cadeia de ARNm em simultâneo.

Este processo é constituído por 3 etapas:


Iniciação – o RNAm liga-se ao ribossoma na subunidade
grande (através do RNAr). O RNAt iniciador transporta o
aminoácido metionina até à subunidade menor do
ribossoma;
Alongamento – sequencialmente, um novo RNAt
transporta um novo aminoácido até ao ribossoma, ligando-
se ao codão. Há formação de uma ligação peptídica entre o
aminoácido que chega e os anteriores e o ribossoma
avança 3 bases no RNAm. O estabelecimento destas
ligações requer energia, fornecida, como sempre, por
degradação de moléculas de ATP;
Finalização – os codões de finalização não têm anticodão
complementar, pelo que quando o ribossoma atinge um
deles, a síntese acaba, a cadeia polipeptídica destaca-se,
podendo sofrer transformações posteriores no retículo e
no complexo de Golgi. As subunidades do ribossoma
separam-se e ficam livres para iniciar nova síntese.

A tabela que se segue mostra os intervenientes na tradução:


A síntese proteica tem características fundamentais para a
sua função:
Complexidade – são inúmeros os intervenientes neste
processo, entre enzimas, vários tipos de ácidos nucléicos e
moléculas fornecedoras de energia;
Rapidez – uma célula eucariótica pode construir uma
proteína com 140 aminoácidos em 2 minutos, mantendo
todo o rigor do processo;
Amplificação – a mesma zona do DNA pode ser transcrita
várias vezes, formando-se várias moléculas de RNAm
idênticas, o que compensa a sua curta duração. Outra
forma de acelerar o processo é utilizar polirribossomas, ou
seja, vários ribossomas vão “lendo” a mesma molécula de
RNAm, em sequência, produzindo cada um a sua proteína.

Muitas das proteínas sintetizadas encontram-se inactivas


do ponto de vista biológico, sofrendo várias alterações
antes de atingirem a sua conformação definitiva e
condicionarem o metabolismo celular. Uma vez activas, as
proteínas, podem:
* ter função enzimática, como as proteases, e de
transporte, como a hemoglobina;
* ser integradas em estruturas celulares, como a
membrana plasmática, os lisossomas, as mitocôndrias ou o
núcleo;
* ser exportadas, por exocitose, para o meio extracelular,
como por exemplo as enzimas digestivas ou as hormonas
de natureza proteíca.

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