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Resumo Biologia Teste 1

1) Ácidos nucleicos

Determinam a estrutura de cada proteína

Existem 2 tipos de ácidos nucleicos: O DNA, garante o armazenamento e a


transmissão da informação genética.

E o RNA, que participa na mobilização e expressão da informação codificada


no DNA, permitindo identificar as sequências de aminoácidos nas proteínas.

DNA: Todos os seres vivos têm nas suas células. Nos procariontes
(bactérias) o DNA encontra-se no citoplasma (Nucleóide). Nas células
eucarióticas, a maior parte encontra-se no núcleo, logo o restante pode ser
encontrado no interior das mitocôndrias e dos cloroplastos.

Experiência de Griffith: O experimento de


Griffith, relatado em 1928, foi o primeiro
experimento sugerindo que bactérias são capazes
de transferir informação genética através de um
processo conhecido como Transformação. A
descoberta de Griffith isolou o DNA como o material
que comunicava esta informação genética.

DNA é um polímero de nucleótidos, que são os monómeros constituintes dos ácidos


nucléicos. Cada nucleótido é constituído por 1 molécula de desoxirribose, 1 base
azotada e 1 grupo fosfato.
Desoxirribose: Glícido com 5 carbonos.

Bases azotadas/nitrogenadas do DNA: Bases purinas (com 2 anéis) :


Adenina (A) e Guanina (G) e as pirimidinas (1 anel): Timina (T) e Citosina
(C) .

Nucleótidos: Ligados por ligações FOSFODIÉSTER

Estrutura do DNA (alguns aspetos): estrutura em dupla hélice, com um


diâmetro uniforme. Bases nitrogenadas na posição central, CADEIAS
POLINUCLEOTÍDICAS, ligadas por ligações de hidrogénio entre as bases
azotadas. (2 entre t a, e 3 entre g c)
As duas cadeias polinucleotídicas estão em sentidos contrários (Uma
pra cima, outra para baixo.)-Disposição antiparalela, logo cada cadeia
é diferente, de um lado uma delas apresenta livre o carbono 5’ a outra
apresenta livre o 3’ da pentose.

O DNA apresenta SULCOS, onde as bases ficam disponíveis para ligações


adicionais. Os sulcos permitem a interação entre o DNA e as enzimas que
estão presentes em processos como a TRANSCRIÇÃO e a REPLICAÇÃO
DO DNA.

RNA

Semelhante ao DNA em alguns aspetos.

As moléculas do RNA são polímeros de nucleótidos também, neste caso


constituídos por um grupo fosfato, uma ribose (que é uma pentose) e uma
de quatro bases azotadas, Adenina (A), Guanina (G) Citosina (C) , e
Uracilo (U).

3 TIPOS DE RNA:
mRNA: RNA mensageiro
tRNA: RNA de transmissão
rRNA: RNA ribossomal

RNA mensageiro: possui uma cadeia simples, que pode variar de centenas
a milhares de nucleótidos. Constitui uma molécula intermediária no processo
de síntese proteica, estabelecendo a interligação entre a informação contida
no DNA e a sequência de aminoácidos das proteínas.

RNA de transferência: molécula dobrada em si mesma, em que nela


alternam regiões de cadeia simples, com regiões de cadeia dupla, resultantes
das ligações de hidrogénio entre os pares de bases.

Assim se formam estruturas tridimensionais, com várias áreas funcionais que


podem ser diferenciadas. Entre elas destaca-se uma região variável de
reconhecimento do mRNA, ao qual a molécula se pode ligar. Possui também
um lugar onde se liga a um aminoácido específico que é transportado até aos
ribossomas, onde se dá a síntese proteica.

RNA ribossomal: constitui cerca de 80% do RNA da célula. Encontra-se


combinado com proteínas, formando os ribossomas.(fundamentais para a
síntese das proteínas.). Estes apresentam 2 subunidades de diferentes
tamanhos que se ligam ao longo desse processo de síntese. A subunidade
menor possui uma região de ligação à molécula de mRNA, enquanto a maior
à molécula de tRNA.

Replicação do DNA
Produção, novos tecidos, novas células… Para que essa formação
ocorra (das novas células), é necessário que sejam produzidas
novas moléculas de DNA iguais às que já existiam nas células que
lhes deram origem. (replicação do DNA).

Esta replicação ocorre no citoplasma das células procarióticas, e no


núcleo das eucarióticas, através da intervenção de várias enzimas, que
garantem a produção de cópias de elevada fidelidade e de uma forma
muito rápida.

Propostas de Modelos de Replicação do DNA:

1) Modelo conservativo: a molécula original do DNA mantém-se,


sendo produzida uma nova molécula constituída por 2 cadeias recém
formadas, tendo como molde a molécula original.
2) Modelo dispersivo: as novas moléculas de DNA incorporam, nas 2
cadeias, segmentos como nucleótidos novos e segmentos de cadeias
antigas.
3) Modelo semiconservativo: de Watson e Crick, 1 molécula de DNA
preexistente, é desenrolada e as suas cadeias servem de moldes para
a ligação de nucleótidos novos e para a formação de 2 novas cadeias.

A replicação é semiconservativa quando as moléculas do DNA possuem uma


cadeia inicial e uma cadeia nova, resultante da polimerização dos
nucleótidos que se vão emparelhando aos da cadeia inicial.

Durante a replicação, cada cadeia constituinte do DNA atua como molde para
a formação de outras 2 novas cadeias. Esta transformação ocorre devido a
enzima, DNA polimerase, que junta as ligações entre novos nucleótidos.

A replicação inicia-se em locais específicos do DNA, onde a dupla hélice


começa por ser desenrolada. Este processo é acompanhado da rotura das
ligações de hidrogénio entre as bases das 2 cadeias, logo estas ficam
disponíveis para a ligação dos nucleótidos que vão formar as cadeias
complementares. Essa rotura ou separação dá origem à forquilha ou ao
garfo de replicação, que vai avançando à medida que o desenrolamento
prossegue pela ação da DNA polimerase.

A formação de novas cadeias de DNA começa a partir de pequenas


sequências iniciadoras de nucleótidos de RNA - os primers- A partir destas,
a DNA polimerase adiciona desoxirribonucleótidos à extremidade 3’ do
primer, prosseguindo conforme a orientação da cadeia-molde.

● A DNA polimerase lê sempre a cadeia-molde de DNA na direção de 3’


para 5’, permitindo a formação de novas cadeias que vão crescendo
na direção de 5’ para 3’. (por causa da orientação antiparalela), logo
não pode ocorrer na mesma direção em ambos os lados da molécula.

Na cadeia-molde orientada de 3’ para 5’, a DNA polimerase pode acrescentar


nucleótidos de forma contínua de 5’ para 3’, a partir de um único primer.
Na cadeia-molde orientada na direção de 5’ para 3’, o crescimento da nova cadeia
ocorre de forma descontínua, na direção oposta à do movimento da forquilha de
replicação.

Síntese de proteínas: transformar nucleótidos a aminoácidos(proteínas).

Requisito fundamental: Produção de proteínas a partir da informação contida


nos genes. Cada gene corresponde a uma sequência específica de nucleótidos de
DNA, que contém a informação necessária para a produção de 1 proteína.

Síntese proteica divide-se em 2 etapas principais:


1) A Transcrição: Síntese de moléculas de mRNA a partir da informação dos
genes.
2) Tradução: ocorre nos ribossomas, existentes no citoplasma, com intervenção de
moléculas de tRNA e mRNA, dá-se a polimerização da cadeia de
aminoácidos que constitui a proteína.

Gene:O gene é um segmento de uma molécula de DNA (ácido


desoxirribonucleico), responsável pelas características herdadas
geneticamente. Cada gene é composto por uma sequência
específica de DNA que contém um código (instruções) para
produzir uma proteína que desempenha uma função específica
no corpo. Cada célula humana tem cerca de 25.000 genes.

Transcrição: Polimerização de mRNA a partir dos genes do


DNA, com intervenção da enzima RNA polimerase. Esta faz a ligação sequencial e
orientada de ribonucleótidos, (G C A U), de acordo com a sequência de bases
existentes na cadeia-molde de DNA. Nas células eucarióticas isto acontece no
interior do núcleo.

Transcrição tem 3 etapas: iniciação, alongamento e terminação.


1) Iniciação:A iniciação representa o início da produção do RNA. Inicialmente, a
RNA polimerase (enzima que cataliza a transcrição) reconhece no DNA as
chamadas regiões promotoras. Nos procariontes, existe apenas um único tipo
de RNA polimerase; nos eucariontes, são descritas três RNA-polimerases,
sendo, portanto, o processo de transcrição nesse grupo mais complexo, e o
início da transcrição, sentido 5’ para 3’.
2) Alongamento: nucleótidos vão sendo ligados a partir da RNA polimerase à
cadeia-molde, de acordo com a complementaridade entre as bases,
originando cadeias de mRNA. Prosseguindo a transcrição, as 2 cadeias de
DNA, voltam a ligar-se, devido ao restabelecimento das ligações de
hidrogénio entre as suas bases.
3) Terminação:acontece quando sinais de
terminação são encontrados. Nesse momento,
a polimerase para e libera o DNA-molde
e a nova cadeia de RNA.

Processamento do mRNA:
Nas células eucarióticas após a transcrição,
o mRNA sintetizado possui uma sequência de
bases complementares da cadeia do
gene que lhe serviu de molde, não
estando em condições de migrar para o citoplasma.

Esta molécula recém formada chama-se pré mRNA, vai ser sujeita a
transformações que a convertem em mRNA processado, pronto para ser exportado
para o citoplasma. Essas modificações consistem na remoção das regiões não
codificantes, os intrões, e na união de segmentos codificantes, os exões. Após
sofrer processamento, o mRNA migra pro citoplasma, onde ocorre a tradução da
informação genética que transporta.

Nas células procarióticas, o DNA circular não apresenta intrões, pelo que as
moléculas de mRNA produzidas pelas bactérias, não sofrem processamento.

Código genético:
sequência de aminoácidos que vai construir a proteína codificada pelo gene
transcrito.
sequência de 3 nucleótidos correspondentes a 3 bases consecutivas, cada
sequência é dada pelo nome codão, cujo especifica um aminoácido particular.
No geral o código genético é a relação entre os diferentes codões do mRNA
e os aminoácidos por eles codificados.
Este estabelece uma ponte entre 2 linguagens diferentes, a genética
(sequência de bases) e a linguagem das proteínas (sequência dos aminoácidos).

Características do código genético:

1) É universal. seres partilham o mesmo código genético.


2) É redundante: alguns aminoácidos codificados por mais do que 1 codão
3) Não ambíguo: Cada codão corresponde a apenas 1 aminoácido

TRADUÇÃO:

A tradução é o processo de sintetizar uma proteína a partir de um transcrito de


RNA mensageiro (mRNA). Este processo é dividido em três fases primárias:
iniciação, alongamento e terminação. A tradução é catalisada por estruturas
conhecidas como ribossomas, grandes complexos de proteínas e RNA ribossomal
(rRNA).

1) Iniciação: A síntese tem início quando a subunidade menor de um ribossoma


e um RNAt específico associam-se a um RNAm. A subunidade então desliza
sobre a molécula até encontrar um codão de iniciação (AUG). Então, o RNAt
específico, que transporta o aminoácido metionina, liga-se a esse codão, e a
subunidade maior do ribossomo liga-se à menor. No RNAm, o códon que
inicia a produção de uma proteína é sempre AUG, que determina o
aminoácido citado.
2) Alongamento: O ribossoma desliza sobre o RNAm e são adicionados
diferentes aminoácidos na cadeia polipeptídica (etapa de alongamento).
3) Terminação: Quando o ribossoma chega a um codão de stop (UAA, UAG ou
UGA), uma proteína chamada de fator de liberação liga-se e todos os
envolvidos na síntese separam-se, incluindo as subunidades maior e menor
do ribossoma. A cadeia polipeptídica é então liberada.

A mensagem genética pode ser amplificada com recurso a diversas estratégias,


como:

1) Produção de várias cópias de RNAm por várias RNA polimerase em


simultâneo, a partir da transcrição de 1 único gene.
2) Formação de polirribossomas

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